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AULA 16 REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES I, II E III

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REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES I, II E III
Fisioterapia Cardiofuncional
FASE HOSPITALAR – FASE I
Realizada no ambiente hospitalar.
Objetivo da fisioterapia: manter a capacidade funcional e performance respiratória
Recuperar a função muscular com menor gasto energético
Diminuir os efeitos fisiológicos e psicológicos deletérios decorrentes do repouso no leito
Critérios importantes da terapia:
Oxigenoterapia adequada (oferta de O2 por cateter ou máscara)
Exercícios: irão variar conforme o quadro clínico, devem ser individualizados e adaptados diariamente à evolução do paciente.
Inicialmente podem ser realizados exercícios respiratórios puros: reeducação diafragmática, padrões ventilatórios em 1, 2 e 3 tempos e, se possível, associados a membros superiores.
Exercícios metabólicos também poderão ser utilizados ativando a circulação e mantendo a integridade musculoesquelética.
Os pacientes devem estar compensados para o programa de reabilitação ser colocado em prática.
Poderão participar os pacientes em classe funcional I, II e III da NYHA.
Deve existir uma seqüência na realização dos exercícios (aquecimento, exercício e relaxamento) e progressão na execusão do programa (posição deitado, sentado e em pé, e exercícios ativos-assistidos para levemente resistidos).
Dois tipos de protocolos podem ser colocados em prática, o contínuo (com grau de dificuldade maior e sem períodos de descanso) e o intervalado (com períodos de descanso entre os tipos de exercícios), sendo que este apresenta nove graus de dificuldade.
STEPS
A progressão da intensidade de esforço é feita seguindo-se o programa de “steps”, no qual cada step equivale a um grupo de exercícios protocolados em relação ao tipo, intensidade e repetição, onde o gasto energético de cada grupo de exercícios está estimado de acordo com o consumo de O2 requerido pelo corpo para determinada atividade.
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A tabela mostra a ficha de controle diário da terapia, bastando marcar com um “X” a posição, o tipo de exercício e quais os exercícios executados em cada fase.
Durante o aquecimento e o relaxamento, a preferência será dos exercícios ativo-assistido ou ativo livre, sem utilizar movimentos combinados (ex: exercício com diagonal de membros superiores), deixando os exercícios resistidos para a fase de exercício.
Deve-se adequar o oxigênio evitando crises de hipóxia que poderão ocorrer durante o esforço físico.
Preconiza-se uma saturação de O2 (SaO2) igual ou acima de 95%.
Se for necessário deve-se realizar os exercícios com o paciente utilizando a VNI.
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Os pacientes cardiomiopatas devem ser atendidos no mínimo três vezes ao dia, com duração média de 20 minutos cada sessão, e as séries serão com 5 a 10 repetições de cada exercício.
Deve-se ter cuidado com aumentos de FC, os quais levam à elevação do consumo de oxigênio miocárdico, evitando-se grandes variações (tolera-se uma variação de 15 a 20 pontos da FC pré-esforço).
Nas unidades de internação deve-se iniciar a marcha estática e deambulação progressiva, a princípio no quarto e, posteriormente, no corredor do hospital, iniciando com caminhadas de 75m, progredindo para 100, 150, 200 e 300m. Depois evoluir com o paciente descendo a escada (um andar) e no outro dia descer e subir.
Teste de caminhada de 6 minutos (TC6M)
Utilizado para avaliação de pacientes cardiopatas
È um teste bem aceito pelos pacientes
Objetivo: avaliar a capacidade física do paciente
Inicia-se com uma investigação geral do quadro do paciente
Corredor de 20 ou 30 metros
Comando verbal do examinador durante todo o teste
O paciente deverá andar o mais rápido que puder por esta pista durante 6 minutos
Se o paciente se sentir cansado poderá sentar-se porém o tempo do teste continuará em andamento
Quando o tempo do teste se esgotar deve ser dada a odem “pare onde está” para ser contabilizada a distância percorrida.
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REABILITAÇÃO FASE II
Fase que se inicia da alta hospitalar até 8 semanas.
A prescrição da intensidade dos exercícios pode ser mais criteriosamente determinada com base na FC
A % desejada da FC deverá ser calculada de acordo com a estratificação de risco do paciente
Pode-se determinar a FC de treinamento pelo:
 - teste de esforço realizado pelo cardiologista (FCT = 60 a 85% da FC máx)
 - IPE de Borg – estabelece-se a FC de treinamento ou intensidade de carga de exercícios que corresponda ao nível de cansaço entre 10 e 12 pontos de escala de Borg.
 - Fórmula de Karvonen – obtém a FC máx pela fórmula FCmáx = 220 – idade, em seguida, segundo a fórmula FCT = FCR + x% (FC máx – FCR), onde FCR= freqüência cardíaca de repouso; x% = percentual da FC desejada durante o treinamento.
ESCALA DE BORG
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Redução percentual da FC de trabalho na presença de betabloqueador.
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O programa deve ter supervisão direta do fisioterapeuta, com controle dos sinais e sintomas e monitorização cardíaca durante a fase de condicionamento.
Em geral estipula-se a duração da sessão de reabilitação entre 45 e 60 min, com freqüência de 3 vezes por semana.
No entanto, alguns estudos têm demonstrado que períodos de treinamento menor, cerca de 30 a 45 min, com freqüência de 2 vezes por semana, podem produzir os mesmos benefícios aeróbicos almejados na fase II.
Técnica das sessões de fisioterapia
1 - Aquecimento - 5’ a 15’ – caminhada, exercícios de baixa intensidade localizados, flexibilidade e pequenos grupos musculares.
2 – Condicionamento – 20’ a 30’ – exercícios de grandes grupos musculares, esteira ou bicicleta ergométrica.
3 - Desaquecimento – 5’ a 10’ – exercícios de alongamento e caminhadas leves com objetivo de retornar às condições de repouso.
A programação de exercícios deve ser individualizada.
A progressão da intensidade é feita analisando-se as seguintes respostas:
 - FC medida antes do aquecimento a cada 2 min, durante o condicionamento com carga, e no último minuto do relaxamento.
 - PA medida no repouso, final do condicionamento e ao final da sessão.
 - IPE pela escala de Borg, medida na fase final do condicionamento.
 - Sintomatologia (precordialgia, palpitação, falta de ar, tontura).
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CONTROLE DA TERAPIA
Engloba uma análise geral do paciente através da FC e PA, sinais e sintomas clínicos, índice de percepção de esforço de Borg (Escala de Borg) e, se possível, dosagem de lactato uma vez por semana.
A FC deverá ser verificada pré-aquecimento, durante o condicionamento de 3 em 3 min, pós-condicionamento e ao término do relaxamento.
 - O registro da FC auxilia no controle da intensidade do exercício durante as sessões de treinamento, porém é preciso ter cuidado para detectar problemas nos batimentos cardíacos.
A PA deverá ser aferida pré-aquecimento, durante o condicionamento e ao final do relaxamento.
Sinais e sintomas como cansaço, sudorese, palidez, angina, arritmias e tontura seriam critérios para interromper a sessão.
A Escala de Borg, que é um dado subjetivo de cansaço, é de grande importância e deve ser utilizada durante todo o processo de reabilitação, principalmente durante a fase de condicionamento, devendo ficar entre os números 11 e 13.
TEMPO DE DURAÇÃO DO PROGRAMA
Deve durar no mínimo dois meses antes da reavaliação
Após novo teste pode-se programar a intensidade do exercício
A freqüência varia de 3 a 5 vezes por semana
EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS
A indicação é bastante controvertida na literatura
São eficientes na melhora do metabolismo da fibra muscular
São recomendados em baixa intensidade para não produzirem sobrecarga na musculatura cardíaca esquerda
São indicados com a utilização de pequenos pesos, com freqüência de repetições elevadas para melhorar o “endurance” e a massa muscular.
Ajudam a melhorar a capacidade funcional do paciente
Devem ser coadjuvantes aos exercícios dinâmicos
COMPLICAÇÕES DO EXERCÍCIO FÍSICO NO CARDIOPATAAlgumas respostas adversas podem aparecer durante o treinamento físico
Hipotensão durante a recuperação pós-exercício (terapia vasodilatadora e diurética)
Pacientes com IC que inicialmente apresentavam respostas favoráveis aos exercícios, podem exibir deteriorização cardiovascular com sinais e sintomas de piora da IC, incluindo ganho de peso, aumento da FC, dispnéia, piora da ausculta pulmonar e sons cardíacos anormais.
Estes achados requerem que a intensidade seja diminuída imediatamente, ou até mesmo cessado o treinamento físico para posterior avaliação e tratamento.
REABILITAÇÃO FASE III
A fisioterapia cardiovascular atua como parte integrante da reabilitação cardíaca na fase tardia, considerada também como fase III ou como fase IV: recuparação – manutenção.
Considerada como 12 semanas após a alta hospitalar para pacientes que submeteram-se a RM, ou algum procedimento hemodinâmico (ex: angioplastia), apresentaram IAM agudo ou que apresentam fatores de risco para doença coronária.
A fisioterapia intervém de forma preventiva e curativa.
O exercício físico é um processo biológico bastante complexo pois, durante sua realização, há o desencadeamento de ajustes hemodinâmicos e metabólicos envolvendo a participação de todos os sistemas que compõem o organismo.
Ajustes que permitem que ocorra e se mantenha a contração muscular.
Aplicado de forma sistemática numa certa intensidade, frequencia e duração ele provocará adaptações nos diversos sistemas e o indivíduo responderá com sucesso aos exercícios.
O consumo máximo ou pico de oxigênio (VO2 máx ou pico) e seus valores submáximos no limiar de anaerobiose (LA) ventilatório durante o exercício dinâmico têm sido empregados como importantes parâmetros para avaliação da capacidade aeróbia.
O VO2 máx ou pico – capacidade máxima ou próxima da máxima de um individuo captar, transportar, liberar e utilizar oxigênio pelos músculos em atividade contrátil. (capacidade do organismo de ressintetizar ATP)
O LA corresponde aos níveis de potência e de VO2 submáximos nos quais a concentração de ácido lático muscular e sanguíneo aumenta acima dos valores de repouso – é acompanhado por aumento desproporcional da ventilação e da produção de CO2 em relação à captação de oxigênio. 
Efeitos do treinamento – influencia sobre o VO2 máx ou pico – determinado pelo nível inicial de aptidão física, intensidade, duração e frequencia com que o esforço é realizado.
Em geral: intensidades entre 57 e 78% do VO2 máx ou pico (70 a 85% da FC máx), duração entre 20 e 30 min diários (por sessão) e frequencia de 3 vezes por semana – acima disso: lesões ortopédicas e complicações cardiovasculares.
Quanto menor a capacidade física pré-treinamento, maior o ganho aeróbio
O aumento do VO2máx deve-se: maiores valores de DC e diferença do conteúdo arteriovenoso sistêmico
EFEITOS DO EXERCÍCIO NO PACIENTE CARDIOPATA
Consumo máximo de O2 (VO2 máx) e oferta de O2 ao miocárdio – aumento tanto do VO2máx quanto da oferta de O2 ao miocárdio assim como a diferença arteriovenosa de O2, pois existe uma maior extração de O2 devido à maior densidade dos capilares, proporcionando uma maior capacidade funcional.
Consumo de O2 pelo miocárdio (MVO2) – aumento da tolerância ao esforço e diminui o consumo de O2 pelo miocárdio.
Melhora do fluxo coronariano
Circulação colateral
Redução percentual da FC
11
12
14
15
18
20
22
25
26
10
25
40
50
80
100
120
150
160
Dosagem do betabloqueador 
(equivalente ao propanolol) (mg)
25 a 40% da capacidade funcional
5 a 10 min
Exercícios respiratórios
Alongamento estático
Exercícios calistênicos leves
RELAXAMENTO
Até 70% da capacidade funcional
20 a 30 min
Exercícios aeróbicos com ou sem peso
Freqüência da evolução: semanal
Esteira/bicicleta 
CONDICIONAMENTO
25 A 40% da capacidade funcional
5 a 15 min
Alongamento estático: MMSS + MMII + coluna lombossacra
Exercícios calistênicos: MMSS + MMII (aumentar amplitude articular gradativamente; fase 
Aeróbica de baixa intensidade)
Caminhada de 3 a 5 min
Exercícios respiratórios
AQUECIMENTO

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