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SISTEMA TEGUMENTAR: - Principal função: proteção, barreira contra o ambiente (microorganismos, traumas, injurias contra a desidratação), caracterização fenotípica (manchas permantes) -> ID do animal, produz anexos (pelo, gl. Sebáceas/sudoríparas, casco/unhas/garras, chifre (troca, somente queratina)/ corno (permante, osso+queratina), produz vit D (precisa do sol para atv, serve para abv cálcio nos ossos), sistema sensorial (toque, tato, reconhecimento tátil de égua e potro, defesa, atrativo). - Estrutura: Hipoderme (camada delgada, subcutâneo, há vasos e tecido adiposo), Derme (diferentes grupos celulares + fibras colágenas + mucopolissacarídeos), Epiderme (varias camadas celulares com queratinização). Exames: ID, espécie (doenças especificas de espécie e raça), raça, idade, sexo, utilidade (para que é usado), coloração da pelagem (pigmentos), Procedência (origem/região da onde vive, veio – características do ambiente, temperatura, umidade). Anamnese - Principal queixa – ALOPECIA E/OU PRURIDO - Antecedentes – Se repete? Como e quando? - Inicio do quadro, Evolução -Saber se houve tratamentos prévios – se precisar colher para exames -> precisa parar qualquer tratamento por pelo menos 24 ANTES da coleta. - Observar instalações, se há contactantes (mesmas espécies ou difentes), manejo ambienta, fômites. Exame físico: - Parasitismo -> no ambiente e animal? Inspeção: - Distribuição: focal, geral, uniforme, desinforma - Configuração: circular? (fungo), irregular (junção de lesões circulares?)? - Localização da lesão, levar em conta o ambiente onde o animal vive, onde pasta, animais próximos. Palpação: - Levar em conta: sensibilidade, volume, espessura, elasticidade, temperatura da lesão, consistencia (dura? – neoplasia,mole?), umidade da região (fatores que podem comtribuir para isso). Exames complementares: - Raspado de pele – recomendado em lesões planas, raspagem de borda (fungos, lesões circulares), raspar crostas, ou raspagem no centro da lesão (varia conforme suspeira – bactérias, por ex). Método direto (Ácaros, ectoparsitas) ou indireto, lembrar de fazer o raspado na “transição, raspar até início de sangramento – citologia (podendo ser aspirativa -> furar várias vezes, depois aspirar) Fungico ou bacteriano? – fazer cultura, se for bacteriano: antibiograma, - Histologico: analisar os tecidos, tipos celulares envolvidos (levar em conta o estado “normal” comparando com o “anormal” provocado pela lesão. Em lesões nodulares: BIOPSIA aspirativa. Problemas não pruriginosos e alopécicos. Problemas granulomatosos: TECIDO DE GRANULAÇÃO EXUBERANTE: Processo de cicatrização: Inflamação (dor, calor, rubor, perda de função,tumor), debridamento (limpeza), Regeneração (enchimento com tecido, preenchimento) -> tecido de granulação, Contração (aproximação das bordas) e epitelização (deposito de epitélio para finalizar). - Para contração: necessário tecido esquelético -> equinos tem mais dificuldade. Histórico: - Secundário a lesões de membros, lesões profundas normalmente, principalmente nas regiões distais -> devido a pouca mobilidade da pele e alta mobilidade da região resultando em contração limitada da ferida, portanto favorecendo a inibição de uma importante fase da cicatrização que é a contração da ferida. - Ausência de prurido e dor, a exuberância do tecido de granulação (aparenta coloração rósea e sangra facilmente quando manipulado) é muito evidente denotando cicatrização inadequada. Exames complementares: –Biopsia: Presença de fibroblastos e vasos neoformados. Tratamento: – O objetivo de qualquer tratamento é a diminuição dos tecidos granulomatosos a um nível abaixo da pele, a fim de permitir adequada epitelização (última fase da cicatrização). - Cauterização química ou cirúrgica, além da retirada cirúrgica -> sem inervação, não doi para retirada, sem necessidade de anestesia (complicado, pois sangra muito). - Quimicamente pode-se utilizar substâncias causticas como Formol, Licor de Villate® (sulfato de cobre e sulfato de zindo) ou mesmo pomadas ou cremes que contenham corticóides em sua formulação. HABRONEMOSE (FERIDA DE VERÃO) – Causada por algumas espécies de nematóides, particularmente o Habronema muscae e Habronema majus ou Draschia megatoma, quando suas formas larvais infectantes são depositadas pelo hospedeiro intermediário (espécies de Musca e Stomoxys) nas feridas, podendo também penetrar na pele intacta. - Moscas com larvas pousam e depositam essas ali, na ferida -> reação de hipersensibilidade, geram uma lesão mais inflamada - Trata-se de uma doença sazonal (aumento do número de moscas na primavera e verão), sendo a ocorrência esporádica, sem preferência por idade, sexo ou raça. História: – Ferida que não cicatriza, exuberante e que se desenvolve no verão, mas facilmente confundível com tecido de granulação exuberante, histórico de moscas na propriedade (parasitismo). Sinais clínicos: – As lesões: nos membros, ventre, canto do olho, prepúcio, processo uretral ou no local de uma ferida prévia (locais parasitados por moscas, vetor de transmissão). -> LOCAIS MAIS UMIDOS. - Pode-se observar pápulas ou nódulos na formação exuberante, também sendo comum ulceração, exsudação e prurido, mas assemelham-se ao tecido de granulação exuberante (DIFERENCIAR NO CITOLÓGICO). Exames complementares: – Biopsia: Presença de fibroblastos e vasos neoformados com infiltrado eosinofílico (devido a hipersensibilidade), raramente larvas são encontradas. - Lesões enegrecida e úmida. . Tratamento - Básico: reduzir granulação, diminuri inflamação e quebrar ciclo larvatico na propriedade (-> pulverizar inseticidas, uso de iscas para as moscas, banhar o animal em repelentes, vermifugação em dia...). – Excisão cirúrgica ou cauterização química. A utilização de cáusticos químicos na lesão pode ser benéfico, assim como a infiltração intralesional de triancinolona, mas corticoterapia oral pode ser utilizada para redução da massa (ex: prednisolona = 1mg/kg/dia durante 7 a 10 dias). - É essencial o controle dos parasitas intestinais nos animais e no ambiente, realizando-se vermifugação dos animais com ivermectina (0,2mg/kg – pasta oral), neste caso a cada 10 a 14 dias, além do controle de moscas no ambiente. SARCÓIDE – Tumor mais comum que afeta a pele dos cavalos, não sendo maligno e tendo supostamente etiologia viral. Moscas contaminados com vírus, pousam e depositam. Verruga benigna. - Comum em animais jovens (menos de 4 anos), imunodeprimidos - Lesão progressiva, cresce e volta quando retirada (em alguns casos), podem aparecer espontaneamente ou após uma ferida prévia, sendo simples ou múltiplos. - Preferência em se localizar nas regiões de membros, orelhas e cabeça. História: – Lesão granulomatosa progressiva e história de recidiva após tratamento. Sinais clínicos: – Lesões granulosas de aspecto variado, existindo quatro apresentações básicas: plano(achatado), verrucoso, fibroblástico (mais duro, firme) e misto, dependendo de sua aparência ou apresentação. - Recoberto por pele, nódulo duro, ulcerado. Exames complementares: – Biópsia: de proliferação fibroblástica da derme (o que difere das verrugas) e hiperplasia epidérmica. - EPIDERME E DERME CRESCENDO. Tratamento: – A excisão cirúrgica pode ser a primeira escolha, mas a recidiva dos quadros pode não incentivar esta forma de tratamento. Nas lesões de grande dimensão a criocirurgia pode ser eletiva. A imunoterapia através da infiltração com o BCG (bacilo CalmetteGuérin) intralesional ou em volta da lesão pode trazer bons resultados inclusive regressão das formações. Problemas nodulares: PAPILOMATOSE (VERRUGAS) – Doença provavelmente causada por um DNA vírus (papovavírus) - Sendo comum em animais jovens com menos de três anos de idade, não havendo predileção para sexo ou raça. - A transmissão pode ser por contato direto, sendo comum encontrarmos lesões múltiplas no focinho,genitália e membros. História: – Animais jovens e com pequenas formações verrugosas nos focinhos, membros ou outra região acometida. Sinais clínicos: – Na inspeção pode-se notar formações bastante características, sendo comumente múltiplas. Exames complementares: –Biopsia: Proliferação epitelial sem proliferação do tecido conjuntivo, o que diferencia esta afecção do sarcóide. - PROLIFERAÇÃO DA EPIDERME (EP. QUERATINIZADO) Tratamento – Lesões são sempre auto-limitantes; mas há quem prefira fazer remoção cirúrgica dos nódulos maiores, cauterização química ou ainda utilizar as auto-vacinas (utilizando o mesmo vírus, capitado na mesma lesão e aplicado via IM) ou mesmo a auto-hemoterapia. - Cauterização química com soluções fortes de Iodo (20 ou 50%) ou ainda Formol 40% -> risco de irritação no local. MELANOMAS – Animais tordilhos (mas outras pelagens também podem apresentar esta neoplasia) - Provenientes dos melanócitos ou melanoblastos. - Animais velhos, podendo ser encontrados em qualquer região do corpo, mas principalmente na região do períneo e cola da cauda. - Podem ocorrer de forma solitária ou múltipla, apresentando-se sempre de forma nodular e firme. - Casos crônicos podem ulcerar formando feridas que secretam líquido de coloração negra. - Benignos. Histórico: – Animais tordilhos, com mais de 10 anos e de raças como o Árabe, Lusitano e Percheron onde são mais frequentemente observados. Portanto pode haver um envolvimento genético hereditário. Sinais clínicos: – Normalmente as lesões são bem características, sendo pequenas firmes e nodulares. - Possivel ulceração com liquido negro, “nankin”. Exames complentares: - Para confirmação diagnóstico pode ser realizada biópsia, mas normalmente os sinais clínicos são evidentes. - Biopsia: células neoplásicas, melanocitos, melanoblastos. Tratamento: - Retirar logo após o surgimento. –Utilização de Cimetidina, na dose de 2,5mg/kg, TID por três meses, com manutenção na dose de 1,6mg/kg – VO- SID – pela vida inteira do animal. OBS: SE COMEÇOU NÃO PODE PARAR O TRATAMENTO, POIS HÁ PIORA DOS CASOS, MAIS PROLIREÇÃO. - Em caso de disquesia: Alimentação mais úmida, uma dieta mais pastosa e incluir mais fibras Não recomendado procedimento cirúrgico, pois haverá formação de tecido cicatrizante no local e poderá piorar o caso. - Pode tratar com imunoterapia, autovacinas. - OBS: Esta afecção também pode ser classificada como um Problema Pruriginoso e alopécico. DERMATITE POR PICADA DE INSETOS OU HIPERSENSIBILIDADE A INSETOS E CARRAPATOS – Um grande número de insetos pode causar reações cutâneas nos equinos, principalmente alguns mosquitos e espécies de Culicoides (mosquitopólvora), Tabanus (mosca do cavalo), Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo), Haematobia irritans (mosca do chifre), assim como vespas e abelhas, ou mesmo carrapatos como o Amblyomma cajanense ou o Anocenter nitens. - Ocorre em épocas mais quentes do ano (PRIM – VER), sendo assim recorrentes nessas épocas, ocorre a melhora no OUT-INV. - Pré disposição hereditária, cor da pelagem (ocorre mais em animais mais claros) - Podendo ser 1 nódulo (onde inseto picou) ou mais espalhados pelo corpo (reação de hipersenbilidade, ou várias regiões onde os insetos picaram). Sinais: - Presença de grande quantidade de pápulas(HIPERSENSIBILIDADE I E IV) moles em todo corpo ou em uma única região. - Regiões como membros, tórax e baixo ventre, que são regiões onde o cavalo tem dificuldade de espanta-los quando sobre o corpo (cabeça e cauda não alcançam). História: – Pápulas em várias partes do corpo; principalmente nas épocas quentes do ano. - Alteração comportamental do cavalo – mostrando irritação pela dor ou coceira das picadas e consequente reação alérgica. - Presença de alto parasitismos de insetos (baia, campo...) Tratamento: – Corticoides, como por exemplo, uma única aplicação de Dexametasona na dose de 0,05 a 0,1mg/kg. - Manejo para controle dos insetos é o mais importante incluindo desde isolamento do animal em baias fechadas e teladas, utilização de repelentes (utilizar um aspersor, para jogar no ambiente de tempos em tempos como a Citronela ou Canela, assim como a utilização de venenos ou armadilhas para moscas. -Limpeza das baias, uso de tela nas mesmas. OBS: DIFERENTE DO MELANOMA QUE SÃO NODULOS DUROS E NÃO HÁ PRESENÇA DE PELOS NA REGIÃO. - CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR COM ALERGIA ALIMENTAR. - Pode tornar-se um problema pruriginoso e alopécico. Problemas pruriginosos e alopécicos SARNA (ACARÍASE): – Três importantes agentes causadores de sarna nos eqüuinos: - Sarcoptes scabiei (variedade equi) – sarna da cabeça; - Chorioptes equi – sarna dos membros - Psoroptes equi – sarna do corpo – principalmente crina e cauda, canal auditivo - OTITE . Historia: - Animais mal cuidados, com manejo errôneo, que tem uma queda da imunidade. Sintomas: - Crostas e descamação, prurido INTENSO, alopecia e pápulas. Exame complementar: - Raspado de pele, da periferia da lesão – exame direto – visualização de ácaros e ovos. . Tratamento – o tratamento repetido com ivermectina (0,2mg/kg VO), por duas a três vezes em intervalos de duas semanas pode ser eficaz na terapia de todas as sarnas. É conveniente sugerir a raspagem enérgica, para retirada das crostas, assim como banho de limpeza antes da aplicação de agentes tópicos. Topicamente, produtos dos grupos dos organofosforados ou piretróides podem ser eficazes, sendo necessária a repetição do banho após intervalo de aproximadamente 14 dias. Não só banho nos animais como em todos os materiais de lida e manejo é importante para controle e combate às sarnas, como escovas, mantas, cabeçadas, etc.
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