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Medidas Cautelares (Segundo CPC Antigo)

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ARRESTO – arts. 813 a 821 do CPC
CONCEITO: “medida cautelar de apreensão de bens destinada a assegurar a efetividade de um processo de execução por quantia certa” (Alexandre Câmara). Para Ovídio Baptista, trata-se de “medida cautelar típica, instituída para segurança dos créditos monetários”.
Trata-se de medida típica de caráter nitidamente cautelar, por ter clara referibilidade.
O arresto pode ser conceituado como uma medida cautelar, cujo objetivo é apreender judicialmente bens indeterminados do devedor como meio de garantia para uma futura ação de execução por quantia certa.
Dessa maneira, o arresto é uma medida protetiva, onde os bens arrestados ficarão depositados até que se proceda a penhora na ação executiva (conversão do arresto em penhora).
Não se confunde o arresto cautelar com o arresto executivo. Enquanto o arresto executivo é um incidente no processo de execução, o arresto cautelar é uma ação cautelar autônoma.
Também não se confunde o arresto com o seqüestro, pois no seqüestro haverá a proteção de um bem determinado, que já está sob disputa. No arresto, o bem indeterminado será a garantia de uma futura execução.
CABIMENTO: o artigo 813 do CPC trata do cabimento do arresto. Segundo entendimento doutrinário majoritário, trata-se de enumeração exemplificativa, sendo possível o deferimento do arresto em casos outros que não aqueles descritos na norma em comento.
O art. 814 do CPC, a seu turno, as seguintes condições para o deferimento da medida: a) prova literal da dívida líquida e certa (o que equivaleria ao fumus boni iuris) e; b) prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no art. 813 – (o que equivaleria ao periculum in mora.).
Interpretação do art. 814: A doutrina diverge quanto à exegese do artigo 814. Seria, realmente, exigível, para deferimento do arresto, a apresentação, pelo requerente, de prova literal da dívida líquida e certa (equiparável quase a um título executivo) ou a mera probabilidade da existência do direito de crédito já seria suficiente para o deferimento da medida? Para AELXANDRE FREITAS CÂMARA, a interpretação liberal se impõe e cita casos que ensejariam monitória. OVÍDIO BAPTISTA segue a mesma trilha e critica os artigos do arresto, por considerá-los incompreensíveis e em antinomia com o art. 798 do CPC. HUMBERTO THEODORO, por sua vez, propõe interpretação restritiva, mais apegada à letra do CPC. 
Deve-se observar que o arresto pode ser incidente ou preparatório de ação de execução ou de ação de conhecimento. Dessa forma, mesmo em não existindo uma sentença transitada em julgado, o arresto pode ser concedido. 
Ademais, equipara-se à prova literal da dívida líquida e certa, para efeito de concessão de arresto, a sentença líquida ou ilíquida, pendente de recurso, ou o laudo arbitral, pendente de homologação, condenando o devedor no pagamento de dinheiro ou de prestação que posse se converter em dinheiro.
Além disso, o art. 814, inciso II, CPC, estabelece como requisito para a concessão do arresto, a prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no art. 813, CPC. 
Faz-se, desta forma, necessário explicitar as situações previstas no art. 813, CPC, que justificam o arresto: 
I - 	quando o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se (sem deixar bens suficientes para a garantia do débito) ou alienar os bens que possui (sem deixar bens suficientes para a garantia do débito), ou deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado;
II - 	quando o devedor, que tem domicílio:
a) 	se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente (sem deixar bens suficientes para a garantia do débito);
b) 	caindo em insolvência (basta a demonstração de que há indícios de insolvência), aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou tenta contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução ou lesar credores;
III - 	quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, equivalentes às dívidas;
IV - 	nos demais casos expressos em lei, tais como as hipóteses dos arts. 234 e 1.796, § 1º, CC, 116 e 239, CCom.
BENS ARRESTÁVEIS: Podem ser objeto de arresto os bens economicamente apreciáveis e passíveis de serem penhorados. Podem ser bens corpóreos (móveis e imóveis) ou incorpóreos (crédito, ações). Ficam excluídos do alcance do arresto os bens impenhoráveis – art. 649 do CPC .
O arresto só pode recair sobre bens penhoráveis, uma vez que, como já visto, a garantia do arresto visa a resguardar o patrimônio do devedor para futura execução. São requisitos essenciais para a concessão do arresto, de acordo com o art. 814, CPC: 
I - 	a prova literal da dívida líquida e certa; 
II - 	a prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no art. 813, CPC. 
PROCEDIMENTO: Aplica-se ao arresto o procedimento cautelar comum.
O procedimento do arresto está em consonância com o procedimento comum das ações cautelares. 
A justificação prévia, quando ao juiz parecer indispensável, far-se-á em segredo e de plano, reduzindo-se a termo o depoimento das testemunhas.
O juiz concederá o arresto independentemente de justificação prévia: 
I - 	quando for requerido pela União, Estado ou Município, nos casos previstos em lei; 
II - 	se o credor prestar caução, art. 804, CPC, devendo o juiz, de qualquer forma, observar se estão presentes os requisitos para a concessão do arresto.
De acordo com o art. 819, CPC, ficará suspensa a execução do arresto se o devedor, uma vez que cessa o periculum in mora: 
I - 	desde de que intimado, pagar ou depositar em juízo a importância da dívida, mais os honorários de advogado que o juiz arbitrar, e custas; 
II - 	der fiador idôneo, ou prestar caução para garantir a dívida, honorários do advogado do requerente e custas.
O arresto cessará, extinguindo-se a obrigação: 
I - 	pelo pagamento;
II - 	pela novação; 
III - 	pela transação.
Finalmente, julgada procedente a ação principal, o arresto se resolve em penhora.
EFEITOS: Afetação do bem arrestado à futura execução; Perda, pelo Requerido, da posse direta (não do domínio); direito de preferência: no concurso entre duas penhoras sobre o mesmo bem, terá preferência aquele que primeiro penhorou a coisa, exceto se o outro credor tiver, antes, obtido o arresto 
ARRESTO ON-LINE: Com a Lei 11.382/06, o art. 655 do CPC passou a descrever a ordem de bens passiveis de penhora nas ações de execução, assim terá preferência o dinheiro, em espécie, depósito ou aplicação bancária.
	A alteração legislativa trouxe rapidez e efetividade a execução, pois o art. 655-A, dispõe: “ o juiz, a requerimento do exeqüente, requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, informações sobre a existência de ativos em nome do executado, podendo no mesmo ato determinar sua indisponibilidade, até o valor indicado na execução.” 
	Assim, uma vez citado o devedor, este não cumprindo com o pagamento da dívida, poderá o credor requerer ao Juiz a medida cautelar de arresto on- line, até o limite do débito. 
	O arresto poderá ser efetivado, assim como a penhora pelo órgão judicial através do Bacen Jud do Banco Central.
	Vejamos a jurisprudência:
SEQUESTRO – arts. 822 a 825
CONCEITO: “Seqüestro é a medida cautelar que assegura futura execução para entrega de coisa, e que consiste na apreensão de um bem determinado, objeto do litígio, para lhe assegurar entrega, de bom estado, ao que vencer a causa” (Humberto Theodoro Júnior)
Trata-se de medida típica de caráter nitidamente cautelar – referibilidade. 
O seqüestro é a medida cautelar utilizada para resguardar a entrega de um bem determinado que é objeto de disputa judicial ( art. 822 a 825 do CPC).
A natureza da cautelar de seqüestro é conservativa, pois existe para preservar a integridade da coisa durante a disputa judicial. 
CABIMENTO: o artigo 822 do CPC trata do cabimentodo sequestro. Trata-se de enumeração exemplificativa. 
REQUISITOS PARA CONCESSÃO: como toda e qualquer medida cautelar, são necessários fumus boni iuris e periculum in mora. Deve ser concedido o seqüestro sempre que se fizer necessária a apreensão de um bem determinado, ameaçado de dano, dissipação, ocultação etc, com o objetivo de proteger um possível direito do requerente sobre esse bem. 
Os requisitos do seqüestro são:
a-) a duvida acerca do direito material, mesmo que não tenha sido proposta a ação principal, pois o seqüestro também poderá ser preparatório;
b-) o perigo de danificação, depreciação ou desaparecimento da coisa.
O seqüestro tem por finalidade proteger uma futura execução para entrega de coisa certa.
Assim, enquanto o arresto deve incidir sobre bens de propriedade do arrestado, quaisquer que sejam eles, o seqüestro deve incidir sobre um bem determinado, devidamente caracterizado pelo seqüestrante, e cuja propriedade ou posse em geral é duvidosa, já que o litígio irá determinar a quem pertence o objeto seqüestrado.
Claro está, que no seqüestro a apreensão se dará sobre uma coisa que é o objeto de um litígio.
De acordo com o art. 882, CPC, o juiz, a requerimento da parte, pode decretar o seqüestro:
I - 	de bens móveis, semoventes ou imóveis, quando lhes for disputada a propriedade ou a posse, havendo fundado receio de rixas, danificações ou perdas quanto ao bem, bem como quando for disputado direito obrigacional que repercuta no direito de propriedade (p.ex.: adjudicação compulsória);
II - 	dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando, se o réu, depois de condenado por sentença ou não (em conformidade com o art. 798, CPC), os dissipar;
III - 	dos bens do casal, nas ações de separação judicial, divórcio e de anulação de casamento, se o cônjuge os estiver dilapidando;
IV - 	nos demais casos expressos em lei, tais como os arts. 919, 1.016, §1º, e 1.218, VII (c/c o art. 659 do CPC de 1939).
DIFERENÇAS ENTRE ARRESTO E SEQUESTRO: a) O arresto é medida cautelar que visa assegurar a eficácia de futura execução por quantia certa, já o seqüestro, por sua vez, protege execução para entrega de coisa certa; b) O arresto incide sobre quaisquer bens do demandado, enquanto o seqüestro sobre bem específico – daí a necessidade de se descrever, na petição inicial, o bem a ser seqüestrado e o local em que se encontra; c) O arresto comporta substituição (art. 805 do CPC), o sequestro não.
Tal medida visa a apreensão da coisa objeto do litígio, a fim de garantir sua total entrega ao vencedor. Quanto à materialidade, o arresto é idêntico ao seqüestro e também quanto ao procedimento. A diferença está em que, no arresto, os bens apreendidos são quaisquer bens penhoráveis que vão ser convertidos em dinheiro para pagamento do credor, ao passo que no seqüestro a apreensão é da coisa litigiosa, para garantir a sua total entrega ao vencedor.
Assim, o arresto converte-se em penhora, já o seqüestro converte-se em depósito. 
Aplica-se ao seqüestro, no que couber, o que o CPC estatui acerca do arresto.
CAUÇÃO – arts. 826 a 838
Segundo definição encontrada em doutrina, caucionar é assegurar, garantir a realização futura do direito.
A caução é a garantia do comprimento de um dever ou de uma obrigação consistente em colocar à disposição do juízo bens ou dando fiador idôneo que assegure tal finalidade.
A caução é a contracautela por excelência. Toda vez que medida cautelar possa, por sua vez, causar prejuízo, a garantia contra esse prejuízo é feita mediante caução. Esta, aliás, pode ser condicionalmente da concessão da medida, como já se tem visto.
Então podemos dizer que caução é a garantia do adimplemento da obrigação, consistente na apresentação de bens suficientes em juízo, ou nomeação de fiador idôneo.
A caução pode ser de duas formas: real ou fidejussória. A caução real consiste na apresentação de bens em juízo para garantia de uma obrigação. Já a caução fidejussória se refere a nomeação de um fiador idôneo.
Quando a lei não determinar a espécie de caução, esta poderá ser prestada mediante depósito em dinheiro, papéis de crédito, títulos da União ou dos Estados, pedras e metais preciosos, hipoteca, penhor e fiança.
A caução pode ser prestada pelo interessado ou por terceiro.
O procedimento previsto nos arts. 826 a 838 do CPC cuida dos casos em que alguém tenha direito ou esteja obrigado a caucionar. Trata-se, claramente, de demanda não cautelar, porquanto revela-se satisfativa da pretensão levada a juízo. Ademais, não ostenta referibilidade – na medida em que não protege a eficácia de um processo principal – e tampouco tem o periculum in mora como uma das condições para sua concessão. Trata-se, pois, reafirme-se, de processo satisfativo, com natureza de processo de conhecimento.
Nesses termos, os arts. 826 a 838 do CPC limitam-se a regular o procedimento caucional, destinado a veicular todos os tipos de cauções, sejam elas negociais, legais ou judiciais. Como ensina OVÍDIO BAPTISTA, “não há, no direito brasileiro, ação de procedimento comum, ordinário ou sumário, para pedirem-se ou prestarem-se cauções. Todas as cauções haverão de ter o procedimento regulado por estas normas, sejam elas cautelares ou não”.
Por fim, vale destacar que as únicas cauções verdadeiramente cautelares estão indicadas no art. 799 do CPC.
Duas são as alternativas legais (art. 829 e 830).
	Aquele que for obrigado a dar caução requererão a citação da pessoa a favor de quem tiver de ser prestada, indicando na petição inicial:
	I – o valor a caucionar; 
	II – o modo pelo qual a caução vai ser prestada;
	III – a estimativa doa bens; 
	IV – a prova da suficiência da caução e a idoneidade do fiador 	(art. 829).
	Assim, poderá prestar caução:
	- colocando bens à disposição do juízo,
	- oferecer fiador. 
	O requerido, neste caso, será citado para no prazo de cinco dias aceitar a caução ou contestar o pedido.
	Julgado procedente o pedido, o juiz determinará a caução e assinará prazo para ser prestada, cumprindo-se as diligências necessárias que forem determinadas. Se o requerente não cumprir a sentença, o juiz declarará a caução não prestada.
BUSCA E APREENSÃO – arts. 839 a 843
CONCEITO: mandamento judicial destinado a promover a busca (procura) e apreensão de coisas e pessoas, com o objetivo de se garantir a eficácia de um processo principal.
No direito brasileiro, trata-se de medida que ora terá natureza cautelar, ora satisfativa.
É medida cautelar que consiste em procurar o bem e retira-lo da posse do detentor. Assim, como as demais medidas cautelares, sua finalidade é resguardar o processo principal. A busca e apreensão pode ter por objeto coisas móveis ou pessoas ( arts. 839 a 843).
A busca e apreensão é um procedimento cautelar específico destinado à busca e posterior apreensão de pessoas ou de coisas. O art. 839, CPC, estabelece que o "juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoas ou de coisas." Trata-se, pois, de medida constritiva a ser decretada tendo por objeto pessoas e coisas
TIPOS DE BUSCA E APREENSÃO ENCONTRADOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO PÁTRIO: a) atos de busca e apreensão de natureza executiva: exemplo § 2° do art. 461-A do CPC – natureza satisfativa; b) busca e apreensão como incidente de outra demanda: poderá ter natureza cautelar ou satisfativa. Exemplo: busca e apreensão de bem arrestado e maliciosamente desviado (cautelar); c) Ação de Busca e Apreensão de bem alienado fiduciariamente (satisfativa); d) Busca e Apreensão de menores: cautelar ou satisfativa. 
Outros doutrinadores ensinam ser 5 os casos de busca e apreensão:
Ato de busca e apreensão executiva do art. 625, CPC. Neste caso, a busca e apreensão não é considerada medida cautelar, mas sim um ato executivo por meio do qual se encerra o processo cautelar. 
Busca e apreensão como medida incidente de outra demanda, por meio da qual se procede à apreensão dos bens a serem arrestados, seqüestrados ou cautelosamente arrolados, ou de bens que devam ser objeto de perícia, e também de documentos e livrosa serem apreendidos, para ensejarem sua exibição. Neste caso, a busca e apreensão pode ter natureza cautelar ou não.
A ação de busca e apreensão do bem fiduciariamente alienado em garantia que constitui um processo autônomo e independente de qualquer procedimento posterior.
A busca e apreensão de menores, quando ela não seja cautelar, como para reaver a posse de menores quando exercida por um dos pais contra terceiro que o detenha ilegitimamente. Nesta hipótese, nenhuma ação principal é necessária.
A busca e apreensão contida no art. 625, CPC que possui natureza mandamental.
CABIMENTO: Trata-se de medida subsidiária do arresto e do seqüestro. Quando se refere a pessoas, dúvida não há, pois não se arresta ou seqüestra um indivíduo. Já quanto a coisas, mais complexa é a distinção. A regra é que, sendo cabível arresto ou sequestro, não se deve deferir busca e apreensão.
PROCEDIMENTO: Observa-se o procedimento cautelar geral, com as seguintes particularidades: deferida a medida, deverá ser expedido mandado contendo os requisitos do art. 841 do CPC. Há entendimento de que o mandado, cumprido por dois oficiais de justiça, deve ser sempre acompanhado por suas testemunhas (§ 2° do art. 842), sob pena de nulidade.
As ações de busca e apreensão seguem o procedimento das ações cautelares, exceto a busca e apreensão do bem objeto de alienação fiduciária.
Assim, na petição inicial o requerente exporá as razões justificativas da medida e da ciência de estar a pessoa ou a coisa no lugar designado.
De acordo com o art. 841, a justificação prévia far-se-á em segredo de justiça, se for indispensável. Provado quanto baste o alegado, expedir-se-á o mandado que conterá: 
I - 	a indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligência; 
II - 	a descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a lhe dar; 
III - 	a assinatura do juiz, de quem emanar a ordem.
O mandado será cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas. Não atendidos, os oficiais de justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada. Os oficiais de justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhas. Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, o juiz designará, para acompanharem os oficiais de justiça, dois peritos aos quais incumbirá confirmar a ocorrência da violação antes de ser efetivada a apreensão.
Finda a diligência, lavrarão os oficiais de justiça auto circunstanciado, assinando-o com as testemunhas.
É bastante utilizada como preventiva ou incidental em ações de suspensão ou destituição do pátrio poder, ou ações de guarda de filho menor. 
	Se faz sempre necessário lembrar que a medida é cautelar e não dispensa a ação principal. 
Contudo a busca e apreensão pode ser ação principal se com ela se pretende um provimento definitivo, como, por exemplo, a pretensão do pai que teve seu filho retirado de sua guarda por terceiros. Ele não tem necessidade alguma de definir a guarda ou o poder familiar que lhe é inerente. Pede a busca e apreensão do menor em caráter definitivo e não cautelar.
EXIBIÇÃO – arts. 844 a 845
CONCEITO: a ação de exibição tem o objetivo de permitir que o demandante veja, examine, uma coisa ou documento.
O direito brasileiro prevê duas espécies de exibição:
a) exibição incidente, prevista nos arts. 355 a 363 e 381/382; 
b) exibição cautelar, regulada nos arts. 844 e 845 do CPC. 
A ação de exibição prevista nos arts. 844 e seguintes, é uma espécie de cautelar por meio da qual o autor visa conhecer e fiscalizar determinada coisa ou documento. 
	A doutrina reconhece três tipos de pedido da exibição:
A exibição como objeto de ação principal autônoma;
A exibição cautelar preparatória;
A exibição incidental probatória.
	Sua finalidade é a constatação de um fato sobre a coisa com interesse probatório futuro ou para ensejar a propositura de outra ação principal.
CABIMENTO: a ação de exibição, cautelar e antecedente, tem cabimento nos casos expostos no art. 844 do CPC.
Tem lugar a exibição cautelar como procedimento preparatório( art. 844):
	I – de coisa móvel em poder de outrem e que o requerente repute sua ou tenha interesse em conhecer;
	II – de documento próprio ou comum, em poder de co-interessado, sócio, condômino, credor ou devedor; ou em poder de terceiro que o tenha em sua guarda como inventariante, testamenteiro, depositário ou administrador de bens alheios;
III – da escrituração comercial por inteiro, balanços e documentos de arquivo, nos casos expressos em lei, como Código Comercial e a Lei de Sociedades Anônimas. Em princípio o exame de livros comerciais fica limitado às transações entre litigantes, mas pode ser total nos casos expressos em lei, como, por exemplo, na liquidação de sociedade. 
PROCEDIMENTO: petição inicial, observando o disposto nos arts. 282 e 801 do CPC, além da observância ao artigo 356 do CPC.
Da produção antetipada de provas
AÇÃO DE PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS (rectius, asseguração de provas) – arts. 846 a 851
CONCEITO: procedimento cautelar destinado à “obtenção preventiva da documentação de estado de fato que possa vir a influir, de futuro, na instrução de alguma ação”.(Pontes de Miranda)
Produção ou asseguração de prova? – Fases do procedimento probatório no processo de conhecimento: proposição, admissão e produção. “O procedimento de instrução preventiva (...) ainda não produz a prova” (Ovídio Baptista), consistindo, essa cautelar, em instrumento destinado a assegurar uma prova que será futuramente produzida no processo principal.
É medida que tem caráter nitidamente cautelar: proteção do direito à prova – tutela de um direito de índole processual (e não substancial).
Cada prova tem o seu momento adequado para produção. O perigo de perecimento, todavia, justifica a sua produção antecipada, quer ao próprio processo, quer ao momento processual próprio se aquele já está instaurado.
CABIMENTO: São três os meios de prova (art. 846 do CPC) cuja produção pode ser assegurada: interrogatório da parte; inquirição de testemunhas; exame pericial.
A produção da prova antecipadamente pode consistir em interrogatório da parte, inquirição de testemunhas e exame pericial. (art. 846)
Art. 847 - Far-se-á o interrogatório da parte ou a inquirição de testemunhas antes da propositura da ação, ou na pendência desta, mas antes da audiência de instrução:
I – se tiver de ausentar-se; ou
II – se por motivo de idade ou de moléstia grave houver justo receio de que, ao tempo da audiência, já não exista ou seja impossibilitada de depor.
PROCEDIMENTO: a medida cautelar de asseguração de prova é sempre antecedente. Se já instaurado o processo principal, cabível será a antecipação da produção da prova no próprio processo, com um adiantamento ou inversão dos atos do procedimento.
Na asseguração de prova material (perícia), deve o requerente fazer constar de sua petição inicial os quesitos a serem respondidos pelo perito e a indicação de seu assistente técnico. O demandado deverá fazer o mesmo, no prazo da resposta.
Uma vez assegurada a prova, caberá ao juiz proferir sentença homologatória. Os autos devem permanecer em cartório, sendo lícito às partes e interessados solicitar as certidões que quiserem (art. 851 do CPC).
O juízo em que se desenvolve a cautelar fica com a sua competência fixada para o processo principal.
Como se trata de medida cautelar não restritiva de direitos, a ela não se aplica o art. 808, II, do CPC.
A necessidade da antecipação da prova tanto pode se dar no curso do próprio processo, ou seja, na fase postulatória, pois algum motivo impede de aguardar a fase instrutória, ou até mesmo antes da existência do processo.
A produção antecipada de prova tem como pressuposto o perigo de desaparecimento do objeto da prova ou de seu perecimento.
É admissível o exame pericialantecipado se houver fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação. ( 849
A legitimidade para requerer a produção antecipada de provas tanto é do autor como do réu ou terceiro interveniente.
Serão intimados para a audiência somente os interessados.
Vejamos:
Art. 848. O requerente justificará sumariamente a necessidade da antecipação e mencionará com precisão os fatos sobre que há de recair a prova.
Parágrafo único. Tratando-se de inquirição de testemunhas, serão intimados os interessados a comparecer à audiência em que prestará o depoimento.
A produção antecipada de prova, como não é medida constritiva de direitos, não está sujeita ao prazo de caducidade do art. 806, não perdendo, pois, sua validade, ainda que a ação principal não seja proposta em trinta dias.
A prova antecipadamente obtida será utilizada no processo principal, e sua valoração será feita pelo juiz, como se tratasse de prova colhida no próprio processo.
Produzida a prova, o juiz proferirá sentença homologatória, não adentrando ao mérito, mas apenas verificando se a prova foi regularmente produzida.
A finalidade da produção antecipada de provas é o:
- registro probante de estado de fato presente,
- influência no teor da sentença do processo principal.
Alimentos provisionais
CONCEITO: são alimentos “que a parte pede para seu sustento e para os gastos processuais, enquanto durar a demanda” (Humberto Theodoro Jr.).
A doutrina entende por alimentos tantos as provisões necessárias à alimentação humana, bem como os bens destinados à satisfação de outras necessidades básicas ao ser humano e que sejam indispensáveis ao convívio social.
Os alimentos são legítimos quando prestados por direito de sangue ou em razão de parentesco; deixados ou prometidos quando prestados em razão de alguma disposição testamentária ou em virtude de convenção. São naturais os alimentos necessários à manutenção da vida, e civis os estabelecidos segundo os haveres e qualidades das pessoas, destinadas a satisfazer outras necessidades elementares.
O conceito de alimentos provisionais deriva da própria natureza da obrigação alimentar e da sua finalidade. Na verdade, os alimentos provisionais são os mesmos alimentos definitivos que se antecipam.
Em conformidade com o art. 852, CPC, é lícito pedir alimentos provisionais: I - nas ações de desquite e de anulação de casamento, desde que estejam separados os cônjuges (a prestação alimentícia devida ao requerente abrange, além do que necessitar para sustento, habitação e vestuário, as despesas para custear a demanda.); II - nas ações de alimentos, desde o despacho da petição inicial; III - nos demais casos expressos em lei.
NATUREZA JURÍDICA: medida sumária satisfativa (segundo ALEXANDRE FREITAS CÂMARA, mesma natureza da antecipação da tutela)
DISTINÇÃO ENTRE ALIMENTOS PROVISÓRIOS E PROVISIONAIS: utiliza-se o procedimento especial da ação de alimentos (PROVISÓRIOS) quando se tem prova já constituída da relação jurídica prejudicial (obrigação alimentar). Caso contrário, utiliza-se o procedimento do CPC (PROVISIONAIS).
O procedimento das ações de alimentos provisionais
Do mesmo modo que nas ações cautelares em geral, o juízo competente para as ações de alimentos provisionais é o da ação principal, onde se deverá dar o reconhecimento definitivo da obrigação alimentar que caiba ao devedor.
Ainda que a causa principal penda de julgamento no tribunal, processar-se-á no primeiro grau de jurisdição o pedido de alimentos provisionais.
Na petição inicial, exporá o requerente as suas necessidades e as possibilidades do alimentante. O requerente poderá pedir que o juiz, ao despachar a petição inicial e sem audiência do requerido, lhe arbitre desde logo uma mensalidade para mantença.
Comporta execução na forma dos arts. 732 a 735 do CPC.
Os alimentos provisionais, preparatórios ou na pendência da ação principal, têm por finalidade prover ao sustento da parte durante a pendência de determinadas ações.
Art. 852 - É licito pedir alimentos provisionais quando a ação principal é:
I – ação de separação judicial (antigo desquite), de anulação de casamento, desde que sejam separados os cônjuges ou se peça a separação de corpos;
II – ação de alimentos, desde o despacho as inicial; e
III – outra ação prevista em lei
Como podemos citar na ação de investigação de paternidade (Lei n. 8.560, de 29-12-1992, art. 7º) e a ação de alimentos de filho havido fora do casamento, nestes casos, a partir da sentença de primeiro grau, se esta lhes for favorável, embora haja recurso.
O pedido de alimentos provisionais processa-se sempre em primeiro grau de jurisdição, ainda que o processo principal já se encontre no Tribunal.
Na petição inicial o requerente exporá as suas necessidades e as possibilidades do alimentante, podendo pedir, liminarmente, o arbitramento de uma mensalidade para sua mantença, que pode ser concedida sem audiência da parte contrária. Com ou sem liminar, o requerido será citado, nos termos do procedimento geral cautelar.
Arrolamento de bens– arts. 855 a 860
CONCEITO: medida cautelar destinada a conservar uma universalidade de bens que se encontre em perigo de extravio ou dissipação, através de sua descrição e depósito.
Incide sobre bens indeterminados ou desconhecidos. Tem nítida natureza cautelar (referibilidade).
O arrolamento cautelar de bens, que não se confunde com o arrolamento espécie de inventário, é a documentação da existência e estado de bens, sempre que houver fundado receio de extravio ou dissipação, com o depósito em mãos de pessoa da confiança do juízo.
Segundo Ovídio Baptista da Silva, caberá arrolamento cautelar de bens sempre que a relação jurídica a ser protegida diga respeito a um direito subjetivo, pretensão ou ação derivados de direito de família ou sucessão, havendo fundado receio de que venha a ocorrer dano iminente e grave aos bens sobre os quais incida a relação jurídica assegurada, inclusive decorrente do extravio ou dissipação dos bens.
Nesse sentido dispõe o art. 855, CPC, "procede-se ao arrolamento sempre que há fundado receio de extravio ou de dissipação de bens."
Pode requerer o arrolamento todo aquele que tem interesse na conservação dos bens. O interesse do requerente pode resultar de direito já constituído ou que deva ser declarado em ação própria. Aos credores só é permitido requerer arrolamento nos casos em que tenha lugar a arrecadação de herança.
Tem-se então, como legitimados ativos para o arrolamento de bens: 
todos os que tenham sobre os bens algum direito ou pretensão real, derivados do direito de família ou do direito hereditário, por serem titulares de direito real, pleno ou limitado, sobre os bens a serem arrolados; 
os credores, mesmo quirografários, da herança.
Já os legitimados passivos serão os possuidores dos bens a serem arrolados, ou seus simples detentores.
CABIMENTO: será cabível o arrolamento sempre que se tenha interesse na conservação de bens indeterminados que componham uma universalidade. Objetiva inventariar e apreender bens compõem essa universalidade. É de abrangência ampla, podendo incidir sobre bens móveis, imóveis e documentos.
O PROCEDIMENTO DA AÇÃO DE ARROLAMENTO DOS BENS
Em conformidade com o art. 857, CPC, na petição inicial exporá o requerente: 
I - 	o seu direito aos bens; 
II - 	os fatos em que funda o receio de extravio ou de dissipação dos bens.
De acordo com o art. 858, CPC, produzidas as provas em justificação prévia, o juiz, convencendo-se de que o interesse do requerente corre sério risco, deferirá a medida, nomeando depositário dos bens. O possuidor ou detentor dos bens será ouvido se a audiência não comprometer a finalidade da medida.
O depositário lavrará auto, descrevendo minuciosamente todos os bens e registrando quaisquer ocorrências que tenham interesse para sua conservação.
Não sendo possível efetuar desde logo o arrolamento ou concluí-lo no dia em que foi iniciado, apor-se-ão selos nas portas da casa ou nosmóveis em que estejam os bens, continuando-se a diligência no dia que for designado.
	Pode requerer o arrolamento todo aquele que tem interesse na conservação dos bens de maneira global, podendo ser medida preparatória de outra cautelar, como, por exemplo, o seqüestro ou medidas de conservação. O credor, que, de regra, não tem interesse global sobre os bens, só pode requerer o arrolamento nos casos em que tenha lugar a arrecadação de herança, seja porque é jacente, seja porque se decretou a insolvência do espólio do devedor.
	O arrolamento tem por objetivo a conservação de bens que corram risco de extravio ou de dilapidação, frustrando, portanto, o cumprimento de determinada obrigação. Tem ampla aplicação, no direito de família, onde nos casos de partilha ( divórcio ) bem como no direito sucessório. 
	Os pressupostos para a concessão da medida cautelar de arrolamento de bens são o fundado receio de que os bens sejam extraviados ou dissipados e o interesse do requerente na conservação desses mesmos bens, que advém da aparência do bom direito. 
	Poderá requerer o arrolamento todo aquele que tiver genérico interesse na conservação dos bens. ( art. 856) 
	Art. 857 - Na petição inicial, o requerente exporá:
	I – o seu direito aos bens; e 
	II – os fatos em funda o receio de extravio ou de dissipação.
	Produzidas as provas em justificação prévia, o juiz, convencendo-se de que o interesse do requerente corre sério risco, deferirá a medida nomeando depositário dos bens. O possuidor ou detentor dos bens será ouvido se a audiência não comprometer a finalidade da medida.
	O depositário lavrará auto descrevendo minuciosamente todos os bens e registrando qualquer ocorrência que tenha interesse para sua conservação.
Art. 858. Produzidas as provas em justificação prévia, o juiz, convencendo-se de que o interesse do requerente corre sério risco, deferirá a medida, nomeando depositário dos bens.
Parágrafo único. O possuidor ou detentor dos bens será ouvido se a audiência não comprometer a finalidade da medida.
Art. 859. O depositário lavrará auto, descrevendo minuciosamente todos os bens e registrando quaisquer ocorrências que tenham interesse para sua conservação.
Art. 860. Não sendo possível efetuar desde logo o arrolamento ou concluí-lo no dia em que foi iniciado, apor-se-ão selos nas portas da casa ou nos móveis em que estejam os bens, continuando-se a diligência no dia que for designado.
	O arrolamento tem uma finalidade documental, mas também pode ser constritivo em face do possuidor ou detentor, daí estar sujeito ao prazo de caducidade do art. 806. Se o arrolamento não tiver efeito constritivo, porque é suficiente a descrição dos bens para evitar sua dissipação, deixa ele de restringir direitos e, portanto, não fica sujeito ao mesmo prazo.
JUSTIFICAÇÃO – arts. 861 a 866
CONCEITO: “Justificação é processo autônomo de coleta avulsa de prova testemunhal, utilizável em processo futuro, mas não necessariamente destinada a esse fim”.(HUMBERTO THEODORO Jr.)[1: ]
Não se trata de medida cautelar, porquanto (i) desprovida de referibilidade e (ii) ausente o requisito do periculum in mora.
A justificação tem por finalidade a constituição de um documento para servir de prova para futuro processo. ( art. 861).
	Pode ter um como objeto um fato ou uma relação jurídica. 
	É bastante utilizada para comprovar tempo de serviço, e também para assento de óbito quando não é possível encontrar o cadáver de pessoa desaparecida.
Esta medida não é tipicamente cautelar porque a sua finalidade é a de constituição de prova sem que haja a vinculação necessária a um processo principal.
	A medida não tem caráter contencioso, pois o juiz não irá julgar e sim proferir despacho visando documentar os fatos. 
	A justificação consiste na oitiva de testemunhas, que podem ser contraditadas e reinquiridas pelos interessados, e se o requerente juntar documentos, o interessado deverá se manifestar sobre estes.
	A justificação é medida de jurisdição voluntária e seu material será utilizado em processo posterior. 
	
CABIMENTO: é cabível a justificação toda vez que alguém tiver interesse em demonstrar, através de prova testemunhal, a existência de um fato ou de uma relação jurídica.
Exemplos de utilização do instituto, segundo doutrina de HUMBERTO THEODORO JR: a) Justificar a existência de união estável; b) Prova junto a órgãos da Previdência Social; c) Justificar, o servidor público, fatos relativos a sua vida funcional, para suprir deficiências e lacunas dos registros das repartições; d) Justificar a autoria de obra intelectual criada sob regime de anonimato.
A justificação deve ser sempre antecendente.
COMPETÊNCIA: segue a regra geral aplicável ao processo cautelar.
Trata-se de procedimento unilateral, sem direito a defesa ou recurso (Humberto Theodoro Junior) 
PROCEDIMENTO: petição inicial, contendo a discriminação pormenorizada dos fatos a provar, bem como o rol das testemunhas a inquirir. Citação dos interessados na demanda (contra quem a prova seja oponível). Designação da audiência de inquirição das testemunhas. Sentença, julgando a homologação, dizendo se foi justificada ou não a existência do ato ou relação jurídica. Entrega dos autos ao promovente, 48 horas após a publicação da sentença. 
No processo de justificação, não se admite defesa, contrariedade ou mesmo legais.
	O juiz, a final, a julga por sentença, que não se pronuncia sobre o mérito da causa, limitando-se a verificar se foram observadas as formalidades legais.
 	Encerra a justificação, os autos serão entregues ao requerente independentemente de traslado, decorridas 48horas da decisão.
DO ATENTADO – arts. 879 a 881
CONCEITO: “Atentado é a criação de situação nova ou mudança de status quo, pendente a lide, lesiva a parte e sem razão de direito”. (Humberto Theodoro).
Ocorrendo alteração no estado de fato, decorrente de ato ilícito de uma das partes, surge o atentado.
O objetivo é o de recompor a situação alterada por uma das partes, que praticou ato atentatório. 
	Em outras palavras, uma das partes altera a situação de fato, podendo induzir em erro o juiz, assim, cabe a outra, por meio do atentado reverter a situação pelo outro alterada. 
REQUISITOS: a) pendência de processo; b) inovação no estado de fato inicial; c) ilegalidade da inovação; d) prejuízo para o interesse da outra parte.
Para que haja atentado, é necessário que se preencham alguns pressupostos:
a situação criada há de ser nova e ilícita,
a alteração deve ter havido concomitantemente a um processo em curso, mesmo em fase de recurso ou de execução,
deve haver lesão à parte adversa e possibilidade de o juiz ser induzido em erro. 
O atentado é sempre incidental, e será autuado em apenso.
A competência é do juízo de primeira instância, que conheceu a ação principal, ainda que se encontre em fase recursal ( art. 880-P. Único). 
SENTENÇA e EXECUÇÃO: São efeitos da sentença de procedência da ação de atentado:a) reconhecimento da inovação ilícita no estado de fato cometida pelo demandado; b) ordem de restabelecimento do estado anterior; c) suspensão da causa principal ( o que não deve ocorrer quando beneficiar o perpetrador do atentado); d) proibição do demandado falar nos autos do processo principal até a purgação do atentado; e) imposição do ônus da sucumbência; f) se for o caso, condenação do demandado a ressarcir os prejuízos sofridos pelo demandante.
 A sentença, normalmente é mandamental e executiva, será emanado uma ordem determinando sua imediata prática para combater o atentado. 
PROTESTOS, NOTIFICAÇÕES E INTERPELAÇÕES – arts. 867 a 873
O protesto, a notificação e a interpelação são procedimentos não contenciosos, meramente conservativos de direito. São procedimentos de jurisdição voluntária e não cautelares (inexistência de referibilidade e periculum in mora) 
Os protestos, notificações e interpelações são manifestações formais de comunicação de vontade, a fim de prevenir responsabilidades e eliminara possibilidade futura de alegação de ignorância. São procedimentos sem ação e sem processo.
	Tais manifestações formais não têm caráter constritivo de direitos (não se aplica, pois, o art. 806), apenas tornando público que alguém fez determinada manifestação. Elas não têm outra conseqüência jurídica a não ser o conhecimento incontestável da manifestação de alguém. Se essa, manifestação tem relevância, ou não, será decidido no processo competente, se houver.
	A notificação judicialmente feita, na forma dos arts. 867 e s. do Código de Processo Civil, tem por efeito, também, a interrupção da prescrição (CC, art. 172, II) e a constituição do devedor em mora nas obrigações sem prazo assinado (CC, art. 960, segunda parte). 	
	Então aquele que quiser prevenir responsabilidade, prover a conservação e ressalva de seus direitos, ou manifestar qualquer intenção de modo formal, poderá fazer protesto por escrito, em petição dirigida ao juiz, e requerer que do mesmo se intime a quem de direito (art. 867).
PROTESTO - CONCEITO: “É o protesto (...) ato judicial de comprovação ou documentação da intenção do promovente”. (Humberto Theodoro) 
FINALIDADE: a) prevenir responsabilidade (engenheiro que notifica construtor que não está seguindo o projeto); b) prover conservação de direitos; c) prover ressalva de direitos (protesto contra alienação de bem que poderá reduzir o devedor ao estado de insolvência) 
NOTIFICAÇÃO- CONCEITO: “Consiste a notificação (...) na cientificação que se faz a outrem conclamando-o a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, sob cominação de pena”. (Humberto Theodoro Jr.)
Ex. Notificação do locatário para desocupar prédio alugado. 
INTERPELAÇÃO - CONCEITO: “A interpelação tem o fim específico de servir ao credor para fazer conhecer ao devedor a exigência de cumprimento de obrigação, sob pena de ficar constituído em mora”. (Humberto Theodoro Jr.) 
PROCEDIMENTO: Deve o requerente demonstrar interesse em manejar a medida e a sua não nocividade. Não comporta defesa ou contraprotesto nos mesmos autos. Segundo entendimento doutrinário, a lei permite o protesto, em outros autos, daquele que foi atingido por protesto. 
 
Os protestos, notificações e interpelações são manifestações formais de comunicação de vontade, a fim de prevenir responsabilidades e eliminar a possibilidade futura de alegação de ignorância. São procedimentos sem ação e sem processo.
	Tais manifestações formais não têm caráter constritivo de direitos (não se aplica, pois, o art. 806), apenas tornando público que alguém fez determinada manifestação. Elas não têm outra conseqüência jurídica a não ser o conhecimento incontestável da manifestação de alguém. Se essa, manifestação tem relevância, ou não, será decidido no processo competente, se houver.
	A notificação judicialmente feita, na forma dos arts. 867 e s. do Código de Processo Civil, tem por efeito, também, a interrupção da prescrição (CC, art. 172, II) e a constituição do devedor em mora nas obrigações sem prazo assinado (CC, art. 960, segunda parte). 	
	Então aquele que quiser prevenir responsabilidade, prover a conservação e ressalva de seus direitos, ou manifestar qualquer intenção de modo formal, poderá fazer protesto por escrito, em petição dirigida ao juiz, e requerer que do mesmo se intime a quem de direito (art. 867).
	Na petição o requerente exporá os fatos e os fundamentos do protesto, podendo o juiz indeferi-lo quanto o requerente não demonstrar legitimo interesse e o protesto, dando causa a dúvidas ou incertezas, possa impedir em virtude da dúvida, a formação de contrato ou a realização de negócio lícito.
	Se a pessoa contra a qual se formulada o protesto não for encontrada para recebê-lo pessoalmente, far-se-á a intimação por editais, ou também se a demora da intimação pessoal puder prejudicar os efeitos da interpelação ou do protesto e, finalmente, se for para conhecimento do público em geral e a publicidade seja essencial a que ele alcance os seus fins.
	Se o protesto é especificamente contra a alienação de bens, o juiz pode ouvir em três dias aquele contra quem foi dirigido, desde que lhe pareça haver no pedido ato emulativo, tentativa de extorsão, ou qualquer fim ilícito, decidindo, em seguida, sobre o pedido de publicação de editais. Independentemente da iniciativa do juiz de mandar ouvir o interessado, como se disse, pode este ingressar nos autos e apresentar suas razões.
	Feita a intimação, ordenará o juiz que, pagas as custas e decorridas 48 horas, sejam ao autos entregues à parte independentemente de traslado.
	Havendo impugnação ao protesto, da dedicação do juiz que o defere ou indefere cabe apelação sem efeito suspensivo (art. 520, IV).

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