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26 HIV e transmissão vertical

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Prof Enfermeira Obstetra 
:MSc ; Kelle Magalhães
Introdução
 A epidemia de Aids no Brasil vem aumentando devido a 
transmissão heterossexual, principalmente mulheres que 
têm apresentado taxas de incidência crescentes.
 A população menos escolarizada tem sido a mais atingida. 
Devido a isso a transmissão vertical passa a ser problemas 
de saúde pública.
 A transmissão vertical do HIV ocorre através da passagem 
do vírus da mãe para o bebê durante a gestação, o trabalho 
de parto e o parto (contato com as secreções cérvico-
vaginais e sangue materno) ou a amamentação.
 Sendo que 35% da transmissão ocorre durante a gestação, 
65% ocorre no peri-parto e de 7 a 22% na amamentação.
 A transmissão vertical do HIV, quando não realizada 
profilaxia, ocorre em cerca de 25% dos casos.
 Porém com o uso do AZT (zidovudina) na gestação, no 
parto e recém-nascido, a taxa de transmissão vertical 
reduz para 8,3%.
 Nos casos em que são seguidas TODAS as recomendações 
do programa DST/aids, essa taxa se reduz a 1-2%.
 Essas recomendações são: Uso de anti-retroviral a partir 
da 14ª semana de gestação, utilização de AZT durante o 
trabalho de parto, realização de parto cesáreo em gestante 
com carga viral alta ou desconhecida, AZT oral para RN 
exposto, do nascimento até 42 dias de vida e inibição da 
lactação associada ao fornecimento de fórmula infantil até 
os 6 meses.
A Doença
 O vírus do HIV desarma gradualmente o 
sistema imunológico, tornando a vítima 
cada vez mais vulnerável a qualquer 
infecção por outro vírus, bactéria, fungo 
ou parasita.
 Essas infecções ou infestações 
oportunistas ocorrem principalmente na 
pele, nos pulmões, sistema digestivo, 
nervos e cérebro.
 A pessoa infectada pelo HIV padece 
durante longo período e sem tratamento 
pode morrer de 2 a 3 anos após 
diagnóstico.
 Contaminação pelo HIV: A principal fonte de 
contágio do HIV é feita através das células por ele 
infectadas. 
 Como os linfócitos T4 que são parasitados pelo HIV 
existem no sangue e no esperma, são esses os 
elementos contaminantes, assim como transfusão 
de sangue, usuários de drogas intravenosas, 
relações sexuais, especialmente o coito anal.
 Apenas 30% do plasma ou do sangue de indivíduo 
infectado apresentam o vírus do HIV circulando 
livremente.
Diagnóstico
 O mais utilizado é o teste ELISA feito no 
sangue, se positivo, deverá ser repetido numa 
segunda amostra, que se for positiva 
novamente, será confirmada com outro 
exame mais específico que é o Western blot.
 Outra medida para diagnóstico do HIV são 
os testes rápidos (desde julho de 2005), onde 
são usadas 3 marcas definidas pelo 
ministério da saúde. 
 Para isso estão capacitando profissionais de 
saúde.
Pré-natal
 Durante o pré-natal a gestante deverá realizar vários 
exames, entre eles o de HIV.
 Recomenda-se a realização da testagem de HIV ainda na 
1ª consulta de pré-natal, com repetição no início do 3º 
trimestre.
 Um resultado negativo não exclui a infecção pelo HIV 
devido a possibilidade de janela imunológica (tempo 
entre o contágio e a detecção de anticorpos), sendo 
necessária nova testagem.
 Caso o resultado seja positivo, deve-se orientar a gestante 
quanto a importância do uso de anti-retrovirais para 
prevenir a infecção vertical e de contra-indicar a 
amamentação, além de notificar o caso de gestante com 
HIV.
 Mesmo que a gestante já tenha sido notificada pelo 
HIV, deverá ser notificada novamente só que como 
gestante HIV+.
 Após o diagnóstico da infecção pelo HIV, deve ser 
solicitada contagem de linfócitos T CD4+ e carga viral 
da gestante, referenciando para acompanhamento na 
unidade de referência.
Infecção Congênita
 A transmissão materna está quase totalmente 
prevenida (98-99%) com a combinação da profilaxia 
anti-retroviral na gravidez, parto e neonatal, cesárea 
eletiva e contra-indicação do aleitamento.
 O diagnóstico da infecção congênita é feito pelo PCR 
(HIV-DNA) ao nascimento (primeiras 48 horas, mas 
não do sangue do cordão), 1-2 e 3-6 meses.
Terapia Anti-retroviral
 Um dos aspectos mais importantes na adesão ao 
tratamento anti-retroviral (TARV) é a aceitação do 
diagnóstico.
 Em todas as fases deste acompanhamento o profissional 
deve estar atento às possíveis variações de humor, 
reações depressivas, medo de enfrentar o diagnóstico e 
revelá-lo para a família ou parceiro.
 A utilização de medicamentos para prevenção da 
transmissão vertical durante a gravidez, mesmo sem 
apresentar doença, pode provocar dúvidas na gestante, 
sendo necessário apoio.
 Caso a gestante já faça acompanhamento com anti-
retrovirais, é necessário substituir os teratogênicos 
como Efavirenz, Hidroxiuréia e a associação de 
Didanosina +Estavudina.
Trabalho de Parto e Parto
 Cerca de 65% dos casos de transmissão do HIV 
ocorrem durante o trabalho de parto ou parto.
 Devido a isso não podemos deixar de intervir para 
garantir a prevenção desta transmissão vertical.
 Na entrada da parturiente no Centro Obstétrico deve 
ser oferecido teste rápido para todas as gestantes que 
não tenham realizado investigação de HIV durante 
pré-natal ou que o resultado não esteja disponível, 
após consentimento. O resultado deve ser anotado no 
cartão da gestante.
 A via de parto será escolhida em função das condições 
obstétricas e/ou carga viral, de acordo com obstetra e 
infectologista.
 Quando a via de parto for cesárea, o AZT intravenoso deve 
ser iniciado mínimo 3 horas antes do procedimento e 
mantido até clampeamento do cordão umbilical.
 Já no parto normal a infusão deverá ser instituída desde o 
início do trabalho de parto e mantida até o clampeamento 
do cordão.
 Esquema de Zidovudina na parturiente (frasco 
ampola de 200mg com 20ml – 10mg/ml)
 Dose de ataque de 2 mg/kg na 1ª hora, diluído em soro 
glicosado a 5%.
 Dose de manutenção de 1 mg/kg/hora, em infusão 
contínua até o clampeamento do cordão.
Vias de Parto
 Vaginal: 
 Monitorar trabalho de parto cuidadosamente evitando 
toque repetidos.
 Conduzir parto com ocitócitos, evitando que a 
parturiente fique mais de 4 horas com bolsa rota ou em 
trabalho de parto prolongado.
 Estão contra-indicados procedimentos invasivos como 
amniotomia, fórceps, vácuo-extrator, manobras 
desnecessárias para retirada do concepto.
 Evitar episotomia, manter membranas íntegras até o 
período expulsivo, laquear cordão imediatamente após a 
expulsão do RN.
 Cesáreo: 
 Realizar a cirurgia com o menor sangramento possível.
 Sempre que possível, manter as membranas 
amnióticas íntegras.
 Proceder a laqueadura do cordão imediatamente após 
nascimento.
Puerpério 
 Inibir lactação com o enfaixamento das mamas com 
ataduras, comprimindo-as, evitando assim o início da 
lactação pela compressão. Deve ser mantido por 10 dias.
 Pode-se fazer supressão da lactação com o uso de 
cabergolina 0,5 mg 02 comp VO em dose única.
 Entregar fórmula infantil e garantir sua distribuição até 
6 meses do bebê.
 Orientar planejamento familiar e uso da camisinha.
 Aconselhar a fazer o teste de HIV no parceiro.
 A profilaxia da transmissão vertical deve ser suspensa 
logo após o parto.
A criança exposta ao HIV
 Ao nascer as vias respiratórias devem ser aspiradas 
delicadamente, evitando traumatismos.
 Lava-se o RN imediatamente após o parto com água morna e 
sabão, para evitar o contato prolongado do bebê com o sangue 
e secreções maternas.
 Deve ser iniciada quimioprofilaxia do RN com AZT 
imediatamente ainda nas 2 primeiras horas de vida, podendo 
ser também até as primeiras 8 horas de vida, caso parturiente 
tenha recebido medicamento.
 A dose recomendada é de 2 mg/kg/dose de AZT (0,2ml/kg). 
VO de 6/6 horasdurante 6 semanas (42 dias), caso a criança 
não tenha condições de receber por via oral, será usada via EV, 
dose de 1,5 mg/kg
 Na sexta semana (42 dias de vida), suspender o AZT, solicitar 
provas de função hepática (AST, ALT, GGT, FA) e introduzir 
sulfametazol+trimetropim até o s 12 meses de idade ou até o 
estabelecimento do diagnóstico.
 Para definir a provável infecção, solicitar 2 exames para 
contagem de carga viral, sendo o primeiro entre 1 e 6 meses.
 Se a primeira amostra for indetectável, colher segunda 
amostra após o 4º mês de vida.
 Caso o primeiro resultado seja detectável, solicitar uma 
segunda amostra imediatamente após recebimento do 
resultado.
 Caso a criança tenha as duas cargas virais indetectáveis, 
confirmar com sorologia após os 12 meses. Se esta for 
negativa, a criança será considerada não infectada.
 Se a segunda carga viral for detectável e realizado terceiro 
exame for positivo a criança será considerada infectada.
Referência Bibliográfica:
 BRASIL, Ministério da saúde. “protocolo para 
prevenção de transmissão vertical de HIV e Sífilis”, 
2007.
 REZENDE, Carlos. “Obstetrícia Fundamental”, Editora 
Goanabara koogan, 11 edição, 2008.
 ZUGAIB, Marcelo. Obstetrícia. Editora Manole, 2008

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