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Aula 05 Impostos Municipais

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5- IMPOSTOS MUNICIPAIS
IPTU – IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA
(Art. 156, I, CF/88 e Arts. 32 a 34 do CTN)
Função: é imposto tipicamente fiscal. Seu objetivo primordial é a obtenção de recursos financeiros para os Municípios.
Sujeito Ativo (Art. 156, I, CF/88): Municípios.
Sujeito Passivo: a sujeição passiva abrange aquele que detém qualquer direito de gozo relativamente ao bem imóvel:
Proprietário;
Titular do domínio útil;
Possuidor (ad usucapionem): no âmbito da posse, o sujeito passivo do IPTU será aquele que puder, de alguma forma, se apresentar com o animus domini de um proprietário, tendo como sua a coisa possuída e exteriorizando a vontade de agir como habitualmente faz o dono. A posse que enseja à tributação do IPTU é aquela que, em situações excepcionais, detém configuração jurídica de título próprio, investindo o possuidor da indumentária de proprietário;
Os sujeitos passivos do IPTU são o proprietário, o titular do domínio útil (enfiteuta ou usufrutuário) e o possuidor (ad usucapionem).
- OBS. – Locatário, Comodatário e Usufrutuário: o locatário e o comodatário jamais poderão figurar como contribuintes do IPTU, por não exercerem o animus domini e possuírem o imóvel como simples detentores da coisa alheia. O locatário, sendo mero detentor da coisa alheia, não é parte legítima, no plano processual, para impugnar o lançamento do IPTU, faltando-lhe legitimidade ativa. Esse raciocínio se aplica ao comodatário, por ser possuidor e não, desta forma, contribuinte do IPTU do imóvel que ocupa. Por outro lado, por força do que dispõe o Art. 34 do CTN, cabe ao titular do domínio útil (enfiteuta, por exemplo) o pagamento do IPTU. Nesse rumo, é possível também assegurar que a jurisprudência do STJ consagrou o usufrutuário como contribuinte do IPTU.
Fato Gerador (Art. 32 do CTN):
A propriedade: como sendo o direito de utilizar (usar – jus utendi), usufruir (gozar – jus fruendi) e dispor (jus abutendi) de algum bem. Também implica o direito de reaver (rei vindicatio) este bem caso alguém o tome ou possua indevidamente;
Domínio útil: significa usufruir da coisa alheia como se fosse própria, pagando-se ao proprietário um valor determinado (como na enfiteuse);
Posse: quando alguém age como se fosse titular do domínio útil, portanto, aquela posse caracterizada como ad usucapionem (possibilidade de aquisição do domínio ou propriedade pela usucapião);
O conceito de bem imóvel por natureza ou acessão física encontra-se previsto no Art. 79, CC.
Conceitos de zona urbana: deve ser extraído dos dispositivos constantes na lei ordinária municipal, devendo conter, pelo menos, os melhoramentos previstos em dois incisos do Art. 32 do CTN.
Elementos do Fato Gerador:
Espacial: território urbano do município;
Temporal: anual;
Base de Cálculo (Art. 33 do CTN): a base de cálculo será o valor venal do bem imóvel, não se considerando o valor dos bens móveis mantidos em caráter permanente ou temporário no imóvel. O valor venal corresponde à soma do valor do terreno com o valor da construção, sendo o preço à vista que o imóvel alcançaria se colocado à venda em condições normais no mercado imobiliário. Trata-se, portanto, do preço de mercado.
Alíquotas (Arts. 156, §1º, I e II, e 182, §4º, II, da CF): a CF admite a progressividade do IPTU. A lei ordinária municipal tem que prever essa progressividade, sob pena de nítida afronta ao princípio da Legalidade.
A progressividade é uma técnica de incidência de alíquotas, com estipulação de grandezas diferenciadas, a fim de que se promova a justiça fiscal. Pode ser entendida como a tentativa de onerar mais gravosamente quem tem maior riqueza tributável. Permite-se tratar diferentemente os contribuintes desiguais e igualmente os iguais realizando o princípio da isonomia tributária.
As alíquotas irão variar em razão dos seguintes critérios: localização, valor, uso e função social.
- IPTU Progressivo (EC nº 29/2000 e Súmula nº 668 do STF): atualmente, o IPTU pode receber alíquotas progressivas em razão do valor do imóvel, bem como quanto ao uso, localização e função social. Contudo, essa autorização somente surgiu após o advento da EC nº 29/2000 e, somente a partir daí, as alíquotas do IPTU poderão variar em razão desse critério (antes da EC nº 29/2000, só variava em razão da função social da propriedade).
	Antes da EC nº 29/00
	Após a EC nº 29/00
	As alíquotas variam em razão da função social da propriedade. Se não houvesse o aproveitamento adequado da propriedade cobrava-se o imposto progressivo
	
As alíquotas variam em razão da localização, valor, uso e função social da propriedade.
	Não havia outros critérios, apenas o critério da Função Social. As alíquotas do imposto crescem em função do tempo durante o qual o contribuinte se mantém em desobediência ao plano de urbanização da cidade.
	
Passou a utilizar o critério pessoal, alargando a base progressiva do IPTU.
Alguns doutrinadores consideram que o critério localização/valor/uso é inconstitucional vez que o STF considera o IPTU como sendo imposto real. Quando a EC nº 29/2000 trouxe as inovações ao Art. 156, estava usando o legislador de critérios pessoais contrariando a natureza real atribuída ao IPTU pelo STF.
Quantidade de Imóveis (Súmula nº 589 do STF): não há autorização constitucional para aplicar adicionais ao IPTU em razão do número de imóveis de um mesmo proprietário.
Imunidade Recíproca (Art. 150, §3º, da CF): a imunidade recíproca deixará de ser aplicável quando os imóveis imunes são objeto de compromisso irrevogável e irretratável de compra e venda.
Responsabilidade Tributária do adquirente (Art. 130 do CTN): os créditos relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou as posse de bens imóveis (IPTU e ITR), as taxas de serviço (Taxa de Lixo e Esgoto, por exemplo) e Contribuições de Melhoria (por exemplo, Obra de Pavimentação Asfáltica) podem ser exigidos do adquirente do bem, em nítida sub-rogação pessoal.
Atualização do valor monetário do IPTU (Art. 97, §2º do CTN e Súmula nº 160 do STJ): a simples atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo, com índices oficiais de correção monetária, não implica majoração do tributo, podendo ser feita por ato infralegal – decreto municipal, por exemplo –, nos termos do Art. 97, §2º, do CTN. Todavia, se o decreto se exceder em relação aos índices oficiais, veiculando aumento sob a capa de uma atualização, o excesso, e só ele, será declarado indevido, por violar o Princípio da Legalidade Tributária.
ITBI – IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO INTER VIVOS, A QUALQUER TÍTULO POR ATO ONEROSO, DE BENS IMÓVEIS, POR NATUREZA OU ACESSÃO FÍSICA, E DE DIREITO REAIS SOBRE IMÓVEIS, EXCETO OS DE GARANTIA, BEM COMO CESSÃO DE DIREITOS A SUA AQUISIÇÃO
(Arts. 35 a 42 do CTN; Art. 156, II, da CF)
- Conceito: o conceito do ITBI é fracionável, para fins didáticos:
Imposto sobre a transmissão: transmissão é a passagem jurídica da propriedade de bens ou direitos de uma pessoa a outra;
Inter vivos: “entre pessoas vivas”. Logo, está excluída do campo de incidência deste imposto a transmissão por herança (o ITCMD é de competência dos Estados);
A qualquer título: tem o intuito de tornar o ITBI o mais abrangente possível, não o restringindo apenas às operações de compra e venda de imóveis, mas alcançando qualquer forma de transmissão onerosa de bens imóveis e de direitos reais.
- Modos de Aquisição Originária da Propriedade: o ITBI não incide sobre os modos de aquisição originária da propriedade – usucapião, desapropriação e ocupação. Assim, somente os modos derivados de aquisição da propriedade têm interesse para o Fisco quanto à tributação.
- Partilha de Bens: se o patrimônio for dividido na metade, não incide o ITBI, porque terá havido, tão somente, a partilha de bens (meação). Todavia, se por conveniência dos envolvidos, um deles ficar com uma parte do patrimônioimobiliário que corresponda a mais da metade que lhe caberia, há nítida transmissão da propriedade. Assim, o excesso da meação é que gera a tributação. Se o excesso da meação for oneroso, incidirá o ITBI e, se gratuito, incidirá o ITCMD;
Ato oneroso: é o que impõe ônus, que envolve gravame;
Por natureza: são o solo com a sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo (Art. 79 do CC);
Por acessão física: é tudo quanto o homem incorpora permanentemente ao solo (como a semente lançada à terra, os edifícios e construções), de modo que não se possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano;
- Promessa de Compra e Venda: a promessa particular de compra e venda, como contrato preliminar à escritura pública, não é alvo de incidência do ITBI.
- Sujeito Ativo (Art. 156, II, da CF): não obstante o Art. 35 do CTN disponha que o ITBI é de competência do Estado-membro, estipula a Constituição Federal (Art. 156, II, da CF) que o ITBI é de competência do Município da situação do bem. Portanto, o artigo 35 do CTN está derrogado (não foi recepcionado).
- Sujeito Passivo (Art. 42 do CTN): qualquer das partes da operação tributária de transmissão de bem imóvel, podendo ser o transmitente ou o adquirente, nos termos da lei.
- Fato Gerador (Art. 35 do CTN): a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direito reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição.
- Elementos do Fato Gerador: 
Espacial: município de situação do bem (Arts. 156, II e § 2º, II, da CF);
Temporal: é o momento da transmissão ou da cessão (Art. 156, II, da CF e Art. 35 do CTN);
- Incidência: o ITBI incide sobre:
Bens imóveis por natureza;
Bens imóveis por acessão física;
Direitos reais sobre bens imóveis (enfiteuse, servidão predial, habitação, uso e usufruto);
Cessão de direitos – será FG do ITBI quando possuir o timbre de transmissão de propriedade, com a efetiva translação jurídica da propriedade do bem.
- Não Incidência: o ITBI não incide:
Sobre direitos reais de garantia (anticrese e hipoteca), porque não há a transmissão de fato;
Sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital (incorporação ou integralização).
- Desincorporação: na desincorporação de um imóvel, não haverá a incidência do ITBI, desde que o imóvel retorne para o mesmo sócio que originalmente o integralizou. Se o imóvel passar à propriedade de outro sócio, haverá a incidência do ITBI;
Sobre a transmissão de bens e direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão, transformação ou extinção de pessoa jurídica;
- Base de Cálculo (Art. 38 do CTN): é o valor venal dos bens imóveis transmitidos ou direitos reais cedidos. Valor venal de um bem é aquele determinado pelas condições de mercado, enquanto preço é um critério que pode ser livremente pactuado entre as partes.
- Alíquotas: são alíquotas proporcionais, estabelecidas em lei municipal, sendo vedado estabelecer sua progressividade, por não haver expressa previsão constitucional. Assim, é inconstitucional a lei do município que aplique alíquotas progressivas ao ITBI, uma vez que a progressividade só pode servir aos impostos pessoais, salvo quando a própria CF, excepcionalmente, autorizar (a exemplo do IPTU).
- Progressividade e Proporcionalidade: a progressividade pode ser entendida como a tentativa de onerar mais gravosamente quem tem maior riqueza tributável. Não se confunde com proporcionalidade, segundo a qual se atribui alíquotas idênticas a casos semelhantes, não se realizando a justiça fiscal.
Para tributos reais aplica-se alíquota proporcional, com percentual único. Para tributos pessoais, por outro lado, aplica-se alíquota progressiva, com percentual variado (degraus).
- Direitos Reais sobre Imóveis (Súmula nº 326 do STF): se considerarmos que o usufrutuário é contribuinte do IPTU, poderemos entender que haverá a incidência do ITBI na cessão de direitos relativa ao usufruto. Da mesma forma, será legítima a incidência do ITBI sobre a transferência do domínio útil.
- Imunidades (Art. 156, §2º, I, da CF): o ITBI não incide: (i) sobre direitos reais de garantia (anticrese e hipoteca); (ii) sobre a transmissão de bens e direitos decorrentes de fusão, incorporação, extinção, cisão e transformação da pessoa jurídica; (iii) sobre a transmissão de bens incorporados ao patrimônio da pessoa jurídica, salvo se a atividade preponderante da adquirente for a compra e venda de imóveis, o arrendamento mercantil e a locação.
Segundo o Art. 37, §1º, do CTN, a preponderância existe se a atividade representar mais de 50% da receita operacional nos dois anos anteriores e nos dois subseqüentes.
ISS – IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA
(Art. 156, III, da CF/88; e LC nº 116/2003)
- Função: é predominantemente fiscal, embora muitos municípios deixem de arrecadá-lo por falta de estrutura administrativa.
- Sujeito Ativo (Art. 156, III, da CF): municípios.
- Sujeito Passivo (Art. 5º da LC nº 116/2003): o prestador de serviço, empresa ou profissional autônomo com ou sem estabelecimento fixo.
- Não serão considerados contribuintes (Art. 2º, II, da LC nº 116/2003):
Os que prestam serviços em relação de emprego;
Os trabalhadores avulsos;
Os diretores e membros de Conselho Consultivo ou Fiscal de Sociedades;
- Fato Gerador: caracteriza-se pela efetiva prestação remunerada de serviços a terceiros; é a prestação, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviços de qualquer natureza (enumerados pela Lei Complementar nº 116/2003), desde que tais serviços não estejam compreendidos na competência dos Estados (ICMS). Observada a lei complementar da União, inclusive quanto à lista de serviços, os Municípios podem instituir o ISS descrevendo o seu fato gerador em lei ordinária municipal.
- Não estão compreendidas no FG do ISS:
A prestação de serviço a si próprio;
A prestação de serviço decorrente de vínculo empregatício;
A prestação de serviço por prestadores de trabalho avulso e por sócios ou administradores de Sociedade;
A prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (incidência do ICMS);
A prestação de serviços para o exterior;
A prestação de serviços pelo próprio poder público;
- Serviços: são definidos por lei complementar, por expressa disposição constitucional, que deverá excluir do âmbito do ISS (competência municipal) os serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações – afetos ao ICMS (de competência estadual, conforme o Art. 155, II, da CF/88).
Assim, os serviços tributáveis pelo ISS são apenas aqueles indicados na lista anexa à LC nº 116/2003. O entendimento majoritário na doutrina e na jurisprudência é o de que a lista da LC nº 116/2003 contém relação taxativa de serviços sujeitos ao ISS, de modo que, para incluir novo serviço, deverá haver nova lei complementar. Portanto, o município está livre para reduzir o número de serviços, mas não tem autorização para ampliar.
- Obrigação de Dar e de Fazer (Súmula Vinculante nº 31): pela natureza do ISS, deverá ele recair tão somente sobre as obrigações de fazer. Desse modo, ainda que esteja prevista no rol a locação de bens móveis, sobre tal não haverá incidência do ISS, uma vez tratar-se de obrigação de dar.
- Base de Cálculo (Art. 7º da Lei nº 116/2003): é o preço do serviço. A base de cálculo do ISS, para as empresas, é o preço do serviço prestado. Já no caso do trabalho pessoal do contribuinte, o imposto normalmente é fixo e determinado de acordo com a atividade desenvolvida.
Se não puder aferir o valor correspondente (como nos casos de serviços prestados por advogados) calcular-se-á o tributo a partir de um único valor pago periodicamente (ISSfixo).
Roque Antonio Carrazza sustenta a inconstitucionalidade do ISS fixo, uma vez que, despido este de preocupação com as condições pessoais do contribuinte, violaria o Princípio da Capacidade Contributiva.
- Alíquota: a tributação do ISS é fixa ou proporcional, de acordo com as características do sujeito passivo. A tributação fixa refere-se a um único valor pago periodicamente pelos profissionais liberais que executam serviços pessoais. A tributação proporcional, por sua vez, está adstrita à aplicação de uma alíquota sobre o movimento econômico das empresas que prestam serviços.
Os municípios possuem autonomia para fixar as alíquotas, por meio de suas leis ordinárias municipais, respeitados os limites que devem ser fixados em lei complementar. Enquanto não for editada a lei complementar (Art. 156, §3º, I, da CF/88), em regra, a alíquota mínima será de 2%, nos termos do artigo 88 do ADCT, devendo ser respeitado o Princípio da Anterioridade. A alíquota máxima é de 5% nos termos do Art. 8º da Lei Complementar nº 116/2003.
- Local da Prestação de Serviços: o Art. 3º, caput, da LC nº 116/2003 trouxe uma regra geral segundo a qual o sujeito ativo do ISS é o município do estabelecimento do prestador de serviços (ou, na falta de estabelecimento, o do domicílio do prestador). Portanto, o local da prestação dos serviços é o estabelecimento do prestador, não importando onde o serviço será prestado.
- Exceções: todavia, no próprio Art. 3º, foram destacadas algumas hipóteses admitindo, como exceção, o local da prestação do serviço como o município em que ocorre a efetiva prestação:
Instalação de andaimes;
Execução de obras (construção civil, elétrica ou hidráulica, obras de engenharia, arquitetura e urbanismo);
Demolições e edificações em geral;
Varrição, coleta, remoção, incineração, reciclagem, separação e destinação final do lixo;
Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, jardins, parques, chaminés e congêneres;
Decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores;
Controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos;
Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres;
Escoramento e contenção de encostas;
Limpeza e dragagem (rios, portos, lagos, canais, represas, açudes e congêneres);
Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie;
Diversão, lazer, entretenimento e congêneres;
 Feira, exposição, congresso ou congênere;
Porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário e metroviário;

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