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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DEPARTAMENTO DAS ENGENHARIAS E CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Alexander Missio Antônio Sommer Felipe Maganha Karen Avozani Laura Lima Vinícius Krebs RELATÓRIO PRÁTICO DE ANÁLISE DE CIRCUITOS DOS TEOREMAS DE SUPERPOSIÇÃO, THÉVENIN, NORTON E MÉTODOS DE NÓS Santo Ângelo - RS 24 de Novembro de 2017 Alexander Missio Antônio Sommer Felipe Maganha Karen Avozani Laura Lima Vinícius Krebs RELATÓRIO PRÁTICO DE ANÁLISE DE CIRCUITOS DOS TEOREMAS DE SUPERPOSIÇÃO, THÉVENIN, NORTON E MÉTODOS DE NÓS Relatório apresentado à Unidade Curricular de Circuitos Elétricos, do Curso de Enge- nharia Elétrica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Campus Santo Ângelo – RS Professor(a): Dr. Diego Roberto Morais Disciplina: Circuitos Elétricos Turma: Engenharia Elétrica Santo Ângelo - RS 24 de Novembro de 2017 1 1 Introdução Existem inúmeras técnicas para análises de circuitos elétricos, dentre todas realizamos a pratica de quatro, sendo elas: Teorema de Superposição, Teorema de Thévenin, Teorema de Norton e Métodos de Nós. As técnicas nos permitem encontrar dados como a corrente, tensão ou potência que é fornecida a algum resistor de rede, a qual chamará de carga. O Teorema de Thévenin nos diz que podemos substituir toda a rede, com exceção da carga, por um circuito equivalente que contenha somente uma fonte de tensão independente e em série com um resistor de moto tal que a relação corrente- tensão na carga não seja alterada. O Teorema de Norton é idêntico ao postulado acima, exceto que o circuito equivalente é uma fonte de corrente independente e em paralelo com um resistor. O Teorema da Superposição e nós é aplicado aos modelos ideais lineares de circuito de corrente continua. O teorema da superposição estabelece que a resposta de qualquer elemento em uma estrutura bilateral linear que contenha duas ou mais fontes, é a soma das respostas obtidas individualmente por cada fonte, com todas as demais fontes anuladas. O método dos nós permite obter a tensão em cada um dos (N-1) nós de um circuito (o N-ésimo nó é definido pela referência, cuja tensão se conhece à partida ou se admite ser 0 V). As (N- 1) variáveis são obtidas por resolução de um sistema de (N-1) equações algébricas linearmente independentes, cuja obtenção se resume à aplicação da Lei de Kirchhoff das tensões aos nós do circuito. 2 2 Fundamentação Teórica 2.1 Teoremas de Thévenin e Norton O Teorema de Thévenin nos diz que podemos substituir todo o circuito, com exceção ao bipolo em questão, por um circuito equivalente contendo uma fonte de tensão em série com um resistor. Por sua vez, o Teorema de Norton nos diz que podemos substituir todo o circuito, com exceção ao bipolo em questão, por circuito equivalente contendo uma fonte de corrente em paralelo com um resistor. Figura 1 – Teoremas de Thévenin e Nórton 2.2 Superposição Nos circuitos elétricos conclui-se que a corrente elétrica total em qualquer ramo de um circuito bilateral linear será igual a soma algébrica das correntes produzidas por cada fonte atuando separadamente no circuito . 2.3 Metódo de Nós Ele nos permite encontrar a tensão que passa em cada um dos nós que possuí- mos em um determinado circuito. O método apresenta uma sistemática de equaciona- mento para a determinação das tensões de nós. 4 3 Objetivo 3.1 Objetivos Gerais Analisar, através da montagem do circuito se os valores calculados em aula condizem com os valores obtidos nas medições. 3.2 Objetivo específicos - Calcular os valores teóricos do circuito disponibilizado; - Montar o circuito na protoboard; - Utilizar fonte variável para observar variação de corrente no circuito; - Observar se os valores calculados condizem com os valores reais; - Aprender a montar e analisar circuitos tóricos na prática. 5 4 Desenvolvimento 4.1 Circuito Teorema da Superposição Anote os valores de R1, R2, R3, com a fonte de V1 ligada meça as correntes em cada um dos resistores e anote. Com a fonte V2 ligada meça as correntes em cada um dos resistores e anote. Calcule as correntes resultantes para cada um dos resistores pelo método de superposição e compare com a soma dos itens anteriores. Comente os resultados. Figura 2 – Circuito Resistores usados: R1= 820 Ω (Cz, Vm, Pt, Ou) R2= 5,6 KΩ (Vd, Az, Vm, Ou) R3= 100 Ω ( Mr, Pt, Mr, Ou) V1= 10 V V2= 6 V Contribuição de 10V: Figura 3 – Contribuição 10V Capítulo 4. Desenvolvimento 6 RT = 918,24 Ω IT = 10,89X10−3 A IR1= 10,89X10−3 A IR2= 10,89X10−3*100/5600+100 = 1,91X10−4 A ↓ IR3= 10,89X10−3*5600/100+5600 = 10,6X10−3 A → Medidas: R1= 8,73 V → 10,64 mA R2= 1,232 V → 220 µA R3= 1,047 V → 10,47 mA Contribuição de 6V: Figura 4 – Contribuição 6V RT = 815,26 Ω IT = 7,36X10−3 A IR1= 7,359X10−3*5600/5600+820= 6,419X10−3 A ← IR2= 7,359X10−3*820/820+5600= 9,39X10−4 A ↓ IR3= 7,36X10−3 A ← Medidas: R1= 5,13 V → 6,25X10−3 A R2= 5,3 V → 9,46X10−3 A R3= 0,721 V → 7,21X10−3A Capítulo 4. Desenvolvimento 7 Valores Finais: IR1= 4,47X10−3 A IR2= 1,13X10−3 A IR3= 3,34X10−3 A Medidas Finais: IR1= 4,4X10−3 A IR2= 1,01X10−3 A IR3= 3,26X10−3 A Observação: ao montar o circuito, podemos interpretar o circuito e como o mesmo se estabelece em uma placa de ensaio (protoboard). Com o circuito energizado, verificamos nas medidas a contribuição de cada fonte seguindo os passos do teorema. Foi notada a importância de se constatar o sentido da corrente, em cada contribuição, pois isso está diretamente ligado ao resultado correto. Ao final, foi possível verificar que os valores medidos e calculados coincidiram, considerando que há uma interferência física, causada pela própria protoboard porém, isso não implica um erro de cálculo ou de construção. 4.2 Circuito Teorema de Thevénin Meça a resistência de Thévenin RT H para o circuito abaixo, entre os pontos A e B. Conecte as 2 fontes ao circuito e meça o VT H . Repita o procedimento, medições e cálculos para o R1. Figura 5 – Circuito R1= 2700 Ω (Vm, Rn, Vm,Ou) R2= 100 Ω (Mr, Pr, Mr, Ou) R3= 100 Ω (Mr, Pr, Mr, Ou) R4= 3900 Ω (Lr, Br, Vm, Ou) Capítulo 4. Desenvolvimento 8 Em R1: Achar VR2: RT H = 49,36Ω Medida: 47,6 Ω Em R3: Achar VR2: RTH= 94,10Ω Medida: 91,3 mA Contribuição de 8V: Figura 6 – Contribuição 8V Em R1: RT = 3950 Ω IT = 2 mA IR2= 2X10−3*100/100+100= 1,01 mA Em R3: RT = 3996,42 Ω IT = 2 mA IR2= 2X10−3*2700/2700+100= 1,93 mA ↓ Medida: 1,63 mA Capítulo 4. Desenvolvimento 9 Contribuição de 5V: F i g u r a 7 – C o n t r i b u i ç ã o 5 V 8 Contribuição de 5V: Figura 7– Contribuição 5V Em R1: RT = Circuito Aberto IT = 0 A IR2= 0 A Medida:0A Em R3: RT = 2797,5 Ω IT = 1,78 mA IR2= 1,78X10−3*3900/3900+100= 1,74 mA ↓ Medida: 1,63mA Logo em R1: IR2= 1,01 mA VR2= 1,01X10-3 * 100= 101,26 m VT H = 5 - 101,26X10−3= 4,9 V Medida: 4,75 V Logo em R3: IR2= 1,74 + 1,93= 3,67 mA Medida: 3,43 mA VR2= 100 * 3,67X10-3= 0,37V Medida: 0,347 V Observação: ao montar o circuito, foi possível conferir cada passo do Teorema. A partir da medida da Resistência de Thévenin no ponto desejado e de como as tensões se comportam em cada ramo, levando em conta os seus sentidos e as suas quedas nos resistores. Assim, os valores obtidos nas medidas práticas conferem ao calculado no seu circuito ideal. 9 8 4.3 Circuito Teorema Norton Monte o circuito abaixo, calcule e meça o equivalente de Norton (em R1 e R2). Figura 8 – Circuito R1=R3 = 1,5 KΩ (Mr,Vd,Vm,Ou) R2=R4= 2,2 KΩ(Vm,Vm,Vm,Ou) V1= 10 V V2= 10 V Em R1: Achar IN : RN = 1379,66 Ω Medida: 1445 Ω Em R4: Achar IN : RN=1067,3Ω Medida: 1120 Ω Contribuição de 10 V: Figura 9 – Contribuição 10V R1 10 8 Em R1: RT = 1379,66 Ω IT = 7,25X10−3 A Como IT =IN : IN = 7,25X10−3 A → Medida: 6,9X10−3 A Em R4: RT = 1500 Ω IT = 6,66X10−3 A Como IT =IN : IN = 6,66X10−3 A ↓ Medida: 6,2X10−3 A Contribuição de 10 V: Figura 10 – Contribuição 10V B R1 Em R1: RT = 2200 Ω IT = 4,54X10−3A IN =4,54X10−3A← Medida: 4,2X10−3 A Em R4: RT = 1067,3 Ω IT = 9,36X10−3 A IN = 9,36X10−3A↑ 11 11 8 Medida: 8,8X10−3 A Logo em R1: IN = 7,25X10−3 - 4,54X10−3= 2,7X10−3 A Medida: 2,65X10−3 A I1,5K(R1)= 2,7X10−3* 1379,66 / 1379,66 + 1500= 1,3X10−3 A Medida: 1,28X10−3 A Logo em R4: IN = 9,36X10−3 – 6,66X10−3= 2,7X10−3 A Medida: 2,4X10−3 A I2,2K(R4)= 2,7X10−3* 1067,3 / 1067,3 + 2200= 881X10−6 A Medida: 795 µA Observação: ao montar o circuito, foi possível verificar as semelhanças e as relações com o Teorema de Thévenin, desde sua resistência equivalente (Resistência de Norton) até ao cálculo e análise da contribuição de cada uma das fontes. Após a construção, verificamos que os valores obtidos na medição correspondem aos valores finais do circuito ideal. 4.3 Circuito Método dos Nós Monte o circuito abaixo, calcule e meça o equivalente através do método dos nós Figura 11 – Circuito Determine a corrente em R3 e R7pelo método solicitado. R1=R3=R5= 1,5KΩ (Vm, Vm, Vm, Ou) R2=R4=4,7KΩ(Am,Rn,Vm,Ou) R6=R7= 3,3 KΩ (Lr,Lr,Vm,Ou) V1= 10 V V2= 10 V 8 Figura 12 – Circuito com os Nós Nó V1=I1+I2+I3=0 Nó V2=I4+I5+I6=0 Nó V3= I7+I8+I9=0 𝑁ó 𝑉1 = 𝑉1 − 10 1500 + 𝑉1 1500 + 𝑉1 − 10 − 𝑉2 4700 = 0 𝑁ó 𝑉2 = 𝑉2 + 10 − 𝑉1 4700 + 𝑉2 4700 + 𝑉2 − 𝑉3 1500 = 0 𝑁Ó 𝑉3 = 𝑉3 − 𝑉2 1500 + 𝑉3 3300 + 𝑉3 3300 { 109𝑉1 − 15𝑉2 = 620 −15𝑉1 + 77𝑉2 − 47𝑉3 = −150 −11𝑉2 + 21𝑉3 = 0 V1= 5,51 V V2= -1,28 V V3= -0,67 V Figura 13 – Circuito com Amperímetro Corrente em R3: Como I2=IR3, logo: 𝐼𝑅3 = 𝑉1 1500 = 5,51 1500 = 3,67𝑚𝐴 Medida: 2,8mA 13 8 Corrente em R7: Como I9=IR7, logo: 𝐼𝑅7 = 𝑉3 3300 = −0,67 3300 = 204,04𝜇𝐴 Medida: 184µA Observação: ao montar o circuito na protoboard, podemos verificar que apesar das medidas imprecisas, devido à resistência da própria placa de ensaio, os valores calculados foram condizentes com os medidos. De modo prático, a medição foi feita usando os princípios da Lei de Ohm, ou seja, a partir da tensão medidas de cada resistor podemos calcular as suas correntes, apenas conhecendo o valor de sua resistência. 14 8 5 Conclusão Através de aulas práticas podemos perceber que os valores que calculamos em sala de aula não são exatamente como os obtidos na prática, devido aos diversos fatores externos do circuito (protoboard, fios, resistência interna dos aparelhos de medição) que influenciam diretamente no resultado final do circuito, apesar de serem valores muito mínimos podendo até ser considerando desprezíveis dependendo da precisão que se deseja obter do circuito medido. 15
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