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Assistência Humanizada Ao Parto Profª MSC; Kelle Magalhães Enfermeira Obstetra A prática do parto humanizado visando um nascimento saudável O objetivo da assistência ao parto é ter como resultado mãe e recém- nascido saudáveis, com o mínimo de intervenção médica, compatível com a segurança. Uma das metas do Ministério da Saúde é tornar o atendimento a mulher parturiente, humanizado. A prática do parto humanizado... Parto Humanizado significa um tipo de assistência que busca o parto normal, resguardando a posição central da mulher no momento do nascimento, dando-lhe autonomia e respeitando sua dignidade. Promove situações que inibem o mal estar e também reduzem riscos para a mulher e recém- nascido. A Humanização do parto surge de movimentos sociais internacionais buscando priorizar a tecnologia apropriada e a qualidade na interação entre mulher e seus cuidadores, contribuindo para diminuir a morbi- mortalidade materna e perinatal. Parteiras A historicidade da assistência ao parto tem início a partir do momento em que as próprias mulheres se auxiliam e iniciam um processo de acumulação de saber sobre a parturição. As parteiras no Brasil eram as principais atendentes ao parto até meados do século XX antes o parto e os cuidados posteriores com a mãe e o bebê transcorriam em família. Parto Hospitalar O Parto deixa de ser realizado em casa, Evolução das formas mais seguras de anestesia (segunda metade do século 20), Mulher consciente, deitada, imposição de rotinas. RESOLUÇÃO COFEN-223/1999 PUBLICAÇÃO: 3/12/1999 Art. 9º - Às profissionais titulares de diploma ou certificados de obstetriz ou de Enfermeira Obstetra, além das atividades de que trata o artigo precedente, incumbe: I – prestação de assistência à parturiente e ao parto normal; II – identificação das distócias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico; III – realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação de anestesia local, quando necessária. Boom de Cesareanas Para a maioria das mulheres do setor privado, esse sofrimento pode ser prevenido, por meio de uma cesárea eletiva. Parto Cesáreo MOVIMENTOS (Década de 50) Europa (método Dick-Read) e o parto sem medo –no hospital, as mulheres se sentiam tensas, com medo, ao esclarecer os procedimentos e ensinando-as a colaborar de forma ativa no nascimento do filho notava-se que a dor diminuía e o parto seria mais tranquilo. Método Lamaze e Leboyer – focado no recém-nascido, defende uma forma menos violenta de nascer. No entanto seu foco era o bebê, não a mulher. O uso da episiotomia era rotina. Parto natural (movimento hippie) - resgatou o parto de cócoras, além dele, o parto, em casa. Redescrição da fisiologia do parto (Michel Odent) - começou a usar banheira com água quente para o conforto das parturientes e alívio da dor. Algumas parturientes se sentiam bem dentro da banheira e o bebê nascia ali mesmo. Estudos científicos comprovam que o uso da água quente no trabalho de parto é um excelente coadjuvante no combate à tensão e à dor, ajudando significativamente na dilatação do colo de útero. O nascimento para o bebê é muito mais suave e o períneo da mãe ganha maior flexibilidade com a água quente. Janet Balaskas (parto ativo) - Trabalhava com gestantes em aulas de yoga e preparando-as para uma postura mais ativa no parto, liberdade para movimentação das mulheres e elas podiam seguir seus instintos e a lógica fisiológica do corpo durante o parto. Roberto Cadeyro publica bases fisiológicas e psicologicas para o manejo humanitário do parto normal. ESTUDOS APOIADOS PELA OMS Década de 80-90 Inicia-se uma colaboração internacional que desenvolveu a metodologia de revisão sistemática, Rehuna (Rede Nacional pela Humanização do parto e do Nascimento), movimento formado por profissionais de camadas médias que buscam modificar a assistência ao parto em geral e no âmbito da saúde pública. Carta Fortaleza, Surge o movimento da medicina baseada em evidências, Carta Fortaleza Texto que inspira várias ações de mudança: Participação das mulheres, Liberdade de posição, Presença do acompanhante, Fim dos enemas e raspagem dos pelos pubianos, abolição do uso rotineiro da episiotomia e da indução do parto. Medicina Baseada em Evidência O nascimento, antes um perigo para o bebê, é redescrito como processo fisiológico necessário a transição (respiratória, endócrina, imunológica) para a vida extra-uterina. O parto, antes um evento médico-cirúrgico de risco, deveria ser tratado com o devido respeito como experiência altamente pessoal, sexual e familiar. Políticas de Saúde Prêmio Galba de Araújo para maternidades (1998): Visa destacar a humanização da assistência obstétrica e neonatal e o estímulo ao parto normal e ao aleitamento materno, além de revelar ao Brasil experiências inovadoras na gestão pública que privilegiem o acolhimento da gestante e do recém-nascido na hora do parto. Proposição de casas de parto (1994) Políticas de Humanização do Parto PAISM (1993) PHPN (2000) Mostram as relações entre a crítica a assistência atual e a Criação do movimento pela medicina baseada em evidência. Questionamento da Cultura Técnico-assistencial Respeito aos direitos reprodutivos e sexuais, Tratamento acolhedor e respeitoso. PARTO ATIVO: AUTONOMIA SUPERVISIONADA PARTO PASSIVO: IMPOSIÇÃO DE ROTINAS EPISIOTOMIA PARTO HUMANIZADO Modelos de Cadeira de Parto EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS PARTO DE CÓCORAS LEI DO ACOMPANHANTE LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990, PARA GARANTIR ÀS PARTURIENTES O DIREITO À PRESENÇA DE ACOMPANHANTE DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO, NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS. EM 2005 HOUVE REFORMULAÇÃO COM 6 MESES DE ADEQUAÇÃO E TOLERÂNCIA PARA A REDE PÚBLICA SE ORGANIZAR PARA RECEBER OS ACOMPANHANTES REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA INTERNET: Amigas do parto, Rehuna e Cais do parto PAISM (Programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher, 2004 PHPN (Programa de Humanização do Parto e nascimento), 2000 Diniz, S. G. Humanização da Assistência ao Parto: “Os muitos sentidos de um movimento”, 2005
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