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Slide Meio Ambiente

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(MEIO) AMBIENTE
Conceito e classificação; Novos paradigmas das políticas públicas; Ambiente e exclusão social
Bibliografia
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. São Paulo: Atlas.
SOARES, Guido Fernando Silva. Direito internacional do meio ambiente: emergência, obrigações e responsabilidades. São Paulo: Atlas. 
MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. São Paulo: RT.
SILVA, Américo Luís Martins da. Direito do meio ambiente e dos recursos naturais. São Paulo: Revista dos Tribunais
Conceito de (Meio) Ambiente
Conceito (Houaiss): 
Algo que “rodeia ou envolve por todos os lados, constituindo-se o meio em que se vive”; 
“Conjunto de condições materiais, culturais, psicológicas e morais que envolvem uma ou mais pessoas”.
“Meio” e “Ambiente”: expressam a idéia de envoltório, entorno (Paulo Affonso Leme Machado)
Conceito de (Meio) Ambiente
José Afonso da Silva
Usa-se a expressão “meio ambiente” para reforçar as palavras que sozinhas tenham se enfraquecido. 
O legislador que alcançar a maior precisão significativa possível.
Édis Milaré (conceito jurídico)
Estrito: A expressão do patrimônio natural e as relações com e entre os seres vivos (exclui tudo o que não for natural).
Amplo: abrange o meio ambiente natural (ou físico) e o meio ambiente artificial (ou humano).
Conceito de (Meio) Ambiente
Conceito Legal (Lei de Política Nacional do Meio Ambiente - n° 6.938/81, art. 3°, I)
Meio Ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
Crítica
Definição incompleta por deixar de fora de seu âmbito o aspecto humano, ou seja, deixar de fora do conceito de ambiente o próprio homem.
Vertentes do meio ambiente
A divisão do ambiente é puramente didática, pois o ambiente é um só.
Natural
Constituído pelo solo, água, flora, fauna, e ar atmosférico, ou seja, todos os elementos que possibilitam a vida animal.
Artificial
Espaço urbano construído, formado pelo espaço urbano fechado (conjunto de edificações) e pelo espaço urbano aberto (equipamentos públicos), tomando-se o adjetivo “urbano” como todos os espaços habitáveis e não como contraponto ao que é rural.
Cultural
Relaciona-se com as expressões do intelecto humano, mormente às relacionadas à história e memória de uma sociedade.
Do Trabalho
Decorrência teórica dos Direitos Fundamentais de 2ª Geração, que visavam preservar as condições humanas em sociedade (direitos sociais), consistindo numa forma de resguardar a saúde físico-psíquica do ser humano nas suas relações laborais.
CRFB/88, art. 200, VIII: “ao sistema único de saúde compete (...) colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
STJ, Conflito de competência nº 16.243/SP: “complexo de bens de uma empresa, objeto de direitos relativos à saúde e integridade física dos trabalhadores, de competência da Justiça Estadual”.
Conceitos
Biosfera
Conjunto de regiões do planeta que possibilitam a existência permanente dos seres vivos. Subdividida em:
Litosfera: camada mais superficial sólida da Terra, constituída de rochas e solo, acima do nível das águas.
Hidrosfera: representada pelo ambiente líquido (rios, lagos e oceanos). A maior parte da água está no mar (97%) e os 3% restantes são constituídos por água doce (a maior parte em geleiras).
Atmosfera: camada gasosa que circunda a superfície da Terra.
Ecossistema
Unidade de natureza ativa que combina comunidades bióticas (componentes vivos com plantas, animais e microorganismos) e componentes abióticos (formados de componentes não vivos químicos e físicos como água, ar, nutrientes, luz solar, temperatura, precipitação, etc) com os quais interagem.
Bioma
Constitui um ecossistema em larga escala que cobre grande área de um continente, em que prevalece um tipo de vegetação e habita certo tipo de clima ou determinado segmento de um gradiente de clima.
É a unidade ecológica imediatamente superior ao ecossistema.
Biodiversidade ou Diversidade Biológica
Variedade das espécies de animais e vegetais, dos ecossistemas, dos habitats e, até mesmo, da paisagem, ou seja, diz respeito ao número de espécies que ela possui.
O Direito Ambiental e os fatores econômicos
Sempre houve normas voltadas à tutela do ambiente, que o protegia na medida em que resolvessem também questões de vizinhança, prejuízos e incômodos a terceiros, etc.
O início de um movimento organizado preocupado com as condições ambientais deu-se com a criação da ONU (1945).
O Direito Ambiental e os fatores econômicos
O Direito Ambiental é direito fundamental que integra, entre outros, os direitos à saudável qualidade de vida, ao desenvolvimento econômico e à proteção dos recursos naturais.
O Direito Ambiental se desdobra em 3 vertentes:
Direito ao ambiente (humana)
Direito sobre o ambiente (econômica)
Direito do ambiente (ecológica)
O Direito Ambiental e os fatores econômicos
O Direito Ambiental (como Direito Econômico) propicia o fomento de ações e condutas cuja finalidade é a produção de determinado resultado econômico e social concreto, qual seja, a proteção do ambiente. 
As normas de direito ambiental têm um notório caráter econômico:
Princípios constitucionais regentes da ordem econômica e financeira (Art. 170 da CRFB/88):
VI – defesa do meio ambiente, inclusive tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
 Art. 2° da Lei 6.938/81
Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:(…)
   VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; 
O Direito Ambiental e os fatores econômicos
O Direito Ambiental atua na ordem econômica visando à adoção de padrões determinados de desenvolvimento (proteção ao ambiente) e não de crescimento econômico.
Desenvolvimento: harmonia entre os diferentes elementos constitutivos de evolução (melhoria) de uma sociedade
Crescimento econômico: preponderância da acumulação de capital sobre os demais componentes envolvidos no processo de melhoria da sociedade.
Novos paradigmas para políticas públicas
Crescimento econômico x Desenvolvimento sustentável (social) – PIB?
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH – Organização das Nações Unidas)
Saúde (expectativa de vida)
Prosperidade material (PIB e PIB per capita) 
Educação (matrículas e alfabetização). 
Criado em 1990 e publicado anualmente no Relatório do Desenvolvimento Humano. 
Índice de Economia do Conhecimento (IEC – Banco Mundial)
Considera questões como a qualidade das redes digitais no país e o grau de inclusão digital de pessoas, empresas e organizações. 
Relatório anual de competitividade (Fórum Econômico Mundial)
Visão "holística" 
Combina números relativos a instituições, infra-estrutura, macroeconomia, saúde, educação primária, superior e técnica, eficiência do mercado, competência tecnológica, sofisticação empresarial e inovação. 
Doing Business (“Fazendo Negócios”, para medir as condições para o empreendedorismo)
É um indicador apurado pelo Banco Mundial a partir da compilação de dez importantes requisitos do ambiente empresarial de cada país. 
Considera a facilidade para abrir e fechar empresas, a dificuldade de obter crédito, as relações com sindicatos e a burocracia que fiscaliza e tributa.
IMD (elaborado pelo Instituto Internacional de Desenvolvimento de Gestão, localizado na Suíça, para medir a eficiência);
Considera desempenho econômico, atuação do governo, infra-estrutura (em especial científica e tecnológica) e atuação empresarial (produtividade, valores e práticas de gestão).
Ambiente e exclusão social
Propriedade “Clássica”
Conferia ao titular o direito de usar, gozar e dispor plenamente da coisa para atender apenas o seu interesse. O titular detinha o direito subjetivo de se opor a todos. 
O titular da propriedade, para demonstrar o seu domínio, marcava o bem sujando-o (tal qual alguns animais também o fazem), produzindo a origem estercoral do direito de propriedade (Michel Serres).
Função social da propriedade
Encontra inspiração remota em Santo Tomas de Aquino (“o proprietário é um procurador da comunidade para a gestão de bens destinados a servir a todos, embora pertençam a um só“) ; 
Inspiração próxima na doutrina social da igreja exposta nas encíclicas Mater Et Magistra, do papa João XXIII, de 1961, e Popularum Progressio, do papa João Paulo II (nas quais se associa a propriedade à função de servir de instrumento para a criação de bens necessários à subsistência de toda a humanidade). 
A propriedade privada reconhecida na Constituição prevê que o titular do domínio deverá agora utilizar o seu bem para uma finalidade produtiva. 
Função sócio-ambiental da propriedade (CC, art. 1.228)
Impõe ao titular o uso do bem de produção para fins sociais . Os dispositivos constitucionais que regulam o meio ambiente introduzem uma nova perspectiva e determinam o não-uso econômico do bem quando em risco o direito ao meio equilibrado.
A impossibilidade do uso intolerável do meio encarta-se no amplo e generoso conceito do direito à vida digna. Nesta ótica, o meio equilibrado é um direito fundamental.
Ambiente e exclusão social
Código Civil (Lei nº10.406, de 10 de janeiro de 2002)
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.

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