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Universidade Federal de Alagoas Flávia de França Santos Relatório: Visita técnica na Usina Porto Rico Arapiraca- AL 2017 Universidade Federal de Alagoas Flávia de França Santos Relatório: Visita técnica na Usina Porto Rico Arapiraca – AL 2017 Relatório solicitado pelo professor Valdevan Rosendo como requisito de nota parcial na disciplina de Máquinas e mecanização, semestre 2017. RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA NA USINA PORTO RICO Introdução No Brasil, principalmente no Nordeste o cultivo da cana de açúcar é muito forte, além de ajuda na economia do país. A cana-de-açúcar é, talvez, o único produto de origem agrícola destinado à alimentação que ao longo dos séculos foi alvo de disputas e conquistas, mobilizando homens e nações. A planta que dá origem ao produto encontrou lugar ideal no Brasil. Durante o Império, o país dependeu basicamente do cultivo da cana e da exportação do açúcar. Calcula-se que naquele período da história, a exportação do açúcar rendeu ao Brasil cinco vezes mais que as divisas proporcionadas por todos os outros produtos agrícolas destinados ao mercado externo. Com tudo isso foram surgindo as usinas canavieiras, no Nordeste a presença das mesmas é forte e em Alagoas temos algumas como a Usina Coruripe, Seresta, Marituba e a Porto Rico, a qual a visita foi feita. Localizada na Fazenda São José no município de Campo Alegre – AL, a Industrial Porto Rico S/A foi fundada em 1973, pelo empresário Olival Tenório Costa. Com um desenvolvimento cada vez maior, logo alcançou um lugar de destaque entre as maiores empresas sucro-alcooleiras da região nordeste. Tem hoje uma área de 27.000 ha., sendo 19.000 ha. de área cultivada com cana-de-açúcar e o restante com pecuária e reflorestamentos. A Usina Porto Rico é a principal fonte geradora de renda do município de Campo Alegre, e uma das mais importantes indústrias de Alagoas, atualmente produz açúcar tipo VHP, álcool anidro carburante e álcool hidratado carburante, atendendo ao mercado interno e exportação. A visita a usina Porto Rico, permite observar os aspectos teóricos e práticos da empresa. Deste modo, buscando aperfeiçoar a prática profissional dos acadêmicos que se preparam para ingressar no mercado de trabalho ou que estão atuando como profissionais no mercado. Portando objetivo da visita técnica foi trazer uma oportunidade de contato direto dos acadêmicos com a realidade técnica e administrativa no dia-a-dia do profissional da área, além da observação da estrutura da indústria conhecendo melhor a Porto Rico e suas atividades ao campo, favorecendo assim ainda mais os conhecimentos dos alunos. RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA NA USINA PORTO RICO (Data da visita: 30/11/2017) O relatório apresenta informações sobre o desenvolvimento da Visita Técnica que ocorreu no dia 30/11/2017,no qual um grupo acadêmico de alunos Universidade Federal de Alagoas – UFAL – , do curso de Agronomia (6° período), juntamente com seu Professor Doutor Valdevan Rosendo ( Eng. Agrônomo), realizaram uma visita a Usina Porto Rico, localizada na zona rural da cidade de Campo Alegre – AL (FIGURA 1), com a finalidade de obter maiores conhecimentos em segurança técnicas dentro da usina , no processo de plantio e colheita da Cana-de-açúcar, e como é feito o processor dentro da indústria na destilaria produção de açúcar e álcool, observando todo os sistemas manuais e mecanizados, além da preparação do solo de plantio. A visita foi acompanhada por funcionários da usina durante todo o dia. No decorrer da visita foram tiradas várias fotos que ilustram melhor a parte escrita. Figura 1 –Usina Porto Rico . 2017 DIA 30 de Novembro: 08:00 hrs às 17:00 hrs. Local: Visita Técnica na Usina Porto Rico, localizada na cidade de Campo Alegre-AL. O início da visita técnica se deu no Departamento de Mecanização e transporte, (FIGURA2) com a apresentação do Sr. Fernando Pedro (Ex-Policial civil) e justamente de alguns componentes de sua equipe, como duas estagiarias de segurança de trabalho, e dois técnicos de segurança do trabalho que um dos que estava ali presente acompanhou os alunos durante todo o dia, o técnico Diogo. Sr. Fernando Pedro, com 30 anos de usina o mesmo é o Supervisor de motomecanização, sua equipe é composta por 120 motorista e equipada com 600 pessoas, em sua fala o mesmo explicou quais as técnicas de segurança da usina e falou um pouco do funcionamento da indústria. Figura 2- Demonstração do quadro de atividades da Usina. 2017 O Sr. Fernando Pedro em sua fala abordou a questões de técnicas de segurança de trabalho e o andamento da usina. Na ocasião o mesmo relatou aos alunos que a demonstração da subsolagem não era possível naquele dia divido ao ano anterior ter sido muito seco, tornando dessa forma inviável a prática na produção da safra desse ano. A usina tem uma área de 17 mil hectares. A usina Porto Rico é muito rígida se falando em segurança, a mesma tem um lema que é “Acidente Zero”, as maquinas só começa depois da confirmação do técnico de segurança do trabalho o chamado PT (Permissão de trabalho). Os funcionários têm um treinamento que é feito todos os anos. Os alunos fizeram vários questionamentos. 2- PREPARO DO SOLO As 09 Hrs, os alunos acompanhados com o Professor Doutor Valdevan, o Sr. Fernando Pedro justamente com duas estagiarias em segurança técnica e o técnico de segurança Diogo, saíram da Industria e seguiram ao campo, ao chegar no plantio Sr. Fernando comentou sobre o funcionamento de aplicativo de celular que consegui achar uma área especifica o AGROMIX (FIGURA 3). Figura 3- Explicação no campo com o Sr. Fernando. 2017 No mesmo local Sr. Fernando falou sobre o açúcar fabricado na Porto Rico, que o mesmo é praticamente vendido ao exterior (FIGURA 4). Figura 4 – Sr. Fernando debatendo com os alunos. 2017 Relatou que um dos problemas na área é o excesso de chuva que deixa o solo com vários torrões improprio para um plantio da cana de açúcar, pois sua raiz não consegui ceder esses torrões (FIGURA 5). Figura 5- Torrões no solo no plantio de cana de açúcar. 2017 A principal praga que ataca as plantações da usina é a Broca Gigante. O preparo do solo é feito em fileiras duplas de planta com 0.50m e entre fileira 1.50m (FIGURA 6). Figura 6 – Demostrando os espaçamentos entre fileiras. 2017. A Porto Rico ganha 25 mil reais por horas com sua produção. Antes do plantio é ocasionada a molhagem da área para poder gradear e fazer a distribuição de torta. Quanto maior a linha de plantio maior a produção de maquinas. Sr. Fernando comentou um pouco das potências de algumas máquinas como um trator Kase – Pluma com 185 cv e a potência de um Jonh deere, sulcadores e adubadora – 300 Kg de capacidade (FIGURA 7). Figura 7 – Sr. Fernando palestrando com os alunos. 2017 3 –PLANTIO No decorrer das 11:00 Hs, os alunos foram para a terceira parada da visita, no local observaram como é feito o plantio e um uso de algumas maquinas e alguns sistemas de irrigação (FIGURA 8). Figura 8- Plantio de Cana de Açúcar e um sistema de irrigação. 2017 Nas máquinas, e no plantio tem o uso de reagentes como o CUPIM ou EVIDENCE esse é pouco utilizado. As canas são picotadas no sulco feitomanualmente 7 metros de cana por hectare para o plantio (FIGURA 9). Figura 9 – Canas picotadas nos sucos .2017. Os alunos conheceram também algumas máquinas da usina que são utilizadas no campo para o auxílio do plantio, como um sulcador duplo (FIGURA 10), o mesmo faz na área com canal para irrigação, a sulcação inicia-se paralela ao canal nos talhões de ambos os lados do mesmo, deixando-se o carreador no lado de cima do canal. Haverá alternância de carreadores em nível com e sem canal ao lado, e neste caso os sulcos curtos ficam nos dois lados do carreador sem ter canal ao lado. A largura dos talhões é em função do comprimento da tubulação para distribuir a vinhaça que liga o aspersor à moto-bomba. Figura 10 - Sulcador para linha dupla. 2017. Figura 11 - Sulcador para linha dupla. 2017. Um trator que é um equipamento essencial para a área de construção rural. O mesmo ajuda no preparo do solo, a operação de preparo do solo é realizada para propiciar condições satisfatórias para a semeadura, a germinação das sementes, a emergência das plântulas, o desenvolvimento e a produção das plantas, eliminar as plantas daninhas, controlar a erosão e descompactar o solo. O mesmo na usina vem acoplado a uma grade de arrasto (FIGURA 12), é o implemento destinado à preparação do solo, que realiza a aração e a gradagem numa mesma operação. As peças ativas da grade aradora são formadas por discos montados em eixos, que giram em ângulo, com a linha de tração. As grades possuem uma estrutura pesada, necessária à penetração dos discos no solo. Figura 12 – Trator e uma grade de arrasto. 2017. No decorre da visita os alunos tiveram uma conversa com o senhor Amaury, explicando algumas técnicas do campo. 4- COLHEITA No decorre das 11:30 Hs da manhã os alunos seguiram para a parte da colheita da cana de açúcar, no local os alunos conheceram algumas máquinas, as colheitadeiras que é uma ferramenta de grande importância no setor agrícola, na usina tinha a presença da Case que colhe duas linhas, corta, picota e carrega o transborder, com capacidade de corte de 600t por dia. Cada máquina tem dois transborder. Na ocasião tinha um Jhon Dheere 3522 duas linhas e 3520 uma linha, e um despontador que é uma máquina que tira a parte verde da cana (FIGURA 13). A colheita é uma das etapas mais importantes e é exatamente nela que a mecanização é vital para sua realização eficiente, com poucas perdas e com velocidade, para que a comercialização possa ser feita o mais rápido possível. A velocidade é realmente importante, para que o produtor possa obter, mais rapidamente, o retorno do capital investido e os lucros da safra. Figura 13 – Colheitadeira. 2017 Desta forma, as colheitadeiras utilizadas devem apresentar as características mais apropriadas, tanto para o tipo de produção, quanto para o tamanho da área cultivada. A adequação das colheitadeiras deve ser analisada tanto pelo o tipo de cultura (cana,soja, milho, trigo, algodão, arroz, etc.), quanto pelas características específicas da lavoura (FIGURA 14). Após o plantio, com o termino do ciclo da cana, é necessário a renovação do canavial, e com destruição em preparo do solo, plantio da cultura manual, colheita desse plantio e novo plantio de mudas novas de cana, sendo que este adubo verde permanece como cobertura superficial, beneficiando e mantendo as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Figura 14 – Colheitadeira. 2017 Figura 15- Turma na área da colheita. 2017. 5- INDUSTRIA Na parte da tarde por volta das 2 hs, os alunos foram conhecer dentro da indústria da usina Porto Rico, os mesmos foram recepcionados pelo técnico de segurança do trabalho o senhor Caetano onde ele explicou noções básicas de segurança dentro da empresa (FIGURA 16). A usina prioriza o bem-estar dos funcionários, e mantem estrutura organizada e adequada para melhor rendimento do trabalho e obediência as normas de trabalho. Figura 16- Foto de toda turma na indústria. 2017. Conclusão A visita a usina Porto Rico, organizada pelo Professor Valdevan apresentou se como sendo de fundamental importância aos alunos do curso de agronomia da Universidade Federal de Alagoas, possibilitando os mesmo um maior aprofundamento de como funciona uma usina canavieira dês do campo a parte da indústria. Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a parte prática do campo, conhecendo várias máquinas e tirando muitas dúvidas que foram surgindo no decorrer da visita. Os alunos agradecem a oportunidade dessa prática ao seu professor o responsável do mesmo ir conhecer melhor esse lado prático do curso de agronomia. BIBLIOGRAFIA FATEC-PR. Relatório da Visita Técnica na Usina Hidrelétrica de Itaipu. Curitiba: FATEC-PR, 2013.
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