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HISTOLOGIA BÁSICA RESUMO

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Citomorfofisiologia e Histologia 1
Histologia:
É o estudo dos tecidos do corpo e de como estes tecidos se organizam paa constituir órgãos. 
São reconhecidos quatro tecidos fundamentais:
Tecido epitelial
Tecido conjuntivo
Tecido muscular
Tecido nervoso
Cada um dos tecidos fundamentais é formado por vários tipos de células, e, além disso, geralmente por combinações específicas de células e matriz extracelular.
Quase todos os órgão (exeção do sistema nervoso central) são formados por uma combinação organizada de vários tecidos.
A matriz extracelular é composta por muitos tipos de moléculas, algumas das quais são altamente organizadas formando estruturas complexas com fibrilhas de colagénio e membranas basais. As células da matriz extracelular formam um entidade contínua que funciona conjuntamente e responde de modo coordenado às exigências do organismo.
Preparação de tecidos para exame microscópico:
O procedimento mais usado no estudo de tecidos ao microscópio consiste na preparação de cortes histológicos. Os cortes são obtidos por meio de instrumentos muito precisos, os micrótomos.
Fixação:
Após a remoção do corpo, células ou fragmentos de tecidos e órgãos, eles devem ser submetidos à fixação. 
 Em que consiste?
Na fixação química os tecidos são imersos em solução de agentes desnaturantes ou de agentes que estabilizam as moléculas vizinhas, são os fixadores. 
Os fixadores mais usados são o formaldeído e o glutaraldeído.
Às vezes utiliza-se tetróxido de ósmio, usa-se para preservar e fornecer contraste aos lípidos e proteínas.
Finalidades da fixação:
Evitar a digestão dos tecidos por enzimas presentes nas próprias células (autólise) ou por bactérias.
Endurecer os fragmentos;
Preservar em grande parte a estrutura e a composição molecular dos tecidos;
Inclusão:
A inclusão tem por objetivo proporcionar uma consistência rígida nos fragmentos. Mergulha-se assim os tecidos em substâncias específicas ao processo. As substâncias mais usadas são: parafina e algumas resinas de plástico. A parafina é a que utilizamos em microscópio de luz.
O processo de inclusão ou embebimento em parafina tem três etapas (desidratação, clareamento e embebimento em parafina):
Desidratação: água é extraída em diversos banhos de etanol.
Clareamento: acontece após a desidratação, o etanol é substituído por xilol. Quando os tecidos são embebidos em xilol ficam transparentes.
Após o processo de desidratação e clareamento, os fragmentos são colocados em parafina derretida e quente, que faz evaporar o xilol e preenche os espaços livres. A parafina solidifica e vai para o microscópio para se fazerem cortes de 1-10 micrómetros.
Após serem seccionados, os cortes são colocados em lâminas de vidro para serem corados.
Coloração:
Muitos corantes comportam-se como substâncias ácidas ou básicas. Os corantes básicos coram componentes ácidos dos tecidos, e os corantes ácidos coram os componentes básicos do tecido. 
Os tecidos que coram bem com corantes básicos são basófilos, logo os componentes ácidos dos tecidos são basófilos. 
Os tecidos que tem grande afinidade com corantes ácidos são acidófilos, logo os componentes básicos da célula são acidófilos.
Corantes básicos:
Azul-de-toluidina
Azul-de-metileno
Hematoxilina 
Coram componentes ácidos dos tecidos, como: ácidos nucleicos, glicosaminoglicanos, glicoproteínas ácidas.
Corantes ácidos:
Orange 6
Eosina
Fucsina ácida.
Coram componentes básicos dos tecidos, como: mitocôndrias, grânulos de secreção, proteínas citoplasmáticas e colagénio.
Nota: De todos os corantes, a combinação hematoxilina-eosina (HE) é a mais usada. 
A hematoxilina cora de azul ou violeta as estruturas ácidas, já que é um corante básico.
A eosina cora as estruturas básicas (citoplasma e colagénio) de cor-de-rosa, por ser um corante ácido.
Contracorante: corante aplicado a um corte para permitir a visualização dos contornos das células ou núcleos (prata e ouro). Usa-se no estudo do tecido nervoso.
 
O citoplasma:
Existem somente dois tipos básicos de células: as procariontes e as eucariontes.
Diferenciação celular:
O processo de especialização denomina-se diferenciação celular. Observa-se uma sequencia de modificações bioquímicas, morfológicas e funcionais que transformam uma célula primitiva indiferenciada em células com funções específicas. 
Principais constituintes das células:
Citoplasma 
Núcleo
Membranas biológicas
Organelos
Citoplasma: 
No citoplasma localizam-se o citoesqueleto, os organelos e as inclusões. São exemplos de organelos as mitocôndrias, complexo de golgi, lisossomas, peroxissomas e retículos endoplasmáticos.
O espaço entre os organelos e as inclusões é preenchido pela matriz citoplasmática ou citosol.
Existe trocas entre o meio intracelular e extracelular por meio de ligações de integrinas que se ligam ao citoesqueleto e macromoléculas extracelulares.
Membrana plasmática
Estruturalmente são bicamadas de lípidos anfipáticos e afotéricos onde se intercalam moléculas proteicas. Os centros hidrofílicos dos fosfolípidos ficam nas superfícies da membrana, enquanto que os hidrofóbicos interiormente. 
As membranas celulares contêm também outros lípidos como glicolípidos e colesterol.
A composição das membranas é muito variável.
A superfície externa da membrana é recoberta pela glicocálise
Funções:
Separação do conteúdo celular do espaço extracitoplasmático.
Organização da topografia do citoplasma, separando-o em compartimentos.
Invólucro do núcleo e dos organelos celulares
Reconhecimento celular
Seleciona a passagem de substancias para o citosol (espaço entre os organelos e as inclusões).
Organelos citoplasmáticos e as membranas biológicas
Organelos revestidos por membranas: 	(7)	
Mitocôndrias (7)
 (2 vesículas, 3 “(…)ssomas”, mitocôndrias e retículos)
Retículo endoplasmático (rugoso ou liso)
Vesículas revestidas
Vesículas de secreção
Lisossomas 
Endossomas
Peroxissomas
Organelos não revestidos por membrana:	(5)
Ribossomas (livres e poli)
Microtúbulos
Centríolos
Cílios e flagelos
Filamentos
Inclusões citoplasmáticas (não revestidas por membranas)
Substancias de reserva:
Glicogénio
Lípidos (10-8cm2/s)
Pigmentos:
Exógenos:
Caroteno
Partículas de carbono
Endógenas:
Hemoglobina
Hemossiderina
Bilirrubina
Melanina
Lipofucsina
Processo de movimentação plasmática:
Exocitose: saída de material da célula em quantidade para o exterior.
Endocitose: Entrada de material para o interior da célula.
Pinocitose: Formam-se pequenas invaginações na membrana, que envolvem fluídos extracelulares e os transportam para o interior celular.
Endocitose mediada por recetores: existem proteínas ligantes (recetores) que ajudam a atravessar a membrana plasmática.
Fagocitose: alguns tipos celulares são especializados em englobar e eliminar bactérias, fungos, protozoários e células danificadas e para isso englobam-nos no seu meio intracelular e destroem-nos.Nota: 
À temperatura fisiológica: lípidos em fase líquida.
À temperatura abaixo da fisiológica: lípidos em transição de fase (gelificam e formam agregados cristalinos)
Captação de sinais:
As células do organismo multicelulares comunicam para organizar o crescimento dos tecidos e a proliferação mitótica e coordenar as funções dos diversos órgãos.
Existem 3 tipos de comunicação
Sinalização endócrina
Sinalização parácrina
Sinalização sináptica
Sinalização endócrina:
As hormonas chegam às células-alvo transportadas pelo sangue.
Sinalização parácrina: 
As moléculas agem apenas no local, actuando sobre células que estão próximas (chama-se sinalização autócrina quando actua sobre células IGUAIS ÀS QUE A SINTETIZARAM)
Sinalização sináptica:
Exclusiva em tecido nervoso, onde neurotransmissores agem nas sinapses.
	Existe também captação de sinais por recetores intracelulares: os esteroides são pequenas moléculas hidrofóbicas, são transportados no sangue conjugados com proteínas do plasma.
	Cada esteroideé reconhecido por uma membrana diferente de uma família de proteínas recetoras.
Fosfolípidos:
Lípidos mais abundantes nas membranas biológicas.
Moléculas anfipáticas: uma extremidade polar (hidrofílica) e uma extremidade não polar (hidrofóbica). (pensar nos ursos que moram nos polos e gostam de água -> polar -> hidrofilico
Em meio aquoso formam bicamadas ou micelas ou lipossomas
O arranjo geométrico da extremidade hidrofóbica deriva do grau de saturação dos ácidos gordos, condicionando assim a fluidez da membrana 
Fosfolípidos insaturados ou mais curtos tornam a difusão mais rápida na membrana e uma transição de fase a temperaturas mais baixas.
O grau de fluidez afecta a temperatura de transição de fase.
Fosfolípidos comuns nas membranas: fosfatiliserina, esfingomielina, fosfatodiletanolina….
Tipos de ácidos gordos:
Saturados: Laurico, palmítico, esteárico
Insaturados: palmitoleico, oleico, linoleico
Colesterol:
A seguir aos fosfolípidos é a molécula mais abundamente da membrana.
Os esteroides são os mais abundantes nos mamíferos.
Existe nos dois folhetos da bicamada
A sua presença influencia:
A impermeabilidade à água 
A fluidez
A temperatura de transição de fase
Glicolípidos:
10% nas membranas biológicas dos mamíferos.
Gangliósidos do sistema nervoso central 
Recetores específicos.
Protéinas:
Em média uma molécula proteica tem massa 40-60 vezes maior do que a de um fosfolípido.
Representam metade da massa total da membrana biológica.
Proteínas integrais/intrínsecas:
Segmentos embebidos na bicamada.
Podem conter resíduos hidrofóbicos que interagem com os fosfolípidos e ancoram na membrana
São removidos com detergente e agregam-se formando precipitados em meio aquoso.
Proteínas periféricas/Extrínsecas:
Não interagem com as cadeias hidrofóbicas
Ligam-se indirectamente à membrana através da interação com a cabeça polar (actina, proteína cinase C)
Proteínas transmembranares:
Atravessam totalmente a membrana
Difusão de moléculas através das membranas:
Bombas de ATP:
Transporte ativo
ATPases que hidrolisam o ATP, movendo iões contra o gradiente
Ex: baixas concentrações de Ca2+ e Na+ no interior da célula
Canais Proteicos:
Transporte de água, iões a favor de gradiente de concentração 
Movimento de materiais: 108 iões por segundo 
Ex. canais de k+
Transportadores:
1º Ligam um ou mais moléculas
2º Sofrem alteração conformacional
3º libertam o substrato na outra face
Apresenta movimentos lentos: 102 – 104 moléculas/seg
Tipos de transportadores:
Uniportes:
. Transportam uma molécula a favor do gradiente de concentração
. Glicose, AAS
Antiportes e Simportes:
. Transportam duas moléculas.
.O antiporte e o simporte diferem em relação à direção do movimento das moléculas transportadoras.
. Não há hidrolise de ATP
SIMPORTE: quando as duas substâncias são transportadas na mesma direcção.
ANTIPORTE: dois iões diferentes ou outros solutos são transportados em direcções opostas através da membrana. Uma das substâncias transportadas fá-lo no sentido do gradiente de concentração (de uma zona de elevada concentração para uma de baixa concentração) produzindo energia que é canalizada para o transporte activo da outra substância contra o gradiente de concentração.
Mitocôndrias:
São esféricas ou alongadas e tendem a acumular-se em locais do citoplasma onde o gasto de energia é mais intenso.
Sintetizam ATP a partir de energia química.
São constituídas por: 
Uma membrana interna onde existem cristas mitocondriais.
O espaço intermembranoso
Uma membrana externa
Dentro da mitocondria existe a matriz mitocondrial, e é nela que se dá a respiração aeróbia.
Ribossomas
Tem duas subunidades: maior e menor.
São basófilos, logo coram com corantes básicos, cora de roxo (hematoxilina).
Estão envolvidos na síntese proteica.
Polirribossoma são grupos de ribossomas unidos por uma molécula de RNA mensageiro.
Retículo Endoplasmático:
RUGOSO (RER)
É abundante nas células especializadas na secreção de proteínas, como as células acinosas do pâncreas (enzimas digestivas), fibroblastos (colagénio) e plasmócitos (imunoglobulinas).
O RER consiste em cisternas saculares ou achatadas.
Chama-se rugoso porque contém muitos polirribossomas (relembrar que são grupos de ribossomas unidos por uma moléculas de mRNA). O facto de terem muitos polirribossomas confere basofilia ao RER.
As proteínas sintetizadas no RER têm vários destinos:
Armazenamento intracelular 
Armazenamento intracelular provisório para exportação
Etc…
LISO (REL)
Não apresenta ribossomas.
A membrana do RER é contínua com a do REL.
Uma das mais importantes funções do REL é a síntese de fosfolípidos.
Nas células musculares estriadas, o REL recebe o nome de retículo sarcoplasmático.
Complexo de Golgi
É um conjunto de vesículas achatadas e empilhadas, com as porções dilatadas.
Completa as modificações pós-tradução, empacota e endereça as moléculas sintetizadas pelas células, encaminhando-as, principalmente, para vesículas de secreção, para lisossomas ou para a membrana celular.
É aqui que se formam as vesículas de secreção.
Lisossomas:
São vesiculas delimitadas por membrana, contendo mais de 40 enzimas hidrolíticas com a função de digestão intracitoplasmática.
São muito abundantes nos macrófagos e nos neutrófilos.
Proteossomas:
São complexos de diversas protéases que digerem proteínas assinaladas para destruição pela união com ubiquitina.
Também destroem moléculas proteicas que se formam com defeitos estruturais e as proteínas codificadas por vírus.
Peroxissomas:
Os peroxissomas utilizam grandes quantidades de O2, porém não produzem ATP.
As enzimas dos peroxissomas são sintetizadas em polirribossomas livres no citosol.
Vesículas ou grânulos secretórios:
São encontrados nas células que armazenam material até que as suas secreções sejam desencadeadas por mensagens metabólicas, hormonais e neurais.
São envolvidas por uma membrana e contêm as moléculas secretadas sob uma forma concentrada. As vesículas de secreção que contêm enzimas digestivas chamam-se grânulos de zimogénio.
Citoesqueleto
É uma rede complexa de microtúbulos, microfilamentos e filamentos intermediários. É responsável pela contração celular e pela movimentação da célula inteira.
Microtúbulos:
São estruturas tubulares com 25 nm de diâmetro com perfil circular.
Centro pouco denso (15nm) e periferia com espessura de 5nm.
Comprimento variável 
São encontrados nos centríolos, corpos basais, fibras do fuso, axonema de cílios e flagelos.
Formados por proteínas globulares (tubulinas α e β)
Organizam-se em espiral e é constituída por 13 protofilamentos.
Os microtúbulos desfazem-se e refazem-se pelas duas extremidades que tem ( a mais e a menos). Porém, na extremidade mais (+) a polimerização é muito mais acentuada do que a despolimerização, e o microtúbulo cresce por essa extremidade. Na outra extremidade denominada menos (-) o processo de despolimerização prevalece e impossibilita o crescimento do microtúbulo.
O complexo colquicina-tubulina incorpora-se no microtúbulo impedindo a adição de tubulina na extremidade (+) e ao mesmo tempo despolimeriza-se na extremidade (-), a tubulina perdida não é restituída.
Irradiam e crescem a partir de material denso (satélites), na proximidade dos centríolos.
A organização dos microtúbulos depende das tubulinas.
É inibida por:
Diminuição da temperatura
Ca2+
Drogas: Colquicina e Vimblastina
É favorecida por:
GTP (ausência de GTP promove temperaturas baixas)
GDP
Mg2+
Taxol: baixa concentração mínimo de tubulina necessária à polimerização promove a polimerização mesmo em condições desfavoráveis.
Aplicação médica: a colquicina é usada para interromper mitoses e preparar cariótipos e na quimioterapia. Vimblastina: dificulta a proliferação de células tumorais. São medicamentos (drogas).
Funções dos microtúbulos:
Envolvidos no tráfego intracitoplasmático de vesículas e organelos durante a interface.
Construção do fusomitótico (fase S)
Organização do citoplasma
Microfilamentos:
São filamentos muito finos de actina com cerca de 5-7 nm de diâmetro.
A actina constitui uma rede no citoplasma e forma uma delgada camada próxima à superfície interna da membrana plasmática, denominada córtex celular (citoplasma cortical).
É eixo dos prolongamentos celulares
Actina: G e F
Microvilosidades e estereocílios
No citoplasma cortical, a actina associa-se à miosina e tem funções de fagocitose, citocinese e locomoção (transporte de células)
Filamentos Intermédios:
Além dos filamentos finos de actina e dos filamentos espessos de miosina, há filamentos intermédios com cerca de 10 nm de diâmetro.
Formam uma rede perinuclear e estendem-se até à membrana celular.
Têm funções de arquitetura e estabilidade estrutural celular e tecidual.
São muito estáveis 
Contêm desmossomas e hemidesmossomas
5 tipos diferentes de proteínas constituintes dos filamentos intermédios:
Citoqueratinas ácidas (tipo I)
Citoqueratinas básicas-neutras (tipo II)
Vimentina, desmina, proteína acídica fibrilar glial e periferina (tipo III)
Proteínas de neurofilamentos, nestina e α-internexina (tipo IV)
Lâminas nucleares (tipo V)
Especializações da Membrana Plasmática:
Microvilosidades:
Ex: enterócitos e células dos tecidos conjuntivos proximais.
São extensões citoplasmáticas digitiformes com cerca de 1um de diâmetro.
Situa-se no pólo apical das células epiteliais.
Aumentam a área de absorção
Revestidas por membrana plasmática especializada (glicocólise)
No interior do feixe 20-20 microfilamentos de actina dispostos em paralelo.
Feixe de microfilamentos estabilizados por fimbrina, fascina e vilina.
Os microfilamentos ligam-se aos lípidos da membrana através de miosina I, que fornece a capacidade contráctil às microvilosidades.
Formam-se e crescem por polimerização de monómeros de actina G.
B. Microvilosidades
Cílios e Flagelos:
Ex: espermatozoides, células da árvore brônquica, células do trato genital feminino.
São projecções citoplasmáticas móveis com 5-10 um de comprimento e 0,25um de diâmetro.
Desloca os fluídos/células na superfície celular 
2 tipos de movimento: 
movimento ciliar em chicote
movimento flagelar sinusoidal
Axonema: microtúbulos e proteínas associadas (organização ultraestrutural dos cílios e flagelos)
Os cílios contêm 2 microtúbulos centrais cercados por 9 pares de microtúbulos periféricos.
Cílios.
Estereocílios:
Ex: canais excretores genitais masculinos e células do ouvido interno.
São microvilosidades modificadas na dimensão e na forma.
Aumenta a área de absorção 
Grandes dimensões e eventualmente com ramificações.
Estereocílios dos canais excretores genitais masculinos:
Longos e largos
Ramificados e amastomosados
Formam uma rede porosa (impede a inclusão do lumén dos ductos e ajuda a remover espermatozoides mortos)
Estereocílios do ouvido interno:
Localizam-se nas células sensoriais do órgão de Corti
Não são ramificados nem anastomosados
S. Estereocílios
Interdigitações:
São reentrâncias celulares de prolongamentos citoplasmáticos de células adjacentes.
Aparecem muito no epitélio 
Modificam a forma e profundidade de penetração.
As células vizinhas não apresentam especializações 
Aumenta a superfície de contacto entre as células.
Junção de Oclusão (zonulae occludens):
São as junções mais apicais do epitélio de revestimento.
Faixa circular contínua em redor das células epiteliais.
As membranas de células vizinhas fundem-se em intervalos próximos 
Reduzem a permeabilidade lateral
Junções de Aderência (zonulae adherens):
Encontra-se na sequencia ápico-basal dos epitélios
Localiza-se abaixo das junções de oclusão 
Têm espaço intracelular de 15-20 nm
Têm proteínas chamadas caderinas.
Junções de Miato, Nexus ou Gap junctions 
Interstício de 3nm
Conexões que formam canais entre 2 células vizinhas (passagem de moléculas e iões)
Subida Ca2+ leva à descida do pH o que diminui a permeabilidade.
Desmossomas:
Existem nas células epiteliais essencialmente.
Forma de disco, presentes na superfície celular.
2 placas proteicas densas associadas a filamentos intermédios de queratina (casa células epiteliais) ou desmina ou vimentina ( casa de células não-epiteliais)
Hemidesmossomas:
Morfologicamente semelhantes aos desmossomas
Ligam a superfície basal da célula à lâmina basal 
Contêm integrinas
Substâncias de reserva: que formam Inclusões Citoplasmáticas
Substâncias armazenadas no citoplasma, de forma temporária (substâncias nutritivas) ou permamente (pigmentos).
Resulta da interações de factores como:
Hormonas e factores de crescimento 
Vitaminas e oligoclementos
Temperaturas, pH, pressão parcial de O2
As suas funções são:
Protecção mecânica e estrutural
Produção de energia e calor
Apoio à atividade secretora
Reservas de lípidos:
Lípidos de composição: carbono, hidrogénio, oxigénio, e eventualmente azoto, enxofre e fósforo.
Solubilidade: baixa em água e alta em solventes orgânicos
Grupos:
Lípidos de reserva: glicerol e ácidos gordos (Energia altamente concentrada)
Lípidos Estruturais: fosfolípidos e glicolípidos (constituição de estruturas celulares)
Visualização dos lípidos: 
MO: fixação com tetróxido de ósmio (forma um precipitadoinsolúvel). Criofixação por Negro Sudão B, Sudão III e IV.
ME: Tetróxido de ósmio
Triglicerídeos = 3 ácidos gordos + glicerol
Vitaminas lipossolúveis:
Vitamina A:
Fontes: 
Gordura de origem animal, fígado, rim, lactícionios…
Sob a forma de caroteno (cenoura, couve, agrião)
No intestino e fígado vitamina A ativa
Em caso de deficiência temporária usa as reservas hepáticas:
Funções: 
Crescimento normal
Desenvolvimento de tecidos, ossos e dentes
Fundamental para a visão
Carência:
Cegueira noturna
Alterações na pele
Anemia
Diminuição da resistência a infecções
Excesso:
Náuseas e vómitos
Descamação da pele
Vitamina B:
Fontes: 
Alimentos de origem animal e em poucos vegetais
Na pele, sob a ação da luz solar vitamina D
Em caso de deficiência temporária usa as reservas hepáticas:
Funções: 
Formação da estrutura óssea
Carência:
Raquitismo nas crianças
Osteomalácia nos adultos
Excesso:
Surdez
Cálculos renais
Vitamina E:
Fontes: 
Germe de trigo
Óleos vegetais
Gordura do leite
Nozes 
Funções: 
Antioxidante 
Manutenção do tecido epitelial
Reprodutoras
Proteção contra anemia
É armazenada no fígado.
Reserva de Hidratos de Carbono:
Reserva energética de rápida e fácil utilização (fígado, músculo)
Monossacárideos Ex: D-glicose
Oligossacarídeos (2-10 monossacarídeos) Ex: sacarose; lactose
Polissacarídeos: (11 até centenas de monossacarídeos)
Com ligações α e β glicosídicas:
-Funções e especificidade diferentes
-Capacidade de metabolização diferente
-hidrólise enzimática distinta α-glicosídicas (amido e glicogénio) // β-glicosídicas (celulose e quitina)
Visualização de Hidratos de Carbono:
MO: reação com PAS, combinação PAS- Azul Alcian, Azul Alcian, Best’s Carmine, Corantes metacromáticos
ME: coloração de Thiery
Polissacarídeos de Reserva – Glicogénio
Ligações α-glicosídicas entre C1 e C4
Ramificações em C1 e C6
Ramificações em cada 10 moléculas de glicose
Partículas com 10-40 nm
Partículas ϫ (moléculas de glicogénio)
Partículas β (partículas ϫ associadas a proteínas)
Aspecto denso e homogéneo 
15-30 nm de diâmetro 
Partículas α (associação de partículas β)
Formam rosetas
Dimensão variável
Síntese e dregradação do glicogénio:
Insulina síntese de Glicogénio (fígado)
Glucagon degradação de Glicogénio
Epinefrina degradação de Glicogénio (músculo)
Patologias associadas:
Van Gierke
Pompe
Cori
Herb
Reserva de proteínas:
Compostos constituídos por cadeias de aminoácidos unidos por ligações peptídicas 
São 50% do peso dos organismos vivos
Cada proteína é constituída por cerca de 20 aminoácidos diferentes
Grande variedade de combinações possíveis permite a formação de dezenas de milhares de proteínas diferentes.Quando há carência alimentar usa-se as proteínas intrínsecas 
Substancias de reserva em casos particulares: 
Vitelo proteico de ovócitos
Estruturas particulares:
Estruturas cristalinas ( células de sertoli, células de leydig, sistema excretor de invertebrados).
Pigmentos:
Exógenos: 
Carotenos
Minerais 
Endógenos:
Hemosiderina (reação de Pearls de Azul da Prússia)
Hemoglobina (coloração de: Mallory, Glick, Dunn, Garrazi-Dunn)
Bilirrubina (reação de Gmelir)
Melanina (método de Masson-Fontana, Lillie e Schnorl??)
Lipofucsina (Negro Sudão B)
Depósitos permanentes que aumentam com a idade. São corpos residuais dos lisossomas. Não tem valor metabólico. Não podem ser eliminados.
Núcleo Celular:
É o centro de controlo de todas as atividades celulares porque é o organelo onde está concentrada a maior parte do genoma.
A forma do núcleo é variada e característica de cada tipo celular, mas geralmente é arredondado ou alongado e cora com hematoxilina.
Os principais componentes são: invólucro nuclear, a cromatina, o nucléolo, a matriz celular e o núcleo-plasma.
Involucro Nuclear:
Separa os componentes nucleares dos citoplasmáticos
Sofre modificação durante o ciclo celular
Aumenta a superfície durante a fase S
Maior nº de modificação durante a fase M
Envolvido no transporte intracitoplasmático, organização de cromatina e replicação de DNA.
Componentes do involucro nuclear:
2 unidades de membrana concêntricas que delimitam
A membrana nuclear externa está em continuidade com o RE
A membrana nuclear interna tem composição específica de proteínas integrais
Nos locais com poros nucleares as duas membranas são contínuas
Membrana nuclear é associada ao poro que tem composição proteica especifica
Membrana nuclear interna está associada à lâmina nuclear.
Lâmina nuclear:
É interfase entre a membrana nuclear interna e a cromatina
Tem aspecto de camada contínua excepto nos poros nucleares
Electrodensa
Promove a ancoragem do poro ao invólucro
Poro nuclear:
100 polipeptídeos formam um poro
Envolvido no transporte de subunidades ribossomais
14000 subunidades/min
3 subunidades/poro/min
Cromatina:
Está compartimentada em domínios estruturais correspondentes a cada cromossoma e territórios.
Eucromatina:
Localiza-se no interior do nucleoplasma
Região do genoma geneticamente ativa
Estrutura mais descondensada 
Heterocromatina:
Localiza-se no interior do invólucro nuclear junto aos poros 
Regiões do genoma geneticamente menos ativadas
Estrutura condensada durante todo o ciclo celular 
Facultativa: sofrem inativação no desenvolvimento embrionário
Constitutiva: regiões pericentróméricas, telómeros, braço longo do cromossoma Y, sequências repetidas e organizadas lado a lado.
Funções: 
Proteção da eurocromatina
Regulação do emparelhamento cromossómico 
Controlo do transporte dos poros nucleares
Estabelecimento de barreiras de fertilidade
Estabilização de regiões com o telómero
Níveis de organização da cromatina:
Compactação de cromatina (Nucleossomas)
Justaposição de nucleossomas com posterior enrolamento helicoidal
Nucléolo: 
São fábricas para produção de ribossomas
Nas lâminas coradas são basófilos
Estrutura nuclear de aspecto denso
Tamanho, numero, morfologia e posição variáveis nos diferentes tipos celulares
Grande dinamismo
Morfologia dos nucléolos:
Nucléolo compacto: componente fibrilhar denso- fase inicial de transição RDNA RRNA
Nucléolo Reticular: componente fribilhar denso organizado na forma de fita enrolada sobre si mesma, e rodeada por componente granular
Nucléolo Vacuolar: componente fibrilhar denso na região central, com vários vacúolos ou interstícios e componente granular na periferia 
Nucléolo Anelar: esférico, de grandes dimensões, com vacúolo volumoso no centro, com matriz semelhante ao nucleoplasma perinuclear.
TECIDO EPITELIAL
Os epitélios são constituídos por células poliédricas justapostas, entre as quais há pouca substância extrecelular. As células epiteliais geralmente aderem firmemente umas às outras por meio de junções intercelulares.
Características:
A forma dos núcleos acompanha a forma das células
Eixo maior do núcleo é paralelo ao eixo maior da célula
Pólo apical/luminal Vs pólo basal
Avasculares, pois não recebem irrigação dos vasos sanguíneos 
Praticamente todos os epitélios estão apoiados sobre tecido conjuntivo
Especializações no pólo apical microvilosidades; estereocílios;cílios
Outras especializações desmossomas; hemidesmossomas; junções intercelulares
	Pólo apical virado para o lúmen
	Pólo basal virado para o tecido conjuntivo
Os núcleos ficam mais carregados quando estão em divisão mitótica. A membrana basal separa o tecido conjuntivo do tecido epitelial.
Funções:
Revestimento de superfícies e protecção (Ex. Pele)
Absorção de moléculas (Ex. intestino)
Percepção de estímulos (Ex. ouvido ou língua)
Secreção (Ex. glândulas)
Termorregulação (Ex. glândulas)
Contracção (Ex. células mioepiteliais) 
Lâmina basal
Encontra-se entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo (20-100nm de espessura) através de colagénio tipo III (ligado ao tecido conjuntivo através de fibrilas de ancoragem com tipo 3 e 7)
Componentes:
Colagénio tipo IV, laminina, proteoglicano
Funções:
Controlo das trocas entre os epitélios e o tecido conjuntivo 
Influencia a polaridade celular
Regulação da proliferação, diferenciação, metabolismo e migração celular
Organização de proteínas nas membranas plasmáticas
Existe noutros locais como: células musculares, adiposas, de schwann, fibras reticulares
Lâmina lúcida + lâmina densa = lâmina basal
Membrana basal:
Estrutura laminar especialista situada abaixo dos epitélios
Formada por colagénio IV, laminina, fibronectina e proteoglicanos
Classificação dos epitélios:
A classificação dos epitélios faz-se quanto ao número de camadas de células que apresentam e quanto ao formato das células.
Nº de camadas de células:
Simples (1 única camada)
Estratificado (mais do que 1 camada)
Pseudoestratificado (parece estratificado, mas é simples)
Formato das células:
Pavimentosos (células achatadas) núcleos achatados
Células cuboides núcleos esféricos
Células colunares núcleos alongados/elípticos 
Transição 
Epitélio Simples:
Pavimentoso:
Muito fino
Células dificilmente visíveis em MO
Núcleo faz proeminência no lúmen 
Apropriado para o transporte de materiais através do citoplasma.
Ex: vasos sanguíneos 
Cúbico:
Núcleo central
Apropriado para a secreção e transporte de secreções 
Ex: ductos de glândulas
Colunar
Alto
Núcleo alongado; basal
Células absortivas e secretoras
Ex:útero
Pseudoestratificado: 
Todas as células assentam na lâmina basal
Nem todas as células atingem em altura a superfície
Núcleos a diferentes alturas
Células absortivas e secretoras
Ex: árvore respiratória superior
Epitélio Estratificado
Pavimentoso (queratinizado ou não queratinizado)
Espessura muito variável 
Estrato basal com células estaminais
Associado a função de proteção mecânica
Ex: pele
Cúbico:
2 camadas
Transição entre epitélio simples para pseudoestratificado 
Ex: ductos genitais
Colunar:
2 camadas
A camada profunda com células cuboides 
Transição entre epitélio estratificado e de transição
Ex: ductos de algumas glândulas 
Transição:
Várias camadas
Células das camadas do meio em forma de pêra
Apropriado para resistir a forças de distenção
Ex: urotélio
Exemplos Prática
Pele epiderme fina:
Constituída por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado.
A epiderme é menos espessa e as papilas dérmicas são mais curtas.
Rim:
Constituído por epitélio simples cuboide.
Entre eles aparecem ductos e perto deles capilares sanguíneos.
Duodeno:
Constituído por epitélio colunar simples com microvilosidades.
As microvilosidades e pregas do intestino são macroscópicas. Sendo delimitado por musculo liso.
Epididimo: 
Constituído por epitélio pseudo-estratificadocolunar e é envolvido por tecido conjuntivo e muscular liso.
Tem esterocílios.
Traqueia:
Epitélio pseudoestratificado com cílios e células caliciformes (produtoras de muco).
Na lâmina própria aparecem glândulas serosas e cartilagem hialina (com pericôndrio).
Bexiga:
Epitélio urotélio (epitélio estratificado de transição) é identificado por uma pertuberância arredondada.
Notam-se feixes de fibras musculares lisas separadas por tecido conjuntivo com feixes de fibras colageneas.
Esófago:
Epitélio estratificado pavimentoso.
Glândulas mucosas estão presentes na submucosa e músculo estriado esquelático está presente na camada muscular.
Epitélios Glandulares:
Classificação das glândulas segundo o nº de células:
Unicelulares (são glândulas isoladas)
Ex. células caliciformes
Pluricelulares / Multicelulares
As glândulas são sempre formadas a partir de epitélio de revestimento cujas células proliferam e invadem o conjuntivo adjacente.
Classificação segundo o local de eliminação das secreções:
Exócrinas:
Eliminam o produto na superfície do epitélio de revestimento
Ex. glândulas sudoríparas, mamárias, lacrimais, sebáceas
Endócrinas:
São desprovidas de ductos ou canais
As hormonas são lançadas para vasos sanguíneos 
Ex. hipófise, tiróide, adrenal, ovários e testículos
Anficrinas ou mistas:
Ex. fígado.
Glândulas Exócrinas:
Natureza do produto de secreção:
Mucoso (mucopolissacarídeos e glicoproteínas)
Seroso (proteínas)
Lipídico
Classificação de adenómeros e canal excretor:
Modo de eliminação das secreções:
Merócrinas – as células eliminam exclusivamente as secreções 
Ex. glândulas lacrimais, salivares, sudoríparas 
Holócrinas - as células desintegram-se e são eliminadas junto às secreções; actividade é mantida devido à renovação celular.
Ex: glândulas sebáceas
Apácrimas ou holomerócrinas – as células eliminam a secreção junto a parte do seu citoplasma
Ex: glândulas mamárias
Glândulas Endócrinas:
Difusa: Leydig
Folicular: tiróide 
Cordonal: córtex adrenal
Glomerular: córtex adrenal
Fasciculada: córtex adrenal
Reticulada: Adeno-hipófise
Exemplos – Epitélios Glandulares:
Células caliciformes secretoras de muco encontradas no duodeno e no jejuno.
Glândulas sub-linguais:
São células ramificadas onde existem canais excretores e secretores
Pâncreas:
É uma glândula puramente serosa. Há uma organização cordonal no pâncreas endócrino.
Tiróide:
As glândulas organizam-se por folículos formados por células foliculares e parafoliculares, produtoras de calcitonina.
Glândulas cutâneas:
Glândula sebácea: é uma glândula holócrina. O material secretado é expulso com restos celulares. Troncos celulares, localizadas próximas à membrana basal, multiplicam-se por mitose para substituir as células perdidas na secreção. É uma célula exócrina ramificada acinar.
Glândula sudorípara: são merócrinas (glândula simples tubular enovelada). Quando tem um rendilhado no lúmen são apócrinas.
TECIDO CONJUNTIVOmatriz extracelular: consiste em diferentes combinações de proteínas fibrosas e de substancia fundamental.
São responsáveis pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo.
O principal constituinte do tecido conjuntivo é a matriz extracelular.
A matriz do tecido conjuntivo também serve como um meio através do qual 
nutrientes e catabólitos são trocados entre as células e o seu suprimento sanguíneo (Matriz = fibras + substância fundamental)
O tecido conjuntivo é consequência de uma grande variedade e quantidade dos seus três componentes:
Substância fundamental
Fibras
Células
Existe uma ampla variedade de tecidos.
Existe uma grande diversidade estrutural, funcional e patológica do tecido conjuntivo.
Origem: Na mesoderme, que se desenvolve em mesênquima, que é um tecido embrionário formado por células alongadas, as quais têm núcleo oval.
As células mesenquimais migram do seu sítio de origem e envolvem e penetram nos órgão em desenvolvimento.
Células do tecido conjuntivo:
Fibroblastos:
Função: 
Estrutural: Produção de fibras e substância fundamental. Estão também envolvidas na produção de factores de crescimento, que controlam a proliferação e a diferenciação celular.
São as células mais comuns no tecido conjuntivo.
Os fibroblastos possuem citoplasma basófilo (rico em RER) e abundante, com muitos prolongamentos. O núcleo é ovoide, grande e com cromatina fina e nucléolo proeminente. 
São capazes de regular a sua atividade.
Fibroblastos: metabolicamente mais ativos
Fibrócitos: metabolicamente menos ativos
Os fibroblastos são células residentes, constantes no tecido e com período de vida relativamente longo.
Os fibrócitos são menores e mais delgados do que os fibroblastos e tendem a ter um aspecto fusiforme. O seu citoplasma é em pouca quantidade e tem pouco RER. 
Macrófagos e sistema fagocitário monocelular:
Função: Defesa fagocitose
Possuem características morfológicas muito variáveis que dependem do seu estado de atividade funcional e do tecido que habitam.
Medem entre 10-30 nm de diâmetro e usualmente possuem um núcleo oval ou em forma de rim.
Ao microscópio ótico apresentam:
Superfície irregular
Vesículas de pinocitose e fagocitose
Aparelho de Golgi bem desenvolvido
Muitos lisossomas
RER proeminente
Derivam de monócitos que são células percursoras da medula óssea. Assim sendo, os monócitos e os macrófagos são a mesma célula em diferentes estágios de maturação.
Os macrófagos estão distribuídos na maioria dos órgãos e constituem o sistema fagocitário mononuclear.
Funções das células do sistema fagocítico monocelular:
Monócitos: percursor de macrófagos (sangue)
Macrófagos: produção de citocinas, factores quimiotácticos, moléculas que participam na inflamação, apresentação de antigénios (tecido conjuntivo, órgãos linfoides, pulmão, m.o.)
Cél. De Kupffler: macrófagos do fígado
Microglia: macrófagos do SNC e SNP
Cél. Langerhans: processamento e apresentação de antigénios (pele)
Cél. Dendética: processamento e apresentação de antigénios (linfonodo)
Osteoclasto: Digestão do osso (osso)
Cél. Gigante multinucleada: secreção e digestão (TC)
Mastócitos:
Função: Defesa Libertação de moléculas farmacologicamente activas
Colaboram com as reações imunes e têm um papel fundamental na inflamação, nas regiões alérgicas e na expulsão de parasitas.
O núcleo é pequeno, esférico e central.
Os grânulos dos mastócitos são metacromáticos ( a célula cora-se de púrpura, mas o corante utilizado é azul) devido aos radicais ácidos.
Têm secreção parácrina, ou seja, segrega localmente.
Os matócitos podem ser:
Mastócitos do tecido conjuntivo (pele e cavidade peritoneal)
Mastócitos da mucosa (mucosa intestinal e pulmões)
Os mastócitos originam-se a partir de células percursoras hematopoéticas (produtoras de sangue) situadas na medula óssea.
A superfície dos mastócitos está especialmente preparada para receber o Ige, em caso de alergias.
São células residentes, constantes no tecido e com período de vida mais ou menos longo.
Plasmócitos: 
Função: Defesa produção de anticorpos
São pouco frequentes no tecido conjuntivo, excepto em situações de infecção ou inflamação crónica.
Têm grande mobilidade e um período de vida relativamente curto.
São células não residentes.
Os plasmócitos são células grandes e ovoides com citoplasma basófilo (rico em RER).
Leucócitos:
Funções: Defesa Produção de células imunocompetentes
São constituintes normais do tecido conjuntivo, vindos do sangue por diapedese. Não voltam ao sangue depois de estarem no tecido conjuntivo. São células não residentes e com grande mobilidade. Têm período de vida mais ou menos curto.
Adipócitos:
Funções: produção de calor são reservas de gordura
Fibras:
São formadas por proteínas que se polimerizam formando estruturas muito alongadas.
Tipos:
Fibras colagéneas
Fibras reticulares
Fibras elásticas
Muitas vezes a propriedade do tecido é dada pelo tipopredominante de fibra.
O colagénio é o tipo mais abundante de proteína no organismo, representa 30% do seu peso seco.
Colagénio que forma longas fibrilas:
Tipos: I, II, III, V, IX (1,2,3,5,9)
Colagénio associado a fibrilas:
Tipos: IX e XII (9,12)
Colagénio que forma rede:
Tipos: IV Principal componente das lâminas basais
Colagénios de ancoragem:
Tipos: VII (7)
As fibrilas de colagénio são formadas pela polimerização de unidades moleculares alongadas denomindas tropocolagénio (280 nm de comprimento e 1,5 nm de espessura). 
Tem duas cadeias: α1
		 α2
O tropocolagénio é uma sequência de cadeias polipeptídicas em tripla hélice. Os vários tipos de colagénio resultam das diferenças entre as cadeias polipeptídicas.
Nos colagénios tipo I, II, III as moléculas de tropocolagénio agregam-se para formar fibrilas, usando para isso pontes de hidrogénio.
Biossíntese de colagénio tipo I :
(fibroblastos, osteoblastos, condroblastos, odontoblastos)
O RER sintetiza pré-colagénio que cresce e dá origem ao pró-colagénio.
O pró-colagénio é transportado em vesículas desde o golgi até à membrana plasmática, de onde é exocitado para a matriz extracelular.
Na matriz extracelular, os péptidos de registo são removidos e a molécula passa a ser chamada de tropocolagénio.
Forma-se a fibrila de colagénio por agregação do tropocolagénio e formação de ligações cruzadas por ação da lisil oxidase.
A renovação do colagénio é muito lenta.
Ao microscópio de luz as fibras de colagénio são acidófilas (cor de rosa), coram de rosa pela eosina, e coram de azul pelo tricrómico de Mallary, em verde pelo Tricómico de Masson e em vermelho pelo Sirius Red.
As fibras de colagénio tipo I são mais numerosas no tecido conjuntivo e são de cor branca à vista desarmada.
Fibras reticulares:
São formadas predominantemente por colagénios do tipo III.
São arginófilas pois têm uma grande afinidade com os sais de prata.
São abundantes no músculo liso, baço, nódulos linfáticos…
Sistema elástico:
Constituído por 3 tipos de fibra: oxitalânica, elaurínica e elástica.
As fibras oxitalâmicas não possuem elasticidade, mas são altamente resistentes a forças de tração, enquanto que as elásticas (ricas em elastina) distendem-se facilmente.
Substância Fundamental:
Mistura complexa altamente hidratada (hidrofílica) de moléculas amniónicas (glicosaminoglicanos e proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas (laminina, fibronectina, entre outras).
É incolor e transparente. Como é viscosa atua como barreira de microorganismos invasores.
As células interagem com componentes da matriz extracelular através de proteínas receptoras de matriz, denominadas integrinas, que se ligam ao colagénio, à fibronectina e à laminina.
Além da substancia fundamental, existe, nos tecidos conjuntivos, uma pequena quantidade de fluído, chamado fluído tecidual, que é semelhante ao plasma sanguíneo.
Contém mucopolissacarídeos.
O sangue traz até ao tecido conjuntivo os vários nutrientes necessários para as suas células e leva-os de volta para os órgãos de desintoxicação e excreção. Na metade arterial dos capilares passa a água destes para o conjuntivo e na metade venosa dos capilares a água passa do conjuntivo para os capilares.
Quando o volume de água nos tecidos está aumentado dá-se um endema.
Tipos de tecido conjuntivo:
Tecido conjuntivo propriamente dito:
Frouxo ou laxo:
Muitos núcleos (pequeno numero de células em substancia fundamental)
Tem consistência delicada, é flexível, bem vascularizado e pouco resistente a trações (poucas fibras)
Pode ser ordenado (tecido hipodérmico) ou não ordenado.
Denso:
É adaptado para fornecer resistência e protecção dos tecidos.
É menos flexível mas mais resistente à tensão que o tecido conjuntivo frouxo.
Pode ser não ordenado, que confere resistência às tensões exercidas em qualquer direção (cápsulas de órgãos)
Pode ser ordenado, apresentando feixes de colagénio paralelos uns aos outros (ligamentos e tendões).
Mucoso:
É de consistência gelatinosa graças à predominância de matriz fundamental. 
Pode ser não ordenado quando no feto
É ordenado quando é encontrado no cordão umbilical e aí designa-se geleia de Wharton.
Tecido elástico:
Composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas.
Tem cor amarelada.
Não é muito frequente no organismo.
Tecido Reticular:
Tem uma estrutura trabeculada semelhante a uma esponja dentro da qual as células e fluídos se movem livremente.
Contêm células do sistema fagocitário mononuclear
Presente em alguns órgãos linfoides e medula óssea
Tecido pigmentar:
Existe nos olhos, corpo ciliar e coróide.
Tecido adiposo:
Unilocular ou branco (núcleo na periferia da célula)
Multilocular ou castanho (muito irrigado)
Exemplos prática
Tipos:
Denso: (poucos núcleos; muitas fibras colagénicas)
Modelado: (fibras organizadas)
Não modelado: fibras em qualquer direcção
Laxo ou Frouxo: muitos núcleos
Podem também ser tecido elástico, reticular ou mucosa.
Células do sangue – Tecido Sanguíneo
O tecido hematopoiético é o responsável pela formação dos diversos tipos de células do sangue.
O tecido hematopoiético pode ser:
Mielóide: localizado na medula óssea vermelha
Produz: hemácias, plaquetas e alguns leucócitos.
Linfóide: localizado nos linfonodos, baço, timo, tonsilas palatinas.
Produz: monócitos e linfócitos
O tecido sanguíneo divide-se me duas partes:
Parte líquida: 
Plasma:
Função: transporta nutrientes e hormonas e elimina resíduos.
É 90% DE ÁGUA E 10% são proteínas, sais minerais, hormonas, nutrientes, gases e excreções.
As principais proteínas do plasma são: albuminas, imunoglobulinas, lipoproteínas, etc…
Parte sólida (elementos figurados):
Hemácias
Leucócitos
Plaquetas 
Hemácias/Eritrócitos:
Função: transporte de gases
São anucleados e contém uma grande quantidade de hemoglobina, uma proteína de O2 (proteína quaternária)
Os eritrócitos são flexíveis e passam por capilares muito finos, mas não saem do sistema circulatório.
A concentração de eritrócitos é cerca de 4 a 5 milhões de células por mm3 de sangue e têm origem na medula óssea.
Dura cerca de 120 dias e são destruídos no baço e no fígado.
Tem forma de disco bicôncavo, o que proporciona uma maior área de contacto de trocas gasosas.
Doenças associadas: Anemia (diminuição de hemácias)
Microscópio: não coram
 
São células anucleadas em tom de rosa.
Leucócitos: (glóbulos brancos menos concentrados no sangue)
Função: Defesa do organismo
São incolores, de forma esférica e com núcleo.
São cerca de 5 a 10 mil células por mm3 de sangue.
Dividem-se em dois grupos:
Granulócitos: Neutrófilos, basófilos, eosinófilos
Agranulócitos: Linfócitos, monócitos
Quando os tecidos são invadidos por microorganismos são atraídos por quimiotaxia, passando os capilares por diapedese e combatendo a infeção.
Doenças associadas: 
Leucocitose (aumento de leucócitos)
Leucopenia (diminuição de leucócitos)
Granulócitos/Polimorfonucleados:
Neutrófilos:
Têm núcleo formado por 2 a 5 lóbulos.
Quantos mais lóbulos tiver mais velha é a célula.
Função: fagocitose
Microscópio:
São os mais abundantes. Têm grânulos cor-de-rosa, mas o núcleo tem vários lóbulos e o citoplasma parece claro (hialino)
Eosinófilos:
São em muito menos quantidade que os neutrófilos.
O núcleo é bilobulado e acidófilo (forma “óculos”)
Função: reações alérgicas (fagocitose)
Microscópio: 
Núcleo carregado e com lóbulos. Grânulos visíveis no citoplasma (cor de rosa), mas os grânulos não se sobrepõem ao núcleo.
Basófilos:
Tem núcleos volumosos com forma irregular geralmente com aspecto de letra “S”
Função: processos alérgicos, libertam histamina e heparina
Microscópio: 
São muito raros. Núcleo carregado e grânulos visíveis no citoplasma (roxo azulado), tapam o núcleo.
Agranulócitos:
Linfócitos:
São células esféricas com diâmetro entre 6 a 8 um.
O citoplasma do linfócito pequenoé escasso, podendo aparecer apenas um pequeno anel à volta do núcleo.
Têm duração variável
Podem-se distinguir em linfócitos B ou T
Função: Defesa imunológica, produção de anticorpos
Microscópio:
Núcleo volumoso e de tom roxo escuro.
Citoplasma azulado (parece vidro)
Monócitos:
Faz parte do sistema mononuclear fagocitário.
Percursores de macrófagos
Função: Fagocitose
Microscópio:
Núcleo carregado e em forma de rim.
Citoplasma parece vidro azulado ou então rosa muito claro.
Plaquetas/ Trombócitos:
São cerca de 300 mil plaquetas por mm3 de sangue e têm duração média de 9 dias. São anucleados pois são fragmentos de células.
Função: Coagulação de sangue e homeostasia
Linfa e Sistema Linfático:
Função: auxiliar o sistema sanguíneo na remoção de impurezas, colecionar e distribuir gorduras e contribuir para a defesa do organismo.
Linfa = plasma extravasado + linfócitos
Sistema linfático = linfa + órgãos (baço, timo, linfonodos e tonsilas palatinas)
A linfa é devolvida ao sangue através de uma veia.
Problemas relacionados: íngua (manifestação inflamatória nos linfonodos).
Sangue nas Aves:
Eritrócitos das Aves:
Semelhantes aos dos peixes, répteis, anfíbios
Ovais e nucleados
Núcleo púrpura e citoplasma laranja/vermelho
Diâmetro de 10 – 13 um
Trombócitos das aves:
Menores que os eritrócitos
Núcleo alongado central com cromatina granular
Citoplasma claro com grânulos basófilos
Funções de homeostasia e fagocitose
Heterófilos das aves:
Núcleo multilobulado
Cromatina dispersa em grumos
Citoplasma com grânulos em forma de bastão, eosinófilos (vermelho brilhante com corante wright)
Função fagocítica
Eosinófilos das Aves:
Núcleo multilobulado com grumos dispersos de heterocromatina
Citoplasma com grânulos redondos
Grânulos mais refrácteis que os dos heterófilos.
Linfócitos das Aves:
Núcleo Central/periférico grande
Células redondas
Citoplasma pálido com material basófilo ou grânulos magenta.
Monócitos das Aves:
Núcleo esférico ou em forma de feijão (RIM)
Célula idêntica às dos mamíferos
Tecido Adiposo:
É um tipo especial de tecido conjuntivo onde há predominância de adipócitos.
Funções: Papel energético
Modela a superfície sendo responsável pelas diferenças macho-fêmea.
Pré-natal: os primeiros adipócitos aparecem as 14ª semanasde gestação
Recém-nascidos: 6 milhões de adipócitos
Puberdade: aumento nº e volume de adipócitos, especialmente nas fêmeas
Adulto: adipócitos quiescentes (proliferação celular e armazenamento lipídico)
Tecido Adiposo branco, amarelo ou unicular:
Apócitos: diâmetro de 35-200um e formato poligonal (compressão recíproca)
80% volume celular ocupado por uma inclusão lipídica.
Gota lipídica rodeada por filamentos intermédios de vimentina
Pequena Faixa perfiférica de citoplasma com pequenas vesículas pinocíticas
Núcleo achatado na periferia da célula
Septos de tecido conjuntivo com fibras de reticulina
Cada adipócito contacta pelo menos com um capilar
Terminações nervosas na parede dos vasos sanguíneos.
Nos animais em equilíbrio energético os lípidos duram cerca de 8 dias
ACTMAdenilciclase		ATP AMP (ativação de lípase)
Glucagon
Epinefrina
Insulina aumenta (glicose) adipócita esterificação dos ácidos gordos e Inibição lipólise
Fígado: local de síntese e degradação de ácidos gordos, a síntese dá-se no citoplasma e a degradação na matriz mitocondrial
Tecido Adiposo castanho ou multiocular:
Tecido composto por lóbulos com estreito contacto entre as células com citoplasma abundante e núcleo excêntrico.
Funções:
Oxidação de ácidos gordos que gera calor.
A termogerina faz aquecer os capilares do tecido e leva ao aquecimento geral.
Exemplos prática:
Tecido adiposo unicolar:
Os adipócitos são claros e têm distribuição por todo o tecido.
Na sua sustentação está tecido conjuntivo.
Os núcleos estão na periferia.
Tecido adiposo multiocular:
Os adipócitos têm núcleos esféricos centrais e múltiplos.
Gotículas d elípidos no citoplasma.
Tecido adiposo unicolar e multiocular.
Tecido Cartilaginoso:
O tecido cartilaginoso é uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida.
Funções:
Suporte de tecidos moles
Revestimento de articulações
Essencial para a formação e crescimento dos ossos longos (período pré e pós-natal)
As funções do tecido cartilaginoso dependem principalmente da estrutura da matriz.
Composição da matriz:
Ácido hialurónico
Sulfato de condroitina 4
Sulfato de condroitina 6
Sulfato de queratano
Glicoproteínas (condronectina)
Elastina
Fibras de colagénio ( II, IX, X e XI) (2,9,10,11)
Água (75-80%)
Como o colagénio e a elastina são flexíveis, a consistência firme das cartilagens deve-se, principalmente, às ligações electroestáticas entre os glicosaminoglicanos sulfatados e o colagénio, e à grande quantidade de moléculas de H2O presas a esses glicosaminoglicanos (água de salvatação), que confere turgidez à matriz.
O tecido cartilaginoso não possui vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do tecido conjuntivo envolvente (pericôndrio). As cartilagens que revestem a superfície dos ossos nas articulações sinoviais não têm pericôndrio e recebem nutrientes do líquido sinovial das cavidades articulares.
	O tecido cartilaginoso é também desprovido de vasos linfáticos e de nervos, mas o pericôndrio contêm tudo isso.
			Enquanto houver cartilagem há crescimento.
	Uma placa epifisária é uma placa de crescimento.
	É bom quando não se consegue distinguir entre a fronteira do tecido conjuntivo e pericôndrio. Quanto maior for a continuidade, mais resistente é o tecido.
	O tecido cartilaginoso tem origem no mesenquima:
Arredondamento das células mesenquimatosas (retraem prolongamentos, multiplicam e aglomeram-se, dando origem aos condroblastos.
Síntese de matriz, com afastamento dos condrócitos.
Diferenciação do centro para a periferia; as células são aprisionadas numa lacuna ou condroplasto.
O mesênquima superficial forma o pericôndrio. 
Pericôndrio:
Revestimento de tecido conjuntivo denso
Fonte de novos condrócitos: crescimento
Nutrição, oxigenação e eliminação de metabolitos
Contém vasos sanguíneos e linfáticos
Existe em todas as cartilagens excepto nas cápsulas articulares.
Camada fibrosa (colagénio tipo 1)
Camada condrogénica (mais celular)
Zona mais densa (camada mais extensa)
Zona mais interna (tem mais células indiferenciadas e são origem a condroblastos)
Condrócitos:
Células alongadas (na periferia da cartilagem)
Células arredondadas em grupos isogéneos (na cartilagem mais profunda)
Origem em condroblastos
Superfície celular com reentrâncias e saliências
Secreção de colagénio, proteoglicanos e glicoproteínas
Degradam glicose por mecanismo anaeróbios.
As células da cartilagem têm um baixo metabolismo, pois estão preparados para trabalhar com pouco oxigénio.
Em volta da própria célula existe uma matriz territorial e entre todas as células existe a matriz interterritorial.
A matriz da cartilagem é basófila (Roxa) em coloração hematoxilina-eosina. 
Crescimento:
Crescimento intersticial divisão mitótica dos condrócitos já existentes) 1ªs fases de vida
Crescimento Aposicional a partir do pericôndrio
Cartilagem Hialina:
É o tipo mais frequente no corpo humano
A cartilagem hialina é branco-azulada e translúcida.
Forma o 1º esqueleto do embrião, que posteriormente é substituído por esqueleto ósseo.
Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos em crescimento observa-se o disco epifisário, que é responsável pelo crescimento do osso em extensão.
40% do colagénio tipo II (2) (que não se vê)
A cartilagem hialina é encontrada em:
Fossas nasais; traqueia; brônquios; extremidade ventral das costelas; superfície de articulação dos ossos longos.
O funcionamento dos condrócitos depende de um balanço hormonal adequado. A síntese de proteoglicanos é acelerada pela tiroxina e testosterona, e dimuída pela cortisona, hidrocortisona e estradiol. A hormonade crescimento, produzida pela hipófise, promove a síntese de sormatomedina C pelo fígadp. A sormatomedina aumenta:
Capacidade de síntese dos condroblastos
Actividade mitótica dos condroblastos
Cartilagem elástica:
Cartilagem hialina
P- pericôndrio
GI- grupos isogénicos
A cartilagem elástica é encontrada no: pavilhão auditivo, conducto auditivo externo, tuba auditiva, epiglote e laringe.
É semelhante à cartilagem hialina, mas além das fibrilas de colagénio (principalmente tipo II (2)) tem também uma abundante rede de fibras elásticas contínuas às do pericôndrio.
É abundante em elastina que pode ser detectada por corantes como a orceína.
Possui pericôndrio e cresce principalmente por oposição. É menos sujeita a processos degenerativos do que a hialina.
Fibrocartilagem:
	Tem características intermediárias entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina.
	É encontrada nos discos intervertebrais, inserção de ligamentos e tendões nos ossos, sínfise púbica.
	A fibrocartilagem está sempre associada a conjuntivo denso, sendo imprecisos os seus limites.
	A matriz de fibrocartilagem é acidófila por ter muitas fibras colageneas. A substância fundamental é escassa e limitada à proximidade das lacunas que contêm condrócitos.
	Na fibrocartilagem existem muitas fibras de colagénio tipo I (1), (atenção nesta é tipo 1, mas na elástica e hialina é tipo II, não confundir!!), as fibras estão orientadas irregularmente entre os condrócitos.
	Na fibrocartilagem não existe pericôndrio.
As setas apontam para as filas de condrócitos
Discos intervertebrais:
Localizado entre os corpos da vertebras e unidos a elas por ligamentos, cada disco intervertebral é formado por dois componentes.
Anel fibroso
Núcleo pulposo ( derivado da notocorda do embrião)
	O anel fibroso possui uma porção periférica de tecido conjuntivo denso, porém na maioria da extensão é composto por fibrocartilgem, cujos feixes colagéneos formam camadas concêntricas.
	Funciona como prevenção para o desgaste do osso das vértebras durante o movimento da coluna. O núcleo pulposo é muito hidratado e absorve os impactos contra as vértebras.
Exemplos prática
Cartilagem hialina:
Existe na traqueia
É branco-azulada e translucida
Os condrócitos estão localizados nas lacunas da matriz e muitos fazem parte de grupos isógenos. Na parte superior e na inferior aparece o pericôndrio corado a rosa.
Cartilagem elástica:
Tem uma abundante rede de fibras elásticas continuas às do pericôndrio.
Cartilagem fibrosa / Fibrocartilagem:
Características entre o tecido conjuntivo denso e cartilagem hialina. 
Não há pericôndrio.
Tecido ósseo:
	O tecido ósseo é o constituinte principal do esqueleto, serve de suporte para os tecidos moles e protege os órgãos vitais. Aloja e protege a medula óssea, formadora de células do sangue. Apoia os músculos esqueléticos, tornando a sua contração em movimentos úteis.
	Além essas funções, os ossos funcionam como depósito de cálcio, fosfato e outros iões, armazenando-os ou libertando-os de maneira controlada, para manter constante a concentração desses importantes iões nos líquidos corporais.
	São capazes ainda de absorver toxinas e metais pesados, minimizando assim os seus efeitos adversos em outros tecidos.
	É tecido vivo. Está constantemente em modelação e renovação. O osso é enervado ao contrario da cartilagem.
	O tecido ósseo é formado por células e material extracelular calcificado, a matriz óssea (composta pela mamtriz inorgânica e matriz orgânica (osteoide).
Osteoide: 
Fibas: 90% (peso seco) de colagénio tipo I (1)
Substancia fundamental: proteoglicanos, glicoproteínas, sulfato 4 condroitina, sulfato queratina …
Matriz inorgânica:
Cristais de hidroxiapatite
Iões: fosfato, cálcio, bicarbonato, magnésio, manganésio, potássio …
Células:
Células osteoprogenitoras:
Osteócitos:
Células achatadas no interior da matriz óssea
Ocupam lacunas das quais partem canalículos. Cada lacuna contém apenas um osteócito.
Dentro dos canalículos os prolongamentos estabelecem contacto através de junções comunicantes onde podem passar iões, estas junções de comunicação resultam de prolongamentos citoplasmáticos de osteócitos que contactam com os prolongamentos citoplasmáticos de outros osteócitos estabelencendo as ligações.
Exibem pequena quantidade de RER, aparelho de golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada.
São essenciais para a manutenção e renovação da matriz óssea
Depois de morrerem a matriz absorve-os.
Osteoblastos:
São as células que sintetizam a parte orgânica da matriz óssea: colagénio I, proteoglicanos e glicoproteínas.
São células dispostas na superfície dos ossos
Células cuboides basófilas (roxo) (actividade sintética)
Células achatadas claras (fraca atividade sintética)
Disposição de matriz recém-formada junto a osteoblastos activos e que ainda está calcifica osteoide.
Osteoclastos:
São células móveis, gigantes, ramificadas e multinucleadas
As ramificações são muito irregulares
Ocupam lacunas de Howship (orifícios no tecido ósseo escavados pela atividade dos osteoclastos)
Têm citoplasma granuloso, algumas vezes com vacúolos (basófilos nos osteoclastos jovens e acidófilos nos maduros)
Originam-se nos percursores mononucleados provenientes.
A superfície activa dos osteoclastos, voltada para a matriz óssea, apresenta prolongamentos vilosos irregulares.
Circulando a área com os prolongamentos vilosos existe a zona clara, pobre em organelos e rica em actina (é a zona onde se dá a reabsorção óssea).
Produzem colagenases variadas e hidrólases para digestão da matriz orgânica.
Atividades reguladas pelas citocinas, calcitocina e paratormona.
Células mais ativas: osteoblastos
Células menos ativas: osteócitos
Macrófagos: osteoclastos
Lacunas: osteoplastos
Crescimento: aposicional
	A reabsorção óssea envolve a reação CO2 + H2O H+ + HCO3- sendo que o H+ vai para o microambiente ácido e enzimas e o HCO3+ para o sangue.
Matriz óssea:
Os tecidos que são ricos em colagénio 1, mas que não tem glicoproteínas, normalmente não se calcificam.
Em virtude da sua riqueza em fibras colagéneas, a matriz óssea descalcificada cora-se pelos corantes selectivos de colagénio.
Hidroxiapatite + colagénio é responsável pela dureza e resistência do tecido ósseo.
Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm a sua forma intacta porém tornam-se flexíveis como os tendões.
A destruição da parte orgânica deixa os ossos quebradiços.
Periósteo:
Revestimento extenso dos ossos
A camada mais superficial do periósteo contém fibras de colagénio e fibroblastos.
As fibras de Sharpey são fibras de colagénio que penetram no osso e ancoram firmemente o periósteo ao osso
Internamente existe uma camada mais celular com células osteoprogenitoras, morfologicamente parecidas com os fibroblastos. Multiplicam-se por mitose e diferenciam-se em osteoblastos.
Endósteo:
Revestimento interno do osso
Camada de células osteogénicas achatadas que revestem:
Cavidades do osso esponjoso
Canal medular
Canais de Havers tem a volta lamelas concêntricas 
Canais de Volkmann
Lacunas com osteócitos + canais de Havers = Sistema de Havers
A ligar dois canais de Havers existe um canal de Volkmann.
Junto ao endósteo existem lamelas concêntricas que fazem parte do sistema circunferencial interno (ou externo caso seja na zona de finalização). As principais funções do endósteo e do periósteo:
Nutrição do tecido ósseo
Fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e a recuperação do osso.
Tipos de osso
Nos ossos longos:
2 epífises: osso esponjoso + camada fina superficial de osso compacto
1 diáfise: (parte cilíndrica): osso compacto + camada fina profunda à volta do canal medular com osso esponjoso medula óssea.	
		O osso compacto também é chamado de osso cortical.
Nos ossos curtos:
Porção central com osso esponjoso
Porção exterior com osso compacto
Nos ossos achatados: (crâneo)
2 porções de osso compacto (tábuas interna e externa)Porção central de osso esponjoso (díploe)
Nos recém-nascidos, toda amedula óssea tem a cor vermelha, devido ao teor alto de hemáceas e é activa na produção de células do sangue (medula óssea hematógenea). Pouco a pouco, com a idade, vai ser infiltrada por tecido adiposo com diminuição da actividade hematogenea (medula óssea amarela).
Tecido ósseo primário:
	É o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionário como na reparação de fracturas, sendo temporário e substituído por tecido ósseo secundário.
	As fibras de colagénio dispõem-se irregularmente, sem orientação definida. É elevado o nº de osteócitos.
	Pouco frequente no adulto (alvéolos dentários, pontos de inserção de tendões…)
Tecido ósseo secundário:
	Variedade normalmente encontrada no adulto.
	Possui fibras de colagénio com organização lamelar (lamelas 3-7 um), paralelas umas às outras ou em camadas concêntricas em torno dos canais de Havers. As lacunas com osteócitos estão situadas entre as lamelas ósseas e por vezes, dentro delas. Separando grupos de lamelas há uma substancia cimentada que é matriz mineralizada mas com pouco colagénio.
Na diáfise dos ossos, as lamelas ósseas organizam-se em:
Sistemas de Havers
Sistemas circunferencial interno
Sistema circunferencial externo
Sistema circunferencial intermédio
	Cada sistema de Havers ou osteónio é um cilindro longo, às vezes bifurcado, paralelo à diáfise e formado por lamelas concêntricas. No centro existe o canal de Havers que contém vasos e nervos. Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por canais de Volkmann (estes não tem lamelas concêntricas)
	Todos os canais vasculares existentes no tecido ósseo aparecem quando a matriz óssea forma ao redor dos vasos pré-existentes.
	Um corte transversal, em qualquer altura do sistema de Havers, apanha as fibras colagéneas de uma lamela em corte transversal e as da lamela seguinte em corte oblíquo. 
	As lamelas mais internas são mais recentes.
	Os sistemas circunferenciais interno e externo são constituídos por lamelas ósseas paralelas entre si, formando 2 faixas: uma situada na parte interna do osso, em volta do canal medular e em contacto com o endósteo e outra mais externa, perto do periósteo.
	O sistema externo é mais desenvolvido que o interno.
Entre estes dois sistemas encontram-se inúmeros sistemas intersticiais que provêm de restos de sistemas de Havers que foram destruídos durante o crescimento ósseo.
No osso maturo trablecular além de fibras de colagénio com organização lamelar, endósteo e periósteo há trabéculas ósseas.
Ossificação:
	Tanto na ossificação intramembranosa como na endocondral, o primeiro tecido ósseo formado é o primário. Este é pouco a pouco substituído. 
Assim, durante o crescimento dos ossos podem ver-se tanto áreas de tecido primário áreas de reabsorção e áreas de tecido secundário. Uma combinação de formação e remoção de tecido ósseo persiste durante o crescimento do osso.
Ossificação intramembranosa:
	Tem lugar no interior de membranas de tecido conjuntivo. Forma ossos como o frontal, parietal, temporal, maxilar, etc.. contribui para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento de espessura para os longos.
	Tem um centro de ossificação primária.
	O processo tem inicio na diferenciação de células mesenquimatosas em osteoblastos. Estes produzem o osteoide que vai mineralizar posteriormente englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos.
	Os osteócitos formam traves ósseas dando ao osso aspecto esponjoso. Entre as traves formam-se cavidades, onde se dá origem à medula óssea.
	Em seguida há crescimento radial do osso com substituição da membrana conjuntiva pré-existente.
	A palpação nos recém-nascidos revela fontanelas, que são membranas conjuntivas onde ainda não houve substituição por tecido ósseo.
	A porção da membrana conjuntiva que não é substituída forma o endósteo e o periósteo.
Ossificação Endocondral
	Tem inicio sobre uma peça de cartilagem hialina de menor dimensão mas com o formato idêntico ao osso que irá formar. Principal responsável pela formação de ossos longos e curtos.
	Consiste em dois processos:
A cartilagem sofre modificação havendo hipertrofia de condrócitos, redução da matriz cartilaginosa, mineralização da matriz cartilaginosa e morte apoptótica de condrócitos.
	Os vasos sanguíneos do periósteo atravessam o colar ósseo, penetram na cartilagem, arrastando células. Essas células diferemciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre a cartilagem calcificada.
	Assim, aparece tecido ósseo onde antes era cartilagem.
	A formação dos ossos longos é mais complexo.
O molde cartilaginoso com parte média estreita (diáfise) e duas extremidades dilatadas (epífises) vai ossificar. A primeira ossificação é o pericôndrio na diáfise formando o colar ósseo (cilíndrico).
Em seguida ocorre o mesmo processo que nos ossos curtos. Nos cortes histológicos distinguem-se a cartilagem calcificada por ser basófila (roxo) enquanto que o tecido ósseo depositado nela é acidófilo (rosa).
	O centro primário de ossificação cresce e acabam por ocupar toda a diáfise por tecido ósseo. É acompanhado pelo crescimento do cilindro ósseo que teve origem no pericôndrio.
	Surgem osteoclastos e ocorre absorção de tecido ósseo no centro da cartilagem, o que dá lugar ao canal medular. À medida que se forma o canal, as células sanguíneas vão formando a medula óssea.
	Mais tarde, formam-se os centros secundários de ossificação, um em cada epífise, porém não simultaneamente. O seu crescimento é radial.
	Quando o tecido ósseo formado ocupa as epífises, o tecido cartilaginoso fica reduzido a dois locais:
Cartilagem articular: persistirá para sempre e não contribui para o crescimento ósseo.
Disco epifisário ou cartilagem de conjugação: responsável pelo crescimento longitudinal do osso. Fica entre a diáfise e as epífises.
Na cartilagem de conjugação distinguem-se 5 zonas:
Zona de repouso: cartilagem hialina sem alteração morfológica (condrócitos muito pequenos e escuros).
Zona de proliferação: divisão acelerada dos condrócitos (condrócitos pequenos, escuros, mas empilhados no sentido longitudinal do osso)
Zona de hipertrofia: condrócitos muito volumosos com inclusões de glicogénio e lépidos (os condrócitos entram em apoptose).
Zona de calcificação: Apoptose dos condrócitos e mineralização de matriz.
Zona de ossificação: células osteoprogenitoras e capilares sanguíneos do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos que morreram; diferenciação de osteoblastos e deposição de matriz óssea.~
	Sabe-se que a calcificação começa pela deposição de sais de cálcio sobre as fibrilas de colagénio. A deposição dos sais de cálcio é também influenciada pela concentração desses minerais em vesículas citoplasmáticas dos osteoblastos. Essas vesiculas são vesiculas da matriz (são expelidas para a matriz).
Crescimento e remodelação dos ossos:
	Predominantemente a matriz acidófila está no bordo da matriz da cartilagem, pois é aí que as células produtoras aderem e sintetizam matriz.
	O crescimento dos ossos consiste na formação de tecido ósseo novo, associado à reabsorção parcial de tecido já formado; deste modo, os ossos conseguem manter a sua forma enquanto crescem.
	Apesar da sua resistência às pressões e da sua dureza, o tecido ósseo é muito plástico, sendo capaz de remodelar a sua estrutura interna em resposta a modificações nas forças a que está submetido.
Papel metabólico do tecido ósseo:
	O esqueleto contem 99% do cálcio do organismo e funciona como uma reserva de iões cuja concentração no sangue deve ser mantida constante.
	Há intercambio continuo entre o cálcio do plasma sanguíneo e o dos ossos. As lamelas ósseas mais jovens pouco calcificadas são as que recebem e cedem Ca2+ com maior facilidade.
	A troca de cálcio pode ser atenuada pela parahormona. Actua sobre receptores localizados nos osteoblastos. Em resposta a esse sinal, os ostepblastos deixam de sintetizar colagénioe iniciam a secreção de factores estimulantes dos osteoclastos.
	A calcitonina tem um efeito inibidor sobre os osteoblastos.
Articulações:
Sinartroses – oos movimentos não ocorrem ou são de reduzida amplitude
Diartroses – permitem movimentos de grande amplitude
Sinartroses:
Sinostoses: as uniões são feitas por tecido conjuntivo denso nos jovens e por tecido ósseo nos adultos. (ossos do crâneo)
Sincondroses: as uniões são feitas por cartilagem hialina e os movimentos são limitados (articulação 1ª costoesternal)
Sindesmoses: dotadas de algum movimento e as uniões são feitas por tecido conjuntivo denso (sínfise pélvica)
Diartroses:
	Dotadas de grande mobilidade. Existe uma cápsula que liga as extremidades ósseas, delimitando uma cavidade fechada (cavidade articular) com líquido sinovial.
	Não tem pericôndrio.
	O movimento da água, com nutrientes e gases dissolvidos, é desencadeado pelo uso da articulação. O movimento de liquido é essencial para a nutrição da cartilagem e para as trocas de O2 e Cl2 entre a cartilagem o liquido sinovial.
	As cápsulas têm duas camadas:
Camada fibrosa (tecido conjuntivo denso)
Camada ou membrana sinovial
	O revestimento da camada sinovial é constituído por dois tipos celulares: um parece um fibroblasto e outro macrófagos.
	Numa cavidade do osso pode encontrar-se medula óssea e tecido adiposo.
Exemplos prática:
Ossificação endocondral:
	Restos de matriz cartilaginosa calcificada (roxo-escuro) envoltos por tecido ósseo que aparece com uma coloração clara. O tecido ósseo recém formado está circundado por osteoblastos. Na matriz do tecido ósseo podem ser observados diversos osteócitos.
	Aparece no disco epifisário.
Ossificação endocondral:
Pormenor de cartilagem epifisária (CEp). Zonas da cartilagem epifisária: Z. de repouso (ZR), Z. de multiplicação (ZM), Z. de hipertrofia (ZHp) e Z.de calcificação (ZCa) e erosão (ZE). 
Articulação sinovial:
Há uma membrana sinovial e cartilagem articular junto à epífise onde se dá a ossificação endocondral.
Osso:
Endósteo para dentro
Periósteo para fora
Entre as lamelas concêntricas existem lacunas de Howship (lacunas com osteócitos).
Tecido muscular:
Constituição: células alongadas e fibras especializadas na concentração
Transdução é transformação de energia química em trabalho mecânico.
Origem: Mesoderme
A sua diferenciação ocorre por síntese de filamentos (actina e miosina) por parte das células indiferenciadas e alongamento das células e formação de sincícios.
	Os sincícios permitem a propagação rápida de estímulos nos músculos (nervosos, hormonais ou os dois).
	Existem recetores para cada tipo de estímulos e as células estão firmemente coesas.
	A síntese de miofilamentos e moléculas associadas dá origem aos mioblastos.
Características gerais:
Lamina basal: células ou fibras musculares e tecido conjuntivo
Membrana citoplasmática (sarcolema):
Canais Ca2+ e outros canais iónicos
Receptores de neurotransmissores 
Junções intercelulares (musc. Liso e cardíaco)
Citoplasma (sarcoplasma):
Mitocôndrias (ATP) (natureza acidófila)
Mioglobina (O2) (natureza acidófila)
Reticulo Sarcoplasmático (regulação Ca2+ no citosol)
Miofilamentos (actina e miosina) e filamentos intermédios de desmina
Tecido muscular liso:
Células sem estriação; uninucleadas
Contração é involuntária e lenta
“marcadores” : desmina + actina + actina do músculo liso
Tecido estriado esquelético:
Fibras com síncios; multinucleadas
Com estriação (miofilamentos organizados em sarcómeros)
Contração voluntária e rápida
“marcadores”: desmina + actina e troponina
Tecido estriado cardíaco:
Células com estriação uni ou binucleadas
Com sarcómeros 
Contração involuntária, rápida e ritmada
“marcadores” : desmina + proteínas do musculo cardíaco
O músculo estriado esquelético:
	É formado por feixes de células muito longas (até 30 cm), cilíndricas, multinucleadas e contendo as miofibrilas. O diâmetro das fibras varia entre 10 a 100um, estas fibras são os mioblastos.
	Os núcleos localizam-se na periferia das fibras.
	O que lhe dá a cor vermelha é a mioglobina.
Organização do músculo esquelético:
O epimísio envolve todo o músculo
O perimísio envolve um fascículo muscular 
O endomísio envolve individualmente um fibra muscular
lâmina fibroreticular da lâmina basal da fibra muscular.
O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas. É através dele que as forças de contração se transmitem a outras estruturas
Vasos sanguíneos penetram no musculo através dos septos de tecido conjuntivo e formam uma extensa rede de capilares que correm entre as fibras musculares.
Organização das fibras musculares esqueléticas:
Um elemento celular sincicial com núcleos periféricos
Cilindrica com “forma de charuto” e diâmetro entre 10-100 um
Citoplasma acidófilo com estriação
Miofribilhas:
Filamentos grossos miosina
Filamentos finos actina, troponina, tropomiosina
Mitocôndrias paralelas às miofibrilas
Reticulo sarcoplasmático (REL) em cada subunidade: 2 cisternas de retículo sarcoplasmático (perpendicular miofribilas) ligados por túbulos de retículo (paralelos à miofibrila)
A actina são polímeros longos formados por dupla hélice de actina G. 
As moléculas de actina G são assimétricas. Quando esses monómeros se polimerizam a frente de um combina-se com a parte porterior do outro. Cada monómero de actina G- possui uma região de contacto com a miosina.
A tropomiosina é uma molécula longa e fina, com cerca de 40 nm de comprimento constituída por 2 cadeias polipeptídicas enroladas uma na outra .
A tropomiosina é um complexo de TNT, TNC e TNI
A molécula de miosina é grande, tem forma de bastão sendo formada por 2 peptídos enrolados em hélice. Numa das suas extremidades a miosina apresenta uma cabeça com locais específicos para combinação da ATP (é onde tem lugar a hidrólise da ATP para libertar energia para a contração). A molécula de miosina pode ser dividida em:
Meromiosina leve (maior parte da molécula)
Meromiosina pesada (cabeça)
Retículo Sarcoplasmático e Sistema de túbulos transversais
	O músculo relaxa quando teor Ca2+ se reduz. O retículo sarcoplasmático armazena e regula o fluxo de iões Ca2+.
	Quando a membrana do RS é despolarizada pelo estímulo nervosos, os canais de Ca2+ abrem-se e os iões difundem-se passivamente, indo actuar sobre a troponina, possibilitando a formação de pontes entre a actina e a miosina. Quando acaba a despolarização, a membrana sarcoplasmática por transporte activo transfere Ca2+ para dentro das cisternas, o que interrompe a actividade contráctil .
	O Sistema T é responsável pela contração uniforme de cada fibra.
	São invaginações do sarcolema ao eixo da fibra; passa entre as duas cisternas do RS, junto à junção I-A do sarcómero.
			1 túbulo T + 2 cisternas = tríade
As reservas energéticas são constiuídas por glicogénio.
Mecanismo de interação actina-miosina
Miosina:
Pi desce Alteração da conformação da miosina
Miosina sem Pi:
ADP desce, libertação de ADp
Miosina no centro do sarcómero 
ATP desce ligação de ATP à miosina
Miosina 
Desce hidrólise do ATP
Ligação actina-miosina
Mecanismo de contração:
A largura da banda A mantém-se durante a contração – “as cabeças” de miosina empurram os filamentos finos para o centro do sarcómero, mas sem alteração do tamanho dos filamentos.
As bandas I e M diminuem por estreitamento de sarcómeros devido a esse movimento.
A contração muscular depende do sarcolema e do sarcoplasma. A resposta a estímulos nervosos é dada por recetores de membrana. É feita por alteração rápida da diferença de potencial do sarcolema.
A estabilização e organização das miofibrilas na fibra é feita por:
Desmina; α-actina; proteínas reguladoras.
Inervação:
Placa neural = junção mioneural: depressão da superfície da fibra muscular onde os nervos musculares perdem a sua bainha de mielina.
Os corpúsculos tendinosos de Golgi são estruturas que captam estímulos

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