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Grupos sanguíneos Sistema Rh SISTEMA Rh O fator Rh é um dos dois grupos de antígenos eritrocitários de maior importância clínica, estando envolvido nas reações transfusionais hemolíticas e na Doença Hemolítica do Recém- Nascido (DHRN ou Eritroblastose fetal) Os antígenos do sistema Rh são de natureza glicoproteica, de grande variabilidade. Com o avançar das pesquisas, o sistema se revelou na prática bem mais complexo do que a tipificação simplesmente em Rh Positivo e Rh negativo. SISTEMA Rh A teoria de Fischer-Race (1944) estabeleceu sua determinação pelos pares de alelos autossômicos D,_, C,c e E,e , resultando em um conjunto de variações genotípicas desde o CCDDEE até o cc _ _ ee , correspondendo cada variação genética a uma expressão antigênica diferente. Combinações gênicas de Fischer Race- cDe, CDe, cDE, CDE, cde, Cde, cdE e CdE. o antígeno correspondente ao alelo d do gene D, nunca foi encontrado é considerado inexistente. Sistema Rh SISTEMA Rh Esse sistema foi descoberto com experimentos envolvendo macacos do gênero Rhesus, espécie classificada hoje como Macaca mullata. Pesquisadores verificaram que ao injetar sangue do macaco em cobaias, essas produziam anticorpos. Por volta de 1940, Landsteiner e Wiener , injetando sangue desse macaco em cobaias, verificaram que elas produziam anticorpos a algum antígeno do sangue do macaco. Desse experimento esses pesquisadores concluíram que no sangue do macaco reso havia um antígeno que induzia a produção de anticorpos na cobaia. Esse antígeno foi denominado fator Rh e o anticorpo, anti-Rh. Os sangues que aglutinaram em presença do fator Rh (que correspondem aproximadamente 85% da população) foram denominados Rh positivos (Rh+) e os 15% que não apresentaram reação foram denominados negativos (Rh-) por não possuírem fator Rh. Reações Rh O fator Rh é encontrado nas hemácias, verificando esses pesquisadores que ele obedece às leis da hereditariedade, sendo o Rh positivo um fator dominante em relação ao Rh negativo. Fenótipos Genótipos Rh+ RR, Rr Rh- rr D Fraco ANTICORPOS Praticamente todos os anticorpos do Sistema Rh resultam de alo- imunização feto-materna ou transfusional Quase sempre são IgG Há raros anticorpos naturais IgM com especificidade anti-Cw e anti-E Anti-D - Anticorpo de maior frequência no soro humano. - Determina casos graves de reação transfusional e doença hemolítica peri- natal. - Trata-se de uma potente IgG, ativa a 37o C, - Cerca de 10% dos doadores de sangue são D negativos. ANTICORPOS Anti-C - Identificar anti-C sozinho é raro. Comumente o encontramos associado ao anti-D. - Determina reação transfusional e doença hemolítica peri-natal. - Geralmente é uma IgG imune, - 44% dos doadores de sangue são C negativos. ANTICORPOS Anti-E - Anti-E geralmente é uma IgG ativa a 37o C - Este anticorpo determina reação transfusional, mas raramente está associado à doença hemolítica peri-natal. - Cerca de 74% dos doadores de sangue são E negativos. - Em indivíduos c negativos é comum a ocorrência da associação do anti- E com anti-c. ANTICORPOS Anti-c - Anti-c é um anticorpo frequente em indivíduos c negativos. - Está associado a casos de reação transfusional e doença hemolítica peri-natal. - Trata-se de uma IgG ativa a 37o C - Cerca de 12% dos doadores de sangue são c negativos. Anti-e - Este é um anticorpo incomum no soro humano. Pode causar reação transfusional e doença hemolítica peri-natal. -Trata-se de uma IgG imune, ativa a 37o C, -Cerca de 2,5% dos doadores de sangue são e negativos. ANTICORPOS Anti-G - Anti-G é um anticorpo raro, porém pode determinar reação transfusional e doença hemolítica peri-natal. -Geralmente é uma IgG ativa a 37o C -Cerca de 14% dos doadores de sangue são G negativos, sendo todos também D negativos Importância do Fator Rh A importância do fator Rh em populações humanas reside no aparecimento, em certas condições, da doença hemolítica do recém-nascido (DHRN) ou eritroblastose fetal (EF). A condição primordial para a ocorrência dessa anomalia é a seguinte: Rh+ Rh- Rh+ ERITROBLASTOSE FETAL UM CASO PARTICULAR Essa doença é também chamada de Doença Hemolítica do Recém-Nascido. Caracteriza-se pela destruição das hemácias do feto ou do recém-nascido. A Eritroblastose ocorre quando mulheres Rh- sensibilizadas anteriormente têm um filho de sangue Rh+ Essa sensibilização ocorre por transfusão de sangue ou gestação anterior, ambas com sangue Rh+ envolvido. Na gestação ocorre passagem, da mãe para o filho e vice-versa, pela placenta apenas de substâncias presentes no plasma. Porém, no momento do parto, a placenta se descola e as hemácias do feto podem passar para o sangue da mãe, fazendo com que entre 15 e 20 dias a mãe comece a produzir anticorpo. Desse modo, a única probabilidade do primeiro filho pegar a doença é se a mãe participou de transfusão recebendo sangue Rh+, anteriormente. A partir da segunda gestação, se o filho for Rh+ novamente, a mãe já se encontra sensibilizada com o anticorpo Anti-Rh no seu plasma que irá passar para o feto provocando a destruição de suas hemácias. Profilaxia Administração de imunoglobulina anti-D (RhIg) -Administração do produto na 28ª semana de gestação (hemorragia feto materna – 2 a 3 % sensibilização durante o primeiro trimestre de gestação) - Até 72 h após o parto em mulheres não sensibilizadas confere uma proteção superior a 95% dos casos. DETERMINAÇÃO DO TIPO Rho (D) Tipagem rotineira do Rh refere-se somente ao antígeno Rho (D) e, quando esta é negativa, à técnica para detecção do Fator Du (variação do antígeno D, denominado D fraco atualmente). Denomina-se Rh positivo o indivíduo Rho (D) positivo e Rh negativo aquele em que a tipagem para Rho (D) e Du foi negativa. Contrariamente ao sistema ABO, não há prova reversa. Os indivíduos não apresentam naturalmente anticorpos séricos contra o antígeno D. O soro anti-Rho (D) contém anticorpos imunes, IgG, anti-Rho (D) e potencializadores que provocam aglutinação rápida e visível desses anticorpos com os antígenos D. Em virtude desse meio com alto peso molecular, podem ocorrer reações falso positivas. Por isso a determinação do tipo Rho (D) exige a utilização em paralelo, de um controle negativo, o controle Rh. D Ctl D Ctl Controle Rh: é um reagente que contém o meio macromolecular utilizado na fabricação de soro anti-Rho (D), mas que é imunologicamente inerte (isto é, não contém anticorpos). Os meios macromoleculares contidos no soro anti-D, variam de fabricante a fabricante e portanto o controle de Rh também varia. Como este é um testemunho negativo, ele deve ser do mesmo fabricante do anti-D utilizado. DETERMINAÇÃO DO TIPO Rho (D) DETERMINAÇÃO DO TIPO Rho (D) 1. Identificar dois tubos de ensaio, como D e CTL. 2. No tubo identificado como D, colocar uma gota de soro anti Rho (D) e no tubo identificado como CTL, uma gota de Controle Rh; 3. Aos dois tubos adicionar uma gota de suspensão de GV a 5% em solução salina. Essa suspensão, pode ser feita no próprio plasma ou soro; 4. Misturar bem e centrifugar os doistubos a 3400 rpm por 15 segundos ou 1000 rpm por 1 minuto; 5. Ressuspender o sedimento, agitando delicadamente os tubos e ler macroscopicamente a aglutinação; 6. Se o teste for negativo (aglutinação ausente), proceder conforme indicado no teste para pesquisa de D fraco. Ctl D Ctl D Pesquisa de D fraco 1. Incubar ambos os tubos (D e CTL) por 15 minutos em banho-Maria a 370C; 2. Lavar os GV de cada tubo por três vezes, em solução salina fisiológica. Decantar completamente por inversão rápida dos tubos, após a última lavagem; 3. A cada tubo, acrescentar duas gotas de soro anti-globulina humana de amplo espectro ou soro de Coombs; 4. Centrifugar 3400 rpm por 15 segundos ou 1000 rpm por 1 minuto; 5. Ressuspender o "botão" de GV, por agitação delicada e examinar para aglutinação macroscópica; 6. Anotar os resultados Ctl D D D Ctl D Ctl Ctl D Ctl D D Ctl Ctl D Ctl D Ctl D Ctl D Ctl INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Ausência de aglutinação nos 2 tubos anti-D e Ctl Realizar pesquisa de D fraco Aglutinação com anti-D e ausência de aglutinação no reagente Ctl. Rh positivo D Ctl Ausência de aglutinação nos 2 tubos anti-D e Ctl Rh negativo Aglutinação com anti-D e ausência de aglutinação no reagente Ctl. Rh positivo fraco (D fraco) Aglutinação com o reagente Controle invalida a interpretação dos resultados
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