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Interpretação da Lei
Normatividade da Interpretação – determina o modo que a lei deve ser interpretada impedindo que o juiz a interprete a seu bel prazer.
Finalidade da interpretação
Subjetivista – finalidade da interpretação é reconstituir a intenção do legislador subjacente à produção da lei, portanto, o ato de aplir-se submete ao de legislar e a interpretação esgota-se na dimensão semântica. O complemento natural do subjetivismo é o historicismo:
Orientação subjetivista historicista – o significado da lei é aquele que o legislador deu no momento de sua elaboração.
Orientação subjetivista atualista – o significado da lei é o que o legislador daria se tivesse de legislar na atualidade.
Orientação subjetivista prospectivo – prospecção da vontade do legislador.
Objetivista – Vê como impossível determinar a intenção do legislador histórico, e faz valer o significado objetivo da lei adequado às circunstâncias sociais, econômicas e culturais no momento da vontade do legislador e o poder jurisdicional prevalece o legislativo, porém, o objetivismo não impede que esse sentido objetivo seja coincidente com a intenção do legislador. Quanto mais recente for a lei, maiores são as hipóteses de tal incidência ocorrer.
A ligação natural do objetivismo é com o atualismo prospectivo:
Orientação objetivista historicista – significado da lei no momento em que foi criada.
Orientação objetivista atualista – o significado da lei na atualidade.
Orientação objetivista atualista prospectida – prospecção do significado objetivo atual.
CONCLUSÃO: 
A finalidade de se interpretar a lei não é explicá-la, e sim aplica-la e encontrar sua razão de ser como elemento de um raciocínio prático. Portanto, a interpretação se realiza de fonte para sua aplicação porque possui perspectiva “de trás para diante”, melhor, é atualista e objetivista.
Elementos da Interpretação
 Elemento literal ou gramatical – é/está na letra da lei
Elemento não literal – elementos histórico, sistemático e teológico. 
 Hierarquia relativa ao método de interpretação:
 determina a letra da lei
Determina dimensão semântica 
Reconstrói pensamento legislativo 
Hierarquia relativa ao resultado
Elementos não literais
Elemento gramatical
Reconstrói pensamento legislativo 
Modelos de Interpretação
 Método literal ou gramatical ou textual – interpretação se dá a partir da letra da lei.
Dimensão sintática – estrutura gramatical da lei é considerada na totalidade de seu enunciado.
Dimensão semântica – significado das palavras utilizados na lei no contexto de sua estrutura. Todo significado que correspondente à letra da lei deveria ser um significado possível dessa lei e, assim, o significado que não encontrar uma correspondência mínima com a letra da lei, está para além de seu significado possível, portanto, a lei é um limite.
 Método histórico ou genético – procura saber o que levou ??????? o legislador a produzir a fonte e, para tanto, considera aspectos objetivos (situação social e jurídica) e aspectos subjetivos (intenção do legislador que produziu a lei). Possui um aspecto evolutivo porque a dimensão retrospectiva (precedentes históricos, comparativos e doutrinários) é uma forma de averiguar novas necessidades, diferentes daquelas que justificavam sua produção. Portanto, pode mostrar uma evolução na compreensão semântica da norma e na aplicação da lei, podendo este método procurar sentido à norma através da finalidade que a criou. 
Método Sistemático ou lógico – considera a unidade do sistema jurídico, portanto escolhe interpretar as normas de forma coerente com as outras. Ele permite resolver a polissemia ou ambiguidade semântica das palavras e atua na perspectiva atualista porque considera a integração sistemática da lei na atualidade. Além disso, o elemento sistemático é um princípio de consistência (a questão da unidade do sistema) e uma relação de contexto (interprete só interpreta a lei depois que enquadrá-la no conjunto mais vasto em que ela se integra). Assim, ele é um modo de evitar interpretações inconstitucionais de leis constitucionalmente validas fazendo um “controle antecipado de normas” (contexto vertical) e considera outras leis da mesma hierarquia ou preceitos da mesma lei, em conjunto com a lei interpretada, para a solução do mesmo caso. 
 Método Teleológico – busca encontrar a finalidade que justifica a vigência da lei enquanto o elemento histórico procura a justificação para a produção da lei. A estatuição é relevante para este método porque, só depois de saber o que a lei permite, proíbe ou obriga, é que se pode determinar a finalidade que a lei pode realizar no momento de sua interpretação. Ele também é compatível com a ideia de interpretar a fonte em consonância com os princípios formais e materiais que ela concretiza. A escolha desses princípios exige uma ponderação entre os princípios de justiça, de confiança e de eficiência, devendo o interprete escolher o principio formal que melhor se adequar aos interesses que a lei visa proteger. Portanto, a melhor interpretação que se insere nesse sistema é aquela que lhe acrescenta algo, permitindo proteger interesses que antes dela não se encontravam acautelados na lei. 
É o elemento que menos provem do sistema e que mais apela ao interprete o qual se utiliza de valores éticos, políticos ou econômicos para otimizar o principio subjacente a lei que interpreta. Portanto, ele é o que melhor permite controlar a interpretação. A teologia possui também uma dimensão consequencialista quando a finalidade da lei é produzir um efeito sancionário ???????
Conjugação dos métodos 
Nenhum deles é suficiente em si mesmo para determinar o significado da lei, mas cada um deles contribui para essa determinação. Portanto, a interpretação da fonte resulta da conjugação da contribuição de cada um deles. É importante que os métodos histórico, sistemático e teleológico sejam vistos numa perspectiva aditiva porque o interprete escolhe a interpretação que corresponde minimamente a letra da lei e, com o apoio na justificação histórica da lei, aquela que melhor se integra no sistema jurídico, e a que melhor se adéqua á necessidades sociais. 
Resultados da Interpretação 
 Interpretação Declarativa – resulta da coincidência entre o significado literal e o espírito da lei.
Interpretação Reconstrutiva (ou reconstitutiva) – a partir do fato da lei e apoiada no seu espírito, reconstrói o significado da lei podendo restringir como alrgar seu significado literal.
Interpretação extensiva – praeter litteram; se afasta do sentido literal porque abrange os casos em que a lei se aplica por imposição dos elementos não literais. Se dá, pelo juiz de agregação, em situações de abascamento de gênero ou de subtipos de mesmo tipo Quando a lei é taxativa. Portanto, ela e a interpretação declarativa lata porque o significado da lei e seu significado mais extenso.
Interpretação restritiva – citra litteram; reduz o âmbito de aplicação ao excluir, casos da literalidade da lei em que a dimensão pragmática da lei fica aquém da sua dimensão semântica. Nessa interpretação, a lei derrota o próprio espírito, ela derrota-se a si própria. 
Obs: REDUÇÃO TELEOLÓGICA - constrói uma exceçãoo ao regime legal ao não se aplicar a lei a um caso que é abrangido pela sua letra. Porem, a distinção entre os dois é discutível porque a criação de exceção a uma lei através da redução do seu campo de aplicação PE uma interpretação ao mesmo tempo rest. e teleológica.
 Interpretação ab-rogante – imposta quando a fonte é inteligível em si mesma, isto é, quando o interprete não lhe pode atribuir nenhum significado (integração ab-rogante singular), ou quando a fonte e rente a regime não mais existente no sistema, ou seja, a fonte não tem referencia (int. ab-rogante sistêmica). Neste ultimo caso, a interpretação gera a lacuna oculta.
Obs: Pode ser chamado também de interpretação restritiva ou interpretação declaratória ??? interpretação de sentido restrito. 
 Interpretaçãocorretiva – contra legem; manifesta na aprovação da lei a um caso que ela exclui (elimina uma exceção prevista em lei), ou não aplica a lei a um caso que ela abrange (cria exceção). Ela é justificada pela incompatibilidade da fonte com os valores jurídicos fundamentais mesmo que desconsidere a luta e o espirito da lei. Portanto, constitui a base na equidade.
OBS: pode ser chamada também de interpretação extensiva e analógica.

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