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Prof. Msc. Marcelo Amaral da Silva CURSO DE DIREITO Palmas - TO, . Marcelo Amaral da Silva CURSO DE DIREITO TO, 2017 JURISDIÇÃO DEFINIÇÃO: de modo geral, a doutrina um poder-dever, função, missão Juiz aplicar o Direito diante do caso como: “o poder de aplicar o Direito” Importante: a Jurisdição não é mas sim monopólio do Estado (veja CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO I. Caráter substitutivo: substitui de prevalecer a “vontade da lei” JURISDIÇÃO Art. 16, NCPC e Art. 5º, XXXV CF doutrina define a Jurisdição como missão e uma atividade de o Estado- caso concreto; Chiovenda a define Direito”. monopólio do Poder Judiciário, (veja a hipótese do art. 52 da CF); JURISDIÇÃO: as principais são: substitui a vontade de das partes, a fim lei”; Prof. Marcelo Amaral JURISDIÇÃO II. Escopo jurídico a atuação aplicar ao caso concreto a concreto à norma; III. Inércia: como regra, a jurisdição (art. 2º NCPC); (há exceções IV. Existência de lide: como regra, atividade jurisdicional (Exceções Voluntária – art. 731 NCPC) V. Definitividade: só os atos tornam imutáveis pela coisa relativização da coisa julgada) JURISDIÇÃO atuação do Direito: a jurisdição vai a lei, dando “efetividade” in jurisdição depende de provocação exceções p. ex. o HC de ofício) regra, a lide é uma constante na (Exceções: Proced. Jurisd. NCPC) jurisdicionais, como regra, se coisa julgada (lembrar-se da julgada); Prof. Marcelo Amaral JURISDIÇÃO PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO I. Da unidade: a jurisdição é que se divide é a competência II. Da territorialidade: há uma nacional , pois é uma questão III. Da investidura: só pode ser investido no poder e na autoridade IV. Da inafastabilidade: a apreciação do Poder Judiciário Direito (art. 5º, XXXV CF); V. Da indeclinabilidade: o prestar a tutela jurisdicional JURISDIÇÃO JURISDIÇÃO: (lembrar noção de princípio!) é uma em todo o território; o competência; uma aderência ao território questão de soberania (art.16); ser exercida por quem esteja autoridade de juiz; lei não pode excluir da Judiciário lesão ou ameaça a juiz não pode se recusar à jurisdicional (art. 140 NCPC); Prof. Marcelo Amaral JURISDIÇÃO VI. Da inevitabilidade: uma jurisdicional haverá sentença sujeitar; VII. Da indelegabilidade: a atividade do julgador e, portanto, outrem p. para o assessor prática?) VIII. Do Juiz Natural: é vedado Exceção; a parte tem o direito independente; (e os julgamentos JURISDIÇÃO uma vez provocada a tutela sentença e as partes vão ter de se atividade jurisdicional é ato pessoal não pode ser delegada para assessor ou estagiário; (é assim na vedado a criação de Tribunal de direito a um juiz imparcial e julgamentos no alto da favela?) Prof. Marcelo Amaral JURISDIÇÃO • PODERES DA JURISDIÇÃO: I. Poder de Decisão: é a afirmar ou não a vontade (lide); II. Poder de Coerção: a tutela vontade das partes; se for pode requisitar força policial decisões; III. Poder de Documentação fruto da prática de vários devem ser documentados, JURISDIÇÃO decisão jurisdicional que vai concreta da lei diante do caso tutela jurisdicional se impõe à for necessário o juiz inclusive policial para o cumprimento das Documentação: a atividade jurisdicional é vários atos dentro do processo e documentados, de modo a fazer fé publica; Prof. Marcelo Amaral JURISDIÇÃO ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO: classificação: Jurisdição (pelo objeto): Jurisdição Jurisdição (pelo órgão): Jurisdição Comum; Jurisdição (posição hierárquica superior (2º Grau) Jurisdição: (pela presença Voluntária X Jurisdição Contenciosa JURISDIÇÃO : classificação: Jurisdição Penal X Jurisdição Civil ; Jurisdição Especial X Jurisdição hierárquica): Inferior (1º Grau) X ou não de lide): Jurisdição Contenciosa. Prof. Marcelo Amaral JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA Ex: Separação Consensual; Não há processo, mas apenas procedimento; Inicia por requerimento; Não há partes contrapostas, mas apenas interessados; Produz coisa julgada formal apenas; O juiz não está preso a lei, podendo julgar com critérios de conveniência e oportunidade (art. 723 NCPC) JURISDIÇÃO CONTENCIOSA Ex: Separação Litigiosa; Existe processo e procedimento; Inicia por petição inicial; Há Autor X Réu; partes contrapostas; Produz coisa julgada formal e material; O juiz ao decidir está preso ao critério da legalidade; Prof. Marcelo Amaral JURISDIÇÃO LIMITES DA JURISDIÇÃO: I. Limites Internacionais: ela nosso território. Estão imunes a) Estados Estrangeiros; b) Chefes de Estado Estrangeiro c) Agentes Diplomáticos; • OBS: há exceções: a) renúncia beneficiário da imunidade quando se tratar de demanda situado no Brasil; d) demanda liberal ou atividade comercial JURISDIÇÃO ela deve ser exercida dentro do imunes à nossa jurisdição: Estrangeiro; renúncia válida; b) quando o imunidade é o autor da demanda; c) demanda versando sobre imóvel demanda referente a profissão comercial de agente diplomático; JURISDIÇÃO • Limites Internos: dentro do nosso território existem os seguintes limites internos à Jurisdição: a) Atos discricionários da causa dos critérios da oportunidade p.ex. no REx. 632853 o STF entendimento que o judiciário utilizados pela banca em concurso b) Quando a própria lei exclui a questão. P.ex. cobrança CC); c) Questões desportivas que Tribunais desportivos (art. JURISDIÇÃO : dentro do nosso território existem os seguintes limites internos à Jurisdição: administração pública, por oportunidade e conveniência; STF (repercussão geral) firmou o judiciário não pode rever critérios concurso público; exclui da apreciação do judiciário cobrança de dívida de jogo (art. 814 que devem ser decididas pelos . 217 CF); COMPETÊNCIA Jurisdição competência; Competência: “é a medida delimitação imposta pela lei direito; funciona como critério atribuições de cada órgão jurisdicional Sua fonte: é a “Lei” (Art. 44) Leis Especiais, CPC, COJE, Regimento Divisão: Jurisd. Comum Jurisd. Especial (CF art. 114 a 122) COMPETÊNCIA Art. 42 a 66 do NCPC; Art. 5º, LIII da CF; da jurisdição”, ou seja é uma em relação ao poder de dizer o critério de distribuição das jurisdicional; ) que fixa a competência (CF,CE, Regimento Interno dos Tribunais); Justiça Federal x Justiça estadual J. Trabalhista J. Eleitoral J. Militar COMPETÊNCIA Competência Originária: onde proposta ; Propositura da demanda: Princípio da “Perpetuatio Iurisdiciones De regra, a competência é fixada no momento do registro ou da distribuição da PI. COMPETÊNCIA onde a demanda terá de ser Iurisdiciones” (art. 43 NCPC) -Perante órgão do 1º Grau; -Perante órgão de 2º Grau; De regra, a competência é fixada no momento do registro ou da distribuição da PI. COMPETÊNCIA Dicas para não errar na hora Perguntar-se: COMPETÊNCIA INTERNACIONAL O CPC conhece duas modalidades - Qual a justiça - A competência grau ou do - se no mesmo uma vara - a competência quem? COMPETÊNCIA hora de propor a demanda: INTERNACIONAL (Art. 21 a 25 do NCPC) modalidades: justiça competente? competência será de órgão do 1º do 2º grau? mesmo órgão há mais de vara competente? competência recursal será de A Concorrente (art. 21 e 22); A Exclusiva (art. 23); COMPETÊNCIA COMPETÊNCIA INTERNA: o CPC conhece duas espécies: (In) Competência Absoluta a. Fixada em razão da matéria ou da pessoa; b. Prevalece o interesse público; inderrogável pelas partes; c. Pode ser arguida em qualquer tempo e grau de jurisdição; d. O juiz deve conhecê-la de ofício;e. Arguida em preliminar ou por simples petição; f. Como regra gera nulidade dos atos, salvo decisão em contrário (art. 64, §4º) COMPETÊNCIA (In) Competência Relativa a. Fixada em razão do território ou valor da causa; b. Prevalece o interesse privado; pode ser derrogada por vontade das partes; (ex. foro de eleição) c. Deve ser arguida em preliminar na contestação, sob pena de preclusão; d. Como regra, não pode ser conhecida de ofício pelo juiz (exceto art. 63; JEC FONAJE enunciado 89; e. Não gera nulidade, pois se não for arguida preclui; - Competência Absoluta - Competência Relativa COMPETÊNCIA COMPETÊNCIA TERRITORIAL é competência relativa, todavia imodificável, portanto torna a) Demandas Imobiliárias: fundadas em direito real propostas no fora da situação b) Demandas em que a interveniente: competência réu (art. 51); c) Processo de Falência: competência situa a Sede/matriz da empresa d) Ação Civil Pública: competência dano (art. 2º Lei 7347/85); COMPETÊNCIA TERRITORIAL OU DE FORO: via de regra, todavia há situações em que ela é torna-se absoluta; ações possessórias e ações real sobre imóveis devem ser situação da coisa (art. 47); a União for autora ou competência do /foro do domicílio do competência do foro onde se empresa; competência do foro do local do ; COMPETÊNCIA e) Demandas contra Incapaz domicílio do seu representante CPC e art. 209 ECA); f) Demandas perante os Juizados 10.259/2001): causas até competência absoluta; g) Demandas perante os Juizados 12.153/09, §4º do art. 2º) de competência absoluta; h) Ações em que seja parte do seu domicílio (art. 53, art. 80); COMPETÊNCIA Incapaz: competência do foro do representante ou assistente (art. 50 Juizados Especiais Federais (lei até 60 s.m. trata-se de Juizados da Fazenda Pública (lei º): causas até 60 s.m. trata-se o Idoso: é competente o foro III, “e” do CPC, Lei 10.741/03, COMPETÊNCIA FORO COMUM/GERAL: como que versem sobre direito real móveis devem ser propostas (art.46); subsidiariamente pode a) Réu com + de 1 domicílio qualquer 1 deles; b) Réu com domicílio incerto for encontrado ou no foro c) Litisconsórcio de réus podem ser demandados em FOROS ESPECIAIS: estudar os COMPETÊNCIA como regra geral as demandas real ou pessoal em relação a propostas no foro do domicílio do réu pode ser no domicílio do autor; domicílio: pode ser acionado em incerto: pode ser demandado onde do autor; com domicílios diferentes: em qualquer deles; os arts. 47 a 53 do NCPC; MODIFICAÇÃO/PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA Somente a competência relativa A prorrogação pode ser: Legal: a que decorre da conexão Conexão (art. 55): quando entre comuns o pedido ou a causa de pedir Continência (art.57): quando houver de pedir, mas o pedido de uma é Prevenção: é o fenômeno processual causas serão reunidas; e o CPC estabelece aquele em que ocorrer por primeiro Petição Inicial; For pedido ou causa de MODIFICAÇÃO/PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA pode ser prorrogada; conexão ou da continência; duas ou mais causas atuais forem pedir; houver identidade de partes e causa mais amplo e abrange a outra; processual que vai determinar onde as estabelece que a juízo prevento é primeiro o registro ou a distribuição da For comum o pedido ou causa de pedir Identidade entre partes e causa de pedir MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Prorrogação Voluntária: decorre quando: I. Estabelecem de forma expressa contratos (art. 63); II. Quando o réu deixar de arguição da preliminar ocorrerá preclusão (art. 65) quando abusivo o foro de eleição poderá ser conhecido de ofício pelo juiz MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA decorre da vontade das partes expressa o foro de eleição nos oferecer na contestação a de incompetência relativa quando abusivo o foro de eleição poderá ser conhecido de ofício pelo juiz antes da citação do réu. O MP pode arguir a incompetência relativa nas causas que atuar como parte ou custus legis . CONFLITO DE COMPETÊNCIA I. Conflito positivo: quando por competentes para apreciar proposto perante dois juízos dão curso; II. Conflito negativo: quando recusam a apreciar a causa • OBSERVAÇÕES: a) O conflito pode ser suscitado dos juízos; ou por provocação meio de petição; CONFLITO DE COMPETÊNCIA Art. 66 e art. 951 NCPC; quando dois ou mais juízes se dão apreciar a causa; Ex: inventário juízos diferentes e ambos lhe quando dois ou mais juízes se causa; suscitado por ofício de qualquer um provocação das partes ou do MP por CONFLITO DE COMPETÊNCIA b) Não há conflito se um dos julgado (Súmula 59 STJ); c) O conflito será julgado pelo superior aos juízos em conflito 105, I, “d” da CF); d) A parte que suscitar incompetência suscitar conflito de competência e) Recebido o conflito negativo sobrestamento do processo, juízos para, de forma provisória, urgentes; f) Ao final, decidido o conflito, remessa dos autos ao juízo sobre a validade dos incompetente; CONFLITO DE COMPETÊNCIA dos processos já tiver trânsito em pelo Tribunal hierarquicamente conflito (art. 102, I, “o” da CF e art. incompetência relativa não poderá competência; negativo o Tribunal determinará, o processo, podendo designar um dos provisória, resolver as questões conflito, o Tribunal determinará a competente, decidindo também atos praticados pelo juízo
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