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1 TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE ÁGUA INDUSTRIAL 1. Introdução 2. Características Físico-Químicas da Água 3. Tipos de Tratamento de Água 4. Sistemas de Resfriamento 5. Sistemas Geradores de Vapor 2 1. Introdução PLANETA ÁGUA Apenas 3% da água do mundo é água doce 99% está retida em geleiras e calotas polares ou no solo 1% prontamente disponível à humanidade People & Planet: Mesmo esse 1% daria para sustentar até 3 vezes a população mundial. Science World: A reserva de água que temos hoje na Terra é a que sempre tivemos ou que sempre teremos. 3 Conceito de Reúso de Água A disponibilidade de água doce na Terra excede, em muito, a demanda humana. Abundantes precipitações pluviométricas Semi-áridas ou áridas REGIÕES 4 A sua distribuição é desigual. ÁSIA AMÉRICA DO SUL 36% água 60% população Rio Amazonas 15% das águas fluviais 0,4% da população 5 Distribuição de Chuvas Desmatamento Cultivo e Pastejo Excessivos Regiões secas Estiagens Periódicas Solo reflete mais luz solar Ar esquenta Nuvens se dispersam Chuvas diminuem Ameaça a Economia/Saúde de 80 países. Quase 40% dos habitantes (2 bilhões de pessoas) vivem sem água limpa nem saneamento básico. 6 INVESTIMENTOS Nações Ricas – Nações Pobres Década de 1980: Década Internacional da Água Potável e do Saneamento. Pleno acesso a água limpa e ao saneamento U$ 134 bilhões – 1 bilhão de pessoas Esgoto para mais de 750 milhões de pessoas PROBLEMAS Crescimento Demográfico Poluição: despejos industriais ≈ 450 km3 7 Water: The Essencial Resource – Sociedade Audubon “Um terço da humanidade labuta num estado perene de doença ou de debilidade resultante de água impura, outro terço é ameaçado pelo despejo na água de substâncias químicas cujos efeitos a longo prazo são desconhecidos”. OMS: “A cada 8 segundos uma criança é morta por uma doença ligada a água”. World Watch: “80% das doenças são disseminadas pelo consumo de água contaminada: agentes patogênicos transportados pela água e a poluição matam 25 milhões de pessoas por ano”. 8 Doenças: Diarréia Cólera Tifo 1993: USA - Cerca de 400.000 pessoas adoeceram em Milwaukee – Wiscousin. Motivo: água encanada que continha um micróbio resistente ao cloro. 9 10 Índia: pessoas reúnem-se em um poço em Natwargadh (Gujarat) 11 Bellavista (Peru): a umidade da neblina é retida por árvores e redes que produzem depois litros de água. 12 13 14 Kibera, Nairóbi no Quênia: a água é desinfetada pela radiacão solar. 15 MÉTODO SODIS 1.Pegue uma garrafa descartada; 2. Tire o rótulo e encha com água; 3. Coloque a garrafa cheia em cima de uma placa de metal sob sol forte; 4. Em 6 h, a radiação ultravioleta vai matar: vírus, bactérias, parasitas; 5. Água apropriada para o consumo humano. 16 17 Método Sodis – Cuidados Necessários 18 Um vendedor de água limpa -10 centavos de dólar por saco espera compradores em uma favela de Luanda, em Angola. Em 2006, o consumo de água contaminada na cidade resultou numa das piores epidemias de cólera na África, afetando 80 mil angolanos. 19 Os habitantes vasculham o que sobrou de um tanque enchido na noite anterior por um caminhão do governo e já esvaziado a um nível abaixo da torneira. Uma nova entrega só virá na semana seguinte. Rendille – Quênia. 20 21 22 Quando servimos 1 kg de carne = 15 497 L de água. Uma xícara de café = 140 L de água. Uma calça jeans = 11 000 L de água. 23 24 1 kg carne bovina = 15 497 L 1 kg salsicha = 11 535 L 25 26 27 28 29 30 31 32 33 INDÚSTRIA (EMPRESA) MATÉRIA-PRIMA ÁGUA ENERGIA PRODUTO RESÍDUOS DIVERSOS CO2 + OUTROS GASES IMPACTOS Esquema de um Processo Industrial. 34 2. Características Físico-Químicas da Água pH Contaminantes Cor Turbidez Dureza Total Alcalinidade Total Sulfatos Sílica Solúvel Cloretos Gás Carbônico Amoníaco Gás Sulfídrico Ferro Manganês Matéria em Suspensão Sólidos Totais Dissolvidos 35 2.1 Grandezas e Unidades a) Solução de 1 ppm: 1 mg soluto/L solução b) Solução de 1 ppb: 1 µg soluto/L solução 1 ppm = 1.000 ppb c) Solução a 1% do soluto = 10.000 ppm do soluto d) Condutividade ou condutância específica: é o inverso da resistência oferecida à passagem da corrente alternada, pelo volume de 1 cm3 dessa solução. 36 Solução de eletrólitos fracos Menos condutores de eletricidade h H2O Mais instável Mais estável Composição: cor, turbidez, sólidos em suspensão, sólidos dissolvidos. BOMBA 37 2.2 Características Físico-Químicas a) pH: quantidade de H+ livre na água Indica o caráter ácido ou alcalino de uma água. H pH 1 log depende do sistema taxa de evaporação da água fator químico de corrosão Problemas: corrosão incrustação 38 b) Contaminantes de uma água industrial Meios contaminantes Natureza do solo Condições climáticas Grau de poluição Constituintes Sólidos dissolvidos ionizados Gases dissolvidos Compostos orgânicos dissolvidos Matéria em suspensão 39 c) Cor: proveniente de material em suspensão. argila lama óleos matéria orgânica LABORATÓRIO FONTE 40 d) Turbidez: proveniente da matéria em suspensão. Problema: provoca entupimentos em tubulações. perda da capacidade das resinas aniônicas Remoção: abrandamento por cal sodada clarificação cloração Fins Potáveis: turbidez < 5 ppm com SiO2 sem cor 41 e) Dureza Total: soma das concentrações de sais de Ca e Mg (carbonatos, sulfatos, cloretos) Água doce: 10 – 200 ppm Água salgada: até 2.500 ppm Problema: forma incrustações em tubos trocadores de calor Remoção: abrandamento desmineralização evaporação Fins Potáveis: < 85 ppm 42 f) Alcalinidade Total: hidróxido + carbonatos + bicarbonatos ( ppm de CaCO3 ) Problemas: mesmos inconvenientes que os sais de Ca e Mg. T alto: HCO3 CO2 : água corrosiva Remoção: desmineralização dealcalinização Fins Potáveis: < 250 ppm 43 g) Sulfatos: geralmente presentes como sulfatos de Ca, Na e Mg ( expresso em ppm de SO4 ) Problemas: incrustação corrosão Remoção: abrandamento desmineralização Fins Potáveis: < 250 ppm 44 h) Sílica Solúvel: presente na forma de ácido silícico e silicatos solúveis. ( ppm de SiO2 ) Problemas: em combinação com a dureza produz incrustações duríssimas e de difícil remoção. Tende ainda a passar para o vapor ( p 400 psi ), formando depósitos duros (deficiência de troca térmica). Remoção: desmineralização Fins Potáveis: sem inconvenientes. 45 i) Cloretos: presentes na forma de cloretos de Na, Ca e Mg. ( expresso em ppm de Cl- ) Problema: provoca corrosão em caldeiras. Remoção: desmineralização Fins Potáveis: < 250 ppm 46 j) Gás Carbônico: presente na forma de cloretos de Na, Ca, Mg ( expresso em ppm de CO2 ). CO2 + H2O H2CO3 Queda de pH ácido carbônico Problema: provoca corrosão em caldeiras (Fe e ligas de Cu) Remoção: degaseificadores e desmineralizadores Fins Potáveis: sem inconvenientes. 47 k) Amoníaco: pode apresentar-se dissolvido na água ou combinado na forma de compostos orgânicos. Problemas: na presença de O2 dissolvido é corrosivo. pode provocar incrustação. Remoção: cloração desmineralização Fins Potáveis: indesejável ( contaminação microbiológica). 48 l) Gás Sulfídrico: forma livre de H2S Problemas: corrosivo ao Fe corrosivo à ligas de Cu Remoção: desmineralização degaseificadores Fins Potáveis: sua presença não é admissível. 49 m) Ferro: presente na forma de bicarbonatos ( expresso em ppm de Fe ) Problemas: Forma depósitos sobre superfícies, provocando rupturas ou causando bloqueamento. Deterioração de certos tipos de resinas. Remoção: aeração cloração desmineralização abrandamento com cal sodada Fins Potáveis: < 0,30 ppm 50 n) Manganês: presente como bicarbonatos Problemas: os mesmos que o Fe. Remoção: abrandamento por cal sodada desmineralização Fins Potáveis: < 0,05 ppm 51 o) Matéria em Suspensão: avaliada pela turbidez e cor Problemas: perda da capacidade das resinas aniônicas corrosão Remoção: abrandameno por cal sodada clarificação Fins Potáveis: Turbidez < 5 ppm com SiO2 e sem cor 52 p) Sólidos Totais Dissolvidos: somatório de todos os íons solúveis. Avaliar a viabilidade da produção de vapor Problemas: determina as razões de descarga em caldeiras ou evaporadores. Fins Potáveis: < 550 ppm 53 2.3 Corrosão 1 – Fatores Químicos pertinentes a água. 2 – Fatores Físicos caminhos (processos) pelos quais a água passa. Definição: Deterioração do metal por ação da água. 54 Processos de Corrosão Metálica 55 Taxa de Corrosão x pH Metais Nobres Taxa pH Ácidos Anfóteros (Al, Zn) Taxa pH 56 1 – Fatores Químicos: pH sólidos em suspensão gases dissolvidos (CO2, O2, NH4 ) sais dissolvidos (cloretos, sulfatos) 57 2 – Fatores Físicos: Temperatura: a viscosidade diminui com o aumento da temperatura, provocando aumento da difusão das moléculas de O2. Ex.: Problema típico de Trocadores de Calor ÓLEO 290 oC H2O 25 oC O2 • Sequestrar o O2 • Controle do filme protetivo 58 Velocidade: Fluxo laminar ou turbulento vd Re Re = 2100 LAMINAR TURBULENTO Fluido desliza em camadas suaves, sem provocar atrito nas paredes do tubo Os sólidos totais se atritam na superfície do tubo, causando área anódica 59 Sistema de aspersão jato-placa BICO EJETOR PLACA ASPERSORA 60 Re = 1100 Re = 3300 Re = 5600 61 Re=12000 62 Transmissão de Calor: Variação brusca de T nas superfícies do metal 63 Solda: Metalurgia Se esse cordão de solda não for compatível, pode haver corrosão. Monitoramento da Corrosão em tubos 64 Ferro: encontrado na forma de bicarbonato ferroso 4Fe(HCO3)2 + O2 + H2O 4Fe(OH)3 + 8CO2 4Fe(OH)3 2Fe2O3 + 6H2O Na presença elevada de O2 ocorre destruição do filme protetor e produção de hematita: Feo + O2 + H2O Fe2O3 (hematita) Feo + H2O Fe3O4 (magnetita) O tratamento deve inibir a ação do O2 no filme protetor (Fe3O4). É impossível evitar o contato com o O2, mas é possível sequestrá-lo com uso de agentes químicos. 65 3. Tipos de Tratamento de Água Interno processos limitados basicamente a aditivos químicos utilizados para alterar a qualidade da água no ponto de utilização ou dentro do processo. Externo processos utilizados para alterar a qualidade da água antes do ponto de utilização (ETA) Água Captada ETA Características desejadas pela indústria Variedade de Processos Processos Externos Efluente a ser tratrado Agem no sentido de concentrar um contaminante em particular 66 3.1 Tratamento Externo Clarificação Abrandamento Desmineralização 3.1.1 Clarificação Processo para remoção de sólidos em suspensão, sólidos finos e outros materiais coloidais. Etapas: Coagulação Floculação Sedimentação Filtração 67 a) Coagulação: exige a adição – mistura rápida – de um produto químico (coagulante). Reação Química Neutraliza Cargas Coloidais Formação de Flocos Sulfato de Alumínio Cloreto Férrico Sulfato Férrico e Ferroso Polieletrólitos Coagulante Natural: Mg flocula com ajuste de pH Auxiliares: produtos alcalinos. Bentonita: silicato de alumínio hidratado que fica suspenso na água na forma de colóides – dispensa ajuste de pH. Silicato de sódio: acelera a formação de flocos. 68 b) Floculação: consiste na reunião de vários flocos pequenos, mediante agitação suave, os quais formam partículas maiores ( sed). c) Sedimentação: processo de decantação dos flocos. 69 DIMENSIONAMENTO DE CLARIFICADORES • Um ensaio experimental de sedimentação é realizado com uma amostra da suspensão a ser clarificada e o resultado é a curva de sedimentação Classificação espontânea de partículas Cada partícula vai decantando com velocidade proporcional ao tamanho • O projeto do sedimentador consiste no cálculo da área S u Q S A 70 Z0 Zf Z t tf Z: altura da interface sólido-suspensão no instante t Z0: altura inicial da suspensão f f t ZZ u 0velocidade 71 d) Filtração: consiste na passagem de água por filtros para remoção de sólidos suspensos. d.1) Filtros por gravidade: tanque de concreto ou aço, no fundo do qual há camadas de pedras sobrepostas por espessa camada de areia. d.2) Filtros sob pressão: cilindro de aço com sucessivas camadas de pequenas pedras e uma camada de areia. A água flui recalcada por bombas. 72 OBS.: O sucesso do processo depende dos produtos químicos em dosagens adequadas e no ponto correto do sistema. Aditivos Químicos Coagulante Ajuste de pH Auxiliar de Coagulação Coagulante: a) Alúmem [Al2(SO4)3.18H2O] 5,5 pH 11 b) Sulfato férrico ou ferroso 8 pH 11 Cloração: destrói microorganismos que inibem formação dos flocos. oxida a matéria orgânica. 73 3.1.2 Abrandamento Consiste num processo de remoção total ou parcial de Ca e Mg presente na água, na forma de bicarbonatos, sulfatos e cloretos. Processos: a) Processo de cal sodada a frio ou a quente: Usado para abrandar águas de dureza muito alta. Injeta-se solução de CaO (cal) + Na2CO3 (soda) na água. 74 Reações: Ca(HCO3)2 + Ca(OH)2 2CaCO3 + 2H2O Mg(HCO3)2 + 2Ca(OH)2 Mg(OH)2 + 2CaCO3 + 2H2O CO2 + Ca(OH)2 CaCO3 + H2O Barrilha: Na2CO3 CaSO4 + Na2CO3 CaCO3 + Na2SO4 MgSO4 + Na2CO3 + Ca(OH)2 Mg(OH)2 + CaCO3 + Na2SO4 Uso de coagulantes aumenta SED Ex.: aluminato de sódio,sulfato de alumínio, silicato de sódio 75 b) Processo de cal sodada a quente com fosfatos trissódicos: Usado para reduzir a dureza final da água para cerca de 1 ppm. Adiciona uma quantidade de fosfato um pouco maior do que a dureza de Ca e soda cáustica suficiente para ajustar o pH para a faixa: 10,5 – 11,0. Reações: 3CaCO3 + 2Na3PO4 Ca3(PO4)2 + 3Na2CO3 MgCO3 + 2NaOH Mg(OH)2 + Na2CO3 76 c) Abrandamento por troca de cátions: Consiste em passar a água por um leito de resinas trocadoras de cátions na forma de sódio. Ca e Mg são presos pela resina e o sódio é liberado. Zeólitos minerais naturais com a propriedade de trocar cátions: retém Ca e Mg e desprendem Na. OBS.: para remover a dureza e a alcalinidade devido a bicarbonato de sódio, usam-se resinas catiônicas fracamente ácidas. 2NaHCO3 Na2CO3 + CO2 + H2O 77 Regeneração das Resinas: Consiste em se introduzir uma solução de 10% de NaCl na resina, deslocando o Ca e Mg. RCa RMg + 2NaCl RNa2 + CaCl2 MgCl2 Reação: 1,2 kg Na/kg dureza removida lavagem da resina Coagulante Natural Mg – requer ajuste de pH Auxiliares: CaO Na2CO3 NaOH Usados quando a água tem uma alcalinidade baixa 78 1. Solução de 0,5 kg de metafosfato de sódio suficiente para embeber toda resina / 24 h 2. Lavagem com água comum/1h 3. Regeneração com solução de NaCl 3.1.3 Desmineralização Processo de remoção praticamente total dos íons presentes em uma água, através de resinas catiônicas e aniônicas. Consiste na passagem da água por colunas de resinas catiônicas na forma de H+ e aniônicas na forma de OH-. 79 Cloração da água Objetivos: esterilizar e torná-la potável coagulação: destrói microrganismos oxidar a matéria orgânica Tipo: adição de cloro gasoso ou hipoclorito de sódio Reação com água: Cl2 + H2O HClO + HCl HClO H+ + ClO- Demanda de cloro quantidade consumida com toda matéria oxidável presente. Amônia: cloração residual combinada HClO + NH3 NH2Cl + H2O 80 4. Sistemas de Refrigeração Processos de Refrigeração Condensar o vapor Resfriar equipamentos Resfriar produtos 4.1 Classificação Sistemas abertos Sistemas semi-fechado Sistema fechado 81 4.1.1 Sistema Aberto A água passa uma única vez através do equipamento de troca térmica e a seguir é descartada. Entrada de água EQUIPAMENTO Saída de água 82 4.1.2 Sistema Semi-Fechado A água é resfriada na Torre por evaporação. Há reaproveitamento da água. EQUIPAMENTO Água Fria Água Quente TORRE 83 AR FRIO AR QUENTE F frio F quente H2O fria H2O quente SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO TÍPICO FLUIDO REFRIGERANTE TORRE DE REFRIGERAÇÃO 84 4.1.3 Sistema Fechado Não há contato da água com o ambiente. Usado quando se requer temperaturas menores que o semi- fechado. Equipamentos: Condensadores Circuito de água gelada 85 4.2 Equipamentos Torre de Resfriamento 86 87 4.2.1 Torres de Resfriamento a) Funcionamento A água é resfriada na torre por evaporação A força-motriz desse fenômeno é a diferença entre T da água quente que chega à torre e a T bulbo úmido de ar circundante. b) Tipos Torres de Tiragem Mecânica Ar é introduzido Tiragem Forçada ou Induzida 88 Tiragem Forçada: utilizam um ventilador situado na base ou nos lados da torre, para forçar o ar a entrar horizontalmente e depois subir para encontrar as gotículas descendentes de água. Tiragem Induzida: puxam o ar para dentro da torre por meio de um exaustor no seu topo. Escoamento: a) Contracorrente: utiliza venezianas de entrada de ar na base da torre para puxar o ar para dentro e para cima através da torre, onde ele entra em contato com a água descendente. b) Fluxo Cruzado: as venezianas são colocadas ao longo das paredes da torre. O ar é introduzido perpendicularmente à água que cai. 89 Material: Madeira Plástico Concreto Metal Enchimento: Chapa de celulose com plástico 90 Torres de Tiragem Natural: Torres Hiperbólicas: são unidades de tiragem natural de concreto, às vezes de dezenas de metros de altura e de igual largura na base (bacia) – uma forma que concilia fluxo ideal de ar e estabilidade estrutural. 91 c) Processo de Refrigeração A queda de temperatura ocorre quando a água atinge o enchimento e se forma um filme de água através do mesmo. A medida que a água cede calor para o ar, este se aquece e aumenta a sua capacidade de reter mais vapor de água. Para cada 1 oC de queda de T da água na torre, há uma perda por evaporação ≈ 0,2% da vazão de recirculação. 92 Ex.: Uma torre de refrigeração com uma vazão de recirculação de 400 m3/min e uma T = 14 oC perde por evaporação cerca de 2,5% ou 10 m3/min. A medida que a evaporação continua, a concentração de STD aumenta. A retirada do excesso de STD é feita por drenos ou purgas. Perdas por arraste são perdas de gotículas carregadas pelo ventilador. Perdas: evaporação, arraste mecânico, vazamentos, drenos abertos, purgas. PURGA CICLOS DE CONCENTRAÇÃO STD refrigeração STD reposição 93 4.2.2 Sistemas Fechados Definição: Aquele que não emprega evaporação aberta para refrigeração e apresenta perda de água inferior a 5% da taxa de circulação. • um sistema completamente selado para água recirculante • resfriador ou trocador de calor São construídos com vários metais, o que acarreta corrosão galvânica, além da causada pela presença de gases dissolvidos. 94 a) Problemas: Corrosão nos metais dos trocadores de calor. Deposição em tubos (incrustação) – origina corrosão pela formação de células de aeração e concentração diferencial. Necessita inibidor de corrosão e inibidor de incrustação. Objetivo do Tratamento 1. Minimizar a corrosão e incrustação 2. Prevenir as perdas do metal 3. Prevenir a formação de subprodutos de corrosão 95 b) Inibidor de Incrustação: Polifosfatos como o calgon (metafosfato de sódio) Evitam a precipitação do carbonato de cálcio • Quando usar? Se houver 10 ppm de dureza de Ca e certa concentração de O2 dissolvido. Inibidores: floculantes dispersantes quelatos fosforatos 96 Atuação: Forma um filme protetor sobre o metal. Desvantagem: Se convertem em ortofosfato pela ação do calor ou em meios aquosos de baixos pH, que são insolúveis e formam “pits”. Floculantes – polímeros catiônicos naturais ou sintéticos. Dispersantes – polímeros aniônicos naturais ou sintéticos (p-viniltolueno, ácido sulfônico, carboximetilcelulose) Quelatos – são compostos orgânicos naturais ou sintéticos que formam complexos solúveis com Ca, Mg e Fe. Fosforatos – inibem incrustações em sistemas de águas de refrigeração. 97 c) Inibidores de Corrosão: Sais de zinco e polifosfatos Reação Anódica: Feo Fe++ + 2e- íons + OH- óxidos Fosfatos inibidores anódicos: Fe3O4 (passivador) Outros: nitritos, molibidatos Reação Catódica: O2 +2H2O + 4e - 4OH- (aumento de pH) Nitritos: a proteção se dá pela formação de óxidos 98 Índice de Langelier: (pH real – pH saturação) Usado para prever se uma água apresentatendência para depositar CaCO3. IL 0 tendência para precipitar CaCO3 IL < 0 água com caráter corrosivo IL = 0 CaCO3 não tem tendência nem para precipitar nem para dissolver. 99 Controle Microbiológico Microrganismos: Algas Verde: se deposita na bacia da torre Azul Esverdeada Diatomáceas (duras): retém íons de sílica Fungos Mofos Leveduras Sistemas de Madeira Bactérias Redutoras de Sulfato Oxidantes: enxofre 100 Microrganismos: Benéficos Patogênicos A influência depende da natureza do microrganismo e do processo industrial. Quantidade Resíduos Metabólitos Formação de Depósitos Crescimento ilimitado 101 Torres de Resfriamento Ambiente favorável ao crescimento de microrganismos Temperatura pH Matéria Orgânica Sais Inorgânicos Luz Solar Problema: As folhas que caem produzem nutrientes para o surgimento de algas verdes. 102 Monera: bactérias e algas verde-azuladas Protista: outras algas, fungos, limos e protozoários Fungos Algas Bactérias Corrosão Incrustação Uso de Biocidas Cloro Hipoclorito de Sódio Sulfato de Cobre Sais de Amônio Quaternário Compostos Organossulfurosos Dosagem de choque 103 Requisitos de um Inibidor de Corrosão: 1. Deve ser compatível com os metais 2. Não deve ser poluente 3. Deve ser estável 4. Não deve ser susceptível à formação de resíduos Inibidores de Corrosão Catódicos: Polifosfatos Fosfonatos (zinco) Polímeros Anódicos: Cromatos Molibdatos Silicatos Nitritos 104 Ar Condicionado CHILLER – Conjunto de equipamentos para produzir água gelada. Compressor Condensador Resfriador Válvulas de Expansão FAN COIL Duto de Ar Condicionado + Serpentina Contendo Água Gelada 105 5. Sistemas Geradores de Vapor 5.1 Definição Conjunto de equipamentos destinados a produzir vapor de água em pressões maiores que 1 atm. 106 5.2.b) Quanto à Circulação Aquatubulares a água circula internamente aos tubos (usados a grandes produções de vapor e alta P). Fogotubulares os gases quentes passam por dentro dos tubos. 5.2 Classificação 5.2.a) Quanto à pressão Baixa P: 7,0 - 28,0 kgf/cm2 Média P: 28,0 – 57,0 kgf/cm2 Alta P: 57,0 – 212,0 kgf/cm2 107 5.3) Definições Válvulas de segurança: dispositivos destinados a descarregar para a atmosfera, parte do vapor quando P maior que limites. Válvula de vapor: destinada para a saída do vapor para processo. Boca de inspeção: superior, lateral, inferior. Bomba de água: utilizada para reposição do volume de água. Coluna de nível: controla o nível de água na caldeira. Válvula de fundo: reduzir STD por descarga. 108 CONTAMINANTES SÓLIDOS Causam problemas quando chegam na caldeira CONTAMINANTES GASOSOS CO2 + O2 + NH3 Causam problemas no ciclo da água de alimentação 109 Caldeiras É constituída de vasos fechados – submetidos à pressão – contendo água que se transforma em vapor. CALDEIRA Água líquida vapor queima Reação de combustão C + O2 CO2 + H2O 110 Finalidade: Gerar vapor Usos do vapor na Indústria: Turbinas das moendas Turbo gerador de energia elétrica Turbo bombas para recalque de água Ventiladores Exaustores Aquecimento da matéria-prima 111 Principais Combustíveis: Bagaço de cana Lenha Carvão Sólido Álcool Óleo Líquido Gás Gasoso 112 Fatores que influenciam a combustão: O tamanho das partículas do combustível A umidade do combustível Quantidade de Ar Quantidade de combustível Temperatura do Ar Relação Ar/Combustível AR O2 ...... = 21% N2 ...... = 79% 113 Equipamentos da Caldeira Tubulão de Água É o elemento de ligação dos tubos para possibilitar a circulação de água na caldeira. Função: acumular lama formada pela reação dos produtos químicos com a água da caldeira. 114 Tubulão de Vapor É um corpo cilíndrico contendo em seu interior água e vapor formado pela troca térmica entre os gases da combustão e a água em circulação na caldeira. Componentes: • Conexões para visores de nível • Válvulas de segurança • Instrumentos de indicação e controle • Tubos de ligação com superaquecedores de vapor 115 Tubos de Alimentação de Água É distribuída no tubulão através de furos dispostos em toda a extensão do tubulão. 116 117 Tubos de Purga Contínua Coleta de água • sólidos • fosfatos • dispersantes • pH • sulfito • alcalinidade • sílica 118 Separadores de Vapor Consiste em chicanas e filtros que destinam-se a reter água do vapor, de maneira que esse entre seco no superaquecedor. Tubos de Circulação São tubos traseiros do feixe tubular que conduzem a água do tubulão de vapor para o tubulão de água. 119 Tubos Geradores São tubos dianteiros do feixe tubular que conduzem a mistura de água e vapor saturado para o tubulão de vapor. Superaquecedor Equipamento destinado a aumentar a temperatura de vapor saturado que sai da tubulação de vapor, tornando este mais seco sem aumentar sua pressão. É constituído de tubos em forma de serpentina onde o vapor circula internamente e os gases externamente. 120 Conjunto de Alimentação do Bagaço 121 Válvula de Controle Apresenta funcionamento automático e comando por instrumentos. Sopradores de Fuligem Tem por objetivos a remoção de resíduos sólidos resultantes da combustão que aderem na parte externa da tubulação do feixe tubular. Ventilador de Ar Forçado Sua finalidade é aspirar o ar ambiente e insuflá-lo para dentro da fornalha, onde a combustão se realiza. 122 Ventilador de Tiragem Induzida Sua função é retirar da caldeira todo o gás formado pela combustão. Exaustores São usados para retirar os gases formados pela combustão. Pré-Aquecedores de Ar São destinados a fazer o aquecimento do ar de combustão – troca térmica entre o gás (dentro dos tubos) e o ar (fora dos tubos). 123 Indicadores de Nível Sua principal finalidade é permitir ao operador verificar o nível de água no tubulão de vapor – segurança da operação com caldeiras. Chaminé Tem por objetivo conduzir para a atmosfera os gases formados na combustão. Economizador Equipamento que aquece a água de alimentação aproveitando parte do calor dos gases resultantes da combustão – reduz o consumo de combustível. 124 5.4) Problemas: a) Incrustação: formação de depósitos aderentes aos tubos e estruturas metálicas da caldeira. Saturação e Precipitação dos Sais Dissolvidos da Água Reduzem diretamente a transferência de calor Aumentam o consumo de combustível 125 Efeitos: Trinca na Tubulação Aumento da Carga Térmica Aumento do Consumo de Combustível 1 mm de incrustação perde 15% de combustível 126 b) Corrosão: provoca danos no ponto de ataque e contaminação de óxidos metálicos. Causas: Defeitos do metal Presença de O2 dissolvido Excesso de Cloretos Sólidos em Suspensão Excesso de Hidróxido de Sódio 127 Tubulações Industriais.128 Trocador de calor tipo placas. 129 4USINA DE AÇÚCAR E ÁLCOOL 130 131 c) Arraste: Transporte de água com suas impurezas para o vapor. Causas: Mecânicas: nível alto de água. Químicas: excesso de STD ou alcalinidade total. Efeitos: Desconcentra o produto de tratamento Contamina o processo Causa a corrosão 132 5.5) Tratamentos: a) Combate ao Oxigênio Dissolvido (Sulfito de Sódio) Na2SO3 + ½ O2 Na2SO4 (Hidrazina) N2H4 + O2 2H2O + N2 b) Combate ao Gás Carbônico CO2 baixa o pH da solução Processo de corrosão é governado pelo pH do meio, sendo necessário neutralizar o CO2. 133 Aumento de pH Menor tendência de Fe++ e Cu+ entrarem em solução O que fazer? Usar um produto volátil e que dê proteção a todo o ciclo de água e vapor. Aminas: derivados da amônia Morfolina: C4H9NO + CO2 + H2O C4H10NOHCO3 Cicloexilamina: C6H11NH2 + CO2 + H2O C6H11NH3HCO3 134 c) Realização de Descargas: eliminação periódica de uma parte de água concentrada. Descarga de Fundo: desconcentra sais e lama do fundo. Descarga de Nível: fator de segurança. 135 FIM
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