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Resumo p2 - Extensão rural

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Extensão Rural – resumo P2 – Prof Marcelo Duncan
Aula 8: Os CAI (centros agro-industriais) no Brasil
Década de 80
Brasil: baseado no processo de modernização - expansão do agrobusiness 
Novo padrão agrícola: complexo agroindustrial – CAI 
	Impactos: Produção, estrutura fundiária, produtividade, relações de trabalho, expansão área agrícola, modificações espaciais. 
	A efetivação dos CAI se deu entre os anos 1960-1989, através da consolidação da modernização e subordinação completa à indústria, incentivos às indústrias, monopólios e oligopólios industriais, incentivo ao consumo, territorialização do capital (terra como reserva de valor), aumento do valor da terra, crescimento da agropecuária e demanda por alimentos.
	Produtor rural deixa de decidir sobre o que, como, onde produzir e a quem vender, quando e por quanto, o comando do CAI é quase totalmente feito pelo capital financeiro.
	Consequências: ampliação das fronteiras agrícolas, uso abusivo de mecanização e de agrotóxicos, crescimento do desemprego rural e inchamento das cidades, degradação ambiental e redução da biodiversidade, crescimento da produção agroindustrial e do seu valor na economia nacional, dependência de mercados externos, aumento da desigualdade regional, social e setorial, paradigma de “desenvolvimento sustentável”. 
Aula 9: A extensão rural no Brasil
	Extensão rural pode ser conceituado a partir de três formas diferentes: como processo, como instituição e como política.
	Como processo: processo educativo de qualquer natureza (técnico ou não), onde a relação dos técnicos e dos agricultores é de médio a longo prazo. 
	Extensão rural difere conceitualmente da assistência técnica pelo fato desta não possuir necessariamente um caráter educativo, uma vez que o seu objetivo principal é resolver problemas específicos, pontuais, sem capacitar o produtor rural, cuja intervenção se dá dentro de uma dimensão de curto prazo. 
Como instituição: públicas, privadas e não-governamentais.
	Públicas: executam políticas públicas e projetos de interesse governamental;
	Privadas: executam atividades de interesse restrito a determinado tipo de empresa ou cliente;
	Não-governamentais: geralmente recebe recursos públicos, mas também pode atuar com diretrizes próprias.
Como política:
	Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural 
	Pública, contínua e gratuita, universalizada para os “agricultores familiares” (aptos a usar recursos do PRONAF) 
	Executada por entidades públicas, privadas e nãogovernamentais, segundo processos educativos, métodos participativos e sustentabilidade, visando o desenvolvimento rural.
	Extensão rural, segundo a participação da população: informação, assistência técnica, processo educativo, comunicação, animação, ação política. 
	Extensão rural como mediação social: Mediador → mediados. O mediador “fala as duas línguas.
	Agronomia social, características mais marcantes: a tomada de decisões sobre os objetivos no plano local, considerando as especificidades naturais e sociais, e a existência de equipes multidisciplinares para fazer diagnósticos que pudessem embasar a tomada de decisões. 
	A metodologia utilizada nessa época, era o difusionismo, onde os agricultores eram receptores passivos. O objetivo era persuadir os agricultores a adotarem as novas tecnologias dentro do menor espaço de tempo possível, servindo inclusive de indicador de eficiência e eficácia da ação extensionista.
	Mudanças: Nos seus 65 anos de existência a Extensão Rural modificou sua natureza e postura. Criada como um serviço autônomo não governamental, foi transformada em um sistema de empresas públicas que foram, depois de 1990, absorvidas completamente pelos sistemas públicos estaduais. Presentemente, com a nova Lei de Ater (assistência técnica e extensão rural), torna-se um sistema de múltiplas formas organizacionais com a coordenação e aporte financeiro do governo federal.
	Princípios ATER 
	I - desenvolvimento rural sustentável, compatível com a utilização adequada dos recursos naturais e com a preservação do meio ambiente; 
	II - gratuidade, qualidade e acessibilidade aos serviços de assistência técnica e extensão rural; 
	III - adoção de metodologia participativa, com enfoque multidisciplinar, interdisciplinar e intercultural, buscando a construção da cidadania e a democratização da gestão da política pública; 
	IV - adoção dos princípios da agricultura de base ecológica como enfoque preferencial para o desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis; 
	V - equidade nas relações de gênero, geração, raça e etnia; e 
	VI - contribuição para a segurança e soberania alimentar e nutricional. 
Aula 10: Comunicação rural
Conceito de comunicação: É o conjunto de fluxos de informação, de diálogo e de influência recíproca existentes entre os componentes do setor rural e entre eles e os demais setores da nação afetados pelo funcionamento da agricultura, ou interessados no melhoramento da vida rural. 
Meios e canais de comunicação: 
PESSOAL – formal ou informal (visitas, reuniões, feiras e exposições, festas e velórios)
IMPESSOAL, quando se empregam meios de comunicação tais como jornal, rádio, revistas, cartazes, cinema e audiovisuais. 
	Desenvolvimento rural é um conceito complexo de mudanças e transformações quantitativas e qualitativas que se produzem dentre a população cujos efeitos convergentes produzem, ao longo do tempo, elevação do nível de vida e uma evolução favorável do gênero de vida. 
	Difusionismo: desenvolvimento acontece quando se introduzem novas ideias de maior eficiência produtiva, de maneira tal que as inovações sejam difundidas e os agricultores efetivamente as adotem. 
Aula 11: Extensão rural nas universidades 
Aula 12: Políticas públicas e desenvolvimento rural no Brasil
	Políticas públicas são as maneiras através das quais o governo decide sobre como realizar alguma função do Estado. Políticas públicas são a fala do Estado com a Sociedade. 
	Objetivos das PP: Responder à Sociedade, mediar conflitos, harmonizar o acesso e o uso dos bens públicos, garantir a soberania do território e a vigência das instituições, transformar decisões políticas em ações. 
	Características: Devem refletir uma vontade majoritária, devem contribuir para a solução e prevenção de problemas de importantes e de interesse público.
	Principais Políticas Públicas para o Desenvolvimento Rural: O BRASIL não dispõe de uma política específica para o desenvolvimento rural, que é enxergado setorialmente pelos formuladores de políticas pois elas respondem às demandas específicas de grupos que reivindicam determinados recursos ou direitos. 
	Lei 601- Lei de Terras - 1850 • “Terras devolutas”: que não tinham dono e não estavam sobre os cuidados do Estado. Antevia-se o fim da escravidão e iniciava-se a migração de colonos europeus (precisavam ser obrigados a trabalhar para os proprietários). Nenhuma nova sesmaria poderia ser concedida a um proprietário de terras. Não seria reconhecido o direito por meio da ocupação das terras. As “terras devolutas” poderiam ser obtidas somente por meio da compra junto ao governo. Falsificação de documentos. Terra como uma mercadoria. 
	Estatuto da Terra – 1964: LEI N. 4.504 - DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964 • Execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola, reforma agrária o conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição da terra; É assegurada a todos a oportunidade de acesso à propriedade da terra, condicionada pela sua função social.
Função social da terra: favorece o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores que nela labutam, assim como de suas famílias; mantém níveis satisfatórios de produtividade; assegura a conservação dos recursos naturais; observa as disposições legais que regulam as justas relações de trabalho entre os que a possuem e a cultivem.
Políticas para a agricultura
	Crédito rural 2015/2016
	COMERCIALIZAÇÃO: Política de Garantia
de Preços Mínimos (PGPM).
	PROAGRO - Lei 5.969/1973: Pequenos e médios produtores: cobre os pagamentos das dívidas bancárias de crédito rural de custeio, cuja liquidação seja dificultada pela ocorrência de fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações. 
	Agricultura familiar – PRONAF: Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. 
	Agricultura Familiar - Fome Zero (programa de aquisição de alimentos.
O que é ATER? Serviço de educação não formal; Caráter continuado; No meio rural; Que promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização; Das atividades e dos serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive das atividades agroextrativistas, florestais e artesanais; 
- CONSTRUTIVISMO DE PIAGET: Para Piaget o conhecimento não está no sujeito, nem no objeto, ele é construído na interação do sujeito com o objeto. É à medida que o sujeito interage (e portanto age e sofre ação do objeto) que vai produzindo sua capacidade de conhecer e vai produzindo também o próprio conhecimento. Esta é a razão de a teoria piagetiana ser chamada de construtivismo. É um construtivismo interacionista. O construtivismo tem como base o fato de que a aprendizagem é uma constante procura do significado das coisas. Portanto, aprender, bem como ensinar, significam construir um novo conhecimento, descobrir nova forma para significar algo, baseando-se em experiências e conhecimentos existentes. Ao reconstruir o conhecimento existente, o sujeito estabelece relações significativas entre o novo conhecimento e a realidade em que está inserido.
- DIAGRAMA DE VENN: É uma representação gráfica que possibilita visualizar o relacionamento de órgãos e entidades com a comunidade.
Objetivo: Identificar o grau de importância e de proximidade que a comunidade atribui aos órgãos e entidades que direta e indiretamente estão envolvidas com ela, visando ao fortalecimento das parcerias no processo de planejamento participativo. 
Aplicação: Essa técnica é aplicada na elaboração de diagnósticos participativos, para avaliar a participação das entidades e a possibilidade de estabelecer futuras parcerias. 
- MAPA PARTICIPATIVO: Consiste na representação gráfica de um território, município, comunidade ou sub-bacia, retratando a realidade por meio de desenhos e símbolos, demonstrando as formas de ocupação humana, uso dos recursos naturais, serviços de infra-estrutura, relações sociais, atividades econômicas, e outros.
Objetivo: Promover a socialização de conhecimentos e informações sobre a realidade local, assim como a construção coletiva de processos de intervenção sobre esta realidade, valorizando as dimensões do desenvolvimento sustentável. 
Aplicação: Essa técnica é utilizada para retratar a percepção que as pessoas têm da sua realidade no passado e no presente, e realizar projeções sobre o futuro desejado. À medida que as pessoas vão desenhando o mapa, se estabelece um processo de discussão no qual vão surgindo novas idéias, percepções que só a construção coletiva pode proporcionar.

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