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VIVENCIAS GASTRONOMICAS Profa Vládia Gomes vladia.pereira@fametro.com.br MOVIMENTOS GASTRONÔMICOS NO MUNDO DA CAÇA AO FAST FOOD A GASTRONOMIA DEIXA DE SER APENAS COZINHA E PASSA À CIENCIA Fisiologia do gosto – 1825 Por uma história da alimenta, Santos - 1997 Comida e Sociedade, Carneiro – 2001 De caçador à Gourmet, 2001 OS PRATOS QUE MARCARAM OS ÚLTIMOS 10 ANOS Sférico de guisantes Eis um aperitivo ao estilo dos irmãos Ferran e Albert Adrià, do El Bulli. A esfera explode na boca, liberando um creme gelado de ervilha. A brincadeira se completa com ervilhas com menta. Os irmãos Adrià criaram centenas de pratos marcantes e provocativos, usando diferentes técnicas. DADINHOS DE TAPIOCA A criação de Rodrigo Oliveira, do Mocotó, virou um clássico em pouco tempo. Resultado do talento e da criatividade de um dos grandes chefs do país, nasceu despretensioso, combinação de tapioca granulada e coalho, a cara do Nordeste, e ganhou o mundo. SOUND OF THE SEA Baseado em pesquisas que apontavam que ouvir o som do mar enquanto se come realça a percepção dos sabores marinhos, o chef inglês Heston Blumenthal criou esse polêmico prato no Fat Duck em 2007. Ele reproduz uma praia. A areia é de tapioca, migalha de pão frita, enguia triturada e frita, óleo de fígado de bacalhau e óleo de lagostim. Sobre ela, espuma, moluscos, camarões e algas marinhas. Para completar, um iPod tocando uma trilha de ondas quebrando no mar. CEVICHE DE FLORES Alex Atala, chef do D.O.M, preparou este prato na edição de 2013 do Paladar Cozinha do Brasil. É uma releitura de ceviche tradicional feito com vinagrete preparado com mel de abelhas nativas jataí, pimenta, ervas e limão. Neste “leite de tigre”, as flores, como borago e violeta, substituem os cubos de peixe. NHOQUE DE MANDIOQUINHA COM DASHI DE TUCUPI Esta criação de Helena Rizzo e Daniel Redondo marcou a década pela combinação de técnica (o levíssimo nhoque feito no Thermomix), ousadia (levar o dashi do Japão ao Brasil profundo) e delicadeza (de sabor e visual, com brotos de ervinhas aromáticas). CAVIAR DE QUIABO A criação de Roberta Sudbrack é instigante: ela desenvolveu uma técnica para concentrar a baba do quiabo dentro das sementes, que, quando mordidas, explodem (não, não é semente de quiabo cozida). LAGOSTIM VIVO É difícil escolher o prato mais marcante de René Redzepi, do Noma, em Copenhague. Mas a fama deste lagostim servido vivo (com as anteninhas mexendo…) correu o mundo. O prato, de frescor extremo, divide a atenção com outro clássico do Noma, as batatinhas vintage – “amadurecidas” debaixo da terra. O PRATO SUMIU Dez anos atrás, ele era branco. Aí ficou quadrado. Depois começou a ser assinado, feito sob encomenda para o restaurante, para uma receita específica, até que, por fim, desapareceu. Agora é pau, é pedra, é a folha de lírio. O suporte para o alimento é parte integrante do processo de criação do prato e ressalta a origem dos ingredientes. TRONCO No restaurante Central, do chef Virgilio Martinez, na capital peruana, os pratos do menu Altitudes são acomodados sobre madeira, pedra, folha… ENCAIXE O suporte de arame acomoda os cones com creme de camarão e ovas, criados por Jefferson Rueda, então no Attimo. CINZEIRO Do Celler de Can Roca, o sorvete defumado com charuto e envolto em chocolate vem num cinzeiro. No copo, “mojito”. MOLDE O mil-folhas de lírio-do- brejo, criado por Helena Rizzo e Daniel Redondo, no Maní, é servido sobre peça que imita a folha da planta. Os chefs usam a flor do lírio para aromatizar o creme do recheio.
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