Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Espectroscopia no ultravioleta (UV) Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 2 Espectroscopia no ultravioleta Região do espectro eletromagnético: ultravioleta (UV) e visível (VIS) Comprimento de onda de 190 – 800 nm A espectroscopia de absorção tem limitações nessa faixa de comprimento de onda Útil quando combinada com outras técnicas como IV e RMN para a determinação estrutural Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 3 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida O processo de excitação eletrônica 4 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Níveis de energia eletrônica 5 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Transições eletrônicas 6 Instrumentação Fonte de luz: lâmpada de deutério ou de tungstênio Monocromador: tem a função de expandir o feixe de luz Detector: grava a intensidade da luz transmitida Cubetas para amostras: para análises na região do VIS, pode-se utilizar de vidro ou plástico. Na região do UV elas absorvem a radiação e não podem ser utilizadas. Técnica mais moderna: detecção por arranjo de diodo (DAD) Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 7 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 8 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Apresentação dos espectros 9 Solventes: critérios de escolha Não pode absorver luz ultravioleta na mesma região da substância a ser analisada Os mais adequados são os que não possuem sistemas conjugados Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 10 Solventes: critérios de escolha Não apresentar efeito sobre a banda de absorção Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 11 Solventes: critérios de escolha Capacidade de influenciar o comprimento de onda da luz ultravioleta que será absorvida Solventes polares deslocam as transições n → ¶* para comprimentos de onda menores e ¶ → ¶* para comprimentos de onda maiores Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 12 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida O que é um cromóforo? Alcanos Aminas 13 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida O que é um cromóforo? Alcenos 14 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida O que é um cromóforo? Compostos carbonílicos 15 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Absorções ocorrem de 160 a 210 nm 16 O efeito do grupo substituinte: auxocromos (aumentam a intensidade da absorção e possivelmente o comprimento de onda) Efeito batocrômico: deslocamento para maior comprimento de onda Efeito ipsocrômico: deslocamento para menor comprimento de onda Efeito hipercrômico: aumenta a intensidade Efeito hipocrômico: diminui a intensidade Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 17 O efeito da conjugação A extensão da conjugação aumenta o efeito batocrômico Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 18 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 19 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 20 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 21 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 22 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 23 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida O efeito da conjugação sobre os dienos Dienos conjugados: banda de absorção na região de 217 a 245 nm Abaixo dos limites de solventes usados para determinar espectros de UV 24 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida O efeito da conjugação sobre os dienos Regras de Woodward-Fieser para dienos 25 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Regras de Woodward-Fieser para dienos 26 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Regras de Woodward-Fieser para dienos 27 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Regras de Woodward-Fieser para dienos 28 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Regras de Woodward-Fieser para dienos 29 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Compostos carbonílicos Possuem 2 transições principais no UV 30 Compostos carbonílicos Substituição por auxocromos com pares de elétrons livres, tais como -NR2, -OH, -OR, -NH2 ou –X, como em amidas, ácidos, ésteres ou cloretos de ácido Efeito ipsocrômico pronunciado sobre a transição n → ¶* e um menor efeito batocrômico sobre a transição ¶ → ¶* Se o grupo carbonila é parte de um sistema conjugado de duplas ligações, as duas transições são deslocadas para comprimentos de onda maiores Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 31 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Compostos carbonílicos 32 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Compostos carbonílicos 33 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Compostos carbonílicos 34 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Regras de Woodward para enonas 35 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Regras de Woodward para enonas 36 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Regras de Woodward para enonas 37 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Regras de Woodward para enonas 38 Aldeídos α,β-insaturados Seguem as mesmas regras para as enonas Suas absorções são deslocadas em torno de 5 a 8 nm para comprimento de onda mais curto que aquelas das cetonas correspondentes Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 39 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 40 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Ácidos carboxílicos α,β-insaturados 41 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 42 As transições do anel benzeno podem ser complexas O espectro UV contém 3 bandas de absorção As transições eletrônicas são basicamente ¶ → ¶* Não são tão simples como nos cromóforos com ligações duplas Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Compostos aromáticos 43 Espectroscopia no ultravioletaProf. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 44 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 184 nm 202 nm 255 nm 45 Substituição no anel benzeno Pode provocar deslocamentos batocrômico e hipercrômico É impossível formular regras empíricas para os espectros de compostos aromáticos Efeitos da substituição: classificação dos substituintes em grupos adequados Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 46 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Substituintes com elétrons não ligantes Podem provocar deslocamento nas bandas de absorção primária e secundária Os elétrons não-ligantes aumentam a extensão do sistema ¶ por ressonância Exemplos: grupos amino, hidroxila, metoxila e halogênios 47 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 48 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 49 Substituintes que são cromóforos contêm elétrons ¶, do mesmo modo que nos elétrons n, a interação dos elétrons do anel benzeno com os elétrons ¶ do substituinte pode produzir uma nova banda de transferência eletrônica Nesse tipo de interação, o anel se torna deficiente de elétrons Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Substituintes capazes de conjugação ¶ 50 Efeitos da doação e da retirada de elétrons Qualquer substituinte, independentemente da sua influência sobre a distribuição eletrônica na molécula aromática, desloca a banda de absorção primária para um maior comprimento de onda Grupos que retiram elétrons não têm efeito sobre a posição da banda de absorção secundária a menos que o grupo seja capaz de atuar também como um cromóforo Grupos doadores de elétrons aumentam tanto o comprimento de onda como a intensidade da banda de absorção secundária Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 51 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 52 É necessário considerar o efeito de cada um dos dois substituintes Benzeno para-disubstituído: se os grupos são doadores ou retiradores de elétrons, exercem efeitos similares àqueles observados com benzenos monosubstituídos O grupo com o efeito mais forte determina a extensão do deslocamento da banda de absorção primária Se um dos grupos é doador de elétrons enquanto o outro é retirador, a magnitude do deslocamento da banda primária é maior que a soma dos deslocamentos dos grupos individuais Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Derivados disubstituídos do benzeno 53 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Derivados disubstituídos do benzeno 54 Se os grupos são orto ou meta em relação ao outro, a magnitude do deslocamento observado é aproximadamente igual à soma dos deslocamentos provocados pelos grupos individuais Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Derivados disubstituídos do benzeno 55 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 56 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 57 As bandas primária e secundária dos espectros de hidrocarbonetos aromáticos polinucleares deslocam para maiores comprimentos de onda Com a extensão da conjugação, a magnitude do deslocamento batocrômico também aumenta Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Hidrocarbonetos polinucleares e compostos heterocíclicos 58 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 59 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 60 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 61 Os espectros de UV de vários membros de uma classe particular de compostos são muito similares É muito difícil distinguir as substituições de moléculas individuais somente pelos seus espectros de UV Neste caso, determina-se a natureza do cromóforo Emprego de outras técnicas espectroscópicas para uma elucidação estrutural completa Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Estudos de compostos modelo 62 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida C15H12 63 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 64 Região do espectro eletromagnético entre 400 e 750 nm Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Espectro no visível: cores nos compostos 65 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 66 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida 67 Espectroscopia no ultravioleta Prof. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Aplicações da espectroscopia do UV na elucidação de produtos naturais 68 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Cromatograma do extrato etanólico de B. laciniosa obtido por CLAE-DAD em 320 nm. CLAE-DAD 69 1 3 5 7 8 9 2 4 6 10 Cromatograma do extrato etanólico de E. spectabile obtido por CLAE-DAD em 320 nm. CLAE-DAD 70 1 3 5 7 8 2 4 6 Cromatograma do extrato etanólico de N. variegata obtido por CLAE-DAD em 322 nm. CLAE-DAD 71 CLAE-DAD Bromelia laciniosa Encholirium spectabile Neoglaziovia variegata 1 11,79 1 10,89 1 9,60 2 14,44 2 11,12 2 10,89 3 15,14 3 11,78 3 11,80 4 15,57 4 12,86 4 14,44 5 16,67 5 13,37 5 15,16 6 17,62 6 14,44 6 15,58 7 18,09 7 15,16 7 16,69 8 19,01 8 15,58 8 17,62 9 19,89 9 16,68 --- --- --- --- 10 17,63 --- --- 72 Lactona Sesquiterpênica Ácido Clorogênico Flavonoide ~ 240-280 nm ~ 300-550 nm ~ 215 nm ~ 300 e ~ 325 nm CLAE-DAD: espectros de UV dos compostos 73 CLAE-DAD 74 CLAE-DAD 75 CLAE-DAD 76 0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 35.0 40.0 min 0 50 100 150 200 250 300 mAU 290nm,4nm (1.00) 1 2 3 Figure 3. HPLC-DAD phenolic profile of Hm-EtOH recorded in 290 nm. 200 250 300 350 nm -250 0 250 500 750 mAU 15.72 22 9 24 8 20 7 28 9 23 7 Compound 1 Compound 2 200 250 300 350 nm -250 0 250 500 750 mAU 16.99 22 9 24 9 20 7 28 9 23 7 Compound 3 200 250 300 350 nm 0 500 1000 mAU 20.31 22 9 24 5 20 4 29 3 23 7 O OOH HO O O OH OH H Me HO OH OH O OOH HO O O OH OH H Me HO OH OH O OOH HO O O OH OH H Me HO OH OH Neoastilbin Astilbin Isoastilbin CLAE-DAD 77 CLAE-DAD 78 CLAE-DAD 79 CLAE-DAD 80 CLAE-DAD 81 CLAE-DAD HO OH O OH OH OH 82 CLAE-DAD O OOH HO OH 83 Dúvidas? Perguntas? Então... Até a próxima aula!
Compartilhar