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Evolução da Administração Pública

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Administração Pública 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Marcelo Camacho 
 
 
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Aula 00 
Administração Pública 
Evolução da Administração Pública 
Professor: Marcelo Camacho 
 
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Olá, pessoal! 
Estou aqui para estudar com vocês o conteúdo de ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
para o concurso de AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO DO TCDF. Meu nome 
é Marcelo Camacho, sou Sociólogo e Tecnólogo em Recursos Humanos. Tenho 
46 anos e atuo na área de Recursos Humanos há 20 anos. Atualmente exerço o 
cargo de Analista de Gestão em Saúde, perfil Gestão do Trabalho, na FIOCRUZ, 
aqui no Rio de Janeiro. Também já exerci o cargo de Analista de Ciência & 
Tecnologia, perfil Recursos Humanos, no Instituto Nacional do Câncer (INCA). 
O concurso será organizado pela CESPE! Já é hora de iniciar a preparação! 
Adotarei como base o último edital para este cargo! Resolveremos cerca de 
200 questões da CESPE em três aulas. Isto vai garantir que estejamos 
afiados com estes itens para a prova. As questões trabalhadas serão sempre as 
mais recentes. 
Conseguir a aprovação em um concurso disputado, com bons salários, como 
este exige muita dedicação e atenção em detalhes. 
Adoto a seguinte dinâmica nos meus cursos: apresento alguns pontos teóricos e 
veremos como as bancas cobraram estes assuntos em provas recentes. Além 
de comentar a resposta adequada para cada questão, irei também tecer 
comentários sobre as respostas consideradas erradas. No final da aula eu 
apresento a lista de questões e o gabarito. 
“Ah, Marcelo, mas tem uma parte teórica muito chata e ás vezes extensa!!!”. 
Camaradas, não tem jeito, para dar conta de algumas afirmações precisamos 
entender conceitos. E para isto, precisamos estudar!! Estamos aqui para isto! 
“Ah, mas o que diferencia então dos livros dos autores clássicos da 
Administração, Marcelo?” 
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Pessoal, o diferencial do curso é justamente trazer as perspectivas de diferentes 
autores num único lugar focando as questões da CESPE. 
Recomendo que após o estudo das aulas, refaçam as questões sem consultar os 
gabaritos. A repetição é a mãe da retenção. 
Então, animados? 
Sempre digo que é necessário estudo e persistência pra conseguir aprovação 
em concursos públicos! 
O conteúdo do curso e o cronograma das aulas será o seguinte: 
 
 
Aula Conteúdo Programático Data 
00 1.As reformas administrativas e a redefinição do papel do Estado. 11/04 
01 
1 As reformas administrativas e a redefinição do papel do 
Estado. 1.1 Reforma do Serviço Civil (mérito, flexibilidade e 
responsabilização) e Reforma do Aparelho do Estado. 
11/04 
02 
2 Mudanças institucionais: conselhos, organizações sociais, 
organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), 
agência reguladora, agência executiva. 3 Planejamento e 
avaliação nas políticas públicas: conceitos básicos de 
planejamento. 
18/04 
03 
4 Referencial Estratégico das Organizações. 5 Indicadores de 
desempenho. 5.1 Tipos de indicadores. 5.2 Variáveis 
componentes dos indicadores. 
25/04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
Sumário	
  
1.	
  Modelos	
  de	
  gestão	
  pública:	
  patrimonialista,	
  burocrático	
  e	
  gerencial.	
  ......................................................	
  5	
  
1.1.	
   Paradigma	
  Pós-­‐burocrático	
  ou	
  Administração	
  Gerencial	
  ............................................................	
  20	
  
2.	
  Lista	
  de	
  Questões	
  ....................................................................................................................................	
  29	
  
3.	
  Gabarito	
  ...................................................................................................................................................	
  31	
  
	
  
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
1.	
  Modelos	
  de	
  gestão	
  pública:	
  patrimonialista,	
  burocrático	
  e	
  gerencial.	
  
 
Segundo Bresser Pereira a administração pública em nosso país passou por três 
modelos diferentes: a administração patrimonialista, a administração 
burocrática e a administração gerencial. 
Registre-se que o argumento de Bresser Pereira está fortemente influenciado 
pela teoria weberiana (Max Weber), que também influenciou outro autor 
brasileiro, Raimundo Faoro, que escreveu o livro “Os donos do poder”. Neste 
livro, Faoro, na mesma perspectiva weberiana, demonstra as etapas de 
administração patrimonialista e burocrática. 
Essas modalidades surgiram sucessivamente ao longo do tempo, não 
significando, porém, que alguma delas tenha sido definitivamente abandonada. 
Na administração pública patrimonialista, própria dos Estados absolutistas 
europeus do século XVIII, o aparelho do Estado é a extensão do próprio poder 
do governante e os seus funcionários são considerados como membros da 
nobreza. O patrimônio do Estado confunde-se com o patrimônio do soberano e 
os cargos são tidos como prebendas (ocupações rendosas e de pouco trabalho). 
A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. Segundo 
o Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, de Bresser Pereira: 
 
 No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do 
soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos 
são considerados prebendas. A res publica não é diferenciada das res principis. Em 
conseqüência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. 
No momento em que o capitalismo e a democracia se tornam dominantes, o mercado e 
a sociedade civil passam a se distinguir do Estado. Neste novo momento histórico, a 
administração patrimonialista torna-se uma excrescência inaceitável. 
 
A administração pública burocrática surge para combater a corrupção e o 
nepotismo do modelo anterior, do Patrimonialismo. São princípios inerentes a 
este tipo de administração a impessoalidade, o formalismo, a hierarquia 
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funcional, a idéia de carreira pública e a profissionalização do servidor, 
consubstanciando a idéia de poder racional-legal. 
 
Max Weber, sociólogo alemão, estudou a sociedade de classes oriunda da 
Revolução Industrial e sua forma de organização, a burocracia. A burocracia, de 
acordo com Weber, seria uma forma de dominação, possuindo um ethos 
racional oriundo da cultura protestante, que teria causado uma influência 
decisiva na evolução da sociedade moderna. Um conceito central no trabalho de 
Weber é o de Dominação. 
Segundo o autor, Dominação significa a probabilidade de encontrar obediência 
para ordens específicas (ou todas) dentro de determinado grupo de pessoas 
sendo definida, em seu aspecto sociológico, como: 
uma situação de fato, em que uma vontade manifesta (‘mandado’) do ‘dominador’ou dos ‘dominadores’ quer influenciar as ações de outras pessoas (do ‘dominado’ ou 
dos ‘dominados’), e de fato as influencia de tal modo que estas ações, num grau 
socialmente relevante, se realizam como se os dominados tivessem feito do próprio 
conteúdo do mandado a máxima de suas ações (‘obediência’). 
	
  
Weber fala que “há três tipos puros de dominação legítima”. Quando ele fala 
em “puros”, ele se refere a “tipos-ideais”, ou seja, uma abstração teórica que 
não existe no plano concreto, na realidade. Ideal não quer dizer que é bom, 
mas que contém as características essenciais do conceito em análise. 
Weber descreve os tipos puros de dominação com base na vigência de sua 
legitimidade, que pode ser, primordialmente: 
 
a) dominação racional (legal): baseada na crença na legitimidade das ordens 
estatuídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas ordens, 
estão nomeados para exercer a dominação; 
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b) dominação tradicional: baseada na crença cotidiana na santidade das 
tradições vigentes desde sempre e na legitimidade daqueles que, em virtude 
dessas tradições, representam a autoridade; 
c) dominação carismática: baseada na veneração extracotidiana da 
santidade, do poder heróico ou do caráter exemplar de uma pessoa e das 
ordens por esta reveladas ou criadas. 
 
Vejamos em detalhes cada um destes tipos de dominação 
 
Dominação Tradicional: o critério para a aceitação da dominação é a 
tradição, ou seja, os valores e crenças que se perpetuam ao longo de gerações. 
O Rei governa o Estado porque seu pai era rei, assim como seu avô, seu bisavô, 
etc. Fundamenta-se na crença da inviolabilidade daquilo que foi assim desde 
sempre, a crença na rotina de todos os dias como uma inviolável norma de 
conduta. 
É um tipo de dominação extremamente conservador. Aquele que exerce a 
dominação tradicional não é simplesmente um superior hierárquico, mas um 
“senhor”, e seus subordinados, que constituem seu quadro administrativo, não 
são “funcionários”, mas servidores, entre os quais encontramos os nobres, os 
empregados domésticos, os escravos, os colonos, os servos, os vassalos, os 
favoritos, etc. 
Não se obedece a estatutos, mas à pessoa indicada pela tradição ou pelo 
senhor tradicionalmente determinado. As ordens são legítimas de dois modos: 
 
1- em parte em virtude da tradição que determina inequivocamente o conteúdo 
das ordens, e da crença no sentido e alcance destas, cujo abalo por 
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transgressão dos limites tradicionais poderia pôr em perigo a posição tradicional 
do próprio senhor. 
2- em parte em virtude do arbítrio do senhor, ao qual a tradição deixa espaço 
correspondente. 
 
Dominação Carismática: é a que tem por origem o “carisma”, uma qualidade 
extraordinária e indefinível de uma pessoa. Weber define carisma como: 
 
Uma qualidade pessoal considerada extracotidiana e em virtude da qual se atribuem a 
uma pessoa poderes ou qualidades sobrenaturais, sobrehumanos ou, pelo menos, 
extracotidianos específicos ou então se a toma como enviada por Deus, como exemplar 
e, portanto, como líder. 
 
O critério da legitimação é o da lealdade, uma devoção afetiva do grupo para 
com o líder carismático. Há algo de misterioso e mágico na pessoa que lhe 
confere poder. O grande líder político, o herói, o chefe de expedições pioneiras 
são freqüentemente pessoas com poder carismático. 
A dominação carismática é um poder sem base racional. É instável, arbitrário e 
facilmente adquire características revolucionárias. Sua instabilidade deriva da 
fluidez de suas bases. O líder carismático mantém seu poder enquanto seus 
seguidores reconhecem nele forças extraordinárias e, naturalmente, este 
reconhecimento pode desaparecer a qualquer momento. O carisma só pode ser 
“despertado” e “provado”, e não “aprendido” ou “inculcado”. 
 
O quadro administrativo do senhor carismático não é um grupo de funcionários 
profissionais, e muito menos ainda têm formação profissional. Não é 
selecionado segundo critérios de dependência doméstica ou pessoal, mas 
segundo qualidades carismáticas: ao “profeta” correspondem os “discípulos”; ao 
“príncipe guerreiro”, o “séquito”; ao “líder” em geral, os “homens de confiança”. 
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Dominação Racional-Legal: o critério da dominação é a lei, o estatuto criado 
com base na razão. Obedece-se às regras e não à pessoa. A burocracia 
moderna, para Weber, é a forma de organização do Estado própria dos regimes 
em que predomina a dominação racional-legal. Segundo Weber: 
No caso da dominação baseada em estatutos, obedece-se à ordem impessoal, objetiva e 
legalmente estatuída e aos superiores por ela determinados, em virtude da legalidade 
formal de suas disposições e dentro do âmbito de vigência destas. No caso da dominação 
tradicional, obedece-se à pessoa do senhor nomeada ela tradição e vinculada a esta. 
(dentro do âmbito de vigência dela), em virtude de devoção aos hábitos costumeiros. No 
caso da dominação carismática, obedece-se ao líder carismaticamente qualificado como 
tal, em virtude da confiança pessoal em revelação, heroísmo ou exemplaridade dentro 
do âmbito da crença nesse seu carisma. 
 
As características fundamentais da dominação racional são: 
1. um exercício contínuo, vinculado a determinadas regras, de funções 
oficiais, dentro de 
2. determinada competência, o que significa: 
 
a. um âmbito objetivamente limitado, em virtude da distribuição dos 
serviços, de serviços obrigatórios; 
b. com atribuição dos poderes de mando eventualmente requeridos 
e; 
c. limitação fixa dos meios coercitivos eventualmente admissíveis e 
das condições de sua aplicação. 
 
3. o princípio da hierarquia oficial, isto é, de organização de instâncias fixas 
de controle e supervisão para cada autoridade institucional; 
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4. as regras segundo as quais se procede podem ser: regras técnicas e 
normas. A um exercício organizado dessa forma, Weber dá o nome de 
“autoridade institucional”. 
	
  
A dominação racional-legal ou burocrática surgiu no século XIX, como uma 
forma superior de dominação, legitimada pelo uso da lei, em contraposição ao 
poder tradicional (divino) e arbitrário dos príncipes e ao afeto das lideranças 
carismáticas. As teorias iniciais do modelo burocrático foram inspiradas a partir 
da visão de Weber sobre o modo de estruturação da Igreja e do exército, 
especificamente o exército prussiano.	
  
	
  
Além disso, outro fator que teria motivado Weber a definir seu modelo de 
dominação burocrático seria a necessidade de separação (1) entre o político e o 
administrador e, fiel ao ethos liberal, (2) entre a política e a economia. 
O modelo burocrático visava também a separação entre o interesse público e o 
privado, numa sociedade democrática. O ethos do bureau - sua aderência 
impessoal a regras, à especialização, à hierarquização das relações sociais; o 
apego a procedimentos regularizados e rotineiros - estaria vinculado a 
comportamentos capazes de garantirem a não-influência de interesses políticos 
e compromissos particulares. 
Weber sustentava queo tipo mais puro de dominação legal seria aquele 
exercido por meio de um quadro administrativo burocrático, cujas 
características básicas seriam: 
 
a) atribuições de funcionários fixadas oficialmente por regras ou disposições 
administrativas; 
b) hierarquia e funções integradas em um sistema de mando, de tal modo que, 
em todos os níveis, haja uma supervisão dos inferiores pelos superiores; 
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c) atividades administrativas se manifestam e se baseiam em documentos 
escritos; 
d) as funções pressupõem aprendizado profissional, com treinamento 
especializado; 
e) o trabalho do funcionário exige que ele se consagre inteiramente ao cargo 
que ocupa (dedicação plena e tarefas específicas); 
f) acesso à profissão é ao mesmo tempo acesso a uma tecnologia particular. 
 
Ao se falar em burocracia, deve-se ressaltar os princípios weberianos acerca da 
resolução de conflitos por meio do uso do poder. No caso da burocracia, 
entendida como o staff administrativo do Estado, ganha destaque a autoridade 
legal, baseada na crença racional da legalidade dos padrões das regras 
normativas e no direito de determinar o que deve ser feito por aqueles elevados 
à condição de “autoridades” por meio dessas regras. Weber destaca que, no 
caso da autoridade legal, em contraposição a outros tipos de autoridade por ele 
definidos - como a tradicional e a carismática -, a obediência é devida à ordem 
impessoal legalmente estabelecida. 
 
Weber claramente definiu a burocracia como o tipo ideal de organização que 
aplica, em sua forma mais pura, a autoridade racional-legal. O que define uma 
burocracia enquanto tal, no sentido weberiano, seria a adoção de modos de 
autoridade racional-legal. Burocracia seria igual a organização: um sistema 
racional seria aquele em que a divisão de trabalho dar-se-ia racionalmente com 
vista a determinados fins. Seria a forma mais racional de exercício de 
dominação, pois nela se alcançaria tecnicamente o máximo de rendimento em 
virtude de precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiabilidade. A burocracia 
surgiria como uma expressão dessa racionalidade e se caracterizaria pelo 
predomínio do formalismo. 
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Segundo Bresser Pereira, “Organização Burocrática” é: 
Se adotarmos uma definição curta e perfeitamente enquadrada dentro dos 
moldes da filosofia aristotélica, diremos que uma organização ou burocracia é um 
sistema social racional, ou um sistema social em que a divisão do trabalho é 
racionalmente realizada tendo em vista os fins visados. 
 
Segundo a definição, o que diferencia o ato racional do irracional é sua 
coerência em relação aos fins visados. Um ato será racional na medida em que 
representar o meio mais adaptado para se atingir determinado objetivo, na 
medida em que sua coerência em relação a seus objetivos se traduzir na 
exigência de um mínimo de esforços para se chegar a esses objetivos. Isso 
significa que a burocracia evoluiu como uma forma de se buscar maior 
eficiência nas organizações.	
  
 
Isso mesmo! Apesar de considerarmos o termo “burocrático” quase como um 
antônimo de eficiência, no seu cerne ele nasceu como a racionalização das 
atividades com o objetivo de aumentar a eficiência. 
 
A partir disto, Bresser elabora outra definição de burocracia: 
 
É o sistema social em que a divisão do trabalho é sistemática e coerentemente 
realizada, tendo em vista os fins visados; é o sistema social em que há procura 
deliberada de economizar os meios para se atingir os objetivos. 
 
Para Weber, do ponto de vista social, a dominação burocrática significa: 
• A tendência ao nivelamento no interesse da possibilidade de recrutamento 
universal a partir dos profissionalmente mais qualificados; 
 
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13 
• A tendência à plutocratização (elitização das posições profissionais mais 
qualificadas) no interesse de um processo muito extenso de qualificação 
profissional (freqüentemente quase até o fim da terceira década de vida); 
 
• A dominação da impessoalidade formalista: sine ira et studio, sem ódio e 
paixão, e portanto, sem amor e entusiasmo, sob a pressão de simples 
conceitos de dever, sem considerações pessoais, de modo formalmente 
igual para “cada qual”, isto é, cada qual dos interessados que 
efetivamente se encontram em situação igual. 
	
  
Bresser e Motta, procurando reduzir as organizações à sua expressão mais 
simples, afirmam que: 
 
São três as características básicas que traduzem o seu caráter racional: são sistemas 
sociais (1) formais, (2) impessoais, (3) dirigidos por administradores profissionais, que 
tendem a controlá-los cada vez mais completamente. 
 
Vamos ver mais detalhadamente cada uma dessas características: 
Formalidade 
O formalismo da burocracia se expressa no fato de que a autoridade deriva de 
um sistema de normas racionais, escritas e exaustivas, que definem com 
precisão as relações de mando e subordinação, distribuindo as atividades a 
serem executadas de forma sistemática, tendo em vista os fins visados. Sua 
administração é formalmente planejada, organizada, e sua execução se realiza 
por meio de documentos escritos. Apesar de a norma garantir tais meios 
coercitivos, esta autoridade é estritamente limitada pela norma legal. 
 
 
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Impessoalidade 
O caráter impessoal das organizações é a segunda forma básica pela qual elas 
expressam sua racionalidade. A administração burocrática é realizada sem 
consideração a pessoas. Burocracia significa, etimologicamente, “governo de 
escritório”. É, portanto, o sistema social em que, por uma abstração, os 
escritórios ou os cargos governam. 
Um aspecto essencial através do qual se expressa o caráter impessoal das 
burocracias refere-se à forma de escolha dos funcionários. Nos sistemas sociais 
não burocráticos, os administradores são escolhidos de acordo com critérios 
eminentemente irracionais. Fatores como linhagem, prestígio social e relações 
pessoais determinarão a escolha. Já nas organizações burocráticas, os 
administradores são profissionais, que fazem uso do conhecimento técnico 
especializado, obtido geralmente através de treinamento especial 
 
Administradores Profissionais 
As organizações são dirigidas por administradores profissionais. Administrar, 
para o funcionário burocrata, é sua profissão. Existem alguns traços que 
distinguem o administrador profissional. 
Ele é, antes de tudo, um especialista. Esta é uma característica fundamental. As 
burocracias são sistemas sociais geralmente de grandes dimensões, nos quais o 
uso do conhecimento especializado é essencial para o funcionamento eficiente. 
São necessários homens treinados para exercer as diversas funções criadas a 
partir do processo de divisão do trabalho. 
Em segundo lugar, o administrador profissional tem em seu cargo sua única ou 
principal atividade. Ele não é administrador por acidente, subsidiariamente, 
como o eram os nobres dentro da administração palaciana. 
Em terceiro lugar, o administrador burocrático não possui os meios de 
administração e produção. Ele administra em nome de terceiros:em nome de 
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cidadãos, quando se trata de administrar o Estado, ou em nome dos acionistas, 
quando se trata de administrar uma sociedade anônima. 
 
 
ITEM 1. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
No Estado patrimonial, a gestão política se confunde com os interesses particulares, ao passo 
que, no modelo burocrático, prevalece a especialização das funções, e a escolha dos candidatos 
aos cargos e às funções públicas é pautada pela confiança pessoal. 
 
Pessoal, de fato no modelo burocrático, prevalece a especialização das funções, 
mas a escolha para os cargos é feita com base profissional, pelo mérito. É no 
Estado Patrimonial, que prevalece a escolha pautada pela confiança pessoal! A 
afirmativa está ERRADA! 
 
ITEM 2. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
A administração patrimonialista representa uma continuidade do modelo inspirado nas 
monarquias e prevalecente até o surgimento da burocracia, sendo a corrupção e o nepotismo 
inerentes a esse modelo. Aos cidadãos se concedem benesses, em vez da prestação de 
serviços, e a relação entre o governo e a sociedade não é de cidadania, e sim de paternalismo e 
subserviência. 
 
Perfeito pessoal! Foi o que vimos na aula. No Estado Patrimonial O patrimônio 
do Estado confunde-se com o patrimônio do soberano e os cargos são tidos 
como prebendas (ocupações rendosas e de pouco trabalho). A corrupção e o 
nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. Portanto, a afirmativa 
está CERTA! 
 
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16 
 
ITEM 3. (CESPE/ANCINE/2012/TECNICO ADMINISTRATIVO) 
A administração pública burocrática adota sistemas de controle e gestão centrados em 
resultados e não em procedimentos. 
 
Nada disso, minha gente! A administração pública burocrática volta-se para o 
controle dos procedimentos, como forma de combater o patrimonialismo. 
Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
ITEM 4. (CESPE/ANCINE/2012/TECNICO ADMINISTRATIVO) 
A administração pública burocrática substituiu a administração patrimonialista, na qual o Estado 
era entendido como propriedade do rei e em que não havia clara distinção entre o patrimônio 
público e o privado. 
 
Perfeito, pessoal! A administração pública burocrática foi desenvolvida para 
substituir a administração patrimonialista em que os bens públicos se 
confundiam com os bens privados dos soberanos. Portanto, a afirmativa está 
CERTA! 
 
 
ITEM 5. (CESPE/ 2013/ TCE-RO /AGENTE ADMINISTRATIVO) 
O controle dos abusos contra o patrimônio público é uma das características almejadas pela 
administração pública burocrática. 
 
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17 
Perfeito Galera! A administração burocrática visa combater os males do 
patrimonialismo e implantar a distinção entre patrimônio público e privado. 
Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
ITEM 6. (CESPE/ 2015/ TRE-GO/	
  TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) 
O modelo burocrático foi adotado por diversos países em substituição ao modelo patrimonialista 
de administração pública, no qual o patrimônio público não se distinguia do privado. 
 
Perfeito, pessoal! Em praticamente todo o mundo ocidental o modelo 
burocrático foi adotado para substituir o modelo patrimonialista! Portanto, a 
afirmativa está CERTA! 
 
Limitações e crises do modelo Burocrático 
	
  
Deve-se relembrar que a burocracia surgiu no Século XIX conjuntamente com o 
Estado liberal, como uma forma de defender a coisa pública contra o 
patrimonialismo. Na medida, porém, que o Estado assumia a responsabilidade 
pela defesa dos direitos sociais e crescia em dimensão, foi-se percebendo que 
os custos dessa defesa poderiam ser mais altos que os benefícios do controle. 
 
Numa conjuntura de freqüente ocorrência de transformações e mudanças, a 
rigidez do modelo burocrático começou a provocar ineficiências. O modelo 
burocrático passou a não atender, em sua totalidade, às demandas sociais de 
um estado mais eficiente e voltado para o cidadão. 
Tendo sido associada à ineficiência, ineficácia, atrasos, confusão, autoritarismo, 
privilégios, além de outros atributos negativos, a burocracia assumiu, na grande 
maioria das vezes, uma conotação pejorativa. 
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Com o passar do tempo, a implementação do modelo sofreu adaptações 
históricas, dependendo do contexto econômico-social e do local de 
implementação, bem como dos sistemas cultural e institucional da sociedade na 
qual havia sido instalado. Essas adaptações do modelo inicialmente imaginado 
por Weber levaram às chamadas disfunções do modelo burocrático, ou seja, 
verificou-se que a burocracia possuía limitações que traziam prejuízos à gestão 
das organizações públicas. 
No momento em que o pequeno Estado liberal do século XIX deu 
definitivamente lugar ao grande Estado social e econômico do século XX, 
verificou-se que não garantia nem rapidez, nem boa qualidade nem custo baixo 
para os serviços prestados ao público. Na verdade, a administração 
burocrática é lenta, cara, auto-referida, pouco ou nada orientada para o 
atendimento das demandas dos cidadãos. 
 
Com a crise do petróleo em 1973, pôs em xeque o antigo modelo de 
intervenção estatal, quando se abateu sobre o mundo uma grave crise 
econômica, resultando na crise fiscal dos Estados. A maioria dos governos não 
tinha mais como financiar seus déficits, e os problemas fiscais tendiam a se 
agravar, na medida em que as sociedades se voltavam contra as altas cargas 
tributárias, principalmente porque não enxergavam uma relação direta entre o 
acréscimo de recursos governamentais e uma melhora nos serviços públicos. 
 
Além disso, houve uma internacionalização e enfraquecimento do poder estatal. 
A globalização do capital e a interdependência dos mercados financeiros 
tornaram o Estado mais frágil perante o capital internacional. Além das 
mudanças no papel do Estado, também ocorreram mudanças tecnológicas e 
produtivas, que exigem um Estado mais ágil e eficiente. Também podemos 
observar mudanças sociais e culturais, como o envelhecimento da população, a 
maior inserção das mulheres no mercado de trabalho, aumento da escolaridade 
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média, a urbanização, entre outas, aumentaram as demandas por direitos e 
novas políticas estatais, com melhor qualidade na provisão 
 
 
ITEM 7. (CESPE/ 2015/ TRE-GO/	
  TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) 
Comparativamente a outros modelos, as desvantagens do modelo burocrático incluem a sua 
rigidez, que pode levar à ineficiência do aparelho administrativo. 
 
Perfeito, pessoal! O modelo burocrático se tornou ineficiente em face de sua 
rigidez de procedimentos. Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
 
ITEM 8. (CESPE/ 2014/ CADE/	
  ANALISTA TÉCNICO - ADMINISTRATIVO) 
A fim de combater o nepotismo e a corrupção patrimonialista, o Estado burocrático orientava-se 
pelas ideias de profissionalização, flexibilização dos processos, impessoalidade e gestão 
participativa. 
 
Atenção pessoal! A gestão participativa não é uma característica do modeloburocrático, bem como não é característica a flexibilização dos processos. Estas 
características vão se incorporar ao modelo do gerencialismo que veremos a 
seguir. As outras características estão corretas. Portanto, a afirmativa está 
ERRADA! 
 
 
 
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ITEM 9. (CESPE/ 2013/ TCE-RO/	
  AGENTE ADMINISTRATIVO) 
Uma organização pública que, para evitar a hierarquização, busque maior flexibilidade deverá 
adotar o modelo da administração pública burocrática que, apesar de lento, é simples e não 
privilegia maiores formalismos. 
 
Nada disso, pessoal! O modelo burocrático caracteriza-se pela hierarquia estrita 
e pelo formalismo! Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
1.1. Paradigma	
  Pós-­‐burocrático	
  ou	
  Administração	
  Gerencial	
  
 
Vimos que a burocracia entra em crise junto com o Estado de Bem-Estar Social, 
principalmente em virtude da crise fiscal que se instalou no mundo após as 
crises do petróleo da década de 1970. 
Segundo Bresser Pereira, 
 
A administração pública gerencial emergiu, na segunda metade deste século, como 
resposta à crise do Estado; como modo de enfrentar a crise fiscal; como estratégia para 
reduzir custos e tornar mais eficiente a administração dos imensos serviços que cabem 
ao Estado; e como um instrumento para proteger o patrimônio público contra os 
interesses do rent-seeking ou da corrupção aberta. Mais especificamente, desde os anos 
60 ou, pelo menos, desde o início da década dos 70, crescia uma insatisfação, 
amplamente disseminada, em relação à administração pública burocrática. 
 
Ao sentimento antiburocrático aliava-se a crença de que o setor privado possuía 
o modelo ideal de gestão. Por isso o uso do termo gerencialismo, que tem uma 
ligação estreita com a adoção de práticas da administração privada na gestão 
das organizações públicas. É com esse espírito que o setor público assume o 
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discurso da modernização, da orientação para os clientes, da flexibilidade, da 
estrutura enxuta e desburocratizada. As modernas ferramentas de gestão, 
como qualidade total, planejamento estratégico, reengenharia downsizing, 
benchmarking e terceirização, invadem as organizações públicas e os projetos 
dos gestores públicos do momento. 
No entanto a Administração Gerencial não significa a negação total dos 
princípios do modelo burocrático. Veja o que diz Bresser Pereira, no Plano 
Diretor da Reforma do Aparelho do Estado: 
 
A administração pública gerencial constitui um avanço e até um certo ponto um 
rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto, que 
negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública gerencial está 
apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios 
fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um 
sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de 
desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de 
controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados, e não 
na rigorosa profissionalização da administração pública, que continua um princípio 
fundamental. 
 
Assim, muitos dos princípios defendidos pela administração burocrática 
permanecem na administração gerencial. Como afirma o PDRAE, a 
administração gerencial pode até ser considerada um rompimento, mas 
princípios como a impessoalidade, a divisão do trabalho, a avaliação de 
desempenho são mantidos. 
 
Vimos que a burocracia entra em crise juntamente com o Estado de Bem-Estar. 
Como soluções, são apresentados ao mesmo tempo o gerencialismo e o 
neoliberalismo. As duas doutrinas nascem muito próximas uma da outra e são, 
em muitos casos, confundidas. 
A reforma gerencial foi adotada inicialmente na Grã-Bretanha, com Margareth 
Tatcher, e nos Estados Unidos, com Ronald Reagan, e, depois, de forma 
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generalizada, em diversos outros países, principalmente da Commonwealth, 
com ligação com o Reino Unido, e os países escandinavos, como a Suécia. 
Contudo, foi na Grã-Bretanha que o gerencialismo foi aplicado ao serviço 
público logo após a posse do novo governo e levou a uma reforma 
administrativa profunda e bem-sucedida, recebendo o nome de Managerialism. 
A reforma ficou conhecida como a Nova Gestão Pública, ou New Public 
Management (NPM), que pode ser definida como um “conjunto de argumentos e 
filosofias administrativas aceitas em determinados contextos e propostas como 
novo paradigma de gestão pública a partir da emergência dos temas crise e 
reforma do Estado, nos anos 80”. 
Apesar de a Grã-Bretanha ter sido um dos primeiros países a aplicar este 
enfoque, ele não foi criado por eles. Não há um pai da administração gerencial. 
Ela surgiu em um processo longo, em que foram feitas contribuições de 
diversos atores. Segundo Abrúcio: 
 
Embora tenha surgido em governos de cunho neoliberal (Thatcher e Reagan), o modelo 
gerencial e o debate em torno dele não podem ser circunscritos apenas a este contexto. 
Pelo contrário, toda a discussão sobre a utilização do managerialism na administração 
pública faz parte de um contexto maior, caracterizado pela prioridade dada ao tema da 
reforma administrativa, seja na Europa ocidental, seja no Leste europeu ou ainda no 
Terceiro Mundo. O modelo gerencial e suas aplicações foram e estão sendo discutidos em 
toda parte. 
 
Na década de 1980, as primeiras reformas gerenciais eram marcadas pelo 
ideário neoliberal. Contudo, percebeu-se que o ajuste estrutural não era 
suficiente para que houvesse a retomada do crescimento. Ocorreram ganhos 
positivos, como o fato da balança de pagamentos voltar a um relativo controle, 
por toda a parte caíram as taxas de inflação, os países recuperaram pelo menos 
alguma credibilidade. Mas não se retomou o crescimento. A partir daí as 
reformas gerenciais entenderam que o Estado Mínimo não é algo concreto, a 
ser buscado. Bresser Pereira considerava irrealista a idéia de um Estado 
Mínimo. Vamos ver outra passagem do autor: 
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O pressuposto neoliberal que estava por trás das reformas – o pressuposto de que o 
ideal era um Estado mínimo, ao qual caberia apenas garantir os direitos de propriedade, 
deixando ao mercado a total coordenação da economia - provou ser irrealista. Em 
primeiro lugar porque, apesar do predomínio ideológico alcançado pelo credo 
neoconservador, em país algum - desenvolvido ou em desenvolvimento - este Estado 
mínimo tem legitimidade política. Não há sequer apoio político para um Estado que 
apenas acrescente às suas funções as de prover a educação, dar atenção à saúde e às 
políticas sociais compensatórias: os cidadãos continuam a exigir mais do Estado. 
 
Portanto, apesar de, no início, as reformas gerenciais estarem muito ligadas ao 
neoliberalismo, não podemos defender que elas defendiam o Estado Mínimo. 
Apesar de as reformas gerenciais não considerarem mais o Estado Mínimo, 
também não podemos dizer que não haja relação delas com o neoliberalismo. A 
redução do Estado ainda permanece nas reformas gerenciais. SegundoBresser: 
 
Ora, se a proposta de um Estado mínimo não é realista, e se o fator básico que subjaz à 
crise econômica é a crise do Estado, a conclusão só pode ser uma: a solução não é 
provocar o definhamento do Estado, mas o reconstruir, reformá-lo. A reforma 
provavelmente significará reduzir o Estado, limitar suas funções como produtor de bens 
e serviços e, em menor extensão, como regulador, mas 
implicará provavelmente em ampliar suas funções no financiamento de atividades nas 
quais externalidades ou direitos humanos básicos estejam envolvidos, e na promoção da 
competitividade internacional das indústrias locais. 
 
Portanto, as reformas gerenciais não defendem o Estado Mínimo, mas pregam 
sim a redução do Estado, a sua retirada de atividades que podem ser 
desempenhadas pela iniciativa privada. 
 
O motivo de citarmos muitas vezes o Bresser Pereira é que a maioria das 
questões sobre reforma do Estado e modelos de gestão pública usam seus 
textos. Sobre a estratégia da reforma ele diz: 
 
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Uma estratégia essencial ao se reformar o aparelho do Estado é reforçar o núcleo 
estratégico e o fazer ocupar por servidores públicos altamente competentes, bem 
treinados e bem pagos. 
 
O neoliberalismo não defende o fortalecimento dos servidores, mas sim a 
redução dos gastos com pessoal. Segundo Bresser Pereira: 
 
A administração pública gerencial é freqüentemente identificada com as idéias 
neoliberais por outra razão. As técnicas de gerenciamento são quase sempre 
introduzidas ao mesmo tempo em que se implantam programas de ajuste estrutural que 
visam enfrentar a crise fiscal do Estado. 
 
Como as técnicas de gerenciamento são quase sempre introduzidas ao mesmo 
temo em que se implantam programas de ajuste estrutural que visam enfrentar 
a crise fiscal do Estado, em virtude da impossibilidade de se manter o modelo 
burocrático de gestão, as reformas gerenciais estão intimamente associadas 
com as reformas que buscavam a reestruturação do Estado, como as 
neoliberais, inclusive porque a sua aplicação, no início, tinha um caráter quase 
que somente de redução de custos, enxugamento de pessoal e aumento da 
eficiência, com clara definição das responsabilidades dos funcionários, dos 
objetivos organizacionais e maior consciência acerca do valor dos recursos 
públicos. Este período ficou conhecido como gerencialismo puro. 
 
Esses novos modelos, identificados como gerenciais, deveriam dar maior 
agilidade às ações dos governos, tendo, como gênese, uma preocupação central 
com as crises fiscais que impuseram sérias limitações às ações das 
administrações públicas. Osborne e Gaebler descreveram esses avanços 
advindos da administração de empresas a partir de experiências em municípios 
e condados americanos. Os relatos dos autores sobre as iniciativas de governos 
locais dos Estados Unidos seriam o embrião de um novo paradigma na 
condução das ações dos governos, ou, ainda, de uma nova forma de 
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governança. Assim, a denominação de gerencialismo na administração pública 
seria referente ao desafio de realizar programas direcionados ao aumento da 
eficiência e melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Estado. Para 
Abrucio, o gerencialismo seria um “pluralismo organizacional sob bases pós-
burocráticas vinculadas aos padrões históricos (institucionais e culturais) de 
cada nação”, não se constituindo num novo paradigma capaz de substituir por 
completo o antigo padrão burocrático weberiano. 
 
Ferlie e outros delinearam quatro modelos básicos da Nova Administração 
Pública, representando um movimento evolutivo a partir da administração 
pública tradicional: 
 
a) NAP – Modelo 1: dirigido à eficiência, pois considerava o serviço público 
tradicional lento, burocrático e ineficiente; 
b) NAP – Modelo 2: voltado a movimentos de downsizing e descentralização, 
buscando redução de gastos governamentais e formas mais flexíveis de gestão 
(redes organizacionais); 
c) NAP – Modelo 3: a busca da excelência seria o principal objetivo desse 
modelo, com especial interesse na gestão da mudança e inovação na esfera 
pública, além de considerar a cultura organizacional como um importante fator 
a ser considerado; 
d) NAP – Modelo 4: Orientação ao Serviço Público, nesse modelo, representa 
uma fusão de idéias gerenciais advindas da administração privada para 
aplicação em organismos públicos, com preocupações como qualidade dos 
serviços prestados, oportunidade de participação dos usuários nas decisões de 
gestão pública e construção dos conceitos de cidadania e accountability. 
 
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Fernando Abrúcio, por outro lado, elaborou uma outra classificação da evolução 
dos modelos da Administração Gerencial, conforme o quadro a seguir: 
 
 
 
A constatação mais importante é que as classificações apresentam uma mesma 
linha de raciocínio lógico, e que entre os tipos de cada uma das classificações, 
há incorporações dos aspectos positivos de cada teoria 
 
Com relação ao último modelo, o Serviço Orientado ao cidadão, uma noção 
importante é a de accountability. Trata-se da relação da burocracia e das elites 
políticas com a sociedade e o controle que esta deve exercer sobre os 
administradores públicos. Sua tradução para o português englobaria as idéias 
de transparência na condução das ações, efetiva prestação de contas na 
utilização dos recursos públicos e responsabilização dos gestores públicos, tanto 
por suas ações como omissões. O conceito “envolve a existência de 
mecanismos que assegurem que os servidores públicos e os líderes políticos 
sejam responsáveis por suas ações e pelo uso de recursos públicos, e que irão 
requerer um governo transparente e uma imprensa livre”, segundo Minogue. O 
modelo de administração pública gerencial implica, em suma, no entendimento 
de que o aparelho de Estado deve ser responsável pela formulação e regulação 
de políticas públicas, não necessariamente por sua execução. 
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ITEM 10. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
A administração pública gerencial está voltada para o atendimento às demandas dos usuários 
dos serviços e a obtenção de resultados. Apóia-se fortemente na descentralização e na 
delegação de competência e define indicadores de desempenho, o que está associado à adoção 
de contratos de gestão. 
 
Perfeito pessoal! Como vimos, na administração pública gerencial prioriza-se a 
eficiência da administração, o aumento da qualidade dos serviços e a redução 
dos custos. Busca-se desenvolver uma cultura gerencial nas organizações, com 
ênfase nos resultados, e aumentar a governança do Estado. Neste modelo, a 
descentralização dos serviços efetuados pelo Estado é incentivada, passando-se 
algumas atividades não-exclusivas do Estado para setores da sociedade civil, 
com o devido monitoramento do Estado. A Afirmativa está CERTA! 
 
ITEM 11. (CESPE/ 2013 / POLÍCIA FEDERAL - ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL) 
Apesar de ainda estar vigente no Estado brasileiro, a administração pública burocrática é um 
modelo já ultrapassado e, portanto, deve ser suplantado por completo pelo modelo de 
administraçãopública gerencial, que tem por objetivo principal a efetividade das ações 
governamentais e das políticas públicas 
Nada disso, pessoal! A administração gerencial não nega os princípios da 
Administração Burocrática, mas sim suas disfunções. O modelo de organização 
burocrática irá conviver com o modelo de administração gerencial! A efetividade 
será alcançada pela mudança na forma de controle! Portanto, a afirmativa 
está ERRADA! 
 
ITEM 12. (CESPE/ 2013 / TRT-10/ ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) 
A moderna gestão pública trata essencialmente da eficiência e da eficácia do sistema de 
administração governamental. 
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28 
 
Nada disso, pessoal! O modelo burocrático preocupava-se somente com eficiência e eficácia. O 
modelo gerencial preocupa-se essencialmente com efetividade, ou seja, a resolução dos 
problemas do cidadão! Portanto, a afirmativa, está ERRADA! 
 
ITEM 13. (CESPE/ 2013 / CNJ/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA)) 
De acordo com a administração pública gerencial, o servidor público trabalha para atender aos 
cidadãos, considerados consumidores e clientes, mediante a descentralização da decisão e das 
funções. 
Perfeito, minha gente! Vimos que na perspectiva da administração gerencial os 
cidadão são considerados usuários de serviços, equivalendo-se a consumidores, 
clientes. Neste modelo a eficiência e efetividade deve ser alcançada por 
descentralização e delegação das ações. Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
ITEM 14. (CESPE/ 2013 / TRT-10/TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) 
Aproximando-se do modelo tradicional burocrático, o governo empreendedor visa estimular a 
ação e a parceria da sociedade, exercendo forte controle sobre a economia. 
 
Nada disso, pessoal! O governo empreendedor aproxima-se do modelo 
gerencial. Neste tipo de governo, há ênfase na iniciativa privada e o governo é 
apenas regulador do mercado, não exercendo forte controle sobre a economia. 
Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
Bem, pessoal, fecho por aqui esta aula demonstrativa! 
Espero revê-los na aula 1! Até a próxima! 
 
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29 
2.	
  Lista	
  de	
  Questões	
  
 
ITEM 1. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
No Estado patrimonial, a gestão política se confunde com os interesses particulares, ao passo 
que, no modelo burocrático, prevalece a especialização das funções, e a escolha dos candidatos 
aos cargos e às funções públicas é pautada pela confiança pessoal. 
 
ITEM 2. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
A administração patrimonialista representa uma continuidade do modelo inspirado nas 
monarquias e prevalecente até o surgimento da burocracia, sendo a corrupção e o nepotismo 
inerentes a esse modelo. Aos cidadãos se concedem benesses, em vez da prestação de 
serviços, e a relação entre o governo e a sociedade não é de cidadania, e sim de paternalismo e 
subserviência. 
 
ITEM 3. (CESPE/ANCINE/2012/TECNICO ADMINISTRATIVO) 
A administração pública burocrática adota sistemas de controle e gestão centrados em 
resultados e não em procedimentos. 
 
ITEM 4. (CESPE/ANCINE/2012/TECNICO ADMINISTRATIVO) 
A administração pública burocrática substituiu a administração patrimonialista, na qual o Estado 
era entendido como propriedade do rei e em que não havia clara distinção entre o patrimônio 
público e o privado. 
 
ITEM 5. (CESPE/ 2013/ TCE-RO /AGENTE ADMINISTRATIVO) 
O controle dos abusos contra o patrimônio público é uma das características almejadas pela 
administração pública burocrática. 
 
ITEM 6. (CESPE/ 2015/ TRE-GO/	
  TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) 
O modelo burocrático foi adotado por diversos países em substituição ao modelo patrimonialista 
de administração pública, no qual o patrimônio público não se distinguia do privado. 
 
 
 
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ITEM 7. (CESPE/ 2015/ TRE-GO/	
  TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) 
Comparativamente a outros modelos, as desvantagens do modelo burocrático incluem a sua 
rigidez, que pode levar à ineficiência do aparelho administrativo. 
 
ITEM 8. (CESPE/ 2014/ CADE/	
  ANALISTA TÉCNICO - ADMINISTRATIVO) 
A fim de combater o nepotismo e a corrupção patrimonialista, o Estado burocrático orientava-se 
pelas ideias de profissionalização, flexibilização dos processos, impessoalidade e gestão 
participativa. 
 
ITEM 9. (CESPE/ 2013/ TCE-RO/	
  AGENTE ADMINISTRATIVO) 
Uma organização pública que, para evitar a hierarquização, busque maior flexibilidade deverá 
adotar o modelo da administração pública burocrática que, apesar de lento, é simples e não 
privilegia maiores formalismos. 
 
ITEM 10. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
A administração pública gerencial está voltada para o atendimento às demandas dos usuários 
dos serviços e a obtenção de resultados. Apóia-se fortemente na descentralização e na 
delegação de competência e define indicadores de desempenho, o que está associado à adoção 
de contratos de gestão. 
 
ITEM 11. (CESPE/ 2013 / POLÍCIA FEDERAL - ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL) 
Apesar de ainda estar vigente no Estado brasileiro, a administração pública burocrática é um 
modelo já ultrapassado e, portanto, deve ser suplantado por completo pelo modelo de 
administração pública gerencial, que tem por objetivo principal a efetividade das ações 
governamentais e das políticas públicas 
 
ITEM 12. (CESPE/ 2013 / TRT-10/ ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) 
A moderna gestão pública trata essencialmente da eficiência e da eficácia do sistema de 
administração governamental. 
 
 
 
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ITEM 13. (CESPE/ 2013 / CNJ/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA)) 
De acordo com a administração pública gerencial, o servidor público trabalha para atender aos 
cidadãos, considerados consumidores e clientes, mediante a descentralização da decisão e das 
funções. 
 
ITEM 14. (CESPE/ 2013 / TRT-10/TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) 
Aproximando-se do modelo tradicional burocrático, o governo empreendedor visa estimular a 
ação e a parceria da sociedade, exercendo forte controle sobre a economia. 
 
ITEM 15. (CESPE/2010/ MPS/ ADMINISTRADOR) 
O Estado oligárquico, modelo adotado no século passado, no Brasil, antes do primeiro governo 
Vargas, atribuía pouca importância às políticas sociais, o que fortaleceu o papel de instituições 
religiosas, voltadas para o atendimento das populações mais pobres e desprotegidas. 
 
 
 
3.	
  Gabarito	
  
	
  
1	
   2	
   3	
   4	
   5	
   6	
   7	
   8	
   9	
   10	
  
ERRADO	
   CERTO	
   ERRADO	
   CERTO	
   CERTO	
   CERTO	
   CERTO	
   ERRADO	
   ERRADO	
   CERTO	
  
11	
   12	
   13	
   14	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
  
ERRADO	
   ERRADO	
   CERTO	
   ERRADO	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
  
	
  
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