Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO PARA A VS DE PATOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA I AULA 1 – DEFINIÇÕES Hemograma: eritrograma + leucograma + plaquetograma. Exame complementar: pesquisa de hemoparasitas, reticulócitos, ppt, dosagem de fibrinogênio. Coagulograma: plaquetometria, análise da morfologia plaquetária (esfregaço). Tempos globais de coagulação: tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA). Hemograma QUANTITATIVO: Avalia quantidade de hemácias, leucócitos e plaquetas (hematimetria, leucometria e plaquetometria, respectivamente). Expresso em número de células /mm³ ou microlitros. Hemograma QUALITATIVO: Análise qualitativa ou morfofuncional. Avalia o estado geral das células, visualisando-as no esfregaço sanguíneo. Leucograma: Leucometria global: número total de leucócitos / mm³ de sangue; Leucometria específica relativa: específica para os tipos de leucócitos, dado em %. Leucometria específica absoluta: dado quantitativo dos diferentes tipos de leucócitos no sangue, dado em número/ mm³. (Relativa X global / 100 = absoluta). Fórmula / Sequência de Schilling: Ba/Eo/Mi/Mt/Bt/Sg/Lin/Mo. Eritrograma QUANTITATIVO: Hematimetria (H): número de hemácias /mm³ ou µl. Volume globular (VG) ou hematócrito (HT) – medido em %, parte correspondente de massa eritrocitária no sangue. Hemoglobinometria (Hb): dado em g/dl. Mede a quantidade de hemoglobina /mm³ ou µl de sangue. Eritrograma QUALITATIVO: Volume Globular Médio (VGM): dá a média do volume das hemácias. Divide-se o VG pela Hematimetria e múltiplica-se por 10. VG/H x 10 = VGM em fentolitros (fl), a média para o cão é 70 e para o gato/boi/cavalo/ovelha é 50, para o caprino 18. VGM normal: normocítica; aumentado: MACROcítica, diminuída: MICROcítica. Concentração de Hemoglobina Globular/Corpuscular Média (CHGM ou CHCM): é a média da % de hemoglobina em cada hemácia. É calculada dividindo-se a hemoglobina (Hb) pela VG e multiplicando por 100. Hb/VG x 100 = X%. O normal é de 30-35% em todas as espécies. CHGM normal: NORMOcrômica; diminuída: HIPOcrômica; CHGM aumentado, não existe hemácia com CHGM aumentado, a hemácia sofre lise, mas devido à técnica, o CHGM pode estar aumentado, indica hemólise, pois a hemoglobina das hemácias rompidas é contabilizada, mas as hemácias não são contabilizadas, gerando numericamente uma redistribuição da hemoglobina entre as hemácias contabilizadas. Hemoglobina Globular/Corpuscular Média (HGM ou HCM): é a média da quantidade de hemoglobina dentro da hemácia, resultado em massa (picograma). Hb/H. Não é muito utilizada na veterinária, sendo preferida o CHGM. Hematoscopia: Avaliação do esfregaço sanguíneo. Nele você vai observar se o que foi calculado com a máquina está fidedigno ao que se encontra no sangue. Ao avaliar o tamanho das hemácias ao microscópio, você também está avaliando o VGM, em um animal com VGM aumentado na máquina, espera-se encontrar hemácias relativamente aumentadas em sua maioria. Assim como CHGM, que visualmente será avaliado pelo tom (mais avermelhada ou mais pálida, ou até mesmo azulada) que a hemácia apresenta. Formato da hemácia (esferócito, equizótico, poiquilocitose, em forma de alvo, etc), inclusões (corpúsculo de Howell-Jolly, corpúsculo de Heinz). Coleta de amostras (sangue): Local: cefálica (pequenos), jugular (grandes/pequenos), ponta de orelha (pesquisa de hemoparasitos); Quantidade: 10% da volemia, que geralmente é 10% do peso, ou seja, 1% do peso é a quantidade máxima que se pode tirar de sangue. Animais doentes: deve-se dar uma margem de segurança, retira-se menos de 1% do peso. Qual frasco: 5 ml ou 2 ml, depende da quantidade coletada, se for coletar menos de 1 ml, usar o pediátrico (2ml) Animais desidratados: reidratar antes de coletar o sangue, pois dará um resultado falso! Anticoagulante ideal: EDTA (LILÁS/ROXO): para hemograma completo com plaquetometria, anticoagulante que menos altera a morfologia das células e inibe parcialmente a atividade plaquetária; Fluoreto de sódio (CINZA): dosagem de glicose, inibe parcialmente a via glicolítica; Citrato de sódio (AZUL): coagulograma, TP e TTPA. Sem anticoagulante (VERMELHO): bioquímica em geral. Heparina (VERDE): anticoagulante orgânico, determinações bioquímicas, etc. Tubo com gel separador (AMARELO): acerela o processo de coagulação. O que vai ser enviado para o laboratório: amostra de sangue total refrigerado, não congelado (sangue + anticoagulante) + esfregaço sanguíneo feito na hora da colheita e mantido na temperatura ambiente. Soro =/= Plasma: soro é o plasma sem os componentes coagulantes. O plasma é a parte líquida do sangue, onde as células sanguíneas estão suspensas, é o que circula no corpo. AULA 2 – FUNÇÃO DOS LEUCÓCITOS, ESTRESSE ADRENÉRGICO E SISTÊMICO Tipos celulares e funções: Basófilos: função parecida com mastócito tecidual, libera grânulos de heparina, promove a inflamação. Raro no leucograma, problemas apenas se seu número estiver exageradamente aumentado. Eosinófilos: modula a inflamação (histaminase, inibe edema, etc), função fagocítica menor, receptores IgE. Importante em reações de hipersensibilidade, agressão parasitária e inflamações. No estresse fisiológico fica retido na medula e na inflamação aguda vai para o tecido, ambas sendo expressa como eosinopenia. Mielócitos: forma jovem dos neutrófilos, presente na circulação em processos inflamatórios com alta quimiotaxia; Metamielócitos: forma jovem dos neutrófilos, presente na circulação em processos inflamatórios com alta quimiotaxia; Bastão: forma jovem dos neutrófilos, presente normalmente na circulação em pequenas quantidades. Segmentados: neutrófilo maduro, principal resposta à processos inflamatórios e infecciosos por bactérias, função fagocítica. Durante a inflamação aguda/crônica/intermediária estará indo para o tecido, há quimiotaxia, a medula libera mais neutrófilos na circulação, depedendo dessa quimiotaxia formas jovens podem ser lançadas na circulação. Neutrofilia esperada na fase aguda, crônica e intermediária, no bovino essa neutrofilia é tardia. Geralmente o aumento de neutrófilos é a causa da leucocitose. Linfócitos: responsáveis por reconhecimento de antígenos e produção de anticorpos. Durante a inflamação aguda, vai para o foco inflamatório, no estresse sistêmico é lisado, ambos se expressam em linfopenia, na fase de convalescença ele está sofrendo expansão clonal, produzindo anticorpos, há linfocitose. Em infecções virais pode haver linfocitose relativa ou absoluta, já que o linfócito é a célula que vai atuar contra o vírus. Monócitos: responsável pela fagocitose, retira debris celulares do foco inflamatório, age contra agentes persistentes, fungos, etc. O cão tem um compartimento de reserva de monócitos, por isso é comum, durante as fases da inflamação, a monocitose, que pode ocorrer em qualquer fase, enquanto houver quimiotaxia. Nas outras espécies, a monocitose ocorre durante a fase crônica, onde ele irá exercer sua função no tecido e terá quimiotaxia, liberando monócitos da medula, para a circulação, em direção ao foco. Medula: Compartimento medular: células jovens fazendo mitose (mieloblasto, pró-mielócito, mielócito). Compartimento de maturação: células não fazem mais mitose, apenas maturação (metamielócito, bastão, segmentados); Vaso sanguíneo: Compartimento marginal: fica à margem do vaso, durante o estresse adrenérgico células vão para o compartimento circulante. Compartimento circulante: fica mais na luz do vaso, a parte de sangue que é coletada. RESPOSTAS NÃO PATOLÓGICAS: ESTRESSE ADRENÉRGICO/FISIOLÓGICO e ESTRESSE SISTÊMICO: ESTRESSE FISIOLÓGICO: Dura pouco tempo; Causada pelo hormônios de luta e fuga: adrenalina; Estimulação beta-adrenérgica pela adrenalina diminui adesão das células do compartimento marginal, elas migram para o compartimento circulante; Tendência a leucocitose. Aumento proporcional dos tipos celulares. Todas as células tendem ao valor máximo de referência; Pode haver: leucocitose com neutrofilia, acompanhada ou não de linfocitose, pois são as células mais abundantes no sangue. Relação Neutrófilo/Linfócito: Divide-se neutrófilo por linfócito, encontra-se uma relação entre eles; Cão: 3,5; Gato: 2,0; Equino: 1,1; Ruminantes: 0,5~0,7; Gera diferenças na resposta ao estresse, como cão, gato e equino possuem maior quantidade de neutrófilos, a neutrofilia aparece primeiro que a linfocitose. Já os ruminantes fazem primeiro a linfocitose, depois a neutrofilia. ESTRESSE SISTÊMICO: Efeito cortico-esteroide, efeito citolítico, lisa linfócitos, inibe saída dos linfócitos dos órgãos linfóides, (leva a linfopenia); Efeito supressor também sobre outros leucócitos e sobre a hematopoiese; Efeito anti-histamínico, diminui quimiotaxia para eosinófilos (eosinopenia - aneosinofilia); Mobilização do compartimento de reserva medular, resulta em neutrofilia, o grau da neutrofilia é compatível com a relação neutrófilo:linfócito, pois quanto maior a reserva de neutrófilos, maior será o número liberado para a circulação; Cortisol dificulta a leucodiapedese, impede a saída do neutrófilo, favorece a neutrofilia, pois os neutrófilos além de saírem da medula para o sangue, não conseguem sair da circulação. Maior tempo circulando, pode haver hipersegmentação (DNND); Pela sua reserva medular, o cão também pode apresentar monocitose, que será liberado junto do neutrófilo; O que se espera: Leucocitose com neutrofilia, linfopenia e aneosinofilia/eosinopenia. Pode haver também DNND, pela hipersergmentação, e monocitose em cães. NÃO HÁ DNNE, é MUITO RARO haver DNNE em estresse sistêmico (e apenas em cães), essa é uma diferença VITAL para classificar entre estresse sistêmico e inflamação aguda. DNNE apenas em respostas patológicas pelo aumento da quimiotaxia. AULA 03 – RESPOSTAS PATOLÓGICAS – FASES DA INFLAMAÇÃO O QUE É NECESSÁRIO? Leucometria global (avaliar se está normal, aumentado ou diminuido); Leucometria específica (avaliar quais células estão envolvidas no processo, qualquer célula em número alterado deve ser destacado com sua alteração numérica escrita e posteriormente explicada de acordo com sua função); Valores de referência; Histórico e exame físico do paciente (dá dicas importantes, mas também pode confundir, cuidado); ESPECÍFICA RELATIVA OU ABSOLUTA, QUAL USAR? Na hora de classificar uma alteração, SEMPRE utilizar os valores absolutos, uma vez que eles vão dizer exatamente se está aumentado ou não. Um aumento relativo é muito ambíguo, pois não te responde se é um aumento da própria célula ou se é a diminuição de outra. DESVIOS DO LEUCOGRAMA: Para a direita: aumento de linfócitos e/ou monócitos (mononucleados); Para a esquerda: aumento de eosinófilos e/ou basófilos (polimorfonucleados); Não confundir com DNNE e DNND: esse é relativo ao desvio NUCLEAR do neutrófilo, que leva em consideração a idade da célula, sendo para a esquerda os neutrófilos jovens e para a direita os maduros. DESVIO NUCLEAR DE NEUTRÓFILOS A ESQUERDA: É o aumento das formas jovens do neutrófilo na circulação; Quanto mais agressiva a inflamação, maior será a quimiotaxia para neutrófilos, mais acentuada será o DNNE, convocando células cada vez mais jovens, que serão vistas na circulação; São classificadas: 1. Quanto ao tipo de neutrófilo envolvido: o DNNE discreto: aumento de bastões; o DNNE moderado: aumento de bastões e metamielócitos; o DNNE acentuado: aumento de bastões, metamielócitos e mielócitos; 2. Quanto ao valor da leucometria global: o DNNE regenerativo: com leucocitose ou normal, a medula consegue repor os neutrófilos na medida que eles vão para o tecido, consegue responder bem a quimiotaxia; o DNNE degenerativo: com leucopenia, a medula não está conseguindo responder a demanda do tecido, a taxa de destruição de neutrófilos no tecido é maior do que a capacidade da medula de responder; 3. Quanto ao número de neutrófilos envolvidos: o DNNE regenerativo: número de segmentados é maior do que a soma das formas jovens; o DNNE degenerativo: número de segmentados é inferior à soma do número das formas jovens; Quando tem células muito jovens na circulação, o que pode ocorrer na inflamação, chama-se de reação leucemóide, pois a presença de células muito jovens na circulação é uma característica da leucemia, deve-se fazer o diagnóstico diferencial. Pode haver diminuição na resposta por fatores inibitórios da medula, muito comum alguns agentes serem imunossupressores, principalmente vírus; Como o ruminante tem relação N:L de 0,5, durante a fase inicial da inflamação aguda ele manda tudo o que ele tem de neutrófilo para a circulação, mas como ele produz pouco neutrófilo, essa quantidade não é suficiente para levar a leucocitose, podendo ser expressado como leucopenia, é esperado. Ele vai passar por um processo de adaptação, alguns dias depois ele faz a leucocitose com neutrofilia como as demais espécies. DESVIO NUCLEAR DE NEUTRÓFILOS À DIREITA: É virtual, não aparece na fórmula de Schilling; É descrito na hematoscopia; É o aumento de neutrófilos hipersegmentados na circulação, núcleo com mais de 5 segmentos; Acontece porque o neutrófilo fica preso na circulação, quando ele não consegue fazer a leucodiapedese; Estresse sistêmico, cortisol compete pelo mesmo receptor que o neutrófilo, vaso constricção diminui a diapedese; Inflamação crônica, aumento da quimiotaxia para monócitos, competição pelo receptor; FASES DA INFLAMAÇÃO: Agudo; Crônica; Intermediária; Convalescença. INFLAMAÇÃO AGUDA: O que se espera: DNNE + Neutrofilia + Leucocitose + Linfopenia + Eosinopenia + ESTRESSE SISTÊMICO + Monocitose (no cão); Em ruminantes inicialmente espera-se leucopenia pela sua relação N/L, hiperfibrinogenemia para contenção mecânica do foco inflamatório, na fase final da fase aguda, espera-se que esteja igual às demais espécies; Explicando a cinética: Eosinófilos: migram para o foco para modular a inflamação, além de haver efeito anti-histamínico pelo cortisol do estresse sistêmico, não havendo liberação para a circulação, isso explica a eosinopenia, e em animais com normal 0, a aneosinofilia; Linfócitos: migram para o foco para reconhecer o antígeno, além de sofrer o efeito linfocítico dos corticosteróides e a inibição da liberação dos linfonodos. Há linfopenia; Neutrófilos: há quimiotaxia, liberação do compartimento de reserva da medula na circulação, a medula também libera formas jovens dependendo do grau dessa inflamação, há neutrofilia com DNNE, o grau depende das células jovens liberadas, espera-se, no mínimo, DNNE discreto. A alta quimiotaxia para neutrófilos impossibilita o DNND na inflamação aguda. Monocitose: apenas no cão, que possui reserva medular de monócitos, pode haver liberação. Basófilos: raros, sem grande importância; FASE CRÔNICA: A inflamação pode evoluir para crônica ou intermediária (ou até para convalescença); O que se espera: leucocitose com neutrofilia e DNNE (o agente ainda está presente), monocitose (são requisitados para limpar o tecido, fagocitando agentes, imunocomplexos, etc), linfócitos normais (voltam ao normal pela expansão clonal), eosinófilos normais; FASE INTERMEDIÁRIA: Fase de transição; O que se espera: difícildefinir: Leucocitose com DNNE, eosinopenia com linfócitos normais OU linfopenia com eosinófilos normais, pode haver ou não monocitose. FASE DE CONVALESCENÇA: Fase de recuperação, agente debelado; O que se espera: não há mais DNNE (não há mais quimiotaxia), pode haver neutrofilia com aumento pequeno de neutrófilos, linfocitose (ação dos linfócitos de memória), outras células normais. INFECÇÕES VIRAIS: Não imunossupressoras: O que se espera: animal com sintomatologia, linfocitose (principal agente contra vírus, neutrófilo não tem quimiotaxia); Essa linfocitose pode ser absoluta ou relativa, a leucometria global pode não estar aumentada; Vírus: a melhor resposta é a imune-celular e imune-humoral, que é responsabilidade dos linfócitos Imunossupressoras: População de diversos leucócitos baixa (pode estar normal); Possibilita infecções secundárias pela baixa na população de neutrófilos; Linfocitose; REAÇÃO ANTIPARASITÁRIAS, FÚNGICAS, AUTOIMUNES E ALTERAÇÕES QUALITATIVAS: Antiparasitárias: função eosinofílica – receptores para IgE; Fúngica e protozoário: função monocítica – únicas células capazes de destruir fungos; Autoimunes: função linfocitária - Anticorpos contra o próprio hospedeiro; Alterações qualitativas: Neutrófilos tóxico: neutrófilo entrando em degeração devido à agressão a nível medular. Características: corpúsculo de Döhle, citoplasma basofílico, vacúolos. Indica infecção bacteriana; Inclusão de Sinegaglia Lentz: cinomose, inclusão mais avermelhada, pode aparecer em hemácia; Hepatozoon: protozoário semelhante a babesia (hemácia), parasita leucócitos; Ehrlichia: aparece em leucócitos; AULA 04 – ERITROGRAMA PARTE 1 ERITROPOIESE – Pontos importantes: Céluta-tronco pluripotencial célula-tronco mielóide UFC Eritróide (1) Rubriblasto (1) Pró-rubrícito ou pró-eritroblasto (2/4) rubrícitos ou eritroblastos basofílicos (8) rubrícitos ou eritroblastos policromáticos (16) Metarrubrícitos ou eritroblastos (16) reticulócitos (hemácia jovem) (16) eritrócitos (hemácia adulta); Policromático: mistura de cores, há o vermelho pela hemoglobina e o azul pelas organelas ácidas (se cora por corante básico); Fases importantes para o hemograma: Metarrubrícito, reticulócito e eritrócito. Hormônio responsável: eritropoetina (EPO): produzida pelos rins que estimulará a medula. A IL-3 também é importante na eritropoiese; Estrogênio: inibe a eritropoiese, fêmeas tendem a ter o VG menor que os machos; RETICULÓCITOS: Hemácia policromática = reticulócito: NÃO TEM MAIS NÚCLEO, já é adulta, hemácia, mas ainda possui organelas, por isso é policromática, pois tem organelas e hemoglobina, dando essa mistura. Na coloração normal (panótico, etc) chama-se HEMÁCIA POLICROMÁTICA, reticulócitos apenas quando visualizada pelo corante novo azul de metileno (MAM), corante supravital, etc. Cavalos NÃO liberam reticulócitos na circulação; No hemograma o aparecimento de hemácias policromáticas é dado em GRAU DE POLICROMASIA: sendo classificado em discreta, moderada e intensa, ou em uma cruz, duas cruzes e três cruzes. Contagem: dado em %; HEMOGLOBINA: Principal componente é o Ferro (Fe); Responsável pela coloração avermelhada da hemácia; No hemograma: hemoglobinometria (Hb) e CHGM (30-35%); Formado pela porção heme e por uma globina (ptn); ANÁLISES QUANTITATIVAS: POLICITEMIA OU ERITROCITOSE: Aumento do número de hemácias, pode ser visualizado pelo aumento do volume globular (VG) ou hematimetria (H) e da hemoglobinometria (melhor para medicina humana); Há dois tipos de policitemia, a relativa e a absoluta, a diferença está na origem: Policitemia relativa: não é um aumento verdadeiro, é um aumento relativo. Hemoconcentração. Perda da parte líquida do sangue, por desidratação (suor em cavalos, vômito, diminuição da ingestaão, etc), esplenocontração - estresse adrenérgico (contração do baço liberando hemácias e plaquetas no sangue). Animal desidratado e anêmico pode apresentar VG normal, olhar Proteínas Plasmáticas Totais, histórico e exame físico para avaliar grau de desidratação, fazer reposição hídrica antes do hemograma; Policitemia absoluta: o Origem medular: Policitemia absoluta primária ou eritremia ou policitemia vera ou desordem mielo-proliferativa crônica. Nesse caso a eritropoetina pode estar normal ou diminuída, mostrando que não é estímulo da eritropoietina que está aumentando a produção. (primária – defeito no próprio órgão produtor, sem causas externas); o Origem externa: o rim libera eritropoietina quando percebe a baixa de oxigênio circulante. A politemia secundária é pelo aumento da eritropoietina liberada que chega à medula aumento acelerando a produção. Pode ser fisiológica ou patológica, problema no pulmão impedindo a captação de oxigênio, problema no coração, parasita, etc. O rim capta menos O2 no sangue, liberando muito EPO para a medula, já que são as hemácias que carregam o O2, e essa baixa de O2 pelo rim é interpretado como baixa de hemácia, então o rim vai liberar EPO pra aumentar o número de hemácias. Endocrinopatias como hiperadrenocorcismo e hipertireoidismo também podem levar a policitemia secundária. AULA 05 – ERITROGRAMA PARTE 2 Eritropoiese: Se baseia no nível de oxigenação do sangue, oxigênio transportado por hemácias; Detectado nas células justaglomerulares, se diminuído, o tecido renal libera FEE (fatores estimulantes da eritropoiese), essas FEE terminam como EPO, que vão agir na medula; Quanto maior a hipóxia, maior a liberação de FEE, ou seja, quanto maior a anemia, maior a liberação de FEE, maior a estimulação para produção de hemácias, essa maior estimulação será notada na hematoscopia; ANEMIA: Diminuição na quantidade de hemácias, pode ser visualizada no hematócrito (VG), na hematimetria (H) e na hemoglobinometria (melhor para medicina humana); Classificação, existem 3 formas: morfológica, pelo ciclo regulatório e pela fisiopatologia. 1. Classificação morfológica: Baseada nos índices hematimétricos – VGM (pelo tamanho) e o CHGM (pela coloração); Tamanho: normal (normocítica), aumentado (macrocítica) e diminuída (microcítica). Cor: normal (normocrômica), diminuída (hipocrômica), CHGM aumentado (não existe hipercrômica, é CHGM aumentado). Pode haver qualquer combinação entre tamanho e cor. Por exemplo: anemia normocítica normocrômica, significa que há anemia, mas as hemácias estão com o seu tamanho normal e com a cor normal; Cálculo CHGM: Hb/VG x 100, normal 30-35%, ou seja, a hemoglobina ocupa normalmente 1/3 da hemácia, plasma vermelho, hemólise, CHGM aumentado, hemoglobina livre no plasma; Cálculo VGM: VG/H x 10 = X fentolitros. 2. Classificação pelo ciclo regulatório: Pela resposta da medula. Responsiva ou regenerativa ou não responsiva ou arregenerativa. Se existe aceleração eritropoiética, ela é responsiva; Pode contar o número de reticulócitos, porém antes é feita a hematoscopia; Na hematoscopia há sinais da aceleração da eritropoiese, que é o tamanho, aparecem hemácias maiores do que outras, esse tamanho variado é chamado de ANISOCITOSE, outro achado da aceleração são os corpúsculos de HOWELL-JOLLY, são as organelas presentes nas hemácias que ainda não desapareceram, dá o aspecto policromático das hemácias. A partir daí pode-se contar o número de reticulócitos pelo corante NAM; As organelas no reticulócitos aumentam o seu volume, além de dar o aspecto policromático, o que explica essas duas alterações na hematoscopia (cor e tamanho); Nessa contagemespera-se que quanto menor o VG, maior a quantidade de reticulócitos, pois haverá maior aceleração; Porcentagem Corrigia de Reticulócitos (PCR): (% de reticulócitos X VG do animal)/VG ideal para a especéie fddddddddd Ideal para a espécie, sendo 45 para o cão e 37 para o gato. Por exemplo: (10% x 12)/45 = 2,66%. Se o PCR for maior do que 1% significa que a medula está respondendo, ou seja, é uma anemia responsiva, se for menor do que 1 é não responsiva. 3. Fisiopatologia: Pode ser por hemorragia, hemólise (evoluem como regenerativa, pois o ciclo está normal), depressão do ciclo regulatório da eritropoiese, carência de substratos (evoluem como arregenerativa, pois o ciclo está interrompido). ANEMIA HEMORRÁGICA: Pode ser INTERNA ou EXTERNA; Na externa pode-se observar a perda. Na interna o sangue será reaproveitado, que será reaproveitado; A hemácia vai ser fagocitada pelo macrófago, sofrendo hemocaterese, vai quebrar a hemoglobina e vai transformar a porção heme em BILIRRUBINA INDIRETA, a globina é quebrada em aminoácidos; O macrófago libera essa bilirrubina indireta na circulação, ela se liga com a albumina e vai para o fígado para o ciclo da bilirrubina, será reaproveitada. A anemia hemorrágica ainda pode ser AGUDA ou CRÔNICA. Aguda é grande perda de sangue em um espaço curto de tempo, a crônica é a perda de oequena quantidade de sangue em um espaço de tempo longo; Na anemia aguda, o VG inicialmente pode se manter, pois ele vai perder sangue total, ou seja, uma fração inteira do sangue, proporcionalmente; A volemia é reposta, a parte líquida, deslocando líquido extravascular para intravascular, porque a pressão hidrostática tissular estará maior do que a vascular, o líquido vai para o vaso, com isso vai haver hemodiluição, o VG vai diminuir. O VG cai 1 a 3 dias após interrompida a hemorragia; Quando percebe-se a queda do VG, há esplenocontração, liberando hemácias e plaquetas, mas não será suficiente paa corrigir a quantidade perdida; A hipóxia é percebida (o VG está diminuído) e começa a resposta, o tecido renal libera as FEE, que se transforma em EPO que vai para a medula acelerar a eritropoiese; Causas de anemia hemorrágica externa aguda: atropelamento, neoplasias de baço, pulmonar, úlceras gastrointestinais; Anemia hemorrágica externa crônica pode levar à deficiência de ferro, dependendo da quantidade de sangue perdido e pelo período de tempo. ANEMIA HEMOLÍTICA Causas: parasitárias – Babesia sp, Anaplasma marginale, causas oxidativas que oxidam a membrana da hemácia, ou oxidam a hemoglobina, hemólise imunomediada (significa que está sendo mediada pelo sistema imune, não é necessariamente uma doença autoimune – hemácias em forma de esfera - esferócitos); Corpúsculo de Heinz: oxidação da hemoglobina. Na prova, se tiver, é ANEMIA HEMOLÍTICA. Micoplasma hemofelis: traço na superfície das hemácias; Excentrócito: oxidação da hemoglobina e da membrana, empurra a hemoglobina para as laterais da hemácia; A hemólise pode ser INTRAVASCULAR (hemoglobina livre no plasma) ou EXTRAVASCULAR (hemácias fagocitadas, fora do vaso); Na doença hemolítica ocorre os dois tipos, mas há predomínio de um; Na hemólise intravascular, a hemácia estoura dentro do vaso, a hemoglobina fica livre no plasma. Uma proteína transportadora, a HAPTOGLOBINA consegue captá-la e levá- la para o sistema monocítico fagocitário (macrófagos do fígado, baço). A hemoglobina não captada pelas haptoglobinas são excretadas pelos rins, hemoglobinúria. É agressivo para o rim, causa glomérulo nefrite. O rim lesionado diminui liberação de FEE, o que pode levar a uma anemia arregenerativa, complicação secundária. Perda de hemoglobina também leva à perda de ferro, pode desenvolver deficiência de ferro; A haptoglobina leva a hemoglobina livre para o sistema monocítico fagocitário, os macrófagos, que quebram a hemoglobina em heme e globina, e o heme em bilirrubina indireta, depois disso, eles liberam a bilirrubina indireta no sangue. Como há excesso de hemoglobina captada por causa da hemólise, há excesso de bilirrubina indireta sendo liberada no sangue, há ICTERÍCIA PRÉ-HEPÁTICA. A bilirrubina ainda vai se ligar a albumina para ser conjugada no fígado; Na hemólise EXTRAVASCULAR, também chamada de INTRACELULAR. Há excesso de hemocaterese. Há Excesso de liberação de bilirrubina indireta no sangue. ICTERÍCIA PRÉ-HEPÁTICA. A diferença da INTRA para a EXTRAvascular é que na extra não há ação das haptoglobinas, pois as hemácias já estão no sistema monocítico fagocitário; O fígado fica sobrecarregado com a quantidade de bilirrubina indireta para conjugar, além de trabalhar em hipóxia pela quantidade reduzida de hemácias pela hemólise e pela lesão renal; O fígado libera BILIRRUBINA DIRETA na circulação, que é a bilirrubina conjugada, mas que não conseguiu excretar na bile devido às complicações. ANEMIA POR CARÊNCIA DE SUBSTRATOS: Há estímulo para produção de hemácia, porém não há substrato para produzí-las, anemia arregenerativa ; Chamada de medula hiperproliferativa, há estímulo, mas não há substrato. Hemácias saem defeituosas; Causas: diminuição da ingestão ou diminuição da absorção dos nutrientes, perda crônica também é uma causa, o animal não consegue manter o nível adequado para a eritropoiese; Há dois tipos de deficiência de substratos: Deficiência na síntese de hemoglobina: o principal substrato envolvido é o FERRO. Haverá menos hemácias, o VG estará diminuído, hemoglobinometria diminuída. O VGM estará normal ou diminuído, o CHGM estará normal ou diminuído. O CHGM diminuído é pela baixa produção de hemoglobina. O VGM diminuído também é pela baixa produção de hemoglobina, a hemácia se biparte para distribuir melhor o conteúdo de hemoglobina dentro dela, acaba ficando microcítica. No início, pode haver anemia normocítica normocrômica, porém já são visualizadas hemácias hipocoradas, a tendência é piorar, aparecendo hemácias microcíticas normocrômicas. Fase final, anemia microcítica hipocrômica. Deficiência de síntese de ácidos nucléicos: quantidade diminuída, não há produção de DNA, não há mitose. A precursor da hemácia precisa do DNA para produção de hemoglobina. Como ele faz pouca mitose, o seu tamanho final é maior do que a de um metarrubrícito, que é a última fase na sequência evolutiva, a partir dele a célula vai diminuindo a cada mitose, como não consegue fazer mitose fica grande. Na hematoscopia há MACROCITOSE, hemácia de tamanho aumentado, há normocromia, a síntese de hemoglobina está normal. Anemia macrocítica normocrômica. É chamada de macrocitose verdadeira, para diferenciar da macrocitose das hemácias policromáticas, que estão aumentadas pela presença de organelas. ANEMIA POR PROBLEMA NO CICLO DA ERITROPOIESE: Arregenerativa; Problema nos órgãos envolvidos na eritropoiese: rins (insuficiência renal crônica), fígado (hepatopatias), medula, neoplasias, vírus (FIV, FeLV) ou também por haver fatores inibidores da eritropoietina; Fatores capazes de inibir a eritropoietina: hormônios femininos (estrogênio), substâncias mediadoras da inflamação; Fatores importantes para estimular a eritropoiese: catecolaminas, corticosteroides, GH, tiroxina; Anemia da Inflamação: os mediadores da inflamação inibem a ação da EPO, associado a isso estão os macrófagos, responsáveis pela hemocaterese e por guardar o ferro disponível no organismos, ele indisponibiliza o ferro para a eritropoiese durante a inflamação. É uma anemia normocítica normocrômica. Inflamação é a principal causa de medula HIPOproliferativa, pois há fatores inibitórios da estimulação da medula e retenção do ferro; Anemia da doença crônica:requisição aumentada do sistema monocítico fagocitário (macrófagos), levando a maior indisponibilidade de ferro, além das citocinas inflamatórias inibindo a ação da EPO; ANEMIA NORMOCÍTICA NORMOCRÔMICA: as hemácias são produzidas de forma perfeita, porém em menor número. COMO CLASSIFICAR AS ALTERAÇÕES NO ERITROGRAMA: Aumento ou Diminuição? Aumento: Policitemia; Diminuição: Anemia; Policitemia relativa ou absoluta? Absoluta de causa primária (problema na medula) ou secundária (problema extra-medular)? Anemia: Morfologia (tamanho): Macrocítica, normocítica ou microcítica? Morfologia (cor): normocrômico ou hipocrômico? Resposta da medula: regenerativo ou arregenerativo? Fisiopatologia: hemolítica, hemorrágica, por carência de substratos ou por problema no ciclo? Anemia / tamanho / cor / resposta da medula / fisiopatologia. SEMPRE. AULA 06 – HEMOSTASIA E COAGULAÇÃO HEMOSTASIA: Inclui a coagulação, e para avaliar a coagulação são feitos os testes de plaquetometria e os teste de coagulação; A hemostasia visa manter o sangue sempre fluindo dentro dos vasos. Inclui coagulação, fenômenos anticoagulantes e fibrinólise (digestão do coágulo); A coagulação serve para quando houver rompimento de vaso, para que não haja perda, uma vez restaurado o endotélio, o coágulo é retirado; Sempre ocorre ruptura de capilares, os processo homeostático está sempre em funcionamento; Plaquetometria complementa o hemograma, avalia a medula óssea. Deve ser pedida sempre, mas principalmente em pré-cirúrgico (para avaliar coagulação) e quando há sinal de hemorragia espontânea (quando não há trauma, o organismo não consegue manter a homeostasia, há um distúrbio); Coagulação Intravascular Disseminada (CID): Geralmente é de causa adquirida que se associou a uma falha na hemostasia, desencadeando a CID; É uma síndrome, aparece em diversos problemas; COAGULAÇÃO PRIMÁRIA: Interação das plaquetas com o endotélio do vaso que se rompeu; Ocorre imediatamente após o rompimento. Há formação de um tapete de plaquetas para impedir o extravasamento de sangue; Com uma contagem de 100000 /mm³ de sangue, espera-se o bom funcionamento da coagulação primária. Com 100000 plaquetas não há deficiência quantitativa, se houver problema é qualitativo, na função plaquetária; A fibrina (resultado da cascata de coagulação) se deposita e dá consistência ao coágulo; PETÉQUIAS E HEMATOMAS EM SANGRAMENTOS ESPONTÂNEOS: Ocorrem por falha na coagulação primária (petéquia) ou na cascata de coagulação plasmática (hematoma); Petéquias: há um problema ou quantitativo ou qualitativo nas plaquetas, impedindo de formar o tapete de plaquetas e impedir o sangramento. Há extravasamento de sangue, porém logo depois a fibrina vem e para o sangramento. A saída de pouco sangue, petéquia. Com 100000 ou mais plaquetas por mm³ de sangue NÃO É PROBLEMA QUANTITATIVO; Hematoma: problema em algum ponto na cascata de coagulação impedindo a formação de fibrina. Há a formação do tapete plaquetário, porém não há formação de fibrina, o sangue circulante retira o tampão plaquetário, sangue extravasa. Perda de grande quantidade de sangue; HEMOFILIA: Doença clássica na cascata de coagulação; Não forma fibrina, grande perda de sangue; COAGULAÇÃO INTRASCULAR DISSEMINADA: Problema geralmente adquirido; Animal apresenta trombocitopenia e deficiência na cascata de coagulação; Na conduta clínica diária, deve-se atentar ao tmpo de sangramento e como esse sangramento se comporta. Se ele para e pronto, ou se ele para e volta (problema na cascata de coagulação). TEMPO DE SANGRAMENTO: Teste feito na clínica; Se o tempo estiver aumentado (com relação ao tempo da bibliografia), mas ao parar de sangrar é definitivo, esse é um problema na coagulação primária; Se o sangramento para e volta, de forma intermitente, é um problema na coagulação plasmática; Para o teste é feito um corte, padronizado, no paciente e verifica-se o tempo decorrido até parar de sangrar. A cada 30 s é aproximado um papel absorvente próximo a lesão, assim que o papel vir limpo, para-se o cronômetro; Pode-se ter um intervalo de tolerância de 20-30% para mais no tempo estipulado pela bibliografia. Ex: 10 minutos segundo a bibliografia, mas o tempo do paciente deu 11 min, então está dentro da normalidade; Se verificar problema de coagulação primária, podemos partir para a plaquetometria para sabermos se é um problema quantitativo ou qualitativo, se tiver mais de 100000 plaquetas por mm³ de sangue, já sabemos que não é um problema quantitativo PLAQUETOMETRIA: O material ideal é o sangue com EDTA e o esfragaço sanguíneo. O EDTA é o melhor para plaquetometria, ele inibe parcialmente a função plaquetária. Amostra colhida em única punção para evitar a ativação da função plaquetária; Processar o mais rápido possível, uma vez que as plaquetas são as células sanguíneas mais sensíveis ao tempo, em poucas horas sofrerão agregação plaquetária e “sumirão”; TROMBOCITOPENIA: Quatro causas básicas: diminuição da produção, aumento da destruição, o sequestro e a perda excessiva de plaquetas; Produção: medula óssea – megacariócito. Lesão a nível medular, estrogênio, excesso de ureia no sangue, radiação, resposta a vacina, FeLV, ehrliquiose; Destruição: ehrliquiose, anaplasmose (Anaplasma platys); Perda excessiva: hemorragia, CID (forma diversos trombos no organismo); Sequestro: torção gástrica, esplenomegaia, alguns fármacos anestésicos (iatrogênico) – pseudotrombocitopenia; INTERFERÊNCIA NA FUNÇÃO PLAQUETÁRIA: AAS (ácido acetil salicílico): Anti-inflamatório que em grandes quantidades interfere na função plaquetária; Fator de Von Willebrand: ajuda na interação da plaqueta com o vaso. Se o animal não possuir essa glicoproteína as plaquetas não aderem, falha na coagulação primária. Doença genética. PSEUDO-HEMOFILIA. Esse fator transporta o fator VIII (globulina anti- hemofílica). Como não possui o fator de Von Willebrand, o fator VIII fica solto no plasma e é catabolizado mais rápido, ou seja, TAMBÉM HÁ PROBLEMA NA COAGULAÇÃO PLASMÁTICA, não forma fibrina adequadamente; CASCATA DA COAGULAÇÃO: Dividida em 3 vias: intrínseca, extrínseca e a comum; VIA INTRÍNSECA: Desprezar o primeiro jato de sangue depois que aspira, porque a via extrínseca começa quando se rasga o endotélio (o fator tissular / fator III pertence a via extrínseca e se encontra nos tecidos); Quando corta o vaso há interação entre o fator III com uma proteína no sangue, começando a coagulação, logo, é necessário descartar esse primeiro jato; A via intrínseca começa quando o fator que já está no plasma encosta na agulha e vai ativar a via intrínseca seguindo até a via comum; TEMPO DE PRÓ-TROMBINA (TP): Avalia a via extrínseca que também avalia a comum; TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA (TPPA): Avalia a via intrínseca passando pela comum; Fatores: VIII, IX, XI, XII; Para esse dois testes é colhido sangue com anti-coagulante, CITRATO DE SÓDIO, junta-se com reagentes para fazer o sangue coagular, o reativo é excesso de cálcio, pois o citrato é um sequestrador de cálcio, então para reverter essa situação devolve-se o cálcio ao sangue para poder coagular. INTERPRETAÇÃO: TP E TPPA aumentados: pode ser problema na VIA COMUM, assim como pode ser tanto na via extrínseca como na via intrínseca ao mesmo tempo; TP aumentado e TPPA normal: problema na VIA EXTRÍNSECA, já que o TPPA deu normal, então o problema não é na via intrínseca nem na via normal, pois ambas passam pela normal; TP normal TPPA aumentado: problema na VIA INTRÍNSECA. OS FATORES DE COAGULAÇÃO: São 13 fatores,em número romano, o VI não exite; A maioria é produzida no fígado, o que significa que um problema no fígado pode levar a um problema de coagulação; O fator IV (cálcio) vem da alimentação, mas primeiro veio da mãe que se alimentou e esse cálcio pela circulação chegou ao feto; Hemofilia A: problema no fator VIII; Hemofilia B: problema no fator IX; Hemofilia C: problema no fator XI; Os fatores IV (Cálcio) e III (fator tecidual) são os únicos que NUNCA poderão causar problema de coagulação, pois a falta deles é incompatível com a vida; Fatores vitamina K dependentes: II, VII, IX e X. CUIDADO COM OS VARFARÍNICOS (veneno de rato), agem nesse ponto. SIGLA MAIOR – VIA MAIOR – TPPA – VIA INTRÍNSECA; SIGLA MENOR – VIA MENOR – TP – VIA INTRÍNSECA
Compartilhar