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DOENÇAS EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA Caso clínico Caso clínico Paciente JMC, 6 anos de idade, apresenta-se ao ambulatório de infectologia do HTCG no dia 16/10/2016, acompanhado da sua mãe. A mãe relata febre de 39,1ºC há 12h, além de dor de cabeça, dor na garganta e abdômen. Afirma ainda que entrou em contato com um amigo da escola, em uma comemoração do dia das crianças, o qual apresentava o mesmo quadro clínico a cerca de 4 dias. Caso clínico Ao exame físico, notou-se um exantema puntiforme confluente, distribuído difusamente no tórax, áspero ao tato, de rápida evolução crânio- caudal, associado a palidez perioral, lesões acentuadas nas dobras cutâneas, descamação em placas, língua com aspecto de “framboesa” e petéquias no palato mole. Além disso, o exantema desaparece à digito pressão. A palpação cervical evidenciou adenomegalia. E aí? Já sabe? DOENÇAS EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA Discussão Introdução É um dos quadros mais comuns Erupção cutânea Aspecto Associação ou não com prurido, descamação, lesões bolhosas e crosta. Causas → doenças infeciosas, reações medicamentosas, doenças autoimunes e neoplasias Febre + exantema que tem agente infeccioso como agente etiológico→ 72% por vírus. Autolimitadas Anamnese 1. IDADE 2. ESTAÇÃO DO ANO/ SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 3. ANAMNESE a) ATECEDENTES: b) PERÍODO PRODRÔMICO c) EXANTEMA 4. EXAME FÍSICO a) EXANTEMA b) SINAIS ASSOCIADOS 5. EXAMES LABORATORIAIS Características clínicas e Epidemiológicas Características clínicas e Epidemiológicas Características clínicas e Epidemiológicas Características clínicas e Epidemiológicas Período prodrômico Intervalo entre as primeiras manifestações e o início do exantema Descrição detalhada das manifestações Evolução da febre Sarampo: manifestações respiratórias (tosse seca) Enterovírus: manifestações neurológicas (encefalite cerebral) Rubéola e varicela: não possuem período prodrômico O Exantema Importância de uma anamnese com: Descrição do exantema Lesões associadas Locais de origem Distribuição Associação com dor, descamação ou prurido Características da lesão elementar do exantema Mácula Lesão plana, não palpável e circunscrita Pápula Lesão firme e elevada, palpável, com bordas nítidas e diâmetro <1,0cm Placa Lesão achatada, palpável, com diâmetro >1,0cm Vesícula Lesão papular preenchida por líquido claro, com <1,0cm de diâmetro Pústula Elevação papular, semelhante à vesícula, com conteúdo purulento, de até 1,0cm de diâmetro Petéquia Lesão hemorrágica, que não desaparece à pressão, não maior que poucos milímetros Púrpura Lesão hemorrágica, que não desaparece à pressão, >1,0cm Características Anamnese Questionar local de origem Sentido e velocidade de progressão Exantema súbito: início no tronco Rubéola: início na face e seguindo caudalmente Presença de prurido (varicela, escabiose, urticária, estrófulo, reação medicamentosa ou dermatite atópica) ou ausência (sarampo) Figura 1 Exantema da rubéola Figura 2 Lesões exantemáticas em face no sarampo Exame Físico Descrição e distribuição da lesão Varicela: distribuição centrífuga Varíola: distribuição centrípeta Sarampo e exantema súbito: não há lesões na região palmo-plantar Digitopressão: desaparecem (Kawasaki ou escarlatina) ou não (meningococcemia) Figura 3 Lesão purpúrica causada por meningococcemia Exame Físico Característica Doença Manchas de Koplik (enantema esbranquiçado na mucosa jugal, próximo ao segundo molar) Sarampo e conjutivites Petéquias no palato mole (manchas de Forchhemeier) Mononucleose infecciosa, rubéola e escarlatina Pele em textura de lixa, associada à palidez perioral (sinal de Filatov), acentuação do exantema em regiões de dobras (sinal de Pastia) e “língua em framboesa” Escarlatina Aspecto de “bochecha esbofeteada” Eritema infeccioso Polimorfismo de lesões Varicela Exame Físico Característica Doença Lesões de aspecto em alvo na região palmo-plantar Enterovírus (síndrome mão-pé-boca) Adenomegalia cervical Rubéola, mononucleose e escarlatina Artrite ou artralgia Rubéola (adultos) Hepato/esplenomegalia Mononucleose , hepatites virais, rubéola e varicela. Exames laboratoriais Exames laboratoriais Hipótese diagnóstica ESCARLATINA Quais os exames laboratoriais foram solicitados? Exames complementares
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