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Aparelho urinário

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1 HISTOLOGIA 
LUIZ ARTHUR F. 
APARELHO URINÁRIO 
▪ Rim 
Possui formato de um grão de feijão e 2 bordas, 
uma convexa e uma côncava, sendo essa côncava 
detentora do HILO. 
O hilo é a região onde entram e saem vasos sanguíneos, 
entram nervos e saem os ureteres. 
Possui: 
• Tecido adiposo 
• 2 ou 3 cálices que se reúnem para formas a Pélvis 
renal, parte superior, dilatada do ureter. 
O rim: 
É constituído de 
• Cápsula fibrosa (tecido conjuntivo denso) 
• Zona cortical: 
• Zona medular: 
Formada por 10 a 18 pirâmides medulares (de malpighi) 
As pirâmides fazem saliência nos cálices renais e estas 
saliências são denominadas Papilas sendo perfuradas de 
10 a 25 orifícios (área crivosa). 
Da base de cada pirâmide partem os raios medulares que 
penetram na cortical. 
Lobo renal: formado por uma pirâmide e pelo tecido 
cortical que recobre a base e seus lados. 
Lóbulo: constituído por 1 raio medular + tecido cortical 
que lhe fica em volta, delimitado pela artérias 
interlobulares. 
Túbulo urinífero: 
 Composto por duas porções funcionais e 
embriologicamente distintas, o néfron e o túbulo 
coletor. 
O néfron: é formado por uma 
• parte dilatada – o corpúsculo renal ou Malpighi 
• pelo túbulo contorcido proximal 
• pela alça de Henle (parte espeça e delgada) 
• túbulo contorcido distal 
se conectando com a parte final que são os ductos 
coletores; 
Corpusculos renais e filtração do sangue 
Corpúsculo renal = glomérulo + cápsula de bowman. 
A cápsula de bowman possuem dois folhetos: 
• Interno (visceral): 
Suas células modificam-se durante o 
desenvolvimento embrionário adquirindo características 
próprias. Estas células são denominadas Podócitos que 
possuem corpo celular e prolongamentos secundários. 
Localizam-se sobre uma membrana basal, porém a 
maior parte do corpo celular e dos prolongamentos 
primários não se apoia nessa membrana. Entretanto os 
prolongamentos secundários se apoiam. 
OBS: entre os prolongamentos secundários existem espaços, 
denominados fendas de filtração. 
OBS: a real funcionalidade dos Podócitos ainda é pouco conhecida. 
Supõe-se que ao atuar como pericito eles se contraponham às fortes 
forças de distensão que age sobre os capilares glomerulares 
permitindo a filtração em alta pressão, e ainda estariam envolvidos na 
seletividade e na limpeza contínua da barreira de filtração. 
• Externo (parietal): 
Constituído de epitélio simples pavimentoso (se 
apoia na lamina basal e uma camada de fibras reticulares. 
Os capilares glomerulares são do tipo fenestrados sem 
diafragmas nos poros das células endoteliais. 
Entre as células endoteliais e os Podócitos existe uma 
membrana basal (fusão da lâmina basal do endotélio e 
dos Podócitos), admite-se que esta membrana seja a 
principal barreira na filtração glomerular. 
Esta membrana divide-se em: 
• Lâmina rara interna 
• Lâmina densa 
• Lâmina rara externa (em contato com os Podócitos) 
Além disso, existe entre os 2 folhetos o espaço capsular, 
que recebe o líquido filtrado. 
 
 
2 HISTOLOGIA 
LUIZ ARTHUR F. 
O cospusculo se divide em 2 polos: 
• Vascular – pelo qual penetra a arteríola aferente e sai 
a eferente 
• Urinário – onde se inicia o túbulo contorcido 
proximal. 
Nos capilares glomerulares circula sangue arterial e 
sua pressão hidrostática é regulada, principalmente, pela 
arteríola eferente que possui maior quantidade de 
músculo liso que a aferente. 
 
Voltando a falar das lâminas raras, citadas 
anteriormente, elas possuem fribronectina que 
estabelece ligações com as células. 
A lâmina densa é um feltro de colágeno tipo IV e 
laminina (que servem como uma barreira física) em uma 
matriz que contém proteoglicanos eletricamente 
negativos. Moléculas de carga elétrica negativa retêm 
moléculas de carga positiva 
Filtrado glomerular 
 Possui concentrações de cloreto, glicose, ureia e 
fosfato semelhantes a do plasma sanguíneo. Quase não 
possui proteínas pois não passa macromoléculas pela 
filtração glomerular. 
 As moléculas maiores filtradas têm peso 
molecular de 70KDa. Peso semelhante ao da albumina, 
ou seja, pode ser encontrada em baixas quantidades no 
filtrado. 
Células mesangiais 
 Além das células endoteliais e dos Podócitos os 
capilares glomerulares ainda possuem as células 
mesangiais 
Localizam-se nos espaços entre os capilares e entre as 
células endoteliais e a lâmina basal. 
São células contráteis detentoras de receptores de 
angiotensina II (quando ativado reduz o fluxo sanguíneo 
glomerular); fator natriurético (vasodilatador) relaxa a 
célula mesangial e aumenta o fluxo sanguíneo. 
Outras funções: 
• Dão suporte estrutural ao glomérulo 
• Sintetizam a matriz extracelular 
• Fagocitam e digerem substancias normais e 
patológicas 
• Produzem moléculas bioativas (prostaglandinas e 
endotelina) 
OBS: as endotelinas causam contração da musculatura 
lisa das arteríolas aferentes e eferentes do glomérulo. 
 
Túbulo contorcido proximal (TCP) 
O folheto parietal da cápsula de Bowman se 
continua com o epitélio cuboide ou colunar baixo do 
túbulo contorcido proximal. 
Esse túbulo é maior que o túbulo contorcido distal. 
Citoplasma das células do TCP tem citoplasma basal 
acidófilo, devido a presença de mitocôndrias alongadas. 
O citoplasma apical apresenta microvilos, que formam a 
orla em escova. 
O citoplasma apical das células do TCP possui canalículos 
que partem da base dos microvilos e aumentam a 
capacidade de o túbulo proximal absorver 
macromoléculas. 
 
 
3 HISTOLOGIA 
LUIZ ARTHUR F. 
Nesses canalículos se formam vesículas de pinocitose, 
que introduzem na célula macromoléculas que 
atravessam a barreira de filtração. As vesículas se 
fundem com os lisossomos onde as macromoléculas são 
digeridas. 
A bomba de sódio (Na+/ K+/ ATPase) localiza-se nessas 
membranas celulares baso-laterais e é responsável pela 
absorção do sódio, presente no filtrado e transportado 
até o interstício. 
 
O filtrado passa para o túbulo contorcido proximal, onde 
começa o processo de absorção e excreção. 
Esse segmento absorve na totalidade a glicose e os 
aminoácidos (ambos por transporte ativo) contidos no 
filtrado glomerular, e aproximadamente 70% da água (de 
forma passiva), bicarbonato e do cloreto de sódio. 
O TCP secreta creatinina e substancias estranhas ao 
organismo como ácido úrico e paraamino-hipúrico e a 
penicilina, retirando essas moléculas do plasma 
instersticial. Esse processo ativo gasta energia, e é 
conhecido como secreção tubular de creatinina ou 
depuração de creatinina (útil na clínica para avaliação 
funcional dos rins). 
Alça de Henle 
 Consiste em uma alça em forma de “U” que 
possui um segmento delgado entre dois espessos. 
Um diâmetro externo de 60mm, estreita-se para um 
diâmetro de 12mm e se continua como parte 
descendente delgada da alça. O lúmen deste segmento é 
largo pois este é formado de epitélio simples 
pavimentoso. 
Ela participa da retenção de agua e apenas animais que à 
possuem são capazes de produzir urina hipertônica e 
assim poupar agua do corpo. 
O segmento delgado descendente é totalmente 
permeável à agua, já o ascendente não é. Chegando na 
parte ascendente espeça da alça há o transporte ativo de 
sódio para fora da alça criando um gradiente de 
hipertonicidade no interstício 
 
Existem 2 tipos de néfrons: 
1. Justaglomedulares 
Desempenham a função de estabelecer um gradiente de 
hipertonicidade no interstício da medula renal, que é a 
base funcional para os rins produziremurina hipertônica. 
2. Corticais 
Entretanto, todos participam ativamente do processo de 
filtração, absorção e secreção. 
Túbulo contorcido distal (TCD) 
Também revestido por epitélio cubico simples; 
Suas diferenças do TCP são as seguintes: 
• Células menores; 
• Sem orla em escova; 
• Menos acidófilas; 
• Menor quantidade de mitocôndria; 
• Suas células têm invaginações; 
Ele pode se encostar no corpúsculo renal e na região em 
que isso ocorre existe uma modificação de suas 
características. Suas células se tornam cilíndricas altas, 
com núcleos alongados e próximos um dos outros. 
Esse segmento modificado denomina-se Mácula densa. 
A macula é sensível ao conteúdo iônico e ao volume de 
agua no fluido tubular, produzindo moléculas 
sinalizadoras que promovem a liberação da enzima 
Renina na circulação. 
Na presença de aldosterona, o TCD absorve sódio e 
secreta potássio. Esse mecanismo influencia o conteúdo 
de sais e água do organismo. 
O TCD também secreta amônia e hidrogênio para a urina. 
Atividade importante para o equilíbrio ácido base do 
sangue. 
 
 
4 HISTOLOGIA 
LUIZ ARTHUR F. 
Túbulos e ductos coletores 
 A urina passa dos TCD para túbulos coletores, 
que posteriormente desembocarão nos ductos coletores, 
os quais se dirigem para as papilas. 
Revestido por epitélio cúbico. 
A medida em que se fundem e se aproximam das papilas, 
suas células vão se tornando cilíndricas, ao mesmo 
tempo aumenta o diâmetro do tubo. 
Os ductos coletores da medula participam dos 
mecanismos de concentração da urina (retenção de 
água. 
Aparelho justaglomerular 
Próximo ao corpúsculo renal, a arteríola aferente não 
tem membrana elástica interna e suas células musculares 
apresentam-se modificadas, sendo denominadas de 
células JG. 
Elas possuem núcleos esféricos e citoplasma 
carregado de grânulos. E a secreção destes participa da 
regulação da pressão do sangue. 
A mácula densa do túbulo distal geralmente se localiza 
próximo às células justaglomerulares, formando com 
estas um conjunto conhecido como aparelho 
justaglomerular. 
Também faz parte do aparelho células mesangiais 
extraglomerulares, de função pouco conhecida. 
As células JG produzem Renina, enzima que não atua 
diretamente. Ela aumenta a PA e secreção de 
aldosterona, por intermédio do angiotensinogênio. 
A renina libera um decapeptídeo denominado de 
angiotensina I. Uma enzima plasmática remove 2 
aminoácidos da angio. I e a tranforma em Angiotensina 
II. Esta por sua vez, atua estimulando a liberação de 
aldosterona pela adrenal. 
Com isso, o aparelho JG tem um importante papel no 
controle de balanço hídrico (a agua é retida ou eliminada 
juntamente com o sódio) e do equilíbrio iônico do meio. 
Circulação sanguínea 
O rim recebe sangue por uma artéria renal, que se divide 
em dois ramos, um ramo irriga a parte anterior e o outro 
a porterior. Ainda no hilo esses ramos dão origem às 
artérias interlobares que seguem entre as pirâmides 
renais. Na base das pirâmides (junção de medula com 
córtex) as artérias interlobares formam as arciformes, 
que seguem um trajeto paralelo à cápsula do órgão, 
percorrendo o limite entre medular e cortical. Das 
arciformes partem as artérias interlobulares 
perpendicular à cápsula do rim. Delas originam-se as 
arteríolas aferentes dos glomérulos. Destes capilares o 
sangue vai para as arteríolas eferentes que se ramificam 
novamente para formar a rede capilar peritubular, 
responsável pela oxigenação e nutrição da cortical pela 
remoção de refugos do metabolismo. 
As arteríolas eferentes dos glomérulos próximos da 
região medular, formam também vasos longos e 
retilíneos que se dirigem no sentido da medular, onde 
constituem os Vasos Retos. 
 O sangue dos vasos retos já filtrado pelos 
glomérulos, fornece nutrientes e oxigênio à medular do 
rim. Devido à sua disposição em alça, os vasos retos não 
alteram o gradiente de hipertonicidade da medular. 
Os capilares da parte superficial da cortical se unem para 
formar as veias estreladas. Estas se unem às 
interlobulares e vão formar as veias arciformes que 
originarão as veias interlobares. Estas por sua vez se 
unem para formar a veia renal. 
Interstício Renal 
Consiste basicamente no espaço entre os néfrons 
e vasos sanguíneos e linfáticos. 
É escasso na cortical, mas aumente na medular. 
Contém pequena quantidade de tecido conjuntivo, com 
fibroblastos, algumas fibras colágenas e principalmente 
na medula, uma substancia fundamental rica em 
proteoglicanos. 
No insterstício da medula existem células secretoras 
chamadas de células intersticiais que possuem gotículas 
lipídicas em seu citoplasma e participam da produção de 
prostaglandinas e prostaciclinas. 
Células do interstício da cortical renal produzem 80% de 
eritropoetina do organismo.

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