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Na segunda metade do século XIX, a África foi colonizada e explorada por nações europeias, principalmente, Reino Unido, França, Holanda, Bélgica e Alemanha. Este período ficou conhecido como neocolonialismo.
Como a Europa passava pelo processo de Revolução Industrial, necessitava de matérias-primas e novos mercado consumidores para as mercadorias produzidas pelas indústrias europeias. Uma solução encontrada foi exploração na África. Em prol destas ambições a Era dos Impérios iniciou no mundo enquanto para as potências seria um vislumbre e salto econômico, para o Continente Africano era o inicio de uma opressão, dominação, na qual esta pratica desumana foi justificada pelo discurso darwinista social tendo como ferramenta a imposição cultural para um suposto ‘’desenvolvimento civilizatório’’.
De acordo com a Antropologia, o racismo científico se constituiu sob este contexto de dominação europeia na África, em parte para também justificar as próprias atrocidades cometidas durante o imperialismo. As explicações (supostamente) científicas desqualificavam diferentes povos de acordo com sua suposta raça; tendo sido produzida por brancos europeus, este pensamento colocava-os no topo da escala evolutiva, em oposição a outros povos supostamente não “civilizados”, sendo então o “fardo do homem branco” - em termo cunhado por Kipling – levar a civilização à outros povos. Este pensamento foi divulgado em grande parte pela antropologia, como Edward Tylore James Frazer, explicando o processo de evolução das sociedades humanas desde estágios primitivos até os mais evoluídos. 
Naturalmente não pensavam dessa maneira todos os antropólogos do período. Dentre estes merece destaque Franz Boas que, nascido na Alemanha, migrou para os Estados Unidos e se dedicou à antropologia. Considerado por muitos como o “pai” da antropologia americana, era opositor do racismo científico, e realizou estudos comprovando que as diferenças entre as sociedades não eram biológicas, e sim culturais. Partindo deste princípio então, Boas elaborou o conceito de relativismo cultural, onde nenhuma cultura pode ser considerada superior à outra.
Esta intervenção colonialista sofreu graves consequências modificando a estrutura organizacional dos grupos étnicos africanos.
Durante a ocupação dos europeus na África, a divisão territorial do continente teve como critério apenas os interesses dos colonizadores, não levando em conta as diferenças étnicas e culturais da população local. Diversas comunidades, muitas vezes rivais, e que, historicamente viviam em conflito, foram colocadas em um mesmo território, enquanto que grupos de uma mesma etnia foram separados.
Esta partilha na região africana foi produto da realização da Conferência de Berlim (1884 – 1885) na qual várias potências européias reuniram-se com o objetivo de dividir os territórios coloniais no continente africano. Nessa região podemos destacar o marcante processo de dominação britânica, que garantiu monopólio sob o Canal de Suez, no Norte da África. Fazendo ligação entre os mares Mediterrâneo e Vermelho, essa grande construção foi de grande importância para as demandas econômicas do Império Britânico. Na região sul, os britânicos empreenderam a formação da União Sul-Africana graças às conquistas militares obtidas na Guerra dos Bôeres (1899 – 1902).
Esta decisão gerou guerras e conflitos foram frutos do neocolonialismo. Entre elas, podemos inclusive destacar a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Por fim, percebemos que a solução obtida pelas nações industriais frente à questão de sua superprodução econômica teve consequências desastrosas. O imperialismo foi responsável por uma total desestruturação das culturas africanas e asiáticas. Na atualidade vemos que as guerras civis e os problemas socioeconômicos dessas regiões dominadas têm íntima relação com a ação imperialista.
Um país que sofreu com o imperialismo europeu de forma intervencionista no século XIX e ao longo da história desencadearam inúmeros conflitos como um genocídio foi Ruanda oficialmente República de Ruanda, é um país sem costa marítima localizado na região dos Grandes Lagos da África centro-oriental, fazendo fronteira com Uganda, Burundi, República Democrática do Congo e Tanzânia.
Contrariamente aos seus vizinhos, Ruanda, era um reino centralizado,seu território foi oficialmente decidido na Conferência de Berlim (de 1885) e só foi entregue ao Império Alemão (juntamente com o vizinho Burundi) em 1890, numa conferência em Bruxelas, em troca de Uganda e da ilha de Heligoland.
Depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, a propriedade foi entregue à Bélgica, por mandato da Liga das Nações. Distinguem-se em Ruanda os dois maiores grupos étnicos do país: a maioria hutu e o grupo minoritário, tutsi. Durante a colonização do país pela Bélgica, os líderes apontados pela metrópole foram sempre tutsis, num contexto de rivalidade étnica que se acentuou com o tempo, dada a escassez de terras e a fraca economia nacional, sustentada pela exportação de café. Após a independência, em 1962, os hutus tomaram o poder e começaram a marginalizar os tutsis. Segundo acadêmicos, a diferença entre tutsis e hutus era mínima e fora artificialmente criada pelos belgas em uma tentativa de exercer melhor controle sobre a região através de um sistema de castas sociais.
Em outubro de 1990, a Frente Patriótica Ruandesa, composta por exilados tutsis expulsos do país pelos hutus com o apoio do exército, invade Ruanda pela fronteira com Uganda. Em 1993, os dois países firmam um acordo de paz - o Acordo de Arusha. Cria-se em Ruanda um governo de transição, mediado pela ONU, composto por hutus e tutsis.
Em 6 de Abril de 1994, Juvénal Habyarimana e Cyprien Ntaryamira, o presidente do Burundi, foram assassinados quando o seu avião foi atingido por fogo quando aterrissava em Kigali. Durante os três meses seguintes, os militares e milicianos ligados ao antigo regime mataram cerca de 800 000 tútsis e hutus oposicionistas, naquilo que ficou conhecido como o Genocídio de Ruanda.
De acordo com a British Broadcasting Corporation (Corporação Britânica de Radiodifusão, mais conhecida pela sigla BBC) MHM é uma emissora pública de rádio e televisão do Reino Unido fundada em 1922, ONU e Bélgica tinham forças de segurança em Ruanda, mas não foi dado à missão da ONU um mandato para parar a matança. Um ano depois que soldados norte-americanos foram mortos na Somália, os Estados Unidos estavam determinados a não se envolver em outro conflito africano. Os belgas e a maioria da força de paz da ONU se retiraram depois que 10 soldados belgas foram mortos. Os franceses, que eram aliados do governo hutu, enviaram militares para criar uma zona supostamente segura, mas foram acusados de não fazer o suficiente para parar a chacina nessa área. O atual governo de Ruanda acusa a França de "ligações diretas" com o massacre - uma acusação negada por Paris.
O genocídio só terminou quando a Frente Patriótica Ruandesa derrotou o governo e se instalou definitivamente no poder. Até os dias atuais, o massacre deixa um profundo legado em Ruanda. O país segue enfrentando problemas étnicos e religiosos, ao mesmo tempo que sofre com dificuldades econômicas e corrupção, gerando extrema pobreza entre a população.[5]
Muitos hutus ajudaram os tutsis a escapar das perseguições. Um caso notório foi o do gerente do Hotel Mille Collines, em Kigali, que foi responsável pela salvação de 1 268 tutsis e hutus, abrigando-os no hotel. Paul Rusesabagina ficou mundialmente conhecido ao ser retratado no filme Hotel Ruanda. Rusesabagina, hoje residente na Bélgica, afirma que, se não forem tomadas posturas duras contra o tribalismo em Ruanda, o genocídio poderá voltar a ocorrer, agora pelas mãos dos tutsis, "governantes" do país desde o fim da matança.
Em 8 de novembro de 1994, através da resolução 955 do Conselho de Segurança da ONU, foi criado o Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR) para julgar os principais responsáveis pelo genocídio.
A Corte Penal Internacional é competentepara julgar somente os crimes cometidos após a sua criação, em 1º de julho de 2002. Não é portanto competente para julgar os crimes cometidos em Ruanda, durante o genocídio.
O primeiro-ministro do governo interino ruandês, Jean Kambanda, foi julgado culpado e condenado por genocídio pelo TPIR. 75% dos membros do governo interino foram presos. Vários ministros desse governo foram considerados culpados de participação no genocídio ou estão em fase de julgamento. Dois outros foram liberados.[7]. Em 2011, alguns antigos chefes militares foram considerados culpados de genocídio.
Em 2005, foi dirigido por Terry George, com a finalidade de retratar como foi o genocídio em Ruanda , foi produzido um filme com nome "Hotel Ruanda". A história se passa em Kigali, capital da Ruanda em 1994, no que ficou conhecido por Genocídio de Ruanda. Um hoteleiro chamado Paul Rusesabagina, hutu, casado com Tatiana, tutsi, que enfrentam a difícil tarefa de defender sua família e amigos tútsis, da repressão hutu. Paul tenta proteger sua família, mas com iminente massacre generalizado, compra favores para proteger seus vizinhos que haviam pedido abrigo em sua casa na primeira noite de atrocidades, e acaba por abrigar diversos refugiados, em miséria e pavorom a continuidade da tensão e mortes de governantes, os turistas partem enquanto que no hotel, aumentam a quantidade de vítimas que procuram abrigo e proteção (forças do EUA) fazem a segurança do mais novo "hotel de refugiados", em seu hotel antes destinado aos turistas . A história deste filme foi feita como retrato ao genecidio em Ruanda em 1994.
INDRODUÇÃO
Este tem trabalho tem como objetivo central a análise do filme Hotel Ruanda, a partir do ponto vista histórico, cultural e político. Tendo em vista apresentar que a origem do genocídio ocorrido em 1994 em Ruanda, África, está intimamente com o processo imperialista no continente africano,o qual teve como ponto de partida no século XIX e até os dias atuais sofrem com consequências culturais, políticas e socioeconômicas.
O filme Hotel Ruanda, produzido em 2005, revela a realidade africana em face do genocídio ocorrido nesta região, um ataque de etnias quase que idênticas apresentam o fruto do imperialismo ocorrido na África, decido em 1885 na Conferencia de Berlim, na qual várias potências europeias reuniram-se com o objetivo de dividir os territórios coloniais no continente africano.
Sendo assim, o trabalho tem como ponto de partida um relembrar histórico e político, relando como o genocídio desencadeou em Ruanda, suas consequências e como este crime foi julgado.
CONCLUSÃO
Como efeito do genocídio em Ruanda e suas consequências tiveram repercussão no continente africano e em algumas partes do mundo. No entanto, o mundo como um todo ficou de mãos atadas. No tocante ao Brasil como nação em 1994 estava ocorrendo uma copa, e em Ruanda um genocídio, este país não teve nação que fosse por ele.
Faz-se esta critica, pois o mundo, como um todo ainda use-se do discurso colonialista para justificar a falta de alteridade cultural, quando esta pratica é demanda em alguns países para com outros.
 Esta analise fática entre o processo histórico e filme teve de grande acréscimo acadêmico para o curso de antropologia jurídica como ciência da alteridade.
BIBLIOGRAFIA
2014, Reportagem. British Broadcasting Corporation.
MASON, Anthony. Memórias do Século XX: Vol. 1 - O Surgimento da Era Moderna. Tradução de Maria Clara de Mello Motta. Rio de Janeiro.
Gunther, Marc. "Fortune: Why CEO's Love Rwanda." CNN/Money. April 3, 2007. Retrieved on March 31,2010.

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