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Técnica de Baermann-Moraes Alunos: Ighor Souza, Lara Chamon e Luiza Rocha Turma BM 171 Professores Rodrigo Bisaggio e Joanna Reis Data de entrega: 2/12/17 Introdução O método de Baermann-Moraes é baseado no termotropismo e no hidrotropismo positivos de algumas larvas. Essas características conferem às larvas um perfil de migração direcionado para locais quentes e úmidos. A partir desse fato, utiliza-se água quente para atrair as larvas e concentrá-las. Essa é uma técnica bastante específica para as larvas de primeiro estádio (L1) de Strongyloides stercoralis, mas pode ser utilizada para identificação de outros helmintos que liberam larvas L1 nas fezes. Após a o tempo de incubação e do tempo de decantação, a amostra pode ser observada à lupa, e caso algo suspeito seja encontrado, pode ser levada ao microscópio óptico, com ou sem lugol. As larvas L1 de Strongyloides stercoralis são muito parecidas com as larvas de ancilostomídeos, sendo importante prestar atenção às características diferenciais. O Strongyloides stercoralis possui vestíbulo bucal curto, cauda entalhada e primórdio genital, enquanto o ancilostomídeo possui vestíbulo bucal longo, cauda contínua e não possui primórdio genital visível. Objetivo A prática possui caráter didático, onde os alunos aprendem a realizar o método de pesquisa de larvas nas fezes. Material Luvas Peneira de plástico Gaze Tudo de borracha Funil de vidro ou plástico Suporte para o funil Água corrente (42° C) Pinça de Mohr Microscópio Lâmina Lamínula Microscópio Estereoscópio Pipeta Pasteur Métodos Aparelho: O aparelho é constituído de funil de vidro, tendo a base ligada a um tubo de borracha fechado com uma pinça de Mohr. Assim, colocou-se este conjunto em um suporte apropriado. Por fim, colocou-se sobre o funil uma peneira e um pedaço de gaze dobrada sobre a peneira. Testou-se o aparelho, para evitar vazamentos, antes de depositar as fezes na gaze no suporte. Procedimento: Antes de começar o procedimento, colocou-se luvas. Todo o aparelho foi montado e encheu-se o funil com água corrente aquecida a 42° C. Após se abriu a pinça de Mohr, deixando escorrer uma pequena quantidade de água para evitar a formação de bolhas de ar na haste do funil e da borracha. Então, colocou-se 8-10 gramas (em média uma boa quantidade a olho nu) de fezes, recentemente coletadas, sobre a gaze dobrada em cima da peneira. Foi necessário, adicionar mais água até que a mesma estivesse em contato com as fezes. O sistema foi mantido em repouse por 120 minutos. Abriu-se a pinça e coletou-se parte do líquido em vidro de relógio, examinou-se na lupa (microscópio estereoscópio). Deixou-se em repouso alguns minutos pois, assim, as larvas migrariam para o centro do vidro de relógio e desta forma, se torna mais fácil pescar as larvas com a pipeta Pasteur para serem coladas entre lâmina e lamínula. A lâmina com as larvas, devem ser coradas com lugol para serem melhor analisadas as características morfológicas das larvas no microscópio. Resultados Já que a análise microscópica não foi realizada por falta de tempo, não se obteve resultados claros. Todavia, era esperado que a alíquota de água coletada no vidro de relógio apresentasse larvas vivas de Strongyloides stercoralis. Discussão O Método de Baermann-Moraes é um método que detecta larvas vivas de Strongyloides stercoralis, através de hidrotropismo e termotropismo positivo. Com a água aquecida, as larvas do Strongyloides stercoralis tendem a migrar para a água pois a temperatura nela é maior que na amostra de fezes. Sendo assim, a larva acaba sendo coletada junto à água devido a força de gravidade e termohidrotropismo. Conclusão Apesar não conseguirmos realizar a analise da amostra devido a falta de tempo, a prática teve papel extremamente didático em ensinar aos futuros técnicos um método parasitológico de fezes bastante eficaz para esse helminto.
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