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PLANO DE AULA 2 DIREITO PENAL III

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SEMANA 2
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO E AUXÍLIO AO SUICÍDIO - ART. 122
A autolesão e o sistema jurídico-penal vigente. 
De início cabe afirmar que ninguém pode ser punido por causar mal apenas a si próprio, vez que uma das características inerentes ao Direito Penal moderno repousa na necessidade de intersubjetividade nas relações penalmente relevantes, isto é não há incriminação de atitude meramente interna do agente, bem como do pensamento ou de condutas moralmente censuráveis, incapazes de invadir o patrimônio jurídico alheio. (Princípio da Alteridade).
Bem jurídico tutelado. 
É a vida humana.
Elementos do tipo. 
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há somente o elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de provocar a morte da vítima por meio do suicídio), que pode ser DIRETO (o agente quer o resultado) ou EVENTUAL (o agente assume o risco de produzir o resultado). 
Sujeitos do delito. 
SUJEITO ATIVO – é crime comum, ou seja, qualquer pessoa pode praticar. 
SUJEITO PASSIVO – qualquer pessoa que possua um mínimo de capacidade de resistência e de discernimento, pois, em caso contrário, estará caracterizado o crime de homicídio.
Consumação e tentativa.
Consumação – o momento consumativo ocorre com a morte da vítima ou com a produção de lesão corporal de natureza grave (expressão que abrange a lesão gravíssima). 
	
	
Tentativa – de acordo com a doutrina majoritária inadmite-se a tentativa.
Classificação doutrinária
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME MATERIAL (que exige resultado naturalístico para a consumação); CRIME COMISSIVO (o verbo nuclear implica a prática de uma ação), porém pode ser praticado por OMISSÃO (na figura do auxílio); CRIME DOLOSO (não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). CRIME DE AÇÃO MÚLTIPLA OU DE CONTEÚDO VARIADO (o tipo penal contém várias modalidades de conduta, e, ainda que seja praticada mais de uma, haverá somente um único crime).
Natureza jurídica do resultado lesão corporal grave ou morte; controvérsia: elementar do tipo penal ou condição de punibilidade. 
Há divergência doutrinária se a morte ou lesão grave é condição de punibilidade da participação em suicídio ou elemento do delito. Uma 1ª corrente entende tratar-se de condição de punibilidade da participação em suicídio (Nélson Hungria); uma 2ª corrente entende ser elemento do delito (Magalhães Noronha e Damásio) 
Figuras típicas 
Figura simples. 
É a figura descrita no caput do art. 122 do CP
Induzir - significa suscitar a ideia, sugerir o suicídio.
Instigar - significa reforçar, estimular, encorajar um desejo já existente.
Prestar auxílio - consiste na prestação de ajuda material, que tem caráter meramente secundário.
Figuras majoradas: motivo egoístico, menoridade da vitima (capacidade de discernimento) e vítima com capacidade de resistência diminuída. 
Motivo egoístico - é aquele que diz respeito a interesse próprio, à obtenção de vantagem pessoal. O sujeito visa tirar proveito do suicídio.
Vítima menor - é o menor de 18 e maior de 14 anos. Caso a vítima não tenha ainda completado 14 anos haverá uma presunção no sentido da sua incapacidade de discernimento e que conduzirá ao reconhecimento do homicídio.
Vítima com capacidade de resistência diminuída - se a vítima tem eliminada a capacidade de resistir o delito será de homicídio, se a sua capacidade está diminuída o crime será do art. 122 do CP, por exemplo quando a vítima está embriagada ou sob efeito de substância entorpecente.
Questões controvertidas. 
O “pacto de morte”: caracterização; distinção do delito de homicídio. 
Para que responda pelo art. 122 do CP o agente não pode ter praticado qualquer ato de execução característico do delito de homicídio, pois, caso contrário, deverá ser responsabilizado pelo crime de homicídio.
A conduta omissiva e a caracterização do tipo penal. 
Pode a omissão do agente caracterizar auxílio a suicídio? Segundo parte da doutrina, aquele que conscientemente omite a ação a que estava obrigado em razão da posição de garante que ocupava contribui também para o advento do suicídio, já que não impediu, o garantidor, o suicídio alheio, embora possuísse capacidade concreta de ação. Outra corrente doutrinária salienta que não há que se cogitar em auxílio por omissão, mesmo se presente o dever de agir, pois não se pode ver assistência material na simples inércia, na conduta puramente negativa, ou de quem nada faz, ainda quando tivesse o dever jurídico de fazer.
A figura do médico como agente garantidor quando sua conduta for contrária à vontade do paciente ou de seus responsáveis legais. 
O médico que atua contra a vontade da vítima, maior e capaz, como por exemplo o médico fazer transfusão de sangue em situação de imprescindibilidade, age amparado pelo art. 146, § 3º, I, do CP, pois tal comportamento deverá ser encarado como tentativa de suicídio.
Análise da conduta de induzimento, instigação e auxílio ao suicídio quando resultado for de lesão corporal leve. 
Como se trata de um crime condicionado, uma vez que para a perfeita configuração do crime do art. 122 exige-se a ocorrência de uma condição, que á a morte da vítima ou a existência de lesões corporais de natureza grave, caso o agente induza alguém a matar-se, mas a vítima tentando, sofre apenas lesões leves, não há delito.
INFANTICÍDIO - ART.123 
Bem jurídico tutelado. 
É a vida humana.
Elementos do tipo. 
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: "DURANTE O PARTO OU LOGO APÓS" ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há somente elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de matar o próprio filho durante o parto ou logo após), que pode ser DIRETO (o agente quer o resultado) ou EVENTUAL (o agente assume o risco de produzir o resultado). 
Sujeitos do delito. 
SUJEITO ATIVO – é crime próprio, ou seja, somente a mãe.
SUJEITO PASSIVO – o nascente (durante o parto) ou o recém-nascido (logo após o parto).
Consumação e tentativa.
Consumação – o momento consumativo do infanticídio é com a morte do nascente ou neonato. 
	
	
Tentativa – admite
Classificação doutrinária. 
Trata-se de CRIME PRÓPRIO (aquele que exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME MATERIAL (que exige resultado naturalístico para a consumação); CRIME COMISSIVO (o verbo nuclear implica a prática de uma ação), porém pode ser praticado por OMISSÃO - OMISSIVO IMPRÓPRIO; CRIMEDOLOSO (não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO "DE EFEITOS PERMANENTES" (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
Questões controvertidas. 
Natureza jurídica do estado puerperal. 
O puerpério é o período que se estende do início do aprto até a volta da mulher às condições pré-gravidez.Trata-se o estado puerperal de perturbações, que acometem as mulheres, de ordem física e psicológica decorrentes do parto. O critério adotado é o psicofisiológico, isto é, a atenuação da pena leva em consideração o desequilíbrio fisiopsíquico da mulher parturiente.
Distinção entre o delito de infanticídio e outras figuras típicas, tais como: homicídio e crimes de perigo (abandono de incapaz e abandono de recém-nascido, qualificados pelo resultado morte).
Art. 121 - Homicídio; art. 133, § 2º - Abandono de Incapaz; art. 134, § 2º - Abandono de 
Concurso de pessoas no delito de infanticídio: possibilidade e comunicabilidade do estado puerperal (art. 30 do Código Penal). 
Não há dúvida de que o estado puerperal é circunstância (condição, particularidade etc.) pessoal e que, sendo elementar do delito de infanticídio comunica-se com os partícipes, a exato teor do art. 30 do CP.
ABORTO - ARTS. 124, 125, 126, 127 e 128 
Bem jurídico tutelado. 
A vida do ser humano em formação. O Direito Penal protege a vida humana desde o momento em que o novo ser é gerado.
Elementos do tipo. 
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de interromper a gravidez, matando o produto da concepção), que pode ser DIRETO (o agente quer o resultado) ou EVENTUAL (o agente assume o risco de produzir o resultado). 
Sujeitos do delito. 
SUJEITO ATIVO – no autoaborto e no aborto consentido (art. 124) é crime próprio, ou seja, somente a mulher gestante. Já no aborto provocado por terceiro, com ou sem consentimento da gestante, é crime comum, qualquer pessoa pode praticar. 
SUJEITO PASSIVO – no autoaborto e no aborto consentido (art. 124) é o feto, ou, genericamente falando o produto da concepção.Quando há aborto sem consentimento da gestante o sujeito há dupla subjetividade passiva, ou seja, o feto e a gestante.
Consumação e tentativa.
Consumação – o momento consumativo do aborto dá-se com a morte do feto, no útero materno ou depois de prematura a expulsão provocada pelo agente. É prescindível a expulsão do produto da concepção.
	
	
Tentativa – admite-se em todas as modalidades do aborto.
Classificação doutrinária. 
Trata-se de CRIME PRÓPRIO DE MÃO PRÓPRIA NO ART. 124 (aquele que exige qualquer condição especial do sujeito ativo) CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo) nos arts. 125 e 126; quanto ao resultado é CRIME MATERIAL (que exige resultado naturalístico para a consumação); CRIME COMISSIVO (o verbo nuclear implica a prática de uma ação); CRIME DOLOSO (não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente), já no art. 124, 2ª parte é CRIME PLURISSUBJETIVO OU DE CONCURSO NECESSÁRIO (que é aquele que somente é praticado havendo no mínimo duas pessoas); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
Figuras típicas. 
Autoaborto e consentir para que terceiro lhe provoque aborto. Art.124, do Código Penal 
Na primeira hipótese a gestante efetua contra si própria o procedimento abortivo. Na segunda hipótese a grávida autoriza um terceiro, que não precisa ser médico, a fazê-lo.
Aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante. Art.125, do Código Penal - dissenso real e presumido. A capacidade para consentir. 
É a forma mais gravosa do delito de aborto. O dissentimento é real quando o sujeito emprega contra a gestante fraude, grave ameaça ou violência (conforme art. 126, PU, 2ª parte). O dissentimento é presumido está previsto no art. 126, PU, 1ª parte, ou seja, é presumido o dissentimento se a vítima é menor de 14 anos, alienada ou débil mental.
É crime de dupla subjetividade passiva, vez que existem duas vítimas: o feto e a gestante.
Aborto provocado por terceiro com o consentimento da gestante. Art.126, do Código Penal
É necessário que o consentimento da gestante seja válido, isto é, que ela tenha capacidade para consentir..
Aborto qualificado pelo resultado lesão corporal de natureza grave ou morte. Art.127, do Código Penal. 
São causas de aumento de pena aplicáveis somente ao aborto praticado por terceiro (nunca à gestante). Trata-se de crime qualificado pelo resultado, de natureza preterdolosa. 
Aborto necessário – natureza jurídica. Art.128, do Código Penal. 
Art. 128, I - conhecido também como aborto terapêutico. Trata-se de excludente de ilicitude, ou seja, é lítica a conduta daquele que pratica aborto necessário.
Aborto humanitário – natureza jurídica. Art.128, do Código Penal. 
Art. 128, II - conhecido também como aborto sentimental ou ético. Trata-se de excludente de ilicitude, ou seja, é lítica a conduta daquele que pratica aborto necessário.
Questões Controvertidas 
Tipificação das condutas e a teoria adotada acerca do concurso de pessoas. 
A teoria monista ou unitária, adota pelo CP no art. 29 é excepcionada nos arts. 124, 2ª parte e 126 do CP. 
Confronto com os delitos de lesão corporal qualificada pelo resultado previstas nos §§ 1° e 2°, incisos IV e V, todos do art. 129 do Código Penal. 
Art. 129, § 1º, IV - lesão corporal de natureza grave qualificado pelo resultado aceleração de parto - ocorre quando, em decorrência da lesão corporal produzida na gestante, antecipa-se o termo final da gravidez, ou seja, o feto é expulso precocemente do útero materno. É necessário que o feto nasça com vida, pois do contrário caracterizará a lesão corporal de natureza gravíssima (art. 129, § 2º, V, CP), sendo certo que neste caso o agente não quer nem assume o aborto.
Aplicação de analogia para a figura prevista no art.128, II do Código Penal.
Mesmo a lei somente fale em gravidez resultante de estupro, admite-se também no caso de a gravidez resultar de praticas libidinosas diversas, aplicado, de acordo com a doutrina e jurisprudência, a analogia in bonam partem.
Aborto de feto anencefálico: entendimentos doutrinários e jurisprudenciais.
No julgamento da ADPF 54/DF, ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde - CNTS, o plenário do STF declarou a inconstitucionalidade da interpretação segundo a qual a interrupção da gravidez de feto anencéfalo seria conduta tipificada nos arts 124, 126 e 128, I e II. Assim o STF reconheceu o direito da gestante de submeter-se à antecipação terapêutica de parto na hipótese de anencefalia, previamente diagnosticada por profissional habilitado. VER RESOLUÇÃO CFM Nº 1.989/2012
Aborto qualificado pelo resultado e resultado diverso do pretendido. 
Art. 127, CP. Pode ocorrer que dos meios empregados para provocar o aborto não aconteça a mortedo feto, embora ocorra lesão corporal grave ou morte da gestante. Nesse caso há duas posições tipificando a conduta. Uma primeira corrente entende tratar-se de aborto qualificado tentado (majoritária). Já uma segunda corrente entende tratar-se de aborto qualificado pelo resultado consumado, pois segundo LUIZ REGIS PRADO é incabível aborto qualificado tentado, pois delito qualificado pelo resultado não admite tentativa e porque o art. 127 não exige a consumação do aborto.
Aborto e Lei de Biossegurança (art. 5º da Lei 11.105/05).
A conduta praticada contra embrião fecundado extracorpóreo ou in vitro não se subsume ao tipo do aborto, pois ainda não está fixado no útero materno.

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