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Luis Felipe Bredaiholi Ra: 156440 Atividade 3 1) Ebulição com convecção natural: Este tipo de ebulição ocorre quando o excesso de temperatura Δte é menor que 5°C. A temperatura da superfícia está pouco acima da temperatura de saturação, o que garante a formação de bolhas. Com isso, a medida que o excesso de temperatura aumenta, começa a ocorrer a formação de bolhas, porém sempre abaixo do ponto de início da ebulição nucleada. De acordo com o tipo de escoamento, laminar ou turbulento, o coeficiente de troca convectiva h varia com o Δte, o coeficiente h pode ser elevado a ¼ ou 1/3, sendo ¼ para escoamentos laminares e 1/3 para escoamentos turbulentos. Ebulição Nucleada: Este tipo de ebulição ocorre no intervalo de 5°C ≤ Δte ≤ 30°C. Neste tipo de ebulição temos 2 fases, a primeira ocorre quando existem poucos sítios de nucleação ativos, logo poucas bolhas ascendem e se desprendem da superfície, esse desprendimento aumenta consideravelmente h e o q”. Porém, com o aumento do Δte temos a ativação de novos sítios de nucleação e a formação de mais bolhas, essas bolhas se coalescem e a ascendência do vapor se da sob a forma de jatos ou colunas de bolhas. As maiores taxas de transferência de calor e coeficientes convectivos são características desse tipo de ebulição, logo, é desejável operar a maioria dos equipamentos no regime de ebulição nucleada. Ebulição no regime de transição: Quando 30°C ≤ Δte ≤ 120°C ocorre a chmada Ebulição no regime de transição. Neste regime, a formação de bolhas é tão rápida que uma camada de vapor começa a se formar sobre a superfície. Ebulição em filme: quando Δte ≥ 120° a superfície do líquido se encontra completamente coberta por uma manta de vapor, nesse ponto, o fluxo atinge um valor mínimo e ocorre o chamado ponto de Leidenfrost. A transferência de calor da superfície para o líquido ocorre por condução e radiação através do vapor. 2) O ponto de Leidenfrost é o ponto de mínimo do fluxo de térmico na curva de ebulição, nesse ponto a superfície encontra-se coberta por uma manta de vapor. Para o caso de aumentar gradativamente o fluxo de calor, teríamos um aumento da Ts e do excesso de temperatura segundo a curva de ebulição. Porém, ao atingir o fluxo térmico crítico, ou o ponto de queima ou de crise de ebulição, se aumentarmos mais o fluxo, pode ocorrer a fadiga do sistema. No caso de a temperatura superficial ser aumentada, a radiação através do filme de vapor se tornará mais significativa e o fluxo térmico aumentaria com o crescimento do excesso de temperatura. 3) Ponto de Crise de Ebulição: Este ponto fornece um limite de operação superior do fluxo de calor acima do qual a troca térmica na ebulição está associada a elevadas diferenças de temperatura e baixos h, A formação de bolhas é tão rápida que uma película de vapor começa a se formar sobre a superfície sólida, que atua como um isolante A correlação de Rohsenhow é a mais utilizada para ebulição nucleada. Todas as propriedades da equação são do líquido, exceto ρv e todas as propriedades devem ser avaliadas a Tsat . o coeficiente Cs,f e o expoente n dependem da interação sólido líquido. Figura 1: Correlação de Rohsenhow Importante ressaltar que se a correlação de Rohsenhow for reescrita em termos de um número de Nusselt com base num L arbitrário, ela se resume a: NuL Ja² (Pr^1-3n) Bo E se o número de Nusselt se basear no diâmetro da bolha característico, a equação se reduz a Nu Ja² (Pr^1-3n). Experimento de Nukiyama: Nukiyama tentou modelar a curva de ebulição através de um experimento onde ele submergiu um fio de níquel-cromo em água saturada. Ele aumentou a temperatura do sistema aumentando a corrente elétrica que passava pelo fio, aumentando assim sua potência. Com o aumento de potência, ele observou que o surgimento de bolhas só se deu quando o excesso de temperatura foi de aproximadamente 5°C. Porém, com a elevação adicional da potência, o fluxo térmico aumentou para níveis muito elevados até que houve o derretimento do fio em um valor de fluxo ligeiramente superior a q”max. Para solucionar este problema, ele trocou o fio por um de platina, com temperatura de fusão bem mais elevada, assim, Nukiyama pode manter fluxos térmicos acima da q”max sem ocorrer a ruptura do fio. Com seu experimento, ele pode observar que ao reduzir a potência, a variação do excesso de temperatura seguiu a curva de resfriamento. Porém, ao atingir o ponto de mínimo q”min, o experimento sofreu uma queda brusca do excesso de temperatura e a voltou a seguir o cmainho da curva de aquecimento. Nukiyama supôs que o efeito da histerese observado nas curvas era uma consequência do método de aquecimento com potência controlada. Ele acreditava que como o excesso de temperatura era uma variável dependente, usando um método de aquecimento que permitisse o controle direto desse excesso de temperatura, ele obteria a porção faltante da curva de ebulição. Sua hipótese foi confirmada por Drew e Mueller que conseguiram controlar o valor direto do excesso de temperatura e foram capazes de completar a curva de ebulição. A transferência de calor da superfície para o líquido, na ebulição em filme, ocorre por condução e radiação através do vapor. Além dos coeficiente convectivo e do excesso de temperatura, fatores como o campo gravitacional, o sub-resfriamento do líquido e condições específicas da superfície sólida podem afetar a ebulição em piscina. 4) Bond (Bo) – Representa a razão entre a força de empuxo e a força de tensão superficial. Jakob (Ja) – É a razão entre a máxima energia sensível absorvida pelo líquido (vapor) e a energia latente absorvida pelo líquido (vapor) durante a condensação (Ebulição)
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