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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS ALTO PARAOPEBA CURSO DE GRADUAÇÃO ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS Bárbara Luiza, Rafaela Nogueira, Ruhana Thamara Costa, Thales R. Mota EXPERIMENTO 1 – Secagem por Convecção Natural Ouro Branco, MG. 2017 Trabalho apresentado à disciplina de Laboratório de Engenharia de Bioprocessos II, sob orientação do Professor Boutros Sarrouh. 2 Sumário 1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................3 2. OBJETIVO..................................................................................................................4 3. MATERIAIS E MÉTODOS .........................................................................................4 3.1 Materiais.............................................................................................................4 3.2 Método................................................................................................................4 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................5 5. CONCLUSÕES ..........................................................................................................7 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................9 3 1. INTRODUÇÃO Entende-se por Secagem, a operação unitária destinada à remoção de um líquido agregado a um sólido para uma fase gasosa insaturada através de vaporização térmica. Esta vaporização ocorrendo em uma temperatura inferior àquela de ebulição do líquido na pressão do sistema. 1 Durante a secagem é necessário um fornecimento de calor para evaporar a umidade do material e também deve haver um sorvedor de umidade para remover o vapor água, formado a partir da superfície do material a ser seco.2 A secagem de um sólido úmido, é feita mediante passagem de uma corrente de ar atmosférico aquecido pelo sólido úmido a uma temperatura e umidade fixas, por uma combinação de transferências de calor (para evaporar o líquido) e massa (para remover a umidade de dentro do sólido), reduz a quantidade de água presente no corpo-sólido 2 Esta operação é utilizada para facilitar o manuseio, como carregamento, descarregamento, transporte pneumáticode substâncias pulverulentas; para baixar o custo de transporte de matérias-primas, sem ignorar o custo da secagem; para aumentar o valor de uma commodity ou para cumprir especificações a respeito da matéria prima ou de um produto, naturalmente, ao se cumprir uma dessas metas, outras podem ser atingidas simultaneamente.3 A evolução das transferências simultâneas de calor e de massa no decorrer da secagem faz com esta operação seja delineada em sub-curvas, denominadas de curva de evolução do teor de água do produto (X), curva de sua temperatura (T) e curva da velocidade de secagem (dX/dt), também chamada de taxa de secagem, ao longo do tempo, para um experimento utilizando ar de propriedades constantes.4 4 Figura 1- Comportamento das curvas de secagem a propriedades constantes . 2. OBJETIVO Avaliar a perda de água do algodão para a construção do gráfico de massa úmida em função do tempo e a taxa de secagem em função da umidade. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais Algodão Água Pipeta Régua Bandejas Balança semi-analítica Estufa Cronômetro 3.2 Método Foram cortados 2 pedaços de algodão de aproximadamente 2,5g. Primeiro, os pedaços de algodão foram pesados separadamente e então colocados em 2 bandejas, onde o conjunto foi pesado em balança semi- analítica. 5 A cada pedaço de algodão foram acrescentados 5 ml de água. As bandejas com os pedaços de algodão foram pesadas em balança analítica após a adição de água. As bandejas foram colocadas em estufa de secagem a aproximadamente 80° e a cada 2 minutos foram retiradas para pesagem e rapidamente recolocadas na estufa. Repetiu-se o processo até se obter peso constante. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante o processo de secagem por convecção natural foram realizadas secagens de algodão, em duplicata, que foram adicionados em duas bandejas, as quais as informações necessárias estão listadas na Tabela 1,e secos em estufa, afim de verificar a variação da massa ao longo do processo. Tabela 1:Informações iniciais da massa seca do algodão e bandejas utilizadas . Massa (g) Bandeja Algodão(Massa seca) Bandeja+Algodão Área (m2) 1 395,66 3,61 399,27 89,32 2 394,05 3,12 397,17 73,15 Após a anotação das informações apresentadas na Tabela 1, foram adicionados de forma uniforme 3 mililitros de água destilada por toda superfície do algodão, que foi novamente pesado com a bandeja, e seguiram para estufa à 80°C e passaram por novas pesagens a cada 2 minutos a fim de monitorar a perda de umidade até a obtenção de uma massa constante. Os dados anotados estão apresentados na Tabela 2. Tabela 2: Monitoramento da massa de sólido úmido do algodão no processo de secagem em estufa a 80°C. Massa de Sólido Úmido (g) Tempo (min) Bandeja 1 Bandeja 2 0 402,17 400,17 10 401,06 399,21 12 400,75 399,87 6 14 400,5 398,60 16 400,25 398,35 18 399,99 398,05 20 399,78 397,81 22 399,55 397,55 24 399,39 397,10 26 399,24 397,10 28 399,15 397,10 A partir das informações iniciais e os dados de cinética de secagem apresentadas nas Tabelas 1 e 2 foi possível a realização do cálculo do teor de umidade (X) e do teor de secagem (R), através das equações 1 e 2, os resultados dos cálculos estão listados na Tabela 3. (1) (2) Tabela 3: Dados de teor de umidade e secagem para as bandejas 1 e 2. X - Teor de Umidade (kg de água evaporada/kg de massa seca) R - Teor de Secagem (kg/h.m2) Bandeja 1 Bandeja 2 Bandeja 1 Bandeja 2 0,803324 0,961538 0 0 0,495845 0,653846 0,013994 0,015202 0,409972 0,865385 0,018365 0,004906 0,34072 0,458333 0,022172 0,026543 0,271468 0,378205 0,026187 0,031846 0,199446 0,282051 0,030566 0,038441 0,141274 0,205128 0,034478 0,044403 0,077562 0,121795 0,038919 0,051222 0,033241 -0,02244 0,04256 0,062462 -0,00831 -0,02244 0,046273 0,065111 -0,03324 -0,02244 0,04925 0,067996 7 A partir dos dados coletados e de todos os parâmetros apresentados nas Tabelas 2 e 3, torna-se possível a construção dos gráficos da figura 1 e 2.Mostrando que os resultados obtidos experimentalmente assemelham-se aos resultados esperados. Figura 1: Massa do sólido úmido da bandeja 1 em gramas, em função do tempo, em horas. Figura 2: Massa do sólido úmido da bandeja 2 em gramas, em função do tempo, em horas. y = -0.112x + 6.4402 R² = 0.9909 0 1 2 3 4 5 6 7 0 5 10 15 20 25 30 M a ss a d e Só li d o Ú m id o ( g) Tempo(h) y = -0.1287x + 6.438 R² = 0.9048 0 1 2 3 4 5 6 7 0 5 10 15 20 25 30 M a ss a d e só li d o Ú m id o (g ) Tempo(h) 8 Também foi traçada a curva referente a taxa de secagem em função da umidade, representados na figura 3. Curva em que na bandeja 1 pode-se observar o comportamento semelhante ao teórico, observados na literatura, quando comparado com a figura 4. Porém na bandeja 2 esse comportamento não é observado,devido a prováveis erros ocorridos durante o experimento. Figura 3: Curva da taxa de secagem em função da taxa de teor de umidade Figura 4: Taxa de secagem (R), dada em quilogramas por hora por metro quadrado em função da umidade de sólido em base seca (X), dada em massa de água evaporada pela massa seca -0.05 -0.04 -0.03 -0.02 -0.01 0 0.01 -5 0 5 10 15 R - T a xa d e Se ca ge m X - Umidade de sólido em base seca Bandeja 1 Bandeja 2 9 CONCLUSÕES O experimento ocorreu de forma satisfatória considerado que o equipamento é de baixo custo e de fácil utilização, porém, o processo é lento e depende das condições externas do ambiente. Durante o procedimento verifico-se a importância da dimensão superficial do algodão, pois quanto maior for sua área mais eficiente será a transmissão de calor por convecção natural, que, por sua vez, ocorre nas vizinhas da superfície da corpo. Assim, as diferenças encontradas nas amostras, fez com que optássemos em tratar os dados relacionando uma duplicata com uma amostra única. Acredita-se que se conseguiu atingir o objetivo do experimento que foi o de observar os fenômenos de transferência de massa e calor durante o processo de secagem. 6.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Curso em Especialização de Papel e Celulose. Disponível em: http://sites.poli.usp.br/d/pqi2530/alimentos/pacheco_secagem_cap_1.pdf acesso em 15/04/2017 as 17:05. [2] FOUST, A.S., et al. Princípios das Operações Unitárias. 2ª Ed, Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Dois, 1982. [3] ENG06632-Metalurgia Extrativa dos Metais Não-Ferrosos II-A Nestor Cezar Heck - DEMET / UFRGS. Disponível em: http://www.ct.ufrgs.br/ntcm/graduacao/ENG06632/Secagem.pdf Acesso em 15/04/2017 as 17:10. [4] PARK, K.J.; ANTONIO, G.C.; OLIVEIRA, R.A.; PARK, K.J.B. Apostila de conceitos de processo e equipamentos de secagem , Campinas, CT&EA – Centro de Tecnologia e Engenharia Agroindustrial, 2007.
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