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Recalques e Terrenos Colapsiveis

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
O processo de subsidência corresponde ao 
movimento, relativamente lento, de afundamento de 
terrenos, devido à deformação ou deslocamento de 
direção, essencialmente, vertical descendente. 
O colapso apresenta a mesma definição, porém 
apresenta-se como um movimento brusco do terreno 
(Infanti Jr & Fornasari Filho 1998).
Colapsos e subsidência 
de terrenos

Os colapsos de terrenos são considerados os 
principais causadores de acidentes sérios em regiões 
cársticas, ocasionando mortes até pelo 
desaparecimento súbito de pessoas tragadas pelo 
afundamento. 
Colapsos de terrenos

A subsidência também causa prejuízos econômicos e 
mortes pelo desmoronamento total ou parcial de 
construções (Nakazawa, Prandini & Diniz, 1995).
Os processos de subsidência podem ser divididos em 2 
tipos, considerando suas causas, que são (Infanti Jr & 
Fornasari Filho 1998):
 PROCESSOS NATURAIS
 PROCESSOS ACELERADOS POR AÇÃO 
ANTRÓPICA

 São causados principalmente pela dissolução de 
rochas (carstificação) como calcários, dolomitos, 
gipsita e sal; pela acomodação de camadas no 
substrato, devido ao seu peso ou a deslocamentos 
segundo planos de falhas.
PROCESSOS NATURAIS

 São ocasionados pelo bombeamento de águas 
subterrâneas, 
 por recalques por acréscimo de peso devido a obras e 
estruturas e 
 por galerias de mineração subterrâneas, 
principalmente em minas de carvão, como é o caso 
ocorrido em Criciúma (SC).
PROCESSOS ACELERADOS POR AÇÃO 
ANTRÓPICA

Abatimentos bruscos ou lentos de terreno, como 
reflexo da evolução de cavidades em rocha ou solo 
em subsuperfície.
Subsidência e Colapso de Solos em 
Áreas Cársticas

 Carste Coberto: maciço 
carbonático, com 
dissolução e cobertura de 
material inconsolidado.
TIPOS DE 
PROCESSOS
Carste
Exumado: maciço 
em superfície, 
normalmente em 
clima semi-árido.

 Inclinação de prédios;
Desnivelamento acentuado entre estruturas e os 
terrenos adjacentes;
 Trincas no terreno, em pavimentos e edificações;
Afundamentos e formação de cavidades;
 Sumidouros;
 Tremores, vibrações nos terrenos e construções;
 Formação de crateras e desabamentos (Cerri & 
Amaral, 1998).
FEIÇÕES DE CAMPO 
INDICATIVAS

 Inutilização de construções devido a recalques 
excessivos, podendo mesmo ocorrer o desabamento 
das edificações;
Rompimento de galerias, encanamentos e tubos 
subterrâneos;
Vazamentos (Cerri & Amaral, 1998).
EXEMPLOS DE 
POSSÍVEIS DANOS

Um dos processos que mais ocasionam problemas de 
subsidência é denominado de carstificação, que é a 
dissolução de rochas por águas subterrâneas e 
superficiais, formando cavernas, dolinas, etc. 
A ação antrópica pode modificar esse processo de 
dissolução, através da alteração das propriedades 
físico-químicas das águas (acidificação) ou pela 
interferência na dinâmica das águas subterrâneas 
pelo bombeamento das mesmas (Infanti Jr & 
Fornasari Filho 1998).
Carstificação



Cratera na Guatemala

Cratera na Guatemala

01/06/2010 18h16 - Atualizado em 01/06/2010 18h48
Cratera que engoliu prédio na Guatemala tem 60 m de
profundidade
Autoridades temem que um homem tenha morrido no incidente.
Número de mortos por chuvas na América Central eleva-se a 175.
Do G1, com agências internacionais
Imagens feitas nesta terça-feia (1º) mostram um buraco de 60 metros de profundidade por 20 metros de 
diâmetro que se abriu no centro da Cidade da Guatemala depois das fortes chuvas causadas pela 
tempestade tropical Agatha.
O buraco engoliu um prédio de três andares e toda uma esquina. Acredita-se que um segurança privado que 
trabalhava no local possa ter morrido.
Um operário que trabalha próximo à região, José Aguilar, disse que ninguém podia prever o que aconteceu. 
"Ninguém pode ser culpado e você sabe que, quando chove, estas coisas acontecem", disse.
Em 2007, três pessoas morreram em uma cratera semelhante no bairro de San Antonio, também na região 
central da capital.
O número de mortos pelas chuvas causadas por Agatha atinge pelo menos 175 na América Central - 152 na 
própria Guatemala, 9 em El Salvador e 14 em Honduras. Na Guatemala, pelo menos 100 pessoas estão 
desaparecidas e há vários desabrigados.
Cratera na Guatemala – reportagem G1

Cratera na Guatemala

 Em 12 de agosto de 1986, o bairro Lavrinhas, em 
Cajamar, município integrante da Região 
Metropolitana de São Paulo, foi afetado por 
fenômenos de colapso e subsidência de grandes 
proporções, especialmente impactantes por 
ocorrerem em plena área urbana. 
Na principal área atingida, três casas haviam sido 
tragadas, enquanto que recalques e trincas afetaram 
dezenas de outros imóveis, estendendo-se ao bairro 
Vila Branca.
Cajamar - SP

 Informações colhidas no local, já a partir do primeiro 
dia do colapso, permitiram estabelecer que há alguns 
meses vinham sendo notados indícios precursores 
desse fenômeno, abrangendo:
 ruídos semelhantes a trovoadas, 
 deformações de pisos, 
 trincas em edificações, 
 aumento dos casos de ruptura da rede de 
distribuição d’água e 
 estancamento de fontes. 

 Esta evolução culminou na madrugada de 12 de 
agosto de 1986, quando ruídos semelhantes a 
trovoadas e explosões foram ouvidos nas imediações 
do local do colapso, que ocorreu por volta das 9:00 h, 
configurando, no fim da tarde desse mesmo dia, uma 
cratera com cerca de 10 m de diâmetro e 10 m de 
profundidade, com forma de tronco de cone 
invertido, passando a cilindro. 
Casas com trincas recentes, provavelmente síncronas 
ao colapso, foram detectadas a mais de 400 m desse 
local, em Vila Branca.

 Em meados de setembro a cratera havia atingido 25 
m de diâmetro. 
No início de dezembro havia evoluído para 32 m, 
conservando a profundidade de 13 m, após o que 
parece ter-se estabilizado. 
A água subterrânea surgiu em seu fundo em meados 
de novembro, ascendendo até 7 m em fevereiro de 
l987.

Os bairros Lavrinhas e Vila Branca assentam-se 
numa planície alveolar algo entalhada, cujas partes 
mais baixas estão em torno de 720 m de altitude, 
circundada por pequenas serras alongadas, cujas 
maiores altitudes ultrapassam os 920 m. 
Geomorfologia da região

Os pontos mais elevados correspondem a 
metarenitos, enquanto que filitos, xistos e rochas 
carbonáticas sustentam relevos progressivamente 
mais baixos; trata-se de rochas metamórficas 
dobradas pertencentes ao Grupo São Roque, de 
idade pré-cambriana superior. 
A própria origem do bairro Lavrinhas liga-se a esse 
contexto geológico, tendo surgido no início do século 
XX em decorrência da exploração de pedreiras de 
calcário da região.
Geologia da região

A combinação das características evolutivas do 
colapso e subsidência com as condições de contorno, 
e seu cotejo com dados da literatura especializada, 
levaram a propor, que se estava diante de um carst
coberto em fase ativa de desenvolvimento. 
 Esta hipótese deveria considerar duas possibilidades 
principais:
 1) desabamento de teto de caverna; e
 2) migração de solos para o interior de cavidades 
cársticas.

A partir desse entendimento, equipes técnicas do IPT 
foram mobilizadas para realizar investigações em 
campos independentes da pesquisa geológica e 
da engenharia,com o objetivo de, a seu término, 
convergirem os diferentes estudos num diagnóstico 
firme do caso, que seria, então, utilizado tanto em 
termos do significado espacial e temporal do 
processo, como para as medidas de mitigação, 
planejamento urbano e monitoramento.

 O conjunto de informações sugeria fortemente a adoção, 
dentro da hipótese de carst coberto, da alternativa 
fenomenológicade migração de solos para o interior de 
cavidades cársticas: 
 as cavidades e bolsões de solos moles, devido a seu 
comportamento hidráulico e mecânico , seriam 
instabilizados mediante variações de pressão hidrostática 
causadas por oscilações da superfície piezométrica. 

 Em especial, considerou-se que a indução de tais 
oscilações por operações de bombeamento d’água, por 
serem rápidas e cíclicas, criariam diferenças de pressão 
entre o interior das cavidades e bolsões e os solos 
circundantes de modo a permitir o trânsito, para baixo, de 
partículas sólidas, com a conseqüente migração dos 
bolsões fluidos para cima. 
 Vibrações resultantes de explosões em pedreiras 
próximas poderiam, também, catalisar esse processo, o 
qual, entretanto, poderia desenvolver-se tão somente 
como resultado da atuação da gravidade sobre materiais 
adjacentes mecânica e hidraulicamente diferenciados.
Causas

 Levando em conta o caráter errático das cavidades e 
bolsões de solo mole, dos diferentes estágios de 
evolução em que podiam-se encontrar, bem como a 
imprevisibilidade temporal de seus reflexos em 
superfície, as soluções propostas foram 
essencialmente preventivas, divididas em 
emergenciais e permanentes.

As emergenciais consistiram basicamente na 
evacuação da população dos bairros Lavrinhas e Vila 
Branca e a interrupção temporária dos 
bombeamentos da água subterrânea na área, 
enquanto que as permanentes foram sintetizadas 
numa proposição de zoneamento de risco, para o 
qual se estabeleceram diretrizes de implantação. 
Adicionalmente, foi efetuado um estudo que indicou 
áreas geotecnicamente mais seguras para o 
reassentamento da população desalojada.

A área atingida, urbanisticamente recuperada, é hoje 
ocupada pela praça pública Alfredo Sória, não se 
constatando mais evidências de novas 
movimentações no terreno.

A figura a seguir esquematiza o modelo 
interpretativo dos fenômenos ocorridos em 
Cajamar (modificada de Infanti Jr & Fornasari Filho 
1998; organizada por Fábio Reis).


 http://www.geologiadobrasil.com.br/geg_casoapl_7.html
Dolinas em Cajamar

 As fotos a seguir ilustram algumas conseqüências econômicas 
do caso de Cajamar, onde dezenas de casas foram destruídas ou 
condenadas (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999).

 Existem solos que apresentam comportamento 
característico sob determinadas condições e, dentre 
eles, destaca-se o solo colapsível. 
 Esse tipo de solo, ao ser inundado e estando sob a 
ação de uma sobrecarga, sofre uma brusca e 
significativa redução de volume.
COLAPSIVIDADE EM 
SOLOS

 São caracterizados por apresentarem estruturas 
instáveis, não saturadas, porosas e com partículas 
ligadas por pontes de argilas, colóides, óxidos de 
ferro, etc; que quando submetidos ou não a um 
aumento de tensão seguido de acréscimo de 
umidade sofrem um rearranjo estrutural com a 
conseqüente redução de volume (Guimarães Neto e 
Ferreira, 1998). 

Um solo colapsível apresenta, em sua condição 
natural, elevada porosidade e baixo teor de umidade.
 Essa estrutura porosa geralmente se associa à 
presença de agentes cimentantes, que podem ser 
óxidos ou hidróxidos de ferro e de alumínio e 
carbonatos.

 Essa cimentação, aliada a uma sucção suficientemente 
elevada, confere ao solo uma resistência aparente ou 
temporária, que pode ser destruída com a inundação , 
levando o solo a um colapso estrutural. 
 Sousa Pinto (1998) também apresenta uma definição para 
Solos Colapsíveis destacando que são solos não saturados 
que apresentam uma rápida e considerável redução de 
volume quando submetidos a um aumento brusco de 
umidade, sem que varie a tensão total a que estão 
submetidos

 São vários os fatores que influenciam no 
comportamento de colapso dos solos devido à 
inundação: 
 estado de tensão, 
 teor de umidade, 
 peso específico aparente seco, 
 teor de finos, 
 plasticidade, etc. 

 Diversos problemas têm sido observados em edificações 
construídas em solos colapsíveis, quando não são 
identificadas na fase de projeto. 
 Edificações de obras de engenharia nestes solos podem 
sofrer diversos danos:
 trincas, 
 fissuras, 
 rupturas de casas, edifícios, reservatórios e canais de 
irrigação, 
 depressões em pavimentos rodoviários e 
 formação de superfície de escorregamento de taludes.

Valores altos ou baixos do SPT (Standard Penetration
Test) não indicam se o solo é ou não potencialmente 
colapsível. Valores altos do SPT em solos colapsíveis
estão associados à baixa umidade (w<5%) ou altas 
sucções. 
Valores do potencial de colapso medidos através de 
ensaios de campo são inferiores aos de laboratório 
em cerca de 20%, conforme Ferreira e Amorim 
(1998).

 Os solos colapsíveis são localizados geralmente nos horizontes 
mais superficiais e sofrem profundo intemperismo químico
(processo de alitização e ferralitização). 
 O processo de alitização que sofrem os solos é responsável pela 
forte agregação das partículas de solo com a conseqüente 
geração de grandes vazios e o elevado potencial de colapso
 Alitização: processo de intemperismo específico das regiões tropicais e 
subtropicais úmidas, que resulta na lixiviação de silicatos e de sílica, formando-
se hidratos de alumina.
 Ferralitização: É o intemperismo químico pelo qual os solos passam, onde há a 
hidrólise total do ferro (Fe+3), formando óxidos (goethita - FeO) e (hematita -
Fe2O3) e hidróxidos. 

 Tem-se então que:
 os solos colapsíveis são parcialmente saturados e 
que a tensão de sucção representa uma tensão efetiva 
a que o solo está submetido. 
Quando saturado, os meniscos capilares se 
desfazem, e a tensão efetiva diminui. 

A redução da tensão de sucção provoca um 
enfraquecimento das ligações entre as partículas e 
pequenos escorregamentos entre elas, gerando uma 
macrocompressão (Sousa Pinto,1996).

 Ferreira e Lacerda (1993) também descrevem sobre solos 
colapsíveis salientando que solos não saturados podem 
ser encontrados em diversas condições na natureza:
 em argilas expansivas de alta plasticidade, 
 em solos residuais saprolíticos e lateríticos, 
 em depósitos naturais de solos aluviais, coluviais e 
eólicos. 

A ocorrência dos solos naturais colapsíveis no Brasil 
é geralmente verificada em solos aluviais, coluviais e 
residuais que têm sofrido lixiviação dos horizontes 
mais superficiais, em regiões onde se alteram 
estações secas e de precipitações intensas e em solos 
de regiões semi-áridas com baixo teor de umidade

 A identificação de solos colapsíveis no Brasil está normalmente 
associada a obras de engenharia que envolvem grandes áreas. 
 No Brasil já foram identificadas algumas ocorrências de solos 
colapsíveis em:
 Manaus (AM), Parnaíba (PI), Gravatá (PE), Carnaíba (PE), 
Petrolândia (PE), Santa Maria da Boa Vista (PE), Petrolina (PE), 
Rodelas (BA), Bom Jesus da Lapa (BA), Manga (MG), Brasília 
(DF), Três Marias (MG), Itumbiara (MG), Uberlândia (MG), Ilha 
Solteira e Pereira Barreto (SP), Rio Sarapuí (SP), São Carlos (SP), 
Rio Mogi-Guaçu (SP), São José dos Campos (SP), São Paulo 
(SP), Sumaré (SP), Paulínea (SP), Itapetininga (SP), Bauru (SP), 
Canoa (SP), Carazinha (RS) e Alfenas (MG).

 Tem sido verificado que o comportamento colapsível
dos solos está intimamente relacionado com sua 
estrutura, conseqüência do processo de sua 
formação. 
Colapso também ocorre em solos compactados, 
sendo reduzido na medida em que a umidade de 
compactação é maior ou o grau de compactação é 
elevado

O fenômeno da colapsividade é geralmente estudado 
em ensaios de compressão edométrica, por 
representarem adequadamente a situaçãodo terreno 
abaixo de elementos de fundação superficial. 
 Nos ensaios edométricos o colapso se dá em 
microescala, pois o confinamento impede a ruptura 
generalizada; e são estas as responsáveis pela 
colapsividade dos solos. (Sousa Pinto, 1998).

 Alguns autores têm estudado a influência da composição 
química (e do pH) do líquido inundante no 
comportamento dos solos colapsíveis. 
 Tem sido constatado, regra geral, que com o aumento do 
pH do líquido inundante, acentua-se o valor do colapso 
do solo, o que parece explicar a magnitude e a velocidade 
de recalque que sofrem as construções executadas sobre 
solos colapsíveis, quando estes são encharcados com água 
de esgoto doméstico, que, normalmente, possui grande 
quantidade de sabões e detergentes, substâncias essas de 
elevada alcalinidade.

 Nem sempre um líquido de pH elevado provoca colapso 
no solo, tendo-se como exemplo, a constatação feita por 
Cruz et al. (1994) citado por Agnelli e Albiero (1997), que 
ao se usar uma solução de hidróxido de cálcio, com pH 
13, o solo, ao invés de sofrer colapso, apresenta expansão, 
o que aponta para a importância da composição química 
do líquido inundante, e, nem sempre, para o valor do pH. 
 O ácido sulfúrico, formado a partir das águas servidas, 
agride o óxido de ferro, que é um dos principais cimentos 
dos solos porosos tropicais (lateríticos)

A literatura técnica especializada tem apresentado 
trabalhos de pesquisa relacionados a Solos 
Colapsíveis. 
 Seguem as investigações (Agnelli e Albiero, 1997):

 Determinou-se os coeficientes de colapso mediante os critérios 
baseados em índices físicos e limites de Atterberg (Limites de 
consistência: limite de liquidez, plasticidade, contração) e, 
também, de acordo com o critério proposto por Vargas (1977). 
 Com os resultados obtidos nas provas de carga, pôde-se avaliar a 
intensidade do recalque sofrido pela placa, quando o solo é 
inundado com líquidos de diferentes composições químicas

Constatou-se, através da M.E.V. (Microscopia 
Eletrônica de Varredura), que o arranjo é de 
partículas grandes, subangulares, em alguns casos, 
cimentadas por partículas da fração argila. 
 Existem, também, os grumos de areia-argila-silte, 
formando os “torrões”.

Observou-se que os agregados, na sua maioria, são 
formados por encaixe (empacotamento) de grãos de 
diversos tamanhos e, em alguns casos, constituídos 
por cimentações

Os resultados dos ensaios de adensamento são úteis, 
para avaliar a velocidade e a magnitude do colapso, 
considerando-se os diferentes líquidos inundantes
empregados.

Observa-se que a solução de sabão em pó (presença 
de hidróxido de sódio), é mais agressiva que a água 
potável. 
 Esse resultado está coerente com o que foi 
constatado em ensaios de adensamento.

 Em solos que:
 apresentam uma estrutura bastante porosa, formada por 
grãos de quartzo, interligados por contrafortes de silte e 
micronódulos de argila, em estado floculado, cujos 
contatos são reforçados por uma cimentação de óxidos de 
ferro e alumínio, o estado floculado pode ser explicado 
pela baixa presença de sódio e elevada acidez do solo. 
 Quando um fluído rico em sódio penetra nesse solo, 
provoca uma defloculação e um rearranjo das partículas 
coloidais, gerando o colapso

O caráter colapsível é evidenciado, mediante um dos 
critérios adotados. 
Contudo, o colapso depende da composição química 
(e do pH) do líquido inundante. 

 Com base em provas de carga, constata-se que o 
colapso diminui com a profundidade e a velocidade 
média de colapso, empregando-se a solução de água 
e sabão em pó, de pH 11, é da ordem de 2 mm/h, 
enquanto que, com o emprego de água potável, de 
pH 7, essa velocidade diminui para 1 mm/h. 
A diferença explica o efeito devastador que 
vazamentos de esgotos doméstico têm causado em 
solo.

 Em função de condições hidrológicas ou 
hidrogeológicas específicas, como concentração de 
fluxo de água, inundações, flutuações do nível do 
lençol freático, ou mesmo vazamentos de esgotos e 
adutoras, o fenômeno da colapsividade pode se 
manifestar, tendo como conseqüência o rompimento 
de tubulões, recalques e várias em estruturas de 
concreto.

 A Figura 3 seguinte mostra um caso típico de colapso de 
solo sob adutora, observado em tubulões instalados em 
sedimentos colapsíveis. 
 No caso de linhas de transmissão, a situação é mais 
crítica, pois ocorre inclinação de torres, com ruptura de 
cabos elétricos e das estruturas de concreto das 
fundações.

Um solo potencialmente colapsível é aquele que 
apresenta um alto índice de vazios e umidade 
natural menor que a necessária para a saturação
CRITÉRIOS DE QUANTIFICAÇÃO 
DA COLAPSIVIDADE

Quanto a sua formação pode-se citar os processos 
eólicos, residual e transportado pela água. 
Comum em regiões tropicais, áridas e semi-áridas;

 processo de colapso - sua ocorrência está 
relacionada à :
 diminuição da resistência ao cisalhamento nos 
vínculos, podendo ser desencadeado por 
umedecimento do local e também em função de um 
nível de tensões suficientes para provocar a quebra 
dos vínculos entre os grãos com um rearranjo 
estrutural sem aumento da umidade natural do solo.

Denison (1951) propõe ser o grau de colapsividade
(K) a relação entre o índice de vazios do solo 
amolgado correspondente ao limite de liquidez e o 
índice de vazios natural. A partir desta relação tem-
se que para K maior que 0,5 e menor que 0,75 o solo 
seria altamente colapsível. 
 Para K maior que 1 seria não colapsível .

 Priklonskij (1952) define como grau de 
colapsividade (KD) a relação da diferença do limite 
de liquidez e a umidade natural, e o índice de 
plasticidade (diferença entre o limite de liquidez e o 
limite de plasticidade): KD = (LL – W0 / IP) sendo 
que para as situações de KD < 0 o solo seria 
altamente colapsível; para KD > 0,5 não colapsível e 
quando KD for maior que 1 o solo seria expansivo 
(Spósito, 1993).


 Construído em 1967, o edifício de dezessete andares (com um 
apartamento de 240 metros quadrados por andar) afundou de 
forma irregular, tombando para seu lado direito. 
 A diferença entre uma lateral e outra é de 45 centímetros, o que 
representa um deslocamento do topo de 2,10 metros. 
 A cada ano, o desaprumo aumentava 1 centímetro. 
 "O prédio poderia ruir em oito anos", afirmou o engenheiro 
Paulo de Mattos Pimenta, consultor de estruturas.
Condomínio Núncio Malzoni

As obras se iniciaram em novembro de 1998
O prédio, com suas 6.300 toneladas, ficou suspenso 
por catorze macacos hidráulicos e era levantado em 
milímetros a cada dia. 
O desafio foi movê-lo sem abalar a estrutura
O engenheiro Carlos Eduardo Maffei foi o autor do 
projeto. 
 Foram usadas sete vigas de concreto abraçando os 
pilares para que todo o bloco fosse deslocado, sem 
trincar.

 Os vãos foram preenchidos com chapas de aço que serviram de 
suporte quando os macacos foram retirados. 
 Estes foram substituídos por uma estrutura de concreto que 
ligou as vigas às novas estacas, apoiadas em uma camada de 
solo rochoso a 55 metros de profundidade. 
 A fundação original tinha 1,5 metro. 
 Nenhum morador precisou deixar o prédio durante as obras. 
 Foi gasto 1,5 milhão de reais, quase 90.000 reais para cada 
condômino. 
 Apesar do custo, a tecnologia empregada foi a alternativa 
econômica mais viável para desentortar o Núncio Malzoni. 
 Há outros 97 prédios inclinados na orla santista.


Torre de Piza
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 A Torre de Pisa começou a ser construída em 1.174 e foi 
projetada para abrigar o sino da catedral da cidade. 
 A estrutura começou ainclinar quando três dos oito andares já 
estavam prontos. A obra foi finalizada em 1.350. 
 Um investimento de US$27 milhões foi gastado para diminuir a 
inclinação da Torre de Pisa, porém não produziu muito efeito. 
 Desde 1.990, início da última restauração, quando o desvio 
assustou o mundo todo atingindo 4 metros, pois foram 
reduzidos apenas 14 centímetros, o suficiente para salvar o 
monumento da destruição, mas não de uma nova interdição
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 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/05/predio-sul-coreano-amanhece-
cinco-vezes-mais-torto-que-torre-de-pisa.html
Prédio sul-coreano amanhece cinco 
vezes mais torto que Torre de Pisa (G1 
via BBC)
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 “Um prédio em construção na Coreia do Sul amanheceu na segunda-feira 
(12/05/2014) em um ângulo de 20 graus, provocando espanto entre os 
engenheiros da obra.
 Ninguém ficou ferido no incidente, na cidade de Asan, a 100 quilômetros 
de Seul. Os responsáveis pelo prédio agora estão investigando as causas do 
ocorrido. Os engenheiros sul-coreanos ainda não decidiram, porém, quais 
medidas vão tomar para resolver a situação.
 O ângulo de envergadura do edifício, que tem outro igual erguido ao lado, 
é cinco vezes maior que o da famosa Torre de Pisa, na Itália.
 A obra estava prevista para ser inaugurada ainda este mês.”
 13/05/2014 04h35 - Atualizado em 13/05/2014 09h33
 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/05/predio-sul-coreano-
amanhece-cinco-vezes-mais-torto-que-torre-de-pisa.html
NOTÍCIA DA G1 - BBC
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 http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter12.ht
ml, acessado em 29-04-2016
 http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco17.html
 http://www.unifenas.br/PESQUISA/download/ArtigosRev1_99
/pag81-92.pdf
 http://www.ambiente.sp.gov.br/institutogeologico/files/2012/03
/Marcadores_Desastres-Naturais.pdf
 “Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática”, Caso de 
Aplicação nº 7, de autoria do geólogo Álvaro Rodrigues dos 
Santos santosalvaro@uol.com.br http://www.geologiadobrasil.c
om.br/geg_casoapl_7.html
 http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0236e.htm
 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/05/predio-sul-
coreano-amanhece-cinco-vezes-mais-torto-que-torre-de-pisa.html
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