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Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó
Curso: Direito - 4° período matutino
Disciplina : Direitos Reais 
Acadêmica: Gislaine Eger
Propriedade Fiduciária
A palavra fidúcia tem sua origem do latim fiducia, de confiar, da própria confiança ou fidelidade, significando o pontual e exato cumprimento de um dever, se depreende não ser possível precisar com exatidão as origens e fundamentos do negócio fiduciário.
Na época da Roma antiga o credor tinha direito sobre o corpo do devedor caso fosse inadimplente com suas obrigações, como uma forma de punir por não hora com seus débitos. Com o passar do tempo foi mudando e transferiu-se o ônus pelo não adimplemento da dívida para o patrimônio material do devedor. 
A fidúcia cum amico era tão somente um contrato de confiança e não de garantia, em que o fidunciante alienava seus bens a um amigo, com a condição de lhe serem restituídos quando cessasse as circunstâncias aleatórias. A fidúcia já continha caráter assecuratório ou de garantia, pois o devedor vendia seus bens ao credor sob a condição de recuperá-los dentro de certo prazo. Havia transferência da coisa ou do direito para determinado fim com a obrigação do adquirente de restituí-lo ao alienante depois de cumprido o objetivo que se pretendia. 
No Direito brasileiro a figura de negócio fiduciário, a venda com garantia, a venda para recomposição de patrimônio, a doação fiduciária, a cessão fiduciária de crédito para cobrança ou para fins de garantia contrariem a lei, nem prejudiquem terceiros. A alienação fiduciária em garantia foi introduzida na legislação brasileira pelo artigo 66 da Lei nº. 4.728/65, tratando-se de um novo instrumento de garantia destinado a permitir a difusão do crédito direto ao consumidor. Alienação Fiduciária é um modelo de garantia de propriedades, móveis ou imóveis, que se baseia na transferência de bens como pagamento de uma dívida, a partir de um acordo firmado entre o credor e o devedor.
O Direito de propriedade não se reveste do caráter absoluto e intangível de que outra se impregnava, esta sujeito na atualidade e numerosas limitações, imposta no interesse publico e privado, inclusive nos princípios da justiça e do bem comum. A função da propriedade abrange comportamentos positivos e não situações impostas pelo exercício do poder de policia, quem detém o poder de controle.
As formas de garantia de crédito exigem do direito técnicas cada vez mais modernas, atualizadas e eficazes no que se refere a estruturação e execução a direção da satisfação dos interesses do credor na recuperação do crédito.
Em caso de inadimplemento do credor, mas somente com a possibilidade de reparação por perdas e danos, ao fiduciário era conferido um poder limitado sobre a coisa em decorrência da condição resolutiva que as partes estabeleciam em convenção, com eficácia erga omnes, em uma alienação da coisa objeto de garantia pelo fiduciário sem o previa concordância do devedor, é garantido o direito de retomar o objeto da propriedade fiduciária.
A Lei nº 4728\65 em seu artigo 66, despeita a alienação fiduciária em garantia transfere ao credor domínio resolúvel e a posse indireta da coisa móvel alienada, independentemente da tradição efetiva do bem, tornando-se o alienante ou devedor em possuidor direito e depositário com todas as responsabilidade e encargos que lhe incumbem de acordo com a lei civil e penal.
Portanto a análise da alienação fiduciária destaca em garantia é uma espécie do gênero negociador fiduciário, o negocio é um contrato por meio do qual o domínio de certa coisa é transferido por uma das partes que efetivamente recebe e se obriga a restitui La em razão de circunstâncias jurídicas estabelecidas no pacto. O títulos é o instrumento necessário e exigido pela lei para a constituição ou transmissão dos direitos reais.
O alienante tem direito de ficar com a posse direta do bem alienado, ou seja, com a propriedade, passando a posse indireta ao adquirente (art. 1361, § 2º, do CC, art. 66, §2°, da Lei nº 4728/65 e art. 23, bem como tem o direito de ter o bem restituído após o pagamento da dívida, podendo até reivindicar a coisa depois de cumprida a sua obrigação . As Obrigações do alienante é quitar a dívida integralmente com juros, correções, comissões ou efetuar seu pagamento parcelado, de acordo com o que foi convencionado entre as partes como prevê o art. 1431 do CC e o art. 1367, do CC.
O adquirente é considerado proprietário, sendo possuidor indireto do bem tem o direito de requerer a sua busca e apreensão, mover ação de depósito contra aquele que o detenha injustamente, propor ação possessória, oferecer embargos de terceiro, propor execução fiscal ou executivo fiscal, pedir reintegração de posse. 
Portanto a principal obrigação do fiduciário é o adimplemento da obrigação conforme pacto, mediante o pagamento regular da divida. O art. 1363 CC garante ao devedor seu risco usar a coisa segundo a sua destinação, com diligencias exigida na espécie e obrigá-lo a entregá-la ao credor, se a divida não for paga no seu vencimento, sendo que o devedor tem direito ao saldo do leilão.
A venda com reserva de domínio constitui modalidade especial de venda de coisa móvel. Somente a posse é transferida ao adquirente a propriedade permanece com o alienante e somente após o recebimento integral do preço. Transferência do domínio ao comprador quando se completar o pagamento do preço, estipulação da cláusula por escrito, com o registro do contrato, exigência previsto no artigo 522 CC, A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.
No contrato de alienação fiduciária, devem estar presentes alguns elementos indispensáveis para sua validação como a verificação do consentimento entre as partes, a identificação dos contratantes, bem como a delimitação do objeto contratual. Além disso, este contrato deve obedecer rigidamente o disposto no art. 24, da Lei n. 9.514/97, onde estão definidas as suas cláusulas essenciais.
A apreensão da coisa em execução da alienação fiduciária é uma faculdade concedida ao credor, que não é obrigado a promovê-la. Se ele o preferir, poderá intentar procedimento executório se o fiduciário for pessoa jurídica de direito público, a que seja concedido esse privilégio, contra o devedor ou seus fiadores ou avalistas. 
Quando inserida no contexto de um contrato, ganha nova forma e passa a ser identificada pelo consentimento ou mútuo consenso. Esse instituto, por sua vez, implica na convergência de duas declarações de vontades, que se apresenta como elemento essencial, ou melhor, pressuposto de todo contrato ou negócio bilateral, como é o caso do contrato de alienação fiduciária, do devedor fiduciante, que transfere para a figura do credor fiduciário a propriedade do bem imóvel, com o escopo de garantir o pagamento da dívida, assegurando-se, ao ser liquidada a obrigação, voltar ele a ter a propriedade do bem transferido .
Das cláusulas essenciais do contrato, o objeto é a única que permite uma distinção, quanto ao seu conteúdo intrínseco, em relação às diversas modalidades contratuais é necessário que estejam claramente especificadas, em caráter explícito e minucioso, as disposições quanto ao preço a ser pago pelo devedor fiduciante e quanto ao prazo de pagamento desse montante.
O contrato de alienação fiduciária de imóvel tem prazo determinado, posto que são definidos previamente o início e o término do cumprimento das obrigações contratuais  sendo indispensável conter no contrato a data de sua celebração, a data de início do pagamento das prestações, bem como a data de vencimento da última parcela.
No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no contrato, devendoaplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado. A propriedade será consolidada de forma plena e exclusiva em favor do credor, que poderá vender a coisa apreendida, judicialmente ou extrajudicialmente.
O contrato serve como negócio fiduciário poderá ser extinto, com o seu integral cumprimento ou seja o devedor é titular da propriedade em condição suspensiva, em face da constituição do imóvel em garantia de alienação fiduciária, ou pode ser extinto pela retomada do bem pelo credor ou pela entrega do bem em pagamento da dívida. o devedor fiduciante poderá, coma anuência do credor fiduciário, dar seu direito eventual ao imóvel em pagamento da dívida, dispensando os procedimentos de leilão 
O contrato de alienação fiduciária em garantia, como já visto, é uma obrigação acessória, portanto a regra estabelece que o acessório segue o principal. Se a obrigação pessoal se extinguir, se o débito for quitado, extingue-se a obrigação acessória, que é a alienação do bem ou também nas hipóteses descritas no artigo 1425, I a V, do CC. 
O credor poderá renunciar à garantia dada no contrato de alienação fiduciária, mas o crédito a ser quitado continuará a existir mesmo não havendo a sua garantia. Quando o credor e devedor forem a mesma pessoa.A lei indica que a extinção sempre seja por meio de comprimento da obrigação por meio de quitação dos débitos.
Referencias
Artigo - Da alienação fiduciária em garantia, Isabel Cristina Baptista de Souza Bauru,SP,2013.
Artigo- Alienação fiduciária em garantia de bem imóvel: uma análise do instituto, Rio de Janeiro,2008.
Artigo- CLÁUSULAS ESPECIAIS NOS CONTRATOS DE COMPRA E VENDA- Fernando Rego Barros FILHO, Andrea Nonose ITO, Felipe Gustavo MENDES, Marcelo Alves da SILVA
Acesso: https://www.significados.com.br/alienacao-fiduciaria/
Acesso: http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp154435.pdf
Acesso: https://ravenaseida.jusbrasil.com.br/artigos/114154946/alienacao-fiduciaria-de-bens-imoveis-aspectos-gerais-e-especificos
Acesso:https://rickmlg.jusbrasil.com.br/artigos/23181838/consequencias-do-inadimplemento-na-aliencao-de-bens-moveis-dados-em-garantia-na-alienacao-fiduciaria
Acesso: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9139.htm
Acesso:http://apartamentonaplanta.comunidades.net/execucao-do-contrato-de-alienacao-fiduciaria
Acesso:http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=658
Diniz, Maria Helena. Tratado teórico e prático dos contratos. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
Gama Guilherme Calma Nogueira,Direitos Reais,SP,2011

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