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Fisiologia Roteiro de NP2

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FISIOLOGIA – TÓPICOS DO ROTEIRO DE NP2 
1. CONTRAÇÃO MUSCULAR (AULA 11) 
1.1 ETAPAS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR: 
1) Formação do potencial de ação da fibra nervosa: Os potenciais de ação cursam pelo nervo motor 
até suas terminações nas fibras musculares; 
2) Liberação da Acetilcolina: Em cada terminação, o nervo secreta pequena quantidade da substância 
neurotransmissora acetilcolina. 
3) Abertura dos canais acetilcolina dependente: A Acetilcolina age em área local da membrana da fibra 
muscular para abrir múltiplos canais de cátions, “regulados por acetilcolina” por meio de moléculas de 
proteínas flutuam na membrana. 
4) Entrada dos íons sódio: A abertura dos canais regulados pela acetilcolina permite a difusão de grande 
quantidade de íons sódio para o lado interno da membrana das fibras musculares. Isso causa 
despolarização local que, por sua vez, produz a abertura de canais de sódio, dependentes da voltagem. 
Isso desencadeia o potencial de ação na membrana. 
5) Formação do potencial de ação da fibra muscular: O potencial de ação se propaga por toda a 
membrana da fibra muscular do mesmo modo como o potencial de ação cursa pela membrana das fibras 
nervosas. 
6) Liberação de íons cálcio dos retículos sarcoplasmáticos: O potencial de ação despolariza membrana 
muscular, e grande parte da eletricidade do potencial de ação flui pelo centro da fibra muscular. Aí, ela 
faz com que o retículo sarcoplasmático libere grande quantidade de íons cálcio armazenados nesse 
retículo. 
7) Contração (Conexão da acetilcolina com a miosina): Os íons cálcio ativam as forças atrativas entre 
os filamentos de miosina e actina, fazendo com que deslizem ao lado um do outro, que é o processo 
contrátil. 
8) Após fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático pela 
bomba de cálcio da membrana, onde permanece armazenados até que novo potencial de ação se inicie; 
essa remoção dos íons cálcio das miofibrilas faz com que a contração muscular cesse. 
 
2. VENTILAÇÃO PULMONAR (AULA 12 E 13) 
 
2.1 BIOMECÂNICA VENTILATÓRIA: 
 A ventilação pulmonar é a renovação do ar presente no interior dos alvéolos. 
 A ventilação pulmonar ocorre pela inspiração e pela expiração. 
 Inspiração: Promove a entrada de ar nos pulmões, é dada pela contração da musculatura do diafragma 
e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas se elevam, promovendo o aumento da caixa 
torácica, com consequente redução da pressão interna, forçando o ar a entrar nos pulmões. 
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 Expiração: Promove a saída de ar dos pulmões, é dada pelo relaxamento da musculatura do diafragma 
e dos músculos intercostais. O diafragma se eleva e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa 
torácica, com consequente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões. 
 
2.2 VOLUMES PULMONARES 
São 4 volumes pulmonares, que quando somados são iguais ao volume máximo que os pulmões podem 
expelir. 
 Volume Corrente: Volume de ar inspirado ou expirado, em cada respiração normal; é de cerca de 500 
mililitros no homem adulto. 
 Volume de Reserva Inspiratória: Volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume 
corrente normal, quando uma pessoa inspira com força total; geralmente é de cerca de 3.000 mililitros. 
 Volume de Reserva Expiratório: É o máximo volume extra de ar que pode ser expirado na expiração 
forçada, após o final de expiração corrente normal; normalmente é de cerca de 1.100 mililitros. 
 Volume residual: Volume de ar que fica nos pulmões, após a expiração mais forçada; esse volume é 
de cerca de 1.200 mililitros. 
 
2.3 CAPACIDADES PULMONARES 
Ao descrever os eventos do ciclo pulmonar, algumas vezes é desejável considerar dois ou mais volumes 
combinados. Tais combinações são chamadas de capacidades pulmonares. São elas: 
 Capacidade Inspiratória (Volume Corrente + Volume de Reserva Respiratória): é igual ao 
volume corrente mais o volume de reserva inspiratório. É a quantidade de ar (cerca de 3.500 mililitros) 
que a pessoa pode respirar, começando a partir do nível expiratório normal e distendendo os pulmões até 
seu máximo. 
 Capacidade Residual Funcional (Volume de Reserva Expiratório + Volume Residual): é igual ao 
volume de reserva expiratório mais o volume residual. É a quantidade de ar que permanece nos pulmões, 
ao final de expiração normal (cerca de 2.300 mililitros). 
 Capacidade Vital (Volume de Reserva Inspiratório + Volume Corrente + Volume de Reserva 
Expiratório): é igual ao volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o volume de reserva 
expiratório. É a quantidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões, após primeiro enche-lo 
à sua extensão máxima e então expirar, também a sua extensão máxima (cerca de 4.600 mililitros). 
 Capacidade Pulmonar Total (Capacidade Vital + Volume Residual): é o volume máximo a que os 
pulmões podem ser expandidos com o maior esforço (cerca de 5.800 mililitros); é igual à capacidade vital 
mais o volume residual. 
 
OBS: Todos os volumes e capacidades pulmonares, nas mulheres, são cerca de 20% a 25% menores do 
que nos homens, e são maiores em pessoas atléticas e com massas corporais maiores do que em pessoas 
menores e astênicas. 
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3. SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO (AULA 14) 
3.1 SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO: 
 Unidade anátomo funcional do organismo; 
 Estruturas da face, cabeça e pescoço; 
 Origem variada dos tecidos; 
 Agem harmoniosamente na realização de variadas tarefas funcionais 
Funções: 
 Mastigação 
 Deglutição 
 Fonação 
 Respiração 
 Estética 
 Equilíbrio psicossocial 
 Registro de sensações 
 Comunicação de sentimentos através da 
mimica 
Constituição: 
 Lábios 
 Dentes 
 Maxila e mandíbula 
 Língua 
 Bochechas 
 Suprimento nervoso e vascular 
 Músculos 
 ATM 
 
3.2 MASTIGAÇÃO 
 A mastigação é a primeira fase do processo digestivo, sua função é a digestão mecânica. 
 Grande parte do processo de mastigação é causada pelo reflexo de mastigação: A presença de bolo 
alimentar desencadeia a inibição reflexa dos músculos de mastigação, permitindo que a mandíbula inferior 
se abaixe. Isso inicia o reflexo de estiramento dos músculos mandibulares, o que leva a contração reflexa, 
elevando a mandíbula, causando cerramento dos dentes, mas também comprime o bolo alimentar contra 
as paredes da cavidade bucal, o que inibe mais uma vez, os músculos mandibulares, permitindo que a 
mandíbula suba e desça mais uma vez. Esse processo é repetido continuamente. 
 A mastigação é importante para digestão de todos os alimentos; 
 
3.3 ATM – ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR) 
 
 Principal ligação entre o crânio e mandíbula. Ela 
abrange a área participando da parte escamosa do 
osso temporal, juntamente com o disco articular 
dentro da cápsula articular, a cabeça da mandíbula e 
os ligamentos circundantes. 
 
 
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3.4 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO 
MÚSCULO MASSETER: 
Características: 
 Retangular, espesso, forte, totalmente recoberto pela fáscia 
massetérica. 
 Na movimentação da boca é o músculo que eleva a mandíbula 
com maior potência. 
 A parte superficial sobe a mandíbula e a parte profunda age na 
manutenção da oclusão forçada por longos períodos. 
 Função: Elevação (oclusão) da mandíbula. 
 
MÚSCULO TEMPORAL: 
Características: 
 Largo, plano e triangular localizado na fossa temporal. 
 Coberto pela densa fáscia temporal. 
 Passa por baixo do arco zigomático, para se inserir na 
mandíbula. 
 É mais um músculo de movimento do que de força (falar 
e fechar rapidamente a boa). 
 Função: Elevação (oclusão) e retração da mandíbula. 
 
MÚSCULO PTERIGOIDE
MEDIAL 
Características: 
 Retangular, espesso, localizado medialmente ao ramo da 
mandíbula. 
 Apesar de menor assemelha-se muito com o masseter no que se 
refere à forma e função; 
 É um músculo de força; 
 Função: Elevação (oclusão) da mandíbula; 
 
MÚSCULO PTERIGOIDE LATERAL 
Características: 
 Composto por duas cabeças (que se fundem); 
 É um músculo curto. Tem forma de cone e arquitetura bipenada 
(cônico – piramidal); 
 É o mais curto dos músculos da mastigação; 
 Único que se dispõe horizontalmente e o único que se relaciona 
com a articulação Temporomandibular; 
 Função: Abertura da boca e protrusão da mandíbula. Move a mandíbula de um lado para o outro; 
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3.5 DEGLUTIÇÃO 
 A deglutição é um processo complicado (principalmente porque a faringe serve tanto para respiração 
quanto para deglutição). A deglutição é o transporte do bolo alimentar até o estômago. É a ação de engolir 
alimentos, líquidos ou saliva e pode ser dividida em 3 estágios: 
Estágio 01 – Estágio Voluntário da Deglutição: 
 Inicia o processo de deglutição; 
 Quando o alimento está pronto para ser deglutido, 
ele é voluntariamente comprimido e empurrado para 
trás, em direção à faringe, pela pressão da língua para 
cima e para trás contra o palato. 
 
 
Estágio 02 – Estágio Faríngeo da Deglutição 
(involuntário): 
Corresponde à passagem do alimento pela faringe até o 
esôfago. É divido em 5 fases: 
 Fase 1 (Elevação do palato mole): O palato mole 
é empurrado para cima, de maneira a fechar a parte posterior da cavidade nasal, evitando refluxo do 
alimento. 
 Fase 2 (Diminuição da fenda sagital): As pregas palatofaríngeas, em cada lado da faringe, são 
empurradas medialmente de forma a se aproximarem. Dessa forma, essas pregas formam uma fenda 
sagital, que desempenha ação seletiva, permitindo que o alimento mastigado passe com facilidade. 
 Fase 3 (Fechamento das vias aéreas): As cordas vocais da laringe se aproximam, e a laringe é puxada 
para cima e para frente, pelos músculos do pescoço. Essas ações combinadas com a presença de 
ligamentos que impedem o movimento para cima da epiglote, fazem com que a epiglote se mova para 
trás, na direção da abertura da laringe. O conjunto desses efeitos impede a passagem do alimento para o 
nariz e para a traqueia. 
 Fase 4 (Relaxamento do Esfíncter esofágico com consequente abertura da parte superior do 
esôfago): O movimento para cima da laringe também puxa e dilata a abertura do esôfago. Ao mesmo 
tempo, a parede muscular esofágica, conhecido como esfíncter esofágico superior, se relaxa. Então, o 
alimento se move livre e facilmente da faringe posterior para o esôfago superior. 
 Fase 5 (contração da musculatura para impulsionar o alimento adiante): Quando a laringe é 
elevada e o esfíncter faringoesofágico relaxado, toda a parede muscular da faringe se contrai, iniciando 
na parte superior e, então, a contração progredindo para baixo, nas áreas medial e inferior da faringe, o 
que impulsiona o alimento por peristaltismo para o esôfago. 
Estágio 03 – Estágio Esofágico da Deglutição (Involuntário): 
 A função primária do esôfago é a de conduzir rapidamente o alimento da faringe para o estômago, 
e seus movimentos são organizados de modo especifico para essa função.

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