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Resumos da AV1 História do Direito Brasileiro

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Estado Laico: Pluridade e tolerância religiosa no ''Período Monárquico'' e na ''República Velha''
Desde a edição do Decreto nº 119-A, de 07 de janeiro de 1890, o Brasil é um Estado laico. A Constituição Federal consagra como direito fundamental a liberdade de religião, prescrevendo que o Brasil é um país laico. A laicidade, prevista naquele Decreto, foi alçada à condição de Princípio Constitucional pela Constituição de 1891, em seu artigo 11, § 2º, o qual vem sendo reproduzido, a partir daquele, nos textos constitucionais que lhe sucederam.
Na Carta Magna de 1988, a liberdade de crença e religião foi expressamente assegurada no artigo 5º, incisos VI e VII, e faz parte do rol dos direitos fundamentais, sendo considerada por alguns juristas como liberdade primária.
Dessa forma, de acordo com a atual Constituição Federal, o Estado tem a obrigação de se preocupar em proporcionar a seus cidadãos um ambiente saudável e de perfeita compreensão religiosa, declinando da intolerância e do fanatismo religioso. Há de se existir uma linha tênue entre o Estado e as religiões em geral, não existindo nenhuma religião oficial e, no entanto, o Estado não deve deixar de prestar proteção e garantia ao livre exercício de todas as religiões. Esse é o Estado laico.
O desafio desta pesquisa é escrever sobre as questões da liberdade religiosa no Brasil, considerando ainda a repercussão mundial sobre os problemas que os conflitos religiosos têm causado ao longo dos anos, ou melhor, ao longo dos séculos. E mesmo estando em um país secular, há o desconhecimento acerca de variadas concepções religiosas, que muitas vezes é confundida com a cultura de alguns países.
Dessa forma, o interesse primordial é realizar um estudo aprofundado acerca da Liberdade Religiosa no Brasil, como país laico, e enfatizar de forma precisa como as entidades religiosas se posicionam diante das diferenças de crenças que temos em nosso território.
Observa-se que a liberdade religiosa não rege apenas de forma que o Estado deva determinar que alguém seja de qualquer religião (ou não) e também a ninguém proibir de professar determinada crença. E sim, em o Estado permitir ou propiciar a quem seguir determinada crença, o cumprimento dos deveres que dela decorrem, em matéria de culto, de parâmetros, vestimentas, de família ou de ensino etc. Então, consiste, e sem que haja qualquer contradição, em o Estado não impor ou não garantir com as leis o cumprimento desses deveres.
Mesmo sendo um Estado laico, há de se considerar que se trata de uma Nação em que a maioria da população pratica o Cristianismo, sendo eles Católicos ou Protestantes e as outras entidades como minoria, e dentre elas o Islamismo, Judaísmo etc. Ademais, o princípio do Estado laico pode ser diretamente relacionado a dois direitos fundamentais que gozam de máxima relevância no teor dos valores constitucionais: liberdade de religião e liberdade de expressão. Em relação ao primeiro, a laicidade caracteriza-se como uma verdadeira garantia institucional da liberdade religiosa individual, assim como a igualdade, onde todos são iguais independente de sua crença, conforme regido na Carta Maior.
Este trabalho é composto por quatro capítulos e seus subitens. O primeiro capítulo traz o conceito geral de religião, a tradução do termo liberdade religiosa e aborda um aparato sobre a relação entre o Estado e a Igreja, além de apresentar as Garantias e os Princípios Constitucionais que norteiam o tema descrito. Em seguida, o segundo capítulo enfoca as principais religiões monoteístas presentes no território nacional e seu contexto histórico. E nesse mesmo capítulo é discutida a questão do ensino religioso nas escolas públicas do Brasil e a presença dos símbolos religiosos expostos em órgãos do Poder Judiciário.
O terceiro capítulo é embasado na visão judicial da liberdade religiosa e dentro desse aspecto estuda o Preâmbulo da Constituição Federal do Brasil, a liberdade religiosa em face da lei e apresenta jurisprudências que envolvem essa liberdade. No último e quarto capítulo é trazido o Projeto de Lei Nº 979 de 2015, a apresentação do projeto e as justificativas que ensejaram a criação deste projeto.
Atualmente, o Brasil tem passado por uma onda de conflitos e ataques religiosos proliferado em várias esferas doutrinárias de religião e algumas minorias têm sido alvo direto desses ataques, sejam eles em redes sociais, por meio do discurso do ódio, e até mesmo em locais públicos, ruas, escolas, órgãos do governo, provas de concursos etc. Muito embora o Brasil tenha esses princípios constitucionais regendo a ideia de que o cidadão brasileiro tem livre arbítrio para praticar ou não qualquer culto religioso, há muito o que se discutir acerca desse contexto. Partindo dessas questões adentraremos as discussões e introdução ao tema proposto.
No Brasil, a liberdade religiosa tardou muito a ser conquistada, sendo que durante o Império havia uma religião oficial, o Catolicismo. Hoje vivemos em um Estado Democrático de Direito e essa liberdade ela é presente em nossas vidas. Mas, mesmo diante de toda essa então liberdade tão explanada na atualidade, ainda há uma série de questões problemáticas e preconceituosas concernentes às religiões aqui praticadas.
No período colonial, a Igreja Católica trabalhava em catequizar todos que habitavam e chegavam para povoar o território brasileiro, tanto que, a cada espaço conquistado e descoberto, era construído também uma Igreja e seu espaço para “evangelizar” os povos. A Igreja era uma espécie de apoio ao Estado em auxiliar a colonizar os povos da época, principalmente os indígenas.
No Brasil Monárquico, a Constituição Imperial de 1824 sendo a Lei Vigente, o Catolicismo era a religião oficial, no entanto, mesmo naquela época, havia a liberdade para a prática de cultos, desde que não ultrapassasse a localização que estes cultos eram realizados (travam-se das religiões africanas, trazidas pelos escravos). Grande número desses escravos eram os chamados escravos malês, que praticavam o Islamismo e praticavam sua religião no anonimato.
A Constituição Republicana de 1891 (Período da República Velha) trouxe a previsão de que o Brasil seria uma Nação laica, em resposta a pedido da sociedade e contando com renomes da época, como, Rui Barbosa, que diz: “De todas as liberdades sociais, nenhuma é tão congenial ao homem, e tão nobre, e tão frutificativa, e tão civilizadora, e tão pacífica, e tão filha do Evangelho, como a liberdade religiosa” [12]. A Constituição de 1934 continuou com o mesmo pensamento em relação ao direito da liberdade de religião seguindo a Carta de 1981, no entanto a Constituição de 1937 determinou que a liberdade religiosa fosse um direito comum para todos.
O Texto Constitucional de 1946 traz novo dimensionamento sobre a relação entre Igreja e Estado. Considerando que fora ultrapassado o período de desconfiança do Estado para com a Igreja Católica pelo que esta poderia representar de perigo para rivalizar com o poder político estatal. Tratava-se, naquele instante, de admitir a colaboração dos segmentos religiosos em prol da prevalência do interesse público. Os principais avanços que a Constituição de 1946 trouxe foram a recusa, por convicção religiosa, quanto ao cumprimento de obrigação a todos imposta não implicaria a perda de qualquer direito, exceto se o indivíduo se eximisse também de satisfazer obrigação alternativa prevista em lei, e, por outro lado, direito à prestação religiosa nos estabelecimentos de internação coletiva, como os presídios, por exemplo.
Em se tratando das Constituições de 1967 e 1969, cabe ressaltar que a única novidade presenciada, e assim mesmo pertinente ao último deles, se refere à inclusão do credo religioso como gênero, tal qual o sexo, raça, trabalho e convicções políticas (§ 1º, art. 153, CF), impedindo-se a consumação de desequiparações fortuitas fundadas igualmente na opção religiosa.
E por fim a vigente Constituição de 1988 trouxe maior benefício concernente à liberdade religiosa, pois não está subordinada à ordem públicanem aos bons costumes sociais. E a extensão desse quesito vale até para os que não creem em nenhum credo ou divindade – os ateus. Ou seja, mediante ao resumo das constituições exposto acima, tem-se que a liberdade religiosa, para a atual Constituição, é um direito tutelado como garantia fundamental ao cidadão, prevista em seu artigo 5º.
Poderes de estado previstos na constituição de 1824
A primeira constituição brasileira vigorou de 1824 até 1891. Nessa constituição os poderes do Estado brasileiro eram quatro. O texto constitucional explica da seguinte forma os poderes e as suas atribuições:
- seguia-se a concepção que a divisão, e harmonia dos Poderes Políticos é o princípio conservador dos Direitos dos Cidadãos, e o mais seguro meio de fazer efetivas as garantias, que a Constituição oferece.
- os Poderes Políticos reconhecidos pela Constituição do Império do Brasil são : o Poder Legislativo, o Poder Moderador, o Poder Executivo, e o Poder Judicial (atualmente chamado de Judiciário).
- os Representantes da Nação Brasileira são o Imperador, e a Assembléia Geral.
- Todos estes Poderes no Império são delegações da Nação, ou seja, do povo.
O Poder Legislativo.
O Poder Legislativo é delegado à Assembléia Geral, que compõe-se de duas Câmaras: a Câmara de Deputados, e o Senado.
A Assembléia Geral tinha, dentre as suas atribuições, os seguintes elementos:
Resolver as dúvidas sobre a sucessão da Corôa.
Receber o juramento do Imperador.
- Fazer Leis, interpretá-las, suspende-las, e revogá-las.
- Zelar pela guarda da Constituição, e promover o bem geral do Nação.
- Fixar anualmente as despesas públicas, e repartir a contribuição direta (lei de orçamento).
- Regular a administração dos bens Nacionais, e decretar a sua alienação.
- Conceder, ou negar a entrada de forças estrangeiras de terra e mar dentro do Império, ou dos portos dele.
Autorizar ao Governo, para contrair empréstimos.
O Poder Moderador.
O Poder Moderador é a chave de toda a organização Política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que zele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos mais Poderes Políticos.
O Imperador é inviolável, e não está sujeito a responsabilidade alguma.
As atribuições do Poder Moderador são, dentre outras:
- Nomear os Senadores.
- Sancionar os Decretos, e Resoluções da Assembléia Geral, para que tenham força de Lei. (poder de veto)
- Aprovar e suspendendo interinamente as Resoluções dos Conselhos Provinciais.
- Prorrogar, adiando a Assembléia Geral, e dissolvera a Câmara dos Deputados, nos casos, em que o exigir a salvação do Estado.
- Nomear, e demitindo livremente os Ministros de Estado.
- Perdoar e moderar as penas impostas e os Réus condenados por Sentença.
- Conceder Amnistia em caso urgente, e que assim aconselhem a humanidade,e bem do Estado.
Do Poder Executivo
O Imperador é o Chefe do Poder Executivo, e o exercita pelos seus Ministros de Estado.
São suas principais atribuições:
- Nomear Bispos, e prover os Benefícios Eclesiásticos.
- Nomear Magistrados.
- Dirigir as Negociações Politicas com as Nações estrangeiras.
- Declarar a guerra, e fazer a paz, participando á Assembléia as comunicações, que forem compatíveis com os interesses, e segurança do Estado.
- Expedir os Decretos, Instruções, e Regulamentos adequados á boa execução das Leis.
- Decretar a aplicação dos rendimentos destinados pela Assembléia aos vários ramos da publica Administração.
Prover a tudo, que for concernente à segurança interna (poder de polícia), e externa do Estado, na forma da Constituição.
O Poder Judicial (Judiciário) 
O Poder Judiciário é independente, e composto de Juizes, e Jurados, os quais julgam em âmbito Civil e Penal pelo modo, que os Códigos determinam.
Todos os Juizes de Direito, e os Oficiais de Justiça são responsáveis pelos abusos de poder, e prevaricações, que cometerem no exercício de seus Empregos.
'' Constituição da Mandioca '' 
Aconteceu no dia 3 de Junho de 1822 sob convocação do então príncipe-regente D. Pedro, (D. Pedro I) e tinha o objetivo de elaborar a primeira constituição brasileira. D. Pedro I declarou que aceitaria a carta constitucional contanto que ela fosse digna do país e do imperador. Somente após a proclamação da Independência, esta assembleia começou a ser realmente praticada, já que sua real intenção era a elaboração da constituição para o novo Estado soberano.
Esta constituição ficou conhecida como “Constituição da Mandioca”, pois segundo ela só poderiam ser eleitores ou candidatos aqueles que tivessem certa renda equivalente a 150 alqueires de farinha de mandioca. Mostrava, desta forma, que defendia os interesses da elite agrária e mantinha o trabalho escravo, sendo dada ao governo a responsabilidade sobre esta mão de obra escravista.
Começou a partir daí uma disputa de poderes entre os que defendiam poderes absolutos para D. Pedro I, o chamado partido português, e os que exigiam que o imperador se submetesse ao parlamento, o chamado partido brasileiro. Sendo o primeiro projeto de constituição do país, foi marcada pelas influências das constituições europeias, fato que justifica a organização dos três poderes:
Poder Executivo: poder exercido pelo imperador, no caso D. Pedro I, e seus ministros de Estado.
Poder Legislativo: constituido pela Assembleia Geral, ou seja, pelos deputados e senadores, sendo os primeiros eleitos de quatro em quatro anos, e os segundos com mandato vitalício.
Poder Judiciário: composto pelos juízes e pelos tribunais. Seu órgão máximo, como o é até hoje, era o Supremo Tribunal de Justiça.
Constava, pois, no projeto da constituição, o predomínio do poder legislativo sobre o executivo, o que contrariou profundamente D. Pedro I, já que tinha ideais absolutistas e centralizadores. Por conta deste fato, ainda no mesmo ano, em 12 de novembro, o imperador, usando forças militares, cercou e dissolveu a Assembleia Constituinte pois não aceitou ter seus poderes limitados. Este episódio ficou conhecido como a “Noite da Agonia”. Aqueles que reagiram ao golpe do imperador foram presos e expulsos do país.
Juízes Ordinários no Brasil no século xvi: como se dava sua escolha 
Com a chegada da corte real ao Brasil, vieram, também, os juízes, que eram chamados de ouvidores do cível e ouvidores do crime (o nome variava conforme a especialidade que julgavam). Estes juízes formaram o que denominou-se Casa da Justiça da Corte. 
Além das Ordenações, as fontes normativas utilizadas pelo judiciário da época eram:
“Lex Romana Wisigothorum – direito comum dos povos germânicos; 
Privilégios – direitos assegurados aos nobres pelos reis; 
Forais – leis particulares locais, asseguradas pelos reis.”6
Com a expansão do reino pela reconquista do território da península ibérica aos mouros, e a uniformização das normas legais, consolidadas nas Ordenações do Reino (Afonsinas de 1480, Manoelinas de 1520 e Filipinas de 1603), foram surgindo outras figuras para exercerem a função judicante e aplicarem as diversas formas normativas:
Juízes da Terra (ou juízes ordinários) – eleitos pela comunidade, não sendo letrados, que apreciavam as causas em que se aplicavam os forais, isto é, o direito local, e cuja jurisdição era simbolizada pelo bastão vermelho que empunhavam (2 por cidade).
Juízes de Fora (figura criada em 1352) – nomeados pelo rei dentre bacharéis letrados, com a finalidade de serem o suporte do rei nas localidades, garantindo a aplicação das ordenações gerais do Reino.
Juízes de Órfãos – com a função de serem guardiões dos órfãos e das heranças, solucionando as questões sucessórias a eles ligados.
Provedores – colocados acima dos juízes de órfãos, para o cuidado geral dos órfãos, instituições de caridade (hospitais e irmandades) e legitimação de testamentos (feitos, naquela época, verbalmente, o que gerava muitos problemas). 
Corregedores – nomeados pelo rei, com função primordialmente investigatória e recursal, inspecionando, em visitas às cidades e vilasque integravam sua comarca, como se dava a administração da Justiça, julgando as causas em que os próprios juízes estivessem implicados.
Desembargadores - magistrados de 2ª instância, que apreciavam as apelações e os recursos de suplicação (para obter a clemência real). Recebiam tal nome porque despachavam ("desembargavam") diretamente com o rei as petições formuladas pelos particulares em questões de graça e de justiça, preparando e executando as deciões régias. Aos poucos, os reis foram lhes conferindo autoridade para tomar, em seu nome, as decisões sobre tais matérias, passando a constituir o Desembargo do Paço.
A Casa da Justiça da Corte passou, então, a se chamar Casa da Suplicação, mudando também sua função, constituindo-se um tribunal de apelação. 
A Casa da Suplicação era formada por duas mesas, uma cívil (do Cívil) e uma criminal (do Crime), também conhecida como “casinha” e formalmente chamada de Desembargo do Paço (julgava as apelações criminais onde a pena imputada fosse a pena de morte, podendo ser agraciada, ou não, com a concessão da clemência real.
Em 1521 o Desembargo do Paço transformou-se em corte independente e especial. 
Em 1532 foi criada a Mesa de Consciência e Ordens para resolver os casos jurídicos e administrativos que contavam com foro privilegiado, que eram os que referiam-se às ordens militar-religiosas: Ordem de Cristo, Ordem de Avis e Ordem de Santiago.
Com o tempo a Mesa de Consciência e Ordens excedeu suas funções e passou a julgar as causas eclesiásticas que envolviam os clérigos do reino. 
Com a instituição dos Tribunais de Relação8 como cortes de 2ª instância, a Casa da Suplicação passou a ser a Corte Suprema para Portugal e as Colônias.
“Assim, a Casa da Suplicação passou a ser o intérprete máximo do direito português, constituindo suas decisões assentos que deveriam ser acolhidos pelas instâncias inferiores como jurisprudência vinculante.”9 
O Corregedor ou o Provedor é quem decidia o que podia ser considerado como instância última (a indicação das instâncias recursais variava pelo valor da causa) e, conforme o valor, a apelação poderia ser direta para o Tribunal de Relação.
“Essa é a origem do instituto da alçada como limite valorativo para revisão de determinada decisão.
Principais características da colonização portuguesa no Brasil
Embora os portugueses tenham chegado ao Brasil em 1500, o processo de colonização do nosso país teve início somente em 1530. Nestes trinta primeiros anos, os portugueses enviaram para as terras brasileiras algumas expedições com objetivos de reconhecimento territorial e construção de feitorais para a exploração do pau-brasil. Estes primeiros portugueses que vieram para cá circularam apenas em territórios litorâneos. Ficavam alguns dias ou meses e logo retornavam para Portugal. Como não construíram residências, ou seja, não se fixaram no território, não houve colonização nesta época.
Neste período também ocorreram os primeiros contatos com os indígenas que habitavam o território brasileiro. Os portugueses começaram a usar a mão-de-obra indígena na exploração do pau-brasil. Em troca, ofereciam objetos de pequeno valor que fascinavam os nativos como, por exemplo, espelhos, apitos, chocalhos, etc.
O início da colonização
Preocupado com a possibilidade real de invasão do Brasil por outras nações (holandeses, ingleses e franceses), o rei de Portugal Dom João III, que ficou conhecido como “o Colonizador”, resolveu enviar ao Brasil, em 1530, a primeira expedição com o objetivo de colonizar o litoral brasileiro. Povoando, protegendo e desenvolvendo a colônia, seria mais difícil de perdê-la para outros países. Assim, chegou ao Brasil a expedição chefiada por Martim Afonso de Souza com as funções de estabelecer núcleos de povoamento no litoral, explorar metais preciosos e proteger o território de invasores. Teve início assim a efetiva colonização do Brasil.
Nomeado capitão-mor pelo rei, cabia também à Martim Afonso de Souza nomear funcionários e distribuir sesmarias (lotes de terras) à portugueses que quisessem participar deste novo empreendimento português.
Início da colonização
A colonização do Brasil teve início em 1530 e passou por fases (ciclos) relacionadas à exploração, produção e comercialização de um determinado produto.
Vale ressaltar que a colonização do Brasil não foi pacífica, pois teve como características principais a exploração territorial, uso de mão-de-obra escrava (indígena e africana), utilização de violência para conter movimentos sociais e apropriação de terras indígenas.
Ciclo do Açúcar (séculos XVI e XVII)
Grandes quantidades de açúcar eram produzidas nos engenhos estabelecidos na região Nordeste. O produto era exportado, principalmente para o mercado europeu, enriquecendo os senhores de engenho e engordando os cofres da corte portuguesa. A mão-de-obra escrava africana foi usada em larga escala.
Nesta época, muitos portugueses com recursos econômicos vieram para o Brasil para administrar engenhos de açúcar ou ocupar cargos públicos.
Ciclo do Ouro (século XVIII)
Embora o processo de colonização tenha sido praticamente todo efetivado nos séculos XVI e XVII, podemos considerar que ele foi finalizado no século XVIII com a descoberta de minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. A “corrida do ouro” trouxe ao Brasil milhares de portugueses em busca de um enriquecimento rápido. Nesta época muitas cidades foram fundadas e a região central do Brasil começou a ser povoada.
 
Busca da Modernidade pelo Brasil em 1850
Pode-se dizer que a reflexão sociológica no Brasil sempre se preocupou com a natureza, o sentido e os des­dobramentos da modernização. O pensamento social do século XIX e o ensaísmo dos primeiros intérpretes do Brasil já se mostravam completamente absorvidos por essa dimensão. E por que, afinal de contas, a preocupação com a modernização mobilizou nesse país tantos intelectuais? O tema da modernização ganha contornos dramáticos no Brasil à medida que, diferentemente dos Estados-Nações europeus que se constituíram no decurso de séculos, nosso processo de independência política demandava a construção de um Estado e de uma nação como forma de legitimação e soberania, e isso num curto espaço de tempo. Além disso, a ausência de um efetivo processo revolucionário tornou ainda mais problemática a nossa experiência de modernização. No texto deste material, abordaremos algumas dimensões do complexo tema da nossa modernização, de forma que se possa compreender sociologicamente seus distintos significados.
Intenso processo de transformação.
Visualize o Brasil em 1850, na metade do século XIX. Tente imaginar como viviam as pessoas daquele tempo. Em 1850, por exemplo, ainda não havia sequer dados confiáveis sobre a popula­ção, pois o primeiro recenseamento geral do Brasil foi feito em 1872: naquele ano, o país tinha 9 930 478 habitantes. Crescemos a uma taxa média de 2,91% ao ano a partir de 1900, até chegarmos a 169 milhões de habitantes em 2000. Até 1960, a maior parte da população vivia no campo (64% em 1950, 55% em 1960). Somente em 1970, a população urbana superou a rural (56% viviam nas cidades, contra 44% no campo), até atingirmos a marca de 81% da população urbana em 2000. Se a população sofreu tamanha mudança, o mesmo pode ser dito a respeito do processo mais amplo de modernização capitalista. Deixamos de ser uma economia exclusivamente agrária há muito tempo e instauramos um parque industrial moderno e competitivo. Contudo, apesar de avanços consideráveis do ponto de vista económico, sobrevivem padrões de desigualdade que, em determinadas regiões do país, mais se assemelham ao período escravista.
* Urbanização intensa
* formação do proletariado
* mercado consumidor interno
* industrialização
* crescimento das editoras
* formação nas universidades
O processo de modernização leva a necessidade de um repensar sobre as estruturas sociais e políticas vigentes.
Reforma eleitoral de 1881: lei Saraiva 
O Decreto nº 3.029, de 9 de janeiro de 1881, que teve como redatorfinal o Deputado Geral Rui Barbosa, também ficou conhecido como "Lei Saraiva". Deveu-se tal denominação à homenagem feita ao José Antônio Saraiva, Ministro do Império, que foi o responsável pela primeira reforma eleitoral do país.
O referido decreto instituiu, pela primeira vez, o "Título de Eleitor", proibiu o voto de analfabetos, além de ter adotado eleições diretas para todos os cargos eletivos do Império: senadores, deputados à Assembleia Geral, membros das Assembleias Legislativas Provinciais, vereadores e juízes de paz.
Estabeleceu ainda que os imigrantes de outras nações, em particular comerciantes e pequenos industriais, e também os que não fossem católicos, religião oficial do Império, poderiam se eleger, desde que possuísse renda não inferior a duzentos mil réis. Segundo Raimundo Faoro, havia em 1872, 1.089.659 votantes (eleitores de paróquia), cerca de 10% da população do País, e apenas 20.006 eleitores (eleitores de província), isto é, 0,2% da população brasileira. Na primeira eleição sob o império da lei Saraiva, em 31 de outubro de 1881, compareceram 96.411 eleitores, para um eleitorado de 145.296, menos de 1,5% da população e menos de 1%, se considerados os eleitores comparecentes.
O Império brasileiro era, antes da Lei Saraiva, um dos países mais democráticos do mundo. Os eleitores na década de 1870 somavam 10% da população. Na mesma década, no Chile 1%; Itália 2%; Reino Unido 7%; Portugal 8%; Alemanha 9%. Apenas os Estados Unidos, a França e Espanha superavam o Brasil, com 16%, 20% e 24% da população respectivamente.
Código Civil de 1916: previsão liberal (econômica) e conservadora (comportamento social) 
Ao longo dos séculos, durante um longo processo histórico-evolutivo, principalmente nos países de tradição romano-germânica, adeptos da civil law, o direito civil espelhou uma forma de privilegio normativo do indivíduo. Assim, associava-se à tutela absoluta da propriedade privada e da liberdade contratual, sem qualquer viabilidade de mitigação.
De tal forma, a diferença entre direito público e privado se apresentava de maneira bem acentuada, tanto que, para o professor Paulo Luiz Netto Lôbo, “nenhum ramo do direito era mais distante do direito constitucional do que ele. Em contraposição à constituição política, era cogitado como Constituição do homem comum, máxime após o processo de codificação liberal”.
O Código Civil de 1916, nascido sob a égide do liberalismo econômico, buscava resguardar os direitos e liberdades individuais contra a intervenção estatal, plasmando um modelo estático do Direito Civil, adverso às mudanças sociais, políticas e econômicas, naturais ao longo do tempo. Nesse sentido, em seu perfil oitocentista, o direito civil compenetrava-se na proteção patrimonial, lastreado em pilares de um regime dedicado à aquisição de bens e a circulação de riquezas.
Não obstante, o Estado liberal, nas primeiras décadas do século XX, mostrava-se decadente. Foi neste interim que “a percepção de que o ordenamento jurídico deveria agir para atenuar desigualdades e libertar indivíduos de necessidades propiciou o surgimento do intervencionista Estado social, o welfare state”. O referido processo histórico ensejou na construção da codificação de 2002, que nasceu fincado em diretrizes fundamentais bem definidas, marcando a nova maneira de se pensar o Direito Civil, em especial, com a inserção de uma nova principiologia, baseada na eticidade, socialidade e operabilidade.
De forma breve, o princípio da eticidade está relacionado à valorização das condutas éticas, leais, de boa-fé. Exemplo disso é o abuso do direito previsto no art. 187 (cláusula geral de ilicitude), sendo uma das consequências do descumprimento da boa-fé objetiva no exercício de um direito subjetivo. Além disso, outro dispositivo que privilegia a eticidade é o art. 422, estabelecendo que a boa-fé deve ser observada em todas as fases do contrato, inclusive em sua execução.
Com o princípio da solidariedade, o Código Civil de 2002 buscou romper com aquele sistema individualista e patrimonialista que imperou durante décadas. O contrato passou ser norteado pela função social, não mais só pelos interesses das partes, mitigando sensivelmente o postulado da pacta sunt servanda. Por último, o princípio da operabilidade trouxe a ideia de efetividade, ou concretude do Direito Civil, adotando a concepção de sistema aberto, através, especialmente, das cláusulas gerais. Com efeito, é oportuno acrescentar queo constitucionalismo e a codificação (especialmente os códigos civis) são contemporâneos do advento do Estado liberal e da afirmação do individualismo jurídico. Cada um cumpriu seu papel: um, o de limitar profundamente o Estado e o poder político (Constituição), a outra, o de assegurar o mais amplo espaço de autonomia aos indivíduos, nomeadamente no campo econômico (codificação).
Desta feita, em apertada síntese, o Direito Civil oitocentista “tratava de regular, do ponto de vista formal, a atuação dos sujeitos de direito (contratante, proprietário, marido e o testador) em todas as suas dimensões. Eis a filosofia do século XIX que marcou a elaboração do tecido normativo consubstanciado no código civil de 1916”. Esse arcabouço traçado pelo individualismo, contudo, repise-se, passou a ser redefinido gradualmente no início do século XX, na Europa, com o welfare state (Estado Social).
A ideologia social, traduzida em valores de justiça social ou distributiva, passou a dominar o cenário constitucional à época, chegando ao Brasil a partir da década de 30 através de variados fenômenos, tais como a intervenção estatal na economia e a limitação da autonomia da vontade. “Ao lado disso, intensifica-se o processo legislativo em matéria civil, quebrando o caráter fechado, monolítico, do Código Civil, com a formação de microssistemas jurídicos.” É o que a doutrina convencionou chamar de descodificação do direito civil, isto é, foram extraídas matérias do texto codificado passando a serem reguladas por diplomas legais específicos. O monopólio do Código Civil abriu espaço para uma “realidade fragmentada e pluralista, através de estatutos autônomos, situados hierarquicamente ao lado da codificação e não submissos a ela”.
Em decorrência dessa corrosão da codificação civilista ocorreu uma verdadeira migração dos princípios gerais e regras atinentes às instituições privadas para o Texto Constitucional. Assumiu a Carta Magna um verdadeiro papel reunificador do sistema, passando a demarcar os limites da autonomia privada, da propriedade, do controle de bens, da proteção dos núcleos familiares etc.
Nesse ensejo, o advento da Constituição da República de 1988 foi fundamental para o surgimento, no Brasil, do fenômeno conhecido como a Constitucionalização do Direito Civil, sujeitando às normas e institutos próprios do direito civil à legalidade constitucional. Como corolário lógico, a Codificação de 1916, em sua perspectiva patrimonialista e individualista, restou superada, abrindo espaço para um novo Código Civil, instituidor de referenciais mais próximos dos valores veiculados pela Constituição da República, prestigiando, em especial, os direitos e garantias fundamentais. Em outras palavras, experimentamos o pós-positivismo jurídico, exaltando a tábua axiológica da Constituição da República e o término do legalismo estrito.
O Ato Adicional de 1834 foi uma medida legislativa tomada durante a Regência Trina Permanente, contemplando os interesses dos grupos liberais. O Ato Adicional alterava a Constituição de 1824 e foi uma tentativa de conter os conflitos entre liberais e conservadores nas disputas pelo poder político central.
No dia 12 de agosto de 1834, os membros da Câmara dos Deputados estabeleceram um conjunto de mudanças que afetaram diretamente as diretrizes da Constituição de 1824. Nesse dia, o chamado Ato Adicional aprovou uma série de mudanças que refletiam bem o novo cenário político experimentado. Agora, sem a intervenção do poder régio, as tendências políticas presentes, representadas pelas alas liberal e conservadora, tentavamse equilibrar no poder.
Nessa época, o papel político a ser desempenhado pelas províncias e pelo Poder Executivo era alvo de infindáveis discussões que colocavam esses dois grupos políticos em oposição. Por um lado, os conservadores defendiam os moldes da monarquia constitucional e as suas diretrizes políticas centralizadoras. Em contrapartida, os liberais acreditavam que os poderes régios deveriam sofrer limitações e que as províncias deveriam ter maior autonomia.
Na disputa entre essas facções políticas, o Ato Adicional seria uma maneira de se firmar um compromisso político que estivesse acima das rixas de cada grupo. Em primeiro aspecto, essa reforma da constituição autorizou cada uma das províncias a criar uma Assembleia Legislativa. Por meio dessa medida, os representantes políticos locais poderiam instituir a criação de impostos, controlarem as finanças e determinarem os membros do funcionalismo público.
Inicialmente, essa conquista parecia simbolizar uma expressa vitória política dos liberais, contudo, essas assembleias ainda se viam subordinadas aos mandos do presidente da província, que era escolhido pela indicação do governo central. Além disso, havia uma recomendação em que as províncias não deveriam se contrapor às deliberações provenientes da administração regencial. Dessa forma, observamos que a autonomia das províncias era cercada por uma infindável série de limites.
Essa mesma sensação contraditória se desenvolvia com a extinção do Conselho de Estado, mais uma das determinações criadas pelo Ato Adicional. Primordialmente, a extinção do Conselho de Estado dava fim àquele grupo de assessores políticos que auxiliavam o imperador no exercício do autoritário Poder Moderador. Porém, a preservação da duração vitalícia do cargo de Senador apontava a manutenção de um privilégio que agradava aos políticos conservadores.
Outra importante reforma que o Ato Adicional estipulou foi a extinção da Regência Trina e a escolha de apenas um representante para ocupar o cargo regencial. Com a formação da chamada Regência Una, vários candidatos se dispuseram a ocupar o novo cargo do poder executivo. Organizada por meio de eleições diretas e voto censitário, a escolha do regente, apesar de ser uma manifestação de tendência liberal, foi marcada por fraudes denunciadas em várias regiões do território nacional.
Alguns anos mais tarde, ainda se sentido prejudicados pelas liberdades oferecidas pelo Ato Adicional, os conservadores estipularam uma reação a essa primeira reforma da constituição. Em 1840, sob o domínio do regente conservador Araújo Lima, foi instituída a Lei de Interpretação do Ato Adicional. Segundo seus ditames, essa lei revogou o direito legislativo das províncias e estabeleceu que a Polícia Judiciária fosse controlada pelo Poder Executivo Central.
Sistema Common Law
Common Law é um termo utilizado nas ciências jurídicas para se referir a um sistema de Direito cuja aplicação de normas e regras não estão escritas mas sancionadas pelo costume ou pela jurisprudência. Tal forma de Direito tem origem na concepção do direito medieval inglês que, ao ser ministrado pelos tribunais do reino, refletia os costumes comuns dos que nele viviam. Este sistema legal vigora no Reino Unido e em boa parte dos países que foram colonizados por este país.
Uma das principais características do Common Law é de que as questões devem ser resolvidas tomando-se como base sentenças judiciais anteriores, ao contrário de preceitos legais fixados antecipadamente, como ocorre no sistema romano-germânico, utilizado por vários outros países, entre eles o Brasil. A reunião de sentenças judiciais sobre várias situações semelhantes permite extrair regras gerais que geram precedentes e que se convertem em orientações para o julgamento futuro dos juízes, em casos análogos.
O Common Law representa a lei dos tribunais, como expresso em decisões judiciais. Além do sistema de precedentes judiciais, outras características do direito comum são julgamento por júri e da doutrina da supremacia da lei.
Dentro do sistema Common Law, as disputas são resolvidas através de uma troca de contraditório de argumentos e provas. Ambas as partes apresentam seus casos perante um elemento julgador neutro, seja um juiz ou um júri. Este juiz ou júri avalia a evidência, aplica a lei adequada aos fatos, e elabora uma sentença em favor de uma das partes. Após a decisão, qualquer das partes pode recorrer da decisão a um tribunal superior. Tribunais de apelação neste sistema jurídico podem rever sentenças apenas de direito, e não determinações de fato.
Sob a Common Law, todos os cidadãos, incluindo os funcionários de mais alto escalão do governo, estão sujeitos ao mesmo conjunto de leis, e o exercício do poder do governo é limitado a essas leis. O Poder Judiciário pode rever a legislação, mas apenas para determinar se ele está de acordo com normas constitucionais.
Todo o Canadá, exceto por Quebec e todos os Estados Unidos exceto pela Louisiana seguem este sistema jurídico. Nos EUA, os estatutos estaduais geralmente prevêem que a Common Law, a equidade e estatutos em vigor na Inglaterra em 1603 (primeiro ano do reinado de Jaime I) deverão ser considerados como integrantes do corpus jurídico. Decisões posteriores dos tribunais ingleses têm apenas a validade persuasiva.
Voto feminino no Brasil
O dia 24 de fevereiro foi um marco na história da mulher brasileira. No código eleitoral Provisório (Decreto 21076), de 24 de fevereiro de 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, o voto feminino no Brasil foi assegurado, após intensa campanha nacional pelo direito das mulheres ao voto. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. Fruto de uma longa luta, iniciada antes mesmo da Proclamação da República, foi ainda aprovado parcialmente por permitir somente às mulheres casadas, com autorização dos maridos, e às viúvas e solteiras que tivessem renda própria, o exercício de um direito básico para o pleno exercício da cidadania. Em 1934, as restrições ao voto feminino foram eliminadas do Código Eleitoral, embora a obrigatoriedade do voto fosse um dever masculino. Em 1946, a obrigatoriedade do voto foi estendida às mulheres.
A primeira mulher a ter o direito de votar no Brasil foi Celina Guimarães Viana. E isso bem antes do Código Eleitoral de 1932. Aos 29 anos, Celina pediu em um cartório da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para ingressar na lista dos eleitores daquela cidade. Junto com outras seguidoras, Celina votou nas eleições de 5 de abril de 1928. Formada pela Escola Normal de Natal, Celina aproveitou a Lei n◦ 660, de outubro de 1927, que estabelecida as regras para o eleitorado solicitar seu alistamento e participação. Em todo o país, o estado potiguar foi o primeiro a regulamentar seu sistema eleitoral, acrescentando um artigo que definia o sufrágio sem ‘distinção de sexo’. O caso ficou famoso mundialmente, mas a Comissão de Poderes do Senado, não aceitou o voto. No entanto, a iniciativa da professora marcou a inserção da mulher na política eleitoral. 
Cinco anos antes de aprovado o Código Eleitoral Brasileiro, que estendia as mulheres o direito ao voto, no sertão do Rio Grande do Norte, já ocorrera à eleição de uma prefeita. A fazendeira Alzira Soriano de Souza, em 1928, se elegeu na pequena cidade de Lajes, cidade pioneira no direito ao voto feminino. Mas ela não exerceu o mandato, pois a Comissão de Poderes do Senado impediu que Alzira tomasse posse e anulou os votos de todas as mulheres da cidade isto porque a participação de mulheres na eleição fora autorizada excepcionalmente graças a uma intervenção do candidato a presidente da província, Juvenal Lamartine. 
Nas eleições de 1933, a médica, escritora e pedagoga Carlota Pereira de Queirós foi eleita, tornando-se a primeira mulher deputada federal brasileira. Ela participou dos trabalhos na Assembléia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935. Médica formada pela Universidade de SãoPaulo em 1926, com a tese ‘Estudos sobre o Câncer’ a Doutora Carlota organizou um grupo de 700 mulheres e junto com a Cruz Vermelha deu assistência a centenas de feridos que chegavam das frentes de batalha. Em 1950, fundou a Academia Brasileira de Mulheres Médicas. Na foto, Carlota com Armando de Salles Oliveira, engenheiro e político brasileiro, interventor federal em São Paulo e depois governador eleito pela Assembléia Constituinte em 1935.
'' Pacta sunt servanda'' vc '' boa fé'' (ética, justiça e honestidade)
Desde 1990, com a promulgação do Código de Defesa do Consumidor, o princípio da boa-fé objetiva vem ganhando força e aplicação no ordenamento jurídico pátrio. Trata-se de um princípio fundamental nas relações de consumo.
Após, em 2002, com o advento do novo Código Civil, a boa-fé objetiva ficou consagrada na legislação civil brasileira. A partir de então, não só as relações de consumo, mas todas as relações contratuais passaram a ser regidas pelo princípio da boa-fé.
A boa-fé é objetiva, adotada pelo Código de Defesa do Consumidor (artigos 4º, III e 51, IV), consiste em um dever de conduta, tanto para o consumidor como para o fornecedor, determina que ambas as partes ajam, no curso da relação de consumo, de forma leal e honesta. A finalidade da boa-fé objetiva, para Rizzato Nunes, é estabelecer um equilíbrio nas relações de consumo (p.132).
O autor Fabio Vieira Figueiredo, afirma que este padrão de comportamento deve ser seguido por ambas as partes em todas as fases do contrato de consumo, na sua criação, no seu cumprimento e mesmo após sua extinção (p. 47).
No Código Civil, o dever se observar a boa-fé está expressamente disposto no artigo 422. Na mesma esteira do Código de Defesa do Consumidor, o princípio da boa-fé traduz-se no dever de agir com lealdade, lisura e ética com o outro sujeito da relação. Tais condutas devem ser observadas durante toda a negociação, no pré-contrato e também após o fim da negociação (pós-contratual).
De acordo com o jurista Paulo Luiz Netto Lobo, a boa-fé objetiva é regra de conduta dos indivíduos nas relações jurídicas obrigacionais e consagra a valorização da ética e dos bons costumes, incentivando um equilíbrio na conduta das partes (p. 193).
Nota-se, desta forma, um avanço nas relações negociais. Com o advento do princípio da boa-fé objetiva, a rigidez da autonomia da vontade (pacta sunt servanda) acabou sendo flexibilizada. Antes, a obrigatoriedade dos contratos tinha caráter absoluto por determinação legal. Desta forma, o conteúdo do acordo de vontades era irretratável (pacta sunt servanda).
No entanto, conforme será abordado na sequência através da análise de um julgado do Superior Tribunal de Justiça, a autonomia da vontade não foi abolida do ordenamento jurídico. Agora, com o princípio da boa-fé objetiva, o legislador buscou limitar e relativizar os efeitos da pacta sunt servanda. Ou seja, os contratos não são mais imutáveis e dependendo das condições contraídas em uma das fases da negociação, as regras podem ser alteradas.
Observa-se uma nova tendência doutrinária e jurisprudencial na análise de casos concretos em que pende de um lado o princípio da autonomia privada, e do outro, o princípio da boa-fé objetiva. Esta nova inclinação encontra fundamento na positivação do princípio da boa-fé objetiva no ordenamento jurídico vigente, em especial, no Código Civil de 2002.
Com o advento da referida norma, passou-se a aplicar a boa-fé objetiva não somente nas relações de consumo, mas também nas relações civis e contratuais em geral, onde o mencionado princípio atua de forma imperativa. Não somente com a finalidade de dever de conduta, mas também visa estabelecer um equilíbrio nas relações jurídicas, de forma a não prejudicar nenhuma das partes envolvidas.
Foi abordado no presente exercício acadêmico, com embasamento doutrinário, que os contratantes - sejam eles consumidores ou não - devem observar o princípio da boa-fé na condução de suas relações jurídicas, em sua totalidade. Isto é, desde o momento da criação da obrigação/relação de consumo, no seu cumprimento e na sua extinção. Entendimento este firmado no artigo 422 do Código Civil de 2002.
Por isso, é possível se afirmar que com a atual aplicação do princípio da boa-fé objetiva aos contratos em geral, houve uma flexibilização do princípio da autonomia da vontade (pacta sunt servanda). De maneira que anteriormente os contratos eram revestidos de caráter absoluto, sendo a vontade das partes irretratável, e agora, lhes é aplicável uma interpretação mais extensiva e menos rigorosa.
Diante da análise de um julgado norteador do Superior Tribunal de Justiça, conclui-se que houve uma mitigação do princípio da autonomia privada. Contudo, este não foi extirpado do ordenamento pátrio, e sim está sendo aplicado de maneira mais ampla.
Passa-se, no cenário jurídico brasileiro, por uma relativização do princípio da autonomia privada, de forma que este não pode mais ser utilizado para justificar e autorizar um desequilíbrio contratual em desfavor de uma das partes. Não se analisa mais o pacta sunt servanda de forma absoluta, permitindo os juristas, alterações contratuais mesmo quando da constância deste, se forem necessárias para reestabelecer o equilíbrio contratual entre as partes.
Assim, muito embora seja motivo de celebração a positivação do princípio da boa-fé objetiva em nossa legislação, ainda há um grande abismo entre aquilo que está prelecionado na lei e em sua aplicação. Exemplo maior, é a dificuldade de se encontrar julgados que empreguem a boa-fé em contratos que não sejam de matéria consumerista.
Desta forma, ainda é preciso que os tribunais aprofundem-se mais no estudo e prática da relativização do princípio da autonomia da vontade em prol de seus contratantes, em caso de iminente prejuízo.
Obtenção de votos no período da '' República do café com leite'' 
Em 1889 o Brasil deixou de ser uma monarquia e a passou a ser uma República Federativa. Após a proclamação da República seguiram no poder dois presidentes militares, os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Este breve período republicano ficou conhecido como República da Espada. Logo em seguida foi eleito então o primeiro presidente civil da história republicana do Brasil, Prudente de Morais.
A história republicana brasileira começou marcada por acordos entre as elites das principais províncias do país, Minas Gerais e São Paulo, naquela época as unidades da federação não eram chamadas de estados ainda. O fato de o Brasil ter se tornado uma República Federativa permitiu que as províncias desfrutassem de maior poderio político, sendo que este era diretamente representado pelo seu potencial econômico.
Na última década do século XIX, Minas Gerais e São Paulo eram as duas principais províncias do país em termos econômicos. São Paulo já havia consolidado uma situação independente do trabalho escravo de longa data, ainda em torno da metade do reinado de Dom Pedro II os cafeicultores da província já acreditavam que o uso de mão-de-obra compulsória era algo ultrapassado e defendiam o trabalho assalariado e também a utilização de imigrantes na fazenda para substituição dos escravos. Essas características os tornavam contrários ao regime monárquico e apoiadores do movimento republicano. Além disso, tais fatos tornaram a província de São Paulo muito forte politicamente e também economicamente no início do período republicano.
Minas Gerais, por outro lado, embora tenha demorado um pouco mais do que São Paulo a acreditar que a mão-de-obra escrava não era mais vantajosa e consecutivamente retardado a utilização da mão-de-obra assalariada de imigrantes, era uma província de mesmo porte que São Paulo nas questões políticas e econômicas. Além disso, ambas as províncias representavam os maiores currais eleitorais da época, pois naquele momento o voto não era privilégio de todos, somente dos alfabetizados, o que tornava mínimo o contingente da população brasileira apta a votar.
Foi então que se estruturou oficialmente durante o governodo presidente Campos Sales (1898-1902) a chamada Política do Café com Leite. De acordo com a mesma, São Paulo, indicado como maior produtor de café do país, e Minas Gerais, maior produtor de leite no país, uniriam suas forças políticas e econômicas para controlar o cenário político brasileiro através de um revezamento de presidentes no poder. Assim, ora seria um paulista e ora seria um mineiro. As pesquisas atuais indicam que o motivo repetido por várias décadas como base para dar nome a tal política não é bem fundamentado. Na verdade Minas Gerais também era um grande e importante produtor de café e este superava inclusive a produção de leite.
Durante um longo período se revezaram na presidência políticos oriundos do Partido Republicano Paulista ou do Partido Republicano Mineiro, ambos controlavam as eleições, tinham o maior numero na bancada no Congresso Nacional e o maior curral eleitoral. Suas articulações faziam com que contasse com o apoio de elites de outras províncias do país.
Para garantir o resultado das eleições da maneira desejada pelos articuladores da Política do Café com Leite eram utilizadas ferramentas como o coronelismo, o voto de cabresto e a política dos governadores. Naquela época o voto não era secreto e os coronéis de cada região controlavam em quem as pessoas iriam votar. Os coronéis davam seu apoio aos governadores, que apoiavam o presidente e ambos permitiam a continuidade do poder dos coronéis. Assim se formava um governo oligárquico, no qual só tinham acesso ao poder os que faziam parte do grupo dominante.
A Política do Café com Leite chegou ao fim no governo do presidente Washington Luís (1926-1930). Este era paulista e resolveu apoiar para a eleição seguinte outro candidato paulista, Júlio Prestes, rompendo então com o pacto de revezamento entre mineiros e paulistas. A medida causos descontentamento aos mineiros que se uniram com os políticos do Rio Grande do Sul e lançaram outro candidato à presidência, mas foram derrotados porque o grupo dos paulistas fraudou mais as eleições, como já era previsto. Os mineiros não esperaram o presidente eleito tomar posse e organizaram um golpe que levou ao poder Getúlio Vargas em 1930.
Constitução Compromissória: Estado Liberal VS Estado Social
Em 1936, o economista britânico John Maynard Keynes, defensor do intervencionismo, publicou o livro “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o Estado norte-americano passou a aderir com mais intensidade aos ideais intervencionistas, adotando a doutrina keynesiana. Um modelo análogo foi idealizado pelo economista sueco Gunnar Myrdal e posto em prática por países europeus. Deu-se a esse modelo o nome de welfare state (em português, Estado de Bem-estar Social). Trata-se de um governo protagonista na manutenção e promoção do bem-estar político e social do país e de seus cidadãos.
Assim, podemos concluir que a atual organização da República Federativa do Brasil em um Estado Social e Democrático de Direito reúne alguns fundamentos presentes nos três regimes de governo ora analisados: o Liberal, quando adota a supremacia da Constituição, limitando e regulando o Poder Estatal, e assegura o respeito aos direitos individuais dos cidadãos; o Social, na medida em que garante princípios e direitos sociais oponíveis ao Estado, exigindo-lhe uma postura positiva e dirigente; e o Democrático, tendo em vista que busca garantir, efetivamente, a participação popular nas decisões políticas, repudiando qualquer forma de governo autoritário.
Capitanias hereditárias: Carta de Doação e Carta Foral 
Foram leis que regularizavam a posse e os direitos dos donatários sobre as Capitanias Hereditárias no início da colonização portuguesa no Brasil. A Carta de Doação era o documento que comprovava a doação de uma Capitania Hereditária a um donatário pela Coroa Portuguesa. A Carta Foral era o documento que regulamentava os direitos e deveres dos donatários sobre a Capitania que recebiam. Dentre eles, a proibição de revendê-la, a de explorar nela o pau-brasil. Caso fosse encontrado metal precioso, a maior parte deles ficaria com a Coroa. Entre os direitos, ao donatário ficaria o de administrar, o de cuidar da justiça e de doar de sesmarias. Povoar, fundar vilas eram obrigações dos donatários sobre as Capitanias Hereditárias.As capitanias hereditárias eram uma forma de administração do território colonial português na América. Basicamente eram formadas por faixas de terra que partiam do litoral para o interior, comandadas por donatários e cuja posse era passada de forma hereditária.Por motivos de melhor aproveitamento para a administração da colônia, a Coroa Portuguesa delega a exploração e a colonização aos interesses privados, principalmente por falta de recursos de Portugal em manter a sua colônia de além mar.
Ocorre então a divisão do território em capitanias, que iam do litoral até o limite estipulado pelo Tratado de Tordesilhas, um modelo de colonização que tinha obtido sucesso na Ilha da Madeira e em Cabo Verde, na África. A primeira divisão forma a Ilha de São João, colocada sob responsabilidade de Fernando de Noronha em 1504. A iniciativa de colonização utilizando este modelo respondia à necessidade de proteção contra invasores, sobretudo franceses.
De início, foram quinze beneficiários agraciados com capitanias no território da colônia portuguesa. Os escolhidos eram membros da baixa nobreza portuguesa que a Coroa acreditava terem condições para a empreitada de colonização. Esses nobres foram denominados donatários e representavam a autoridade máxima da capitania. O donatário não era dono, mas deveria desenvolver a capitania com recursos próprios, responsabilizando-se por seu controle, proteção e desenvolvimento. Juridicamente, se estruturava o controle da capitania através de dois documentos: Carta de Doação e Carta Foral.
A Carta de doação dava a posse da terra ao donatário e a possibilidade de transmitir essa terra aos filhos, mas não a autorização de vendê-la. O documento dava também uma sesmaria de dez léguas da costa onde se deveria fundar vilas, construir engenhos, garantir a segurança e colonização através do povoamento. Nela definia-se que o donatário era a autoridade máxima judicial e administrativa da capitania. Era ele que controlava a escravização indígena, a aplicação da justiça, penas e recolhimento de impostos. A Carta Foral por sua vez estipulava tributos e a distribuição dos lucros da produção das capitanias, definindo o que pertencia à Coroa e o que pertencia aos donatários.
O sistema foi bom para a Coroa, que amealhava os lucros, mas nem tanto para os donatários. Estes enfrentavam desde o início grandes dificuldades, tendo de desenvolver a colônia com poucos recursos, prejudicados pela distância de Portugal e fustigados por ataques indígenas.
Por conta dessas dificuldades, o modelo não funcionou como o esperado. Vingaram apenas duas Capitanias: Pernambuco e São Vicente. O fracasso do modelo não fez com que a Coroa mudasse seu posicionamento e a estrutura administrativa da colônia. A abolição da hereditariedade foi o primeiro passo nesse sentido, ocorrendo apenas em 1759, definido pelo Marquês de Pombal.
As capitanias hereditárias existiram até 1821. À medida que iam fracassando, voltavam às mãos da Coroa Portuguesa e eram redimensionadas, gerando novas estruturas de administração. O ato de redimensionar as fronteiras das capitanias hereditárias moldou alguns estados litorâneos atuais.
Finalmente, diante dos problemas de administração, a Coroa portuguesa resolve, em 1548, centralizar o poder e nomear um governador geral (Tomé de Sousa) para o Brasil, iniciando uma nova fase da história colonial brasileira.

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