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MD008 - Controle de constitucionalidade
Trabalho conv. ordinária
Aluno: Thiago Pereira Bonicenha
Código de usuário: BRDEMDER4716875
Data: 03/01/2024
1: O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL ESPANHOL 
Aplicando o que você aprendeu no programa e, especificamente, o que é relevante para o modelo concentrado de justiça constitucional, responda as perguntas abaixo sobre o Tribunal Constitucional espanhol. Para este fim, você também deve consultar os seguintes regulamentos:
· Constituição espanhola de 1978 (EC). Disponível a partir do link a seguir: <https://www.boe.es/buscar/act.php?id=BOE-A-1978-31229>
· Lei Orgânica 2/1979 de 3 de outubro de 1979 sobre o Tribunal Constitucional (LOTC). Disponível a partir do link a seguir: <https://www.boe.es/buscar/act.php?id=BOE-A-1979-23709>
Explique a composição da CC espanhola (número de membros, qual órgão os nomeia, quais órgãos propõem sua nomeação). (Art. 159, parágrafo. 1, CE)
Resposta: O Tribunal Constitucional da Espanha é composto por doze membros nomeados pelo Rei, sendo quatro deles indicados pelo Congresso por maioria de3/5 de seus membros; quatro indicados pelo Senado com idêntica maioria do Congresso; dois indicados pelo Governo; e dois indicados pelo Conselho Geral doPoder Judiciário
Qual é a duração do mandato e o sistema para a renovação dos juízes da CC? (arts. 159, aptos. 3, EC e 16.3 LOTC)
Resposta: Os juízes da CC española são nomeados para um mandato de nove anos e são renovados em 1/3 a cada três anos.
Que status têm os juízes do Tribunal Constitucional? (arts. 159, aptos. 4 e 5, CE e 19 e 22 LOTC).
Resposta: Os juízes da CC têm status de magistrado, tendo as incompatibilidadespróprias dos membros do poder judiciário, não podendo exercer mandato representativo; cargos políticos e administrativos; desempenho de funções diretivas em partidos políticos ou em sindicatos e de emprego nos serviços dessas entidades; carreiras judicial e fiscal, e qualquer atividade profissional ou mercantil. Os membros da CC são ainda independentes e inamovíveis no exercício de seus mandatos.
Como é eleito o Presidente? (arts. 160 EC e 9 LOTC).
Resposta: O presidente da CC é nomeado pelo Rei para um mandato de três anos, podendo ser reeleito por uma única vez, mediante eleição entre seu s membrospelo Pleno do Tribunal, em votação secreta por maioria absoluta. Não seatingindo esta condição, uma segunda votação será realizada, elegendo-se quemobtiver o maior número de votos. Havendo e mpate, será efetuada uma novavotação, e se o resultado se repetir, será eleito o de maior antiguidade no cargo eem caso de igualdade o de maior idade.Pelo mesmo procedimento é eleito o Vicepresidente, a quem incumbesubstituir o presidente em caso de vacância, ausência ou outro motivo legal epresidir a Segunda Câmara ou Turma.
Como os laços são estabelecidos? (art. 90 LOTC).
Resposta: Exceto nos casos em que a lei establece outros requisitos, as decisões serão adotadas pela maioria dos membros do Pleno, Turma ou Seção que participam da deliberação. Em caso de empate, decidirá o voto do presidente. O Presidente e os Magistrados do Tribunal poderão refletir em voto particular sua opinião discrepante, sempre que haja sido defendida na deliberação, tanto no que se refere à decisão como à fundamentação. Os votos particulares se incorporarão à resolução e quando se tratar de sentenças, autos ou declarações serão publicados com estas no Boletim Oficial do Estado
Qual é o papel do CO? (arts. 161 EC e 2 LOTC).
Resposta: Exercer a jurisdição em todo o territorio espanhol com competencia para conhecer:-Do recurso de inconstitucionalidade contra leis e disposições normativas com força de lei, sendo que a declaração de inconstitucionalidade de uma norma com força de lei, interpretada pela jurisprudencia, afetará a esta, embora a sentença ou sentenças proferidas não perderão o valor de coisa julgada;-Do recurso de amparo por violação dos direitos e liberdade referidos no artigo 53, 2, da Constituição, nos casos e formas que a lei estabeleça -Dos conflitos de competências entre o Estado e as Co munidades Autônomas ou destas entre sí;-Conflitos entre os órgãos constitucionais do Estado.-Conflitos em defesa da autonomia local.-Da declaração sobre a constitucionalidade dos tratados internacionais.-Do controle prévio de inconstitucionalidade no caso previsto no artigosetenta e nove desta Lei. -Das impugnações previstas no número dois do artigo cento e sessenta e um da Constituição.- Verificação das nomeações dos Juízes do Tribunal C onstitucional, parajulgar se cumprem os requisitos exigidos pela Constituição e por sua Lei orgânica.-Das demais matérias que lhe atribuam a Constituição ou as leis orgánicas.O Tribunal Constitucional pode emitir regulamentos sobre o seu própriofuncionamento e organização, bem como o regime do seu pessoal e serviços, noâmbito de sua Lei orgânica.
Quem tem legitimidade para intentar uma ação de inconstitucionalidade? (art. 162.1.a) CE).
Resposta: Conforme o dispositivo acima, estão legitimados para interpor o recurso de inconstitucionalidade, o Presidente do Governo, o Defensor Público, 50Deputados, 50 Senadores, os ó rgãos colegiados executivos das Comunidades Autônomas e, se for o caso, suas Assembléias.
Quem tem legitimidade para intentar uma ação de amparo? (art. 162.1.b) CE).
Resposta: São legitimados para interpor recurso de amparo, qualquer pessoa física oujurídica que invoque interesse legítimo, bem como o Defensor Público e o Ministério Público
Quem tem legitimidade para trazer um desafio constitucional? (art. 163 EC).
Resposta: Quando um órgão judicial considerar, em algum processo, que norma comforça de lei, aplicável ao caso, de cuja validade depende a decisão, e que pode ser contrária à Constituição, poderá suscitar a questão perante o Tribunal Constitucional nos casos, n a forma e com e feitos estabelecidos em lei, que em nenhum caso serão suspensivos
Em termos gerais, quais são os efeitos das sentenças proferidas pela CC? (art. 164 EC).
Resposta: Conforme o referido dispositivo, as sentenças da CC têm valor de coisa julgada desde o dia após a sua publicação e não cabe recurso contra e las. Aquelas que declaram a inconstitucionalidade de lei ou regulamento com força delei e todas as que não se limitem à avaliação subjetiva de um direito, têm pleno efeito contra todos (erga omnes). Salvo disposição em contrário na sentença, avalidade da lei subsistirá na parte não afetada pela inconstitucionalidade
2: CONTRIBUIÇÕES DOUTRINÁRIAS RELEVANTES PARA A CONSTRUÇÃO DO MODELO CONCENTRADO DE JUSTIÇA CONSTITUCIONAL.
Resumir as contribuições doutrinárias mais importantes de JELLINEK e KELSEN que contribuíram para o projeto do Tribunal Constitucional.
Resposta: Verifica-se, a partir das anotações contidas no conteúdo da disciplina Controle de constitucionalidade (In PANAL, Controle de constitucionalidade,Conteúdo, item 3.2.1), que as contribuições de Jellinek para o projeto do Tribunal Constitucional, nascem a partir de sua preocupação com a resolução de conflitos de competência no Império Austro-Húngaro.
 Para Jellinek, a criação do Tribunal não tinha como objetivo central o conhecimento e julgamento de ação abstrata de inconstitucionalidade, mas resolver os problemas concretos da vida política e social da Áustria que se constituía em grande problema de direito público,cuja mitigação se daria com o fortalecimento da Constituição.
Na concepção de Jellinek, a teoria de separação dos poderes é deficiente,pois por trás desses poderes há sempre o mesmo sujeito, o Estado; que essespoderes estão ligados ao direito positivo, cujas ações, contrárias ao direitopúblico, podem também ser consideradas ilegais, exigindo solução imediata. 
Jellinek intuía que a criação de uma Corte Constitucional despolitizaria osconflitos e estabilizaria o direito público da Áustria, pois guardando isenção e desprovida de preconceitos político-partidários daria decisão imparcial à demandas dos partidos políticos e das maiorias e minorias parlamentares. Ademais, Jellinek postulou, como medida de extensão da jurisdição da Corte, queseus juízes teriam o poder de revisar a constitucionalidade das leis, além de atuarde forma preventiva no controle do processo legislativo, a partir do conhecimentode questões de supostas inconstitucionalidades de projetos de lei levantadas pelogoverno e minorias parlamentares, que teriam legitimidade para esse desiderato.
Por fim, conclui-se que o Tribunal idealizado por Jellinek, bem ilustrado emsua obra “Um Tribunal C onstitucional para Áustria”, de 1885, em que autodeclaradamente Kelsen se inspirou, foi concebido, não para o controle emabstrato da constitucionalidade das leis, mas para resolver conflitos decompetências, tendo assim, como base, o princípio da competência.
Se Jellinek idealizou e propôs a incorporação da Corte Constitucional notexto constitucional, foi Hans Kelsen quem fez essa ideia se efetivar naConstituição Austríaca de 1920, que, redigida sob sua inspiração, hospedou pelaprimeira vez o conceito de controle concentrado da constitucionalidade das leis eatos normativos como função jurisdicional aos cuidados de um Tribunal Constitucional, incumbido da função exclusiva de guarda da integridade da Constituição.
Kelsen parte da ideia central de que a o rdem jurídica personificada pelo Estado não é um sistema horizontal de normas, mas hierarquizado em diferentes níveis de normas, cuja unidade é sustentada pela lógica de que a criação e validação de u ma norma é sempre determinada por uma de nível superior até chegar na norma de nível máximo, a Constituição, que é a razão suprema de todaordem jurídica. Seguindo essa lógica de validação das normas, Kelsen asse re anecessidade de um órgão para con trolar a conformidade das leis com aConstituição, pois a garantia jurisdicional da Constituição é parte de um sistemade medidas técnicas para assegurar o exercício normal das funções estatais consistentes na criação de atos jurídicos de criação ou aplicação das leis.
Outro argumento de Kelsen, para a criação dos Tribunais e a efetivaavaliação da constitucionalidade, é que o legislador não pode estabelecer controle sobre as norma s por ele produzidas, sendo ilógico con fiar a invalidação de um alei inconstitucional ao mesmo órgão que a elaborou. Assim, a criação das Cortes Constitucionais se justifica, pois retira da órbita do le gislador o controle sobre a constitucionalidade de suas normas e ao mesmo tempo impõe a necessidade de concentrar tal controle em um Tribunal Constitucional.
Kelsen levanta a ideia de sanção associada à inconstitucionalidade e apossibilidade de um p rocedimento de anulação do ato inconstitucional pelo órgão competente. O Tribunal Constitucional assume, assim, o monopólio do controle de constitucionalidade, trazendo para si a competência da referida declaração. Subentende-se, ainda, a partir das assertivas kelsianas, que o Tribunal Constitucional exerce uma espécie de Poder Legislativo Negativo, ao julgar únicae tão somente a legislação em abstrato e se ela é ou não compatível com aordem constitucional vigente. 
Por fim, cabe observar, que diferentemente do judicial review surgido no constitucionalismo americano, de mera não aplicação d a lei e efeito interpartes, no âmbito do próprio sistema judiciário, Kelsen acredita no valor diferenciado de sua proposta, haja vista que a anulação de uma lei tem o mesmo caráter de generalidade de sua elaboração, como uma função legislativa negativa que reforçaria o próprio poder legislativo, protegendo-o de um “governo de juízes”, preocupação que acometia amplos setores da doutrina europeia à época
3: MODELOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: O SISTEMA DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE EM SEU PAÍS.
Ao aplicar o que você aprendeu ao longo do curso, assim como ao examinar o sistema constitucional de seu país, identifique qual sistema de controle de constitucionalidade foi previsto na constituição de seu país.
Resposta:
A Constituição Brasileira adota duas formas de controle de constitucionalidade das leis, o controle por via de exceção e o controle por via de ação direta. 
O controle por via de exceção está presente desde a Constituição de 1891,a primeira da República brasileira, tendo subsistido em todas as demais Constituições nacionais, inclusive na atual, a chamada Constituição cidadã. 
Tal forma de controle pode ser feita por meio de exceção (defesa) ou por meio de ação. Este modo realiza-se com o uso das chamadas ações constitucionais: habeas corpus e mandado de segurança. Quem possui competência para apreciá-lo são os tribunais (qualquer tribunal) e os juízes
singulares, podendo ser invocado por meio de qualquer processo. Uma característica marcante desse instituto é o fato de que ele ex surge a partir da análise de um caso concreto, onde busca-se a declaração da inconstitucionalidade de maneira incidental no intuito de tornar prejudicial o exame do mérito.
Já o controle por via de ação direta só veio a ser introduzido no ordenamento jurídico brasileiro por meio da Emenda Constitucional nº 16, de 26 de novembro de 1965, que deu nova redação à alínea k do art. 10 1, inciso I, da Constituição de 1946, quando se atribuiu ao Supremo Tribunal Federal STF competência originária para processar e julgar "a representação de inconstitucionalidade de lei ou de natureza normativa, federal ou estadual,encaminhada pelo Procurador Geral da República”. 
A Constituição de 1967 e a chamada e Emenda Constitucional nº 01, de1969, conservaram o instituto do controle da constitucionalidade das leis por via de ação direta. 
A Constituição de 1988, por sua vez, foi prodiga no avanço em matéria de controle da constitucionalidade das leis. Ampliou o número de legitimados a propor ação direta de inconstitucionalidade, retirando do Procurador Geral da República a titularidade exclusiva da representação contra inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. Essa situação era objeto de muitas críticas, pois ficava a critério do procurador geral a arguição ou não da inconstitucionalidade de lei levada ao seu conhecimento, este acabava se transformando em juiz da representação, usurpando competência que era própria do Supremo Tribunal Federal
Hoje, o art. 103 da Carta Magna de 1988, catalogaos legitimados a propor ação direta de inconstitucionalidade, os quais são: o Presidente da República, a Mesa do Senado, a Mesa da Câmara dos Deputados, a Mesa da Assembleia Legislativa, o Governador do Estado, o Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil, partido político com representação no Congresso Nacional e confederação sindical ou entidades de classe de âmbito nacional.
Referências
ALMEIDA, Ramatis Vozniak de. A contribuição do jurista Hans Kelsen para o controle de Constitucionalidade Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 13 dez 2012, 04:00. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/33004/. Acesso em: 02 de jun. 2023.
Constituição Espanhola de 1978. (1978). Recuperado de https://www.boe.es/buscar/act.php?id=BOE-A-1978-31229 .
Lei n. 2, de 3 de outubro de 1979. Dispõe sobre a organização do Tribunal Constitucional da Espanha. Recuperado de https://www.boe.es/buscar/act.php?id=BOE-A-1979-23709.
LIMA, Bárbara Goniadis. O Controle de Constitucionalidade Brasileiro. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/91211. Acesso em: 02 de jun. 2023.
PASSOS, Cássio de Oliveira Meirelles dos. Do controle de Constitucionalidade: Uma análise comparada entre os órgãos responsáveis pela defesa da supremaciaconstitucional no mundo. Natal, RN, 2014. Disponível em: 
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51706/2/C%C3%A1ssioOMP_Monografia.pdf. Acesso em: 02 de jun.2023.
PANAL, Funiber, 2021. Controle de Constitucionalidade. 
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