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Revisão Psicanalise NP 2

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Psicologia – Fundamentos da Psicanálise
O que são atos falhos e qual a importância deles para a psicanálise? 
Ato falho é um equívoco na fala, na memória, em uma atuação física, provocada hipoteticamente pelo inconsciente, isto é, através do ato falho o desejo do inconsciente é realizado. Isto explica o fato de que nenhum gesto, pensamento ou palavra acontece acidentalmente. Os atos falhos são diferentes do erro comum, pois este é resultado da ignorância ou conveniência.
Freud evidenciou que o ato falho era como sintoma, constituição de compromisso entre o intuito consciente da pessoa e o reprimido.
Ato falho abrange também erros de leitura, audição, distração de palavras. São circunstâncias acidentais que não têm valor e não possuem conseqüência prática.
Os atos falhos são compreendidos por muitas pessoas como falta de atenção, cansaço, eventualidade.
Qual a relação do mecanismo de defesa com os esquecimentos?
 
Segundo Freud, nem tudo que nos ocorre é agradável ao nosso consciente e o nosso ego pode considerar uma série de ocorrências como ameaçadoras à sua integridade, ao seu bem-estar. Nesse sentido diante das exigências das outras instâncias psíquicas – Id, que é nosso lado mais instintivo e do superego, que representa nossos valores morais e regras internalizadas – o ego deseja proteger-se para garantir o bem estar psicológico do sujeito frente a esses conteúdos indesejados.
Ainda segundo o pai da psicanálise, os mecanismos de defesa são universais, ou seja, todas as pessoas fazem uso deles, em menor ou maior grau. E eles são importantes para um ego sadio e integrado. Porém, o seu uso exacerbado pode ocasionar um funcionamento psicológico que não é considerado sadio para o sujeito.
Qual o fator essencial que faz o sujeito fazer uso de algum mecanismo de defesa? Segundo a psicanálise, a ocorrência da angústia (angst, conforme o próprio Freud utilizou o próprio termo no original em alemão) ocasionada pelos conflitos, é a condição sine qua non – é a condição indispensável – para que o sujeito ative algum mecanismo de defesa para proteger a integridade de seu ego.
Defina mecanismo de defesa e escolha cinco para explicá-los. 
O mecanismo de defesa trata-se de ações psicológicas que têm o objetivo de proteger a integridade do ego. 
Compensação: é uma forma de o indivíduo garantir um equilíbrio entre as suas características em termos de qualidades e deficiências.
Exemplo: o sujeito não se considera bom em gramática, mas tira excelentes notas em matemática.
Negação: o sujeito nega a existência da dor, ansiedade e outros sentimentos que representem o desprazer ao indivíduo.
Exemplo: diante do término de um namoro, o sujeito pode dizer “Está tudo bem. Eu nunca gostei dele (a) mesmo. Estou ótimo (a)!”
Regressão: é um mecanismo onde o sujeito retorna a um estágio anterior à situação que causa desconforto/desprazer ao sujeito. Nessa fase anterior, geralmente o prazer era mais imediato e não havia a existência das circunstâncias atuais que causam desprazer. Pode ser benéfico, pois nos permite ter outra perspectiva da situação, pois a angústia é temporariamente afastada; porém, se for usado demais, pode levar o sujeito à fantasia e fuga da realidade.
Exemplo: diante do falecimento de um ente querido, o sujeito decide, por exemplo, ficar brincando somente com seus brinquedos, pois isso o trás de volta ao período infantil.
Identificação: ocorre quando o sujeito assimila as características dos outros (geralmente de pessoas que são modelos para esse sujeito). O sujeito deseja ter as mesmas características para si mesmo.
Exemplo: crianças que possuem os mesmos comportamentos dos pais.
Sublimação: é um mecanismo bastante útil ao lidar com as demandas e conflitos criados pelo Id e superego. Quando o ego não consegue satisfazer uma necessidade imediata, ele gratifica o Id de outra forma, de uma forma  que seja mais aceitável  pelo superego. É a partir da sublimação, segundo a psicanálise, que podemos nos tornar sujeitos civilizados.
Exemplo: alguém que não pode ter filhos apega-se aos bichinhos de estimação.
Como Freud define o esquecimento de palavras estrangeiras, explique como funciona e qual seu objetivo? 
O vocabulário corrente de nossa própria língua, quando confinado às dimensões do uso normal, parece protegido contra o esquecimento, Notoriamente, o mesmo não acontece com o vocabulário de uma língua estrangeira. A predisposição para esquecê-la estende-se a todas as partes da fala, e um primeiro estágio de perturbação funcional revela-se na medida desigual com que dispomos do vocabulário estrangeiro, conforme nosso estado geral de saúde e o grau de nosso cansaço. 
Qual a importância do estudo sobre as lembranças da infância e das lembranças encobridoras?
Ele explica que em geral aquilo que recordamos de nosso passado são eventos importantes, que de alguma forma causaram em nós um grande impacto. Entretanto muitas vezes nos surpreendemos por esquecer fatos que consideramos importantes e nos lembrar de outros que não parecem ter grande importância.
Freud cita como exemplo a história de um rapaz cuja lembrança mais antiga, de quando tinha entre três e quatro anos de idade, era de uma mesa com uma bacia de gelo em cima. De acordo com os pais dele, nesta mesma época ocorreu a morte da avó do garoto, fato que apesar de ter causado um grande impacto na criança não deixou qualquer lembrança em sua memória quando adulto.
(6) Existem vários tipos de lapsos: fala escrita e de leitura. Explique cada um desses mecanismos, sua ocorrência e importância para o sujeito.
Os lapsos de fala acontecem quando a pessoa tenciona dizer algo, mas ao invés da palavra visada diz se outra do que a que deveria ser dita. Os lapsos de escrita se dão quando uma pessoa escreve uma coisa em vez de outra. Já os lapsos de leitura acontecem quando uma pessoa lê outra coisa que o que foi dito.
(7) Na teoria da sexualidade Freud define as perversões como exemplos e tipificações. Defina e explique os exemplos que Freud ata no seu texto.
Essa estrutura da personalidade inicia-se a partir da infância, pois a criança é um sujeito sexual que constantemente se experimenta e então se descobre. A partir daí, desse experimentar e descobrir, é que encontramos a distinção da perversão para com a normalidade. A perversão se caracteriza por uma fixação do desvio quanto ao objeto de desejo, e pela exclusividade de sua prática. Essa sexualidade estaria definida e cristalizada, por conta de um prejuízo na estruturação do Édipo na vida da criança. O perverso sabe o que quer, sabe o foco do seu desejo, mas nega a raiz de onde ele se originou, considerando a realidade e ao mesmo tempo a negando, substituindo-a pelo seu próprio desejo.
Cabe então ao próprio indivíduo, dentro da sua sociedade, relacionar e discernir o normal e o “pervertido”, já que o “aceitável” nada mais é que uma convenção social. Conforme aprendemos com Freud, somos necessariamente seres sexuais, transferindo, recalcando, liberando nossa libido, e variando inclusive nosso objeto de interesse ao longo da vida, estando ele dentro da perversão, ou não.
(8) Sobre a teoria da sexualidade, relate as fases e suas principais características.
Fase oral
Freud, ao abordar a infância, também expõe o desenvolvimento psicossexual que, segundo ele, se dá a partir de três fases. A fase oral, a fase anal e a fase fálica. Além de expor a fase genital e a fase de latência.
A fase oral é a primeira fase. Nesta fase o bebê, no ato de mamar, tem na sucção algo especialmente importante. Essa é a primeira necessidade da qual ele tem ciência, que é a de se alimentar. A boca, portanto, é vital para comer e, além disso, é por meio dela que criança obtém o prazer da estimulação oral. Por essa estimulação, ela desenvolve atividades gratificantes como degustar e chupar. Para Freud, conforme visto, o desenvolvimento e as fases da sexualidade estão ligadas ao prazer. Assim, a fase oral é um primeiro momento de prazer da criança.
Fase anal
Na fase anal, segundo Freud, segunda das fasesda sexualidade, o principal foco da libido está no controle da bexiga e evacuações. Essa fase vai aproximadamente do primeiro ao terceiro ano de vida. Nela há o grande conflito e que a criança tem de aprender a controlar as suas necessidades corporais. O prazer está neste controle. Ao desenvolver esse controle, a criança passa a ter um sentimento de realização e independência.
Nessa fase a criança tem que aprender a controlar os esfíncteres, sobre o ato de defecar e, dessa forma, deve aprender a lidar com a frustração do desejo de satisfazer as suas necessidades, de forma imediata.
Fase fálica
A fase fálica vai dos três aos cinco anos de vida. Nela, a libido tem seu foco nos órgãos genitais. É quando as crianças também começam a descobrir as diferenças entre o masculino e o feminino, ou, entre machos e fêmeas. Nessa fase, o prazer e o desprazer estão centrados na região genital.
Fase latência
O período de latência também está entre as fases da sexualidade. Nele os interesses da libido são suprimidos. Sendo que o desenvolvimento do ego e do superego, segundo Freud, contribui para esta calma.
Estágio genital
Por fim, há o estágio genital, uma das fases da sexualidade ou desenvolvimento psicossexual. Nessa fase, desenvolve-se interesse sexual no sexo oposto. Ela se inicia durante a puberdade, perpassando por todo o resto da vida da pessoa.
(9) Em suas teorias a interpretação dos sonhos, Freud cita características importantes dos sonhos para o processo de terapia analítica. Explique os seguintes processos, não tomar o sonho como um todo, associar para cada parcela de pensamento e os sonhos são aglomerados psíquicos.
Os Sonhos, para Freud, são uma maneira do psiquismo de “realização de desejos” –  os sonhos são tentativas por parte do inconsciente para resolver um conflito de algum tipo, seja algo recente ou algo do passado mais distante (mais tarde em “Além do Princípio do Prazer”, Freud discute alguns tipos de sonhos que não parecem ser de realização de desejo).  Como os conteúdos do inconsciente são muitas vezes perturbadores, existe um “censor” que não permite que esses conteúdos sejam manifestados conscientemente. No entanto, quando dormimos, a vigília do “censor” é reduzida, embora ainda permaneça atenta: assim, o inconsciente deve distorcer e deformar o sentido da sua informação para conseguir que ele passe pela censura. Os sonhos para Freud são “o caminho real para o inconsciente”.
Desse modo, para Freud na maioria das vezes o que sonhamos não é o que parece ser, mas sim algo distorcido e mais profundo que precisa então de interpretação para ser compreendido. Essa distorção decorre principalmente dos mecanismos de condensação (síntese de idéias/conteúdos com pontos em comum, fusão de idéias/afetos/desejos semelhantes com objetivo de desfocar o verdadeiro objeto) e de deslocamento (substituição de um objeto latente por um de seus fragmentos constituintes).  Assim todo sonho tem um conteúdo latente e um conteúdo manifesto. O conteúdo manifesto é aquele que nos lembramos o enredo, a história do sonho, já o conteúdo latente é aquele que está por trás do manifesto, é o conteúdo verdadeiro e censurado e, portanto, o objetivo da interpretação do analista é o de encontrar e tornar consciente o conteúdo latente.
(10) Explique o que são conteúdos manifestos e conteúdos latentes, dando exemplos.
De acordo com o psicanalista Sigmund Freud, o conteúdo latente de um sonho é o significado psicológico oculto do sonho. Freud acreditava que o conteúdo dos sonhos é relacionado ao cumprimento de desejos e sugeriu que os sonhos têm dois tipos de conteúdo: conteúdo manifesto e conteúdo latente. O conteúdo manifesto é o objeto literal real do sonho, enquanto o conteúdo latente é o significado subjacente destes símbolos.
Freud acreditava que o conteúdo latente dos sonhos é suprimido e escondido pela mente subconsciente, a fim de proteger o indivíduo de pensamentos e sentimentos que são difíceis de lidar. Descobrindo o significado oculto dos sonhos, Freud acreditava que as pessoas pudessem compreender melhor os seus problemas e resolver os as dificuldades que eles criam em suas vidas.
(11) No mecanismo do sonho existem alguns processos que ocorrem. Explique a condensação, deslocamento, processo de representação, elaboração secundaria e dramatização.
Condensação
Vários elementos (temas, imagens, idéias, etc.) se combinam num só, de forma que o sonho se torna mais compacto que os pensamentos-sonho. Segundo Castro (2009), na transformação dos pensamentos oníricos em conteúdo onírico ocorre necessariamente uma compressão de volume, uma condensação, em graus variáveis de um sonho para outro. Na condensação, segundo Laplanche e Pontalis (2001), “uma representação única representa por si só várias cadeias associativas e traduz-se no sonho pelo fato de o relato manifesto, comparado com o conteúdo latente, ser lacônico: constitui uma tradução resumida.”
Deslocamento
O processo de deslocamento de intensidade psíquica é resultado da ação de uma força psíquica que atuará em dois sentidos: retirando a intensidade de elementos que possuem alto valor psíquico e criando, a partir de elementos com baixo valor psíquico, novos valores que vão penetrar no conteúdo dos sonhos. Juntamente com o processo de condensação, o deslocamento é um dos fatores dominantes que determinam a diferenciação entre o pensamento dos sonhos e o conteúdo dos sonhos. 
Simbolismo
Na função de simbolização, há uma transformação dos pensamentos oníricos em símbolos, fornecendo ao sonho uma série de metáforas e conferindo certa poeticidade ao conteúdo manifesto. É nesse estágio que o sonho assume realmente a sua forma peculiar, com uma racionalidade e inteligibilidade bem distinta do pensamento diurno (ALVARENGA & LUCINDA, s.d.).
Certas imagens dos sonhos têm sempre um mesmo significado. Freud fornece uma grande lista de símbolos inconscientes constituída de objetos que se referem, sobretudo à sexualidade. 
Dramatização ou concretização 
O sonho é como um teatro que, como distingue Freud. A dramatização é também um mecanismo responsável pela economia dos sonhos. As operações mentais inconscientes por meio das quais o conteúdo latente do sonho se transforma em sonho manifesto, damos o nome de elaboração do sonho, também chamada dramatização. O processo responsável por essa transformação, que Freud considerava a parte essencial da atividade onírica, é o funcionamento do sonho.
A Elaboração Secundária 
A elaboração secundária, que é essa remodelação, consiste, essencialmente, em tirar a aparência de absurdo e de incongruência do sonho, tapando os seus buracos, remanejando parcial ou totalmente seus elementos. Com esse objetivo é possível observar a elaboração secundária em operação, quando o sonhante se aproxima do estado de vigília.
(12) Relacione a seguinte frase com a teoria definida por Freud. “o sonho e a satisfação de que o desejo se realize”.
Segundo Freud o desejo se realiza nos objetos e é enigmático, e se diferencia da necessidade, que pode se satisfazer num objeto adequado. Ele aparece mascarado nos sintomas, sonhos e fantasias, que são signos de percepção pelos quais uma experiência de prazer ou desprazer tem sido memorizada no aparelho psíquico sob a forma de traços némicos. Quando se procura o objeto na realidade, a procura é a partir desses traços, objeto que remete a algo perdido desde o início, mas que deixa uma inscrição. Isto determina a dimensão do impossível para a psicanálise; um impossível lógico.
E objeto perdido, é diferentemente da concepção naturalista e biológica, o desejo está em uma necessidade, onde essa tensão é de ordem física, biológica, e encontra sua satisfação através de uma ação especifica visando a um objeto específico que permite a redução da tensão, enquanto o desejo não implica uma relação com o objeto real, mas com um fantasma.
Podemos entender assim a definição que Freud dá na Interpretação dos Sonhos: "desejo é o impulso de recuperar a perda da primeira experiência de satisfação."
Por: MarcilioMendes

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