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ALEXY LUIS BARROSO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E INSTITUIÇÕES DO SISTEMA DE JUSTIÇA-PPGDIR
DISCIPLINA DE METODOLOGIA DA PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS 
*Ana Flávia Américo Barbosa[1: Aluna do mestrado em Direito e Instituições do Sistema de Justiça- PPGDIR/UFMA, matrícula 2017107795. ]
Comentários ao artigo “Grandes transformações do Direito Contemporâneo e o Pensamento do Robert Alexy” do Prof. Luís Roberto Barroso
O artigo foi fruto de uma conferência onde estava presente o próprio Robert Alexy e onde o professor Barroso, graciosamente, abre elencando a possibilidade de uma interpretação autêntica e discordante. Ele discorre então posteriormente sobre os três paradigmas onde está baseado o Direito contemporâneo: a) uma Constituição que garanta direitos fundamentais; b) um regime democrático e c) a exigência de uma jurisdição constitucional.
Fala também das três mudanças na forma de encarar o fenômeno jurídico, a saber: a superação do formalismo jurídico (revolução hermenêutica), o estabelecimento de uma cultura pós-positivista (inserção de valores do intérprete na decisão) e a ascenção do direito público e centralidade da Constituição.
O pensamento do professor Alexy insere-se neste contexto para fundar o que ele denomina de “não positivismo”. Ou seja, não é positivismo nem o seu contrário (jusnaturalismo). Para ele o Direito tem duas dimensões: uma real ou fática e outra ideal. A real diz respeito à estrutura da norma e a ideal à correção moral. Ele diz que existe um mínimo de justiça universal e que extremamente injusto é aquilo que vulnera os direitos humanos básicos. Reflete-se nesse posicionamento a aproximação pretendida por Alexy entre Direito e moral.
Essa aproximação deu-se principalmente após o final da Segunda Guerra, com três grande características: o reconhecimento de força normativa à Constituição, a expansão da jurisdição constitucional e o desenvolvimento de nova hermenêutica e novas categorias para a interpretação constitucional. 
Mais adiante ele discorre sobre a contribuição da Alexy frente às transformações e exigências da nova hermenêutica, sendo a mais relevante a teoria dos princípios. Diz ele que os princípios são normas e os direitos fundamentais têm a estrutura de princípios. E fornece-nos o conceito:
“Princípios são mandamentos de otimização. Eles exigem que algo seja feito na maior medida possível relativamente às possibilidades fáticas e jurídicas. Sua forma de aplicação é a ponderação. Regras são, ao contrário, normas que obrigam, proíbem ou permitem algo definitivamente. Nesse sentido elas são mandamentos definitivos. Sua forma de aplicação é a subsunção.” (p. 12)
Mais adiante ele fala da correlação entre a aplicação dos princípios e a proporcionalidade. Os primeiros dois requisitos: a necessidade e a adequação dizem respeito aos fatos e a proporcionalidade em sentido estrito, às possibilidades jurídicas. 
Discorrendo depois sobre a jurisdição constitucional, o autor traz como entraves à jurisdição constitucional o fato de ela não ser eleita e representa um poder contramajoritário em relação ao parlamento. Mais adiante, revela o posicionamento do professor Alexy sobre esses desafios de implementação e propõe três caminhos para a superação dessas questões: 1) desvincular representação de eleição 2) demonstrar por que a representação do tribunal deve ter precedência sobre a representação por eleições. A representação deve ser baseada não em eleições mas em argumento. Ademais, deve estar em sintonia com valores ideais e ter uma pretensão de correção.

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