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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ CAMPUS SÃO JOSÉ - SANTA CATARINA CURSO DE DIREITO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - 2016.1 PROFESSORA MONICA MORAES GODOY Aplicação Prática Teórica - Aula 06 CASO CONCRETO O Ordenamento Jurídico Brasileiro não prevê a questão do reconhecimento ou não das uniões homoafetivas. Por diversos fatores, essa matéria não foi trabalhada pelos nossos legisladores. Como o art. 1.723 do Código Civil não reconhece a união entre pessoas do mesmo sexo ele negava para esses grupos direitos fundamentais, discriminando assim os relacionamentos homoafetivos em relação aos heteroafetivos. Precisou então o poder judiciário, o STF, se pronunciar sobre a ADI 4277 (Ação Direta de Inconstitucionalidade) proposta pela Procuradoria Geral da República em 2009 e julgada em 2011. Conforme a ADI 4277, deve-se entender que o art. 226, § 3° da Constituição Federal não impede a união homoafetiva. Desta forma, o Código Civil deve ser interpretado a luz da Constituição Federal. Diante do dogma da completude da lei que consiste basicamente na impossibilidade da existência de situação de fato que escape à normatividade jurídica coube então ao STF julgar a questão das uniões homoafetivas. O entendimento do STF foi de que o sexo da pessoa não deve ser usado como fator de desigualação jurídica e que a expressão “família”, utilizada pela Constituição Federal, não se limita a formação de casais heteroafetivos, devendo‐se reconhecer a união homoafetiva como família segundo as mesmas regras e consequências da união heteroafetiva. O STF subordinou o Código Civil a uma interpretação feita da Constituição Federal fazendo o uso da analogia, equiparando as uniões heteroafetivas das homoafetivas, conforme previsto no art. 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). fonte consultada: http://www.conectas.org/arquivos/editor/files/ADI%204277%20-%20resumo%20-%20STF%20em%20Foco.pdf QUESTÃO OBJETIVA D) 4 D) uma ordem coercitiva.
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