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1 CINÉTICA QUÍMICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Faculdade de Engenharia Química Profa Carla Eponina Hori 2 UNIDADE 3 CATÁLISE E CINÉTICA DE REAÇÕES HETEROGÊNEAS Catalisador é uma substância que afeta a velocidade de uma reação, mas emerge do processo inalterada. Geralmente, o catalisador muda (acelera) a velocidade de reação promovendo um mecanismo molecular diferente. H2 + O2 H2O (reação rápida) Pt Catálise é o estudo de catalisadores e de processos catalíticos. Aproximadamente um terço de todo o material que compõe o produto nacional bruto dos Estados Unidos envolve um processo catalítico em alguma etapa de sua produção. O desenvolvimento de catalisadores é uma forma de buscar novas formas de aumentar o rendimento e a seletividade de produtos a partir de novas rotas químicas. 3 Normalmente, quando falamos de catalisador, referimos àquelas substâncias que aumentam a velocidade de uma reação. Um catalisador muda a velocidade de uma reação mas NÃO afeta o equilíbrio. Catálise homogênea: catalisador está na mesma fase de pelo menos um dos reagentes (produção de etanol) Catálise heterogênea: Quando o catalisador encontra-se em uma fase diferente dos reagentes e produtos. Geralmente, o catalisador é sólido e os reagentes e produtos estão na fase gasosa ou líquida. Ex. Produção de benzeno pela desidrogenação do ciclo-hexano usando catalisador de Platina. A catálise heterogênea é o tipo mais comum porque a separação simples e completa dos produtos do catalisador é mais economicamente viável, especialmente pelo alto custo do catalisador. No nosso estudo vamos nos deter à catálise heterogênea. Uma reação catalítica ocorre na interface fluido-sólido ou muito próxima dela. Assim, uma grande área interfacial é desejada para obter uma velocidade de reação significativa. 4 Em muitos catalisadores essa área é fornecida por uma estrutura porosa, ou seja, o sólido contem muitos poros de pequeno diâmetro. A superfície desses poros fornece a área necessária para que a reação ocorra. A área de materiais catalíticos pode ser surpreendentemente grande. Um catalisador típico de craqueamento catalítico (sílica-alumina) possui um volume de porosa de 0,6 cm3/g e um diâmetro médio de poro de 4 nm. A área superficial específica correspondente é de 300 m2/g. presença de uma grande quantidade de poros de pequeno tamanho aumenta muito a área disponível para a reação. Superfície dos poros Superfície não porosa 5 Em alguns casos, os catalisadores são compostos pelos materiais ativos em grande proporção com alguns promotores, usados em menor quantidade, mas que melhoram a atividade ou seletividade do catalisador. São os chamados catalisadores mássicos ou catalisadores não-suportados. Ex: Ni-Raney usado para hidrogenação de óleos vegetais, tela de platina para produção de amônia, catalisador de sílica-alumina usado para produção de butadieno. Eles podem ser encontrados nas seguintes formas: - Pós (IUPAC: < 1mm) - Grãos (pastilhas, esferas, extrudados, grãos irregulares) - Esponjas (metais porosos) - Negros (metais finamente divididos) - Telas metálicas (reações fortemente exotérmicas) - Monocristais - Filmes Estudos fundamentais - Fios 6 Outro tipo são os catalisadores suportados. Nesses materiais o material ativo se encontra dividido em minúsculas partículas dispersas em uma substância menos ativa chamada suporte. O material ativo geralmente é um metal ou uma liga metálica. Ex: Catalisadores automotivos (Pd-Rh/Al2O3 ou Pt-Rh/Al2O3). Os suportes são geralmente óxidos com elevada área específica, volume de poros e termicamente estáveis. Suas principais finalidades são: - Permitir obter alta dispersão da fase ativa - Dar forma definida e estabilidade mecânica ao catalisador - Fornecer estabilidade térmica ao catalisador quanto à porosidade, área específica e dispersão - Às vezes, fornecer funções catalíticas complementares (catálise bifuncional) 7 FASE ATIVA MoS 2 SÍTIO ATIVO VACÂNCIA DE ENXOFRE ALUMINA EXEMPLO: FASE E SÍTIO ATIVO EM CATALISADOR DE SULFETO DE MOLIBDÊNIO SUPORTADO Fases Ativas e Sítios Ativos Exemplo: Catalisador Ni/Al2O3 usando na produção de H2 a partir do gás natural (metano) Fase ativa : Ni0 Coque 8 Suportes mais empregados • Aluminas de transição (g, h) • Baixo custo • Fácil controle de propriedades texturais • Área específica moderada (150 – 300 m2.g-1) • Superfície anfótera • Boa estabilidade hidrotérmica e mecânica • Fácil formatação • Sílica • Baixo custo • Área específica elevada • Inerte • Boa estabilidade hidrotérmica • Sílica-alumina amorfa • Baixo custo • Área específica elevada • Elevada acidez • Boa estabilidade hidrotérmica 9 • Carvão ativado • Baixo custo • Área específica elevada • Inerte • Não pode ser regenerado • Empregado em catalisadores metálicos para hidrogenação • Cerâmica • Empregada em suportes monolíticos • Alto custo • Suporte para o suporte da fase ativa 9 10 Classificação de catalisadores Reações de Alquilação e Desalquilação: A Alquilação é a adição de um grupo alquila a um composto orgânico. Esse tipo de reação é comumente conduzido na presença de catalisadores Fiedel-Crafts, AlCl3, juntamente com traços de HCl. C4H8 + i-C4H10 i-C8H18 AlCl3 Ou a formação de etil-benzeno a partir de etileno e benzeno: C6H6 + C2H4 C6H5C2H5 O Craqueamento de petróleo é provavelmente a reação de desalquilação mais comum. Os catalisadores de desalquilação mais comuns são sílica-alumina, sílica-magnésia e argilas. Reações de Isomerização: Na produção de derivados de petróleo é desejável transformar cadeias normais de hidrocarbonetos em cadeias ramificadas porque essas últimas têm um poder de octanagem maior. Usa-se geralmente catalisadores com sítios ácidos como alumina ou com sítios metálicos e sítios ácidos como Pt/Al2O3. 11 Classificação de catalisadores Reações de Hidrogenação e Desidrogenação: A força de ligação entre o hidrogênio e as superfícies metálicas aumenta com o aumento da vacância dos orbitais d. A atividade catalítica máxima não será alcançada se a ligação for muito forte e se os produtos não puderem ser facilmente dessorvidos. Os metais mais ativos para reações envolvendo hidrogênio são Co, Ni Rh, Ru, Os, Pd, Ir e Pt. Óxidos de Mo (MoO2) e de Cr (Cr2O3) são também ativos para reações envolvendo hidrogênio. Reações de Oxidação: Elementos do grupo VIII e subgrupo I são utilizados extensivamente para reações de oxidação. Ag, Cu, Pt, Fe Ni e seus óxidos são, em geral, bons catalisadores de oxidação. 1- Adição de oxigênio: 2C2H4 + O2 2C2H4O Ag 2SO2 + O2 2SO3 V2O5 2CO + O2 2CO2 Cu 12 Classificação de catalisadores 2- Oxigenólise de ligações carbono-hidrogênio: 2C2H5OH + O2 2CH3CHO + 2H2O Cu CH3OH + O2 2HCHO + 2H2O Ag 3- Oxigenação de ligações nitrogênio-hidrogênio: 4 NH3 + 5O2 4NO + 6H2O Pt 4- Combustão completa: 2 C2H6 + 7O2 4CO2 + 6H2O Ni Reações de hidratação e desidratação: Catalisadores de hidratação e desidratação possuem uma afinidade muito grande por água. A alumina é usada para desidratar álcoois para formação de oleofinas, como na desidratação de etanol para produção de etileno. C2H5OH C2H4 + 2H2O Al2O3 13 Classificação de catalisadores Reações de halogenação e desalogenação:Esse tipo de reação gerlamente ocorre sem catalisadores. Mas às vezes ;e necessário isar um catalisador quando a seletividade é baixa ou é necessário realizar a reação à temperatura mais baixa. Haletos de cobre e de prata suportados podem ser usados para a halogenação de hidrocarbonetos. Resumo: Reações Catalisadores 1-Halogenação-Desalogenação CuCl2, AgCl, Pd 2-Hidratação-Desidratação Al2O3 MgO 3-Alquilação-Desalquilação AlCl3, Pd 4-Hidrogenação-desidrogenação Co, Pt, Ni, Cr2O3 5- Oxidação Cu, Ag, Ni, V2O5 6- Isomerização AlCl3, Pt/Al2O3, zeólitas 14 Etapas de uma reação catalítica heterogênea: 1- Difusão do(s) reagente(s) do seio do fluido até a superfície externa da partícula 2- Difusão do(s) reagente(s) da boca do poro até as vizinhanças da superfície catalítica 3- Adsorção química do reagente(s) na superfície 4- Reação química 5- Dessorção dos produtos da superfície catalítica 6- Difusão do(s) produtos(s) da superfície catalítica até a boca do poro. 7- Difusão do(s) produto(s) da superfície externa da partícula para o seio do fluido. 15 A reação química propriamente dita que ocorre no sítio ativo pode ser dividida em três etapas: (i) Adsorção Química ou quimissorção : as moléculas da fase gasosa ou líquida se ligam quimicamente ao catalisador sólido. O processo é exotérmico e pode ter calores de reação elevados (~100 Kcal/mol). (ii) Reação: Pode ocorrer entre dois compostos adsorvidos na superfície do catalisador, ou entre um adsorvido e outro na fase gasosa ou líquida (iii) Dessorção: Os produtos formados na reação podem se formar ligados ou não à superfície catalítica. No caso de se formarem ligados, eles terão que se dessorver para irem para o seio do fluido e sair do reator. 16 No nosso estudo vamos nos concentrar em reações heterogêneas. Nesses processos pelo menos um dos reagentes (e frequentemente todos) precisam se aderir à superfície. Essa adesão é conhecida como adsorção. Mas o que é adsorção?? Processo de transferência de massa de um ou mais constituintes (adsorvatos) de uma fase fluida (adsortivo) para a superfície de uma fase sólida (adsorvente). Mas por que a adsorção ocorre ? Sólidos, líquidos e gases possuem Energia cinética (Ec) e Energia de interação entre partículas (Ei) Energias do Sistema Volume Estado Físico Ec >> Ei V=f(T,P,n) gás ideal Ec ~ Ei V=f(T,n) líquido Ec << Ei V=f(n) sólido 17 • Nos sistemas condensados: A Origem da Adsorção As partículas da superfície possuem excesso de energia (Es): Tensão superficial nos líquidos Adsorção em sólidos 18 • a adsorção ocorre quando uma fase fluida entra em contato com uma fase sólida • Acúmulo de moléculas fluidas na interface fluido-sólido 19 A adsorção reduz o desequilíbrio das forças atrativas que existe na superfície do sólido Assim, a adsorção é um fenômeno espontâneo ΔG<0 Como ΔS < 0 (menor grau de liberdade), então: Então: ΔH < 0 , pois ΔG = ΔH - TΔS A adsorção é um processo exotérmico A adsorção pode ser química ou física. A adsorção física ou fisissorção é semelhante à condensação. O processo é exotérmico e a entalpia de adsorção (ou calor de adsorção) é relativamente pequeno (~ 1 a 15 Kcal/mol). Forças de atração entre o as moléculas do gás (adsorvato ) e o sólido (adsorvente) são fracas, semelhantes a forças de Van der Waals ou interações do tipo dipolo- dipolo. A quantidade de gás fisissorvido decresce rapidamente com o aumento de temperatura. 20 A adsorção química ou quimissorção é o tipo de adsorção que afeta a velocidade de uma reação química. Neste caso, as moléculas adsorvidas estão ligadas à superfície por forças similares a uma ligação covalente. O processo é exotérmico e os calores de adsorção são mais elevados ( de 10 a 100 Kcal/mol). Assim, a estrutura eletrônica da molécula quimissorvida é perturbada significativamente, tornando-a extremamente reativa. Dessa maneira, é importante conduzir a reação em um intervalo de temperatura onde a quimissorção dos reagentes é apreciável. É importante ressaltar que a quimissorção geralmente não ocorre em toda a superfície do catalisador, mas somente em certos centros ativos ou sítios ativos. Esses sítios ativos são irregularidades, rachaduras, ou degraus na superfície que possuem maior nível energético. Esses pontos são onde as ligações químicas ocorrem e portanto, são onde a reação química ocorre. 21 Assim, os sítios ativos podem ser considerados como lugares onde intermediários altamente reativos, que se encontram quimissorvidos, são estabilizados por um tempo suficiente para reagirem. Para os nossos propósitos, vamos chamar de “sítio ativo” como um ponto na superfície do catalisador que pode formar ligações químicas fortes com um átomo ou molécula adsorvidos. Um parâmetro usado para quantificar a atividade de um catalisador é a freqüência de reação (turnover frequency - TOF). É definido como o número de moléculas reagindo por sítio ativo, por segundo, nas condições de reação. Quando temos um catalisador suportado como Pt/Al2O3, os átomos do metal que estão na superfície são considerados os sítios ativos. Define-se como Dispersão D, a fração de átomos de platina que estão expostos na superfície. Dispersão = Átomos de platina superficiais Total de átomos de platina adicionados 22 Exemplo 1 – Frequência de Reação na Síntese de Fischer-Tropsch. A síntese de Fischer-Tropsch foi estudada usando uma catalisador contendo 0,5% Ru em peso suportado em alumina. A dispersão do catalisador é de 49%. À temperatura de 475 K e pressão de 988 KPa, a velocidade de formação de metano é de 1,07 *10-6 mol/ gcat.s Calcule a frequência de reação para o metano. rCH4 ‘ = 1,07 *10 -6 mol/ gcat.s 1 grama de catalisador tem 0,005 g de Ru Número de átomos de Ru = (0,005/101,1)*6,023*1023 = 2,978*1019 átomos de Ru/gcat Número de sítios de Ru = 2,978*1019 * D = 2,978*1019 * 0,49 =1,460*1019 átomos de Ru superficiais/gcat Número de moléculas de metano formadas por segundo = = 1,07 *10-6 *6,023*1023 = 6,445 *1017 moléculas/gcat TOF = 6,445 *1017 moléculas/gcat 1,460*1019 átomos de Ru superficiais/gcat TOF = 0,044 s-1 23 Na descrição de uma etapa de adsorção, vamos chamar de sítio ativo “S” o local onde um ou mais reagentes irão se adsorver. Quando a letra “S” aparecer sozinha na reação, indica que o sítio está vazio. Se a letra “S” aparecer com outro composto, indica que o sítio está ocupado por esse composto. Assim, a representação da adsorção de uma espécie A em um sítio S pode ser representada pela seguinte equação: A + S A*S A concentração de sítios ativos por unidade de massa de catalisador é definida como Ct (mol/gcat) Ct = número de sítios ativos massa de catalisador * N AVOGRADO A concentração de sítios vazios é denominada Cv. Um balanço de sítios nos leva: Ct = Cv + CA*S + CB*S + ..... (dividindo essa equação por Ct ) 1 = qv + qA + qB + ...... Na qual qi é a fração de sítios ocupado pela molécula i 24 ISOTERMAS DE ADSORÇÃO: São curvas que mostram a quantidade de gás adsorvido em um sólido a diferentes pressões, mas a temperatura constante e em condições de equilíbrio.Considerando n a quantidade de gás adsorvido, em moles por grama de sólido, pode-se dizer que: n = f (p, T, gás, sólido) Para um dado gás adsorvido num sólido particular, a uma temperatura constante, tem-se: n = f (p)T, gás, sólido Se a temperatura é inferior a temperatura crítica do gás: n = f (p/po)T, gás, sólido Esta equação é conhecida como isoterma de adsorção, ou seja, a relação (a T cte) entre a quantidade de gás adsorvido e a pressão relativa do sistema 25 Classificação IUPAC 26 Tipos de Isotermas Modelo de Langmuir (1916): Hipóteses: • Adsorção limitada à monocamada • A adsorção ocorre somente quando uma molécula colide com o sítio ativo • Todos os sítios são igualmente ativos e, portanto, possuem a mesma entalpia de adsorção • Não há interação entre as moléculas de adsorvato • A adsorção é localizada (quimissorção) • Sólido não poroso 27 Vamos considerar a adsorção de moléculas de H2 em sítios metálicos de Pt. H2 + S H2*S • Taxa de adsorção ra = ka PH2 Cv • Taxa de dessorção rd = kd CH2*S • No equilíbrio: ra = rd ka PH2 Cv = kd CH2*S • CH2*S = KA PH2 Cv na qual KA = ka/kd CH2*S indica a quantidade de H2 que está quimissorvido em uma dada pressão de H2 no sistema. Fazendo um balanço de sítios temos: Ct = Cv + CH2*S Cv = Ct – CH2*S substituindo essa equação na de CH2*S CH2*S = KA PH2 (Ct – CH2*S) isolando CH2*S temos CH2*S = KA PH2 Ct (KA PH2 + 1) 28 CH2*S = KA PH2 Ct invertendo essa equação (KA PH2 + 1) 1 = (KA PH2 + 1) CH2*S KA PH2 Ct PH2 = KA PH2 + 1 = PH2 + 1 CH2*S KA Ct KA Ct Ct KA Ct PH2 Ct = PH2 + 1 CH2*S KA qH2 = Vads H2/ Vmonocamada PH2 = PH2 + 1 PH2 Vm = PH2 + 1 qH2 KA Vads H2 KA PH2 = PH2 + 1 Vads H2 Vm KAVm 1/qH2 PH2 P H 2 /V a d s Não deu uma reta, indicando problema no mecanismo de adsorção 29 Novo modelo: Adsorção dissociativa H2 + 2S 2H*S • Taxa de adsorção ra = ka PH2 Cv 2 • Taxa de dessorção rd = kd CH*S 2 • No equilíbrio: ra = rd ka PH2 Cv 2 = kd CH*S 2 • CH*S = (KA PH2) ½ Cv na qual KA = ka/kd Fazendo um balanço de sítios temos: Ct = Cv + CH*S Cv = Ct – CH*S substituindo essa equação na de CH*S CH*S = (KA PH2) ½ (Ct – CH*S) isolando CH*S temos: CH*S = (KA PH2) ½ Ct [(KA PH2) ½ + 1] 30 30 CH*S = ( KA PH2) ½ Ct invertendo essa equação [(KA PH2) ½ + 1] 1 = [(KA PH2) ½ + 1] CH*S [(KA PH2) ½ Ct] (PH2) ½ = KA ½ PH2 ½ + 1 = PH2 ½ + 1 CH*S KA ½ Ct KA ½ Ct Ct KA ½ Ct PH2 ½ Ct = PH2 ½ + 1 CH*S KA ½ qH = Vads / Vmonocamada PH2 ½ = PH2 ½ + 1 PH2 ½ Vm = PH2 ½ + 1 qH2 KA ½ Vads KA ½ PH2 ½ = PH2 ½ + 1 Vads Vm KA ½ Vm 1/qH PH2 P H 2 ½ /V a d s 31 • Outros modelos tentam eliminar os desvios devido a hipótese de equivalência dos sítios • Modelo de Freundlich: sendo k e n ctes ajustadas • Modelo de Temkim sendo k1 e k2 ctes cujos valores dependem de ΔHads inicial n A Pk /1=q 8,02,0,)(ln 21 = qq Pbkk 32 Etapa de Reação Química: No nosso estudo vamos utilizar expressões cinéticas conhecidas como Cinética de Langmuir-Hinshelwood, que foram popularizadas por Hougen-Watson. Esses modelos possuem algumas simplificações adicionais das já implícitas pelo uso da isoterma de Langmuir. (i) A reação envolve ao menos uma espécie quimissorvida na superfície do catalisador (ii) Se a reação ocorre entre 2 espécies adsorvidas, é preciso que A e B estejam adsorvidas em sítios adjacentes. A probabilidade de isso ocorrer é CA*S * CB*S ou qA*S * qB*S 33 Tipos de reação química a) Reação de isomerização envolvendo um sítio A*S B*S r = k1 qA – k2 qB b) Reação envolvendo um reagente, mas dois sítios ativos A*S + S B*S + S r = k1 qA qv – k2 qB qv A*S + S B*S + C*S r = k1 qA qv – k2 qB qc c) Reação envolvendo 2 reagentes adsorvidos em 2 sítios do mesmo tipo A*S + B*S C*S + D*S r = k1 qA qB – k2 qC qD d) Reação envolvendo 2 reagentes adsorvidos em 2 sítios de tipos diferentes (mecanismo de 2 sítios) A*S + B*S’ C*S + D*S’ r = k1 qA qB ’ – k2 qC qD ’ e) Reação envolvendo uma molécula adsorvida e outra em fase gasosa A*S + B (g) C*S + D(g) r = k1 qA PB ’– k2 qC PD 34 Etapa de Dessorção: A cinética é a mesma da etapa de Adsorção, porém em sentido reverso: A*S A + S Taxa de dessorção rd = kd CA*S Taxa de adsorção ra = ka PA Cv Taxa global de dessorção: rdes = kd CA*S - ka PA Cv Quando uma reação química é descrita, o “mecanismo” da reação nos dá uma ideia de como ela ocorre em termos de seus passos elementares. Assim, no nosso estudo, todas as etapas de um mecanismo são consideradas reações elementares. 35 Simplificações consideradas no estudo de mecanismos de reações heterogêneas: (i) O tempo necessário para que a reação ocorra é a soma dos tempos de todas as etapas: tTotal = t1 + t2 + t3 +.... As vezes, pode-se dizer que uma das etapas é muito mais lenta do que as demais. Ela vai ser a etapa controladora (limitante ou dominante) e é dela que depende a velocidade da reação. (ii) Às vezes, pode-se assumir que a concentração de um ou mais intermediários não varia muito com o tempo. Essa aproximação é chamada “Princípio do quasi-estacionário” ou “hipótese do estado pseudo-estacionário”. Ela considera que a velocidade de produção e consumo de espécies intermediárias reativas é praticamente igual, e assim a sua concentração não varia muito com o tempo. 36 (iii) Em alguns casos, pode-se admitir que uma ou mais reações estão em equilíbrio, isto é, em condição de quasi-equilíbrio. Isso quer dizer que as taxas das reações direta e reversa são muito maiores do que as outras reações que não estão em equilíbrio no mecanismo apresentado. (iv) Vamos considerar que um sítio ativo do catalisador (símbolo S) pode estar vazio ou ocupado por uma única molécula. Ou seja, pode-se sempre fazer um “balanço de sítios” Ct = Cv + CA + CB +.... Ct : Concentração total de sítios/mcat Cv: Conc. sítios vazios (livres) Ci: Conc. de sítios ocupados pela espécie i Note que é possível medir apenas a Ct. As outras concentrações, embora existam, são bastante difíceis de medir. Assim, a equação da velocidade de reação não deve conter essas variáveis. Uma expressão de velocidade de reação deve conter apenas conc. ou pressões de reagentes e produtos, Ct e k´s. 37 Exemplo 2: O seguinte mecanismo foi descrito para a reação de decomposição do Cumeno (C) em Benzeno (B) e Propileno (P) 1) C + S C*S Adsorção do cumeno na superfície 2) C*S B*S + P(g) Reação na superfície 3) B*S B + S Dessorção do benzeno 4) I + S I*S Adsorção de inerte Escreva as equações de lei de velocidade se: a) A adsorção do cumento é a etapa controladora b) A reação na superfície é a etapa controladora c) A dessorção do benzeno é a etapa controladora kA k -A kR k -R kD k-D kI k -I
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