Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA MEDIDAS FÍSICAS TOLEDO - PR 2017 Camila L Biava Dheniffer Bauwelz Pasa Heloísa Marafon Shara Popik MEDIDAS FÍSICAS Relatório apresentado à disciplina de Física Geral e Experimental ll. Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Toledo. Prof. Dr.: Fernando Espinoza TOLEDO - PR 2017 INDÍCE RESUMO.........................................................................................................4 1. EMBASAMENTO TEÓRICO......................................................................5 2. INTRODUÇÃO...........................................................................................8 3. MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................10 3.1 Materiais.............................................................................................10 3.2 Métodos.............................................................................................10 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................11 5. CONCLUSÃO...........................................................................................17 6. REFERÊNCIAS........................................................................................18 7. APÊNDICE...............................................................................................20 8. ANEXO.....................................................................................................23 RESUMO A prática realizada visa aplicação do método científico adotado na obtenção dos parâmetros físicos buscados, quantidade, massa e volume de grãos e/ou pó de arroz contido em cinco recipientes diferentes de volumes conhecidos. Empregou-se o processo de moagem para triturar os grãos, reduzindo seu tamanho e aumentado o volume da amostra. Primeiramente determinou-se o volume dos recipientes enchendo-os com água e utilizando a relação da densidade e massa do líquido. Os recipientes foram então preenchidos com grãos de arroz pesados, e o número de grãos foi contado; este processo foi realizado três vezes. Através do ajuste dos dados experimentais obtidos, calculou-se a densidade da quantidade de grãos por unidade de volume e a densidade aparente. Aplicou-se então a moagem, triturando três vezes o número médio de grãos encontrado anteriormente, para cada recipiente; o pó de arroz obtido em cada processo foi colocado em uma proveta para determinar seu volume, e sua massa foi aferida. Após os experimentos pode-se observar a ocorrência de aumento do volume e consequente diminuição da densidade ao comparar o pó obtido após o processo de moagem e os grãos de arroz. Ainda, a densidade relativa calculada foi satisfatória, pois se aproximou do valor tabelado na literatura consultada. 1. EMBASAMENTO TEÓRICO Física é a ciência que estuda a natureza e seus fenômenos, baseia a veracidade de seus postulados em métodos científicos. A metodologia consiste em estudar, compreender e avaliar os procedimentos utilizados para determinada pesquisa, com o objetivo de ter confiabilidade nos resultados. Esses métodos mostram o caminho que devemos seguir para encontrar o resultado desejado, normalmente as etapas a serem seguidas são: a observação, formulação de hipóteses, experimentação, interpretação de resultados e a conclusão. Existem alguns tipos de métodos que podem ser utilizados, entre ele o método indutivo, dedutivo, dialético, experimental e estatístico. A escolha do método depende do tipo de pesquisa que está sendo feita, do objeto de estudo e dos materiais disponíveis. O método indutivo se baseia na generalização, ou seja, parte de algo particular e generaliza os resultados. O método dedutivo parte de um conhecimento geral e utiliza para compreender casos específicos. O método dialético consiste na observação de que todos os fenômenos tem sua contradição, por exemplo: o velho e o novo, o branco e o preto. O método experimental é baseado em submeter o objeto de estudo à influência de algumas variáveis, que o pesquisador deve controlar para observar os resultados que a variável causou (GIL, 2008). O método estatístico consiste numa descrição da população, partindo de uma amostra e possibilita saber a margem de erro da conclusão obtida. Na realização dos procedimentos deste trabalho foi utilizado o método indutivo, experimental e estatístico, que serão descritos abaixo. Dentro do método indutivo temos a generalização dos resultados. Com o intuito de generalizar os dados obtidos no experimento, foi utilizado o método da interpolação, que consiste em construir um novo conjunto de dados a partir de um conjunto discreto de dados pontuais previamente conhecidos (Vieira, 2014). Para os dados deste procedimento, a interpolação que melhor se adequa aos resultados é a interpolação linear, onde os valores extremos são conhecidos e a aproximação é feita por retas. Para o método estatístico temos os seguintes casos: para a obtenção correta da amostra utilizada, foi realizado o processo de amostragem aleatória simples. Cuja definição é retirar a amostra (subconjunto de indivíduos) totalmente ao acaso de um conjunto maior, denominado população. Desta forma garantimos que todos os indivíduos da população tem a mesma chance de serem escolhidos para compor a amostra (Antunes, 2011). E também dentro do método estatístico, temos que para interpretar os resultados corretamente, é necessário realizar o cálculo de alguns parâmetros, tais como média, desvio padrão e intervalo de confiança. A média de um conjunto de valores numéricos consiste na soma de todos os valores, dividindo os mesmos pelo total de elementos. O desvio padrão é uma medida de dispersão dos dados, nos mostra o quão confiável são os resultados; na prática o desvio padrão indica qual é o erro, se substituirmos os valores obtidos pelo valor da média. O intervalo de confiança é uma medida usada para indicar a confiabilidade dos dados e consiste em um intervalo onde está contido o valor de um parâmetro. No caso deste experimento, consiste no intervalo onde a média está contida, com 95% de confiança, ou seja, temos uma probabilidade de 95% de que a média esteja no intervalo calculado. No quesito do método experimental, analisamos que para compreender melhor o objetivo deste procedimento, é necessário ter conhecimento sobre alguns parâmetros físicos, tais como massa, peso, volume e densidade. Podemos definir a massa como a quantidade de matéria ou a medida da inércia de um corpo, portanto é uma grandeza escalar. Já o peso é uma grandeza vetorial, ou seja, possui intensidade, direção e sentido, e é definido como a força sofrida por um corpo na vizinhança de um planeta, ou de algum outro corpo com massa significativa (Pucci, 2008). O volume refere-se à corpulência do corpo, é a medida do espaço ocupado pelo sistema. Já a densidade é uma propriedade específica de cada material, é a quantidade de matéria que existe em certo espaço, matematicamente é definida como: 𝜌 = 𝑚 𝑉 A relação entre massa e peso pode ser obtida pela seguinte análise: a massa específica de um corpo é sua massa por unidade de volume e é conhecidotambém como densidade; já o peso específico, ( 𝛶) , de uma substância é a razão entre a intensidade de seu peso e o volume ocupado 𝛶 = 𝑃 𝑉 De acordo com a 2ª Lei de Newton, podemos definir 𝑃 = 𝑚𝑔, portanto 𝛶 = 𝑚𝑔 𝑉 Através da análise das equações, percebemos que há uma relação entre massa e peso específico. Além dos parâmetros estatísticos e físicos calculados, é preciso compreender o processo de moagem dos grãos de arroz, já que este procedimento justifica as variações de volume que ocorrem em um sistema. O processo de moagem é uma operação unitária de redução de tamanho, onde o tamanho do sólido é reduzido pela aplicação de forças de impacto, compressão e abrasão (Pereira, 2016). Desta forma o volume é aumentado, já que o pó do arroz possui maior superfície de contado do que o grão de arroz. 2. INTRODUÇÃO Para o relato do resultado de medição de uma grandeza física, é necessário que seja dada a indicação quantitativa da qualidade do resultado, para uma melhor avaliação da confiabilidade dos resultados obtidos (GALLAS,2017). A medição de parâmetros requer reprodutibilidade e confiabilidade. Logo, é necessário obter uma repetitividade de eventos considerável, na qual há aleatoriedade do processo de medida. Porem, realizar as repetições manualmente nem sempre é possível, sendo necessário aplicar um método cientifico. Com ele obtém-se o valor médio e a variância experimental como representação estatística das repetições- sem a necessidade de realizar todas elas- da medida do parâmetro de interesse, tomando-se o cuidado do método não ser tendencioso nem sistemático (ESPINOZA, 2017). Como uma repetitividade de eventos reproduz a variação dos dados encontrados, aplica-se um intervalo de confiança (variável de acordo com o tamanho da amostra) no intuito de determinar um intervalo no qual há certa probabilidade de ocorrer a media aritmética, facilitando a avaliação dos resultados. Nesta pratica os parâmetros almejados eram quantidade, massa e volume de grãos ou pó de arroz contido em cinco recipientes de volumes conhecidos diferentes. Para realizar a medição destes parâmetros é necessário selecionar uma amostra dentre a população, na qual todos os elementos da população tem a mesma probabilidade de ser escolhido como elemento da amostra. Na escolha do método cientifico optou-se pela interpolação linear, pois ela permite construir um novo conjunto de dados a partir de um conjunto discreto de dados pontuais previamente conhecidos (VIEIRA, 2017). Porem, é necessário que o método cientifico seja validado a partir de um procedimento ou teste de aceitação. O processo de moagem, utilizado para triturar os grãos de arroz, consiste em uma operação unitária na qual não ocorre transferência de massa e calor (PEREIRA,2017). A partir da relação massa por unidade de volume obtém-se uma propriedade especifica: a densidade. Cada substancia pura possui uma densidade própria que a identifica e a diferencia de outras substancias (MAZALI). A densidade aparente é a que determina o volume ocupado pela massa do solido (pó ou granulado), incluindo a porosidade (poros intragranulares). 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais No procedimento experimental foi utilizado uma população de 200g de grãos de arroz inteiros, secos e limpos, uma balança digital semi-analitica com precisão de duas casas decimais, um moedor elétrico para grãos secos, buretas de 100mL e 250mL e cinco recipientes de plástico com volumes diferentes entre 5 e 100mL. Na falta de água destilada utilizou-se água potável, sendo que esta possui sais minerais e pode ser uma variação na densidade. 3.2 Métodos Inicialmente, determinou-se o volume de casa recipiente preenchendo-os com água e relacionando a densidade ao liquido com a massa encontrada do recipiente cheio da água. Após isso, contou-se o número de grãos de arroz presente em cada recipiente e aferiu-se a massa da quantidade de grãos encontrada. O procedimento foi realizado em triplicata. Posteriormente, aferiu- se a massa de cada recipiente cheio completando 20 aferições. Utilizou-se a interpolação para determinar a quantidade de grãos presente em cada massa aferida. A partir dos dados obtidos de quantidade de grãos, massa e volume, calculou-se e determinou-se por meio de ajustes dos dados experimentais a densidade da quantidade de grãos por unidade de volume e a densidade aparente (volume ocupado pela massa dos grãos). Foi realizado, então, o processo de moagem dos grãos de arroz utilizando um moedor elétrico para grãos secos. O procedimento foi realizado triturando tres vezes o número médio de grãos encontrado anteriormente de cada recipiente. O pó de arroz obtido foi colocado na proveta de 100mL, exceto o do recipiente maior que necessitou da proveta de 250mL, para determinar o volume ocupado por ele. Além disso, também foi aferido a massa do pó de grãos. A partir disso, realizou-se a interpolação para determinar os outros 17 volumes e massas do pó de arroz, completando as 20 repetições. Com esses valores calculou-se e determinou-se por meio do ajuste dos dados a densidade do pó de arroz (massa por unidade de volume). 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Parte A Para a realização da pratica foi utilizada uma população de 200g de arroz, com um total de 10438 grãos. Foram selecionados previamente cinco recipientes com capacidades volumétricas diferentes. Os recipientes foram tarados, preenchidos com água até a borda e mensurada a massa contida em cada um, considerando a água a temperatura ambiente com massa especifica ρ=1000kg/m³, o volume em ordem crescente dos recipientes utilizados foi de: 12,35mL; 20,73mL; 49,02mL; 75,26mL; e 107,36mL. O recipiente de maior capacidade apresentava segundo o fabricante um valor de 100mL, entretanto, o valor encontrado foi superior ao informado, excedendo em 7,36mL o valor solicitado como limite volumétrico. A partir da avaliação do volume dos recipientes, foi realizada a medida do número de grãos que há contido em cada recipiente, em uma série de 20 repetições. Utilizou-se um método cientifico para realizar a contagem do numero de grãos. Primeiramente realizou-se a contagem manual para dois recipientes com um menor volume. Por exemplo, para 12,35Ml foram encontrado 509 grãos e para o de 20,73mL 997 grãos, o que nos mostra que o aumento do numero de grãos com o aumento do volume do recipiente não é proporcional. Concluímos então, ao observar este comportamento, que o aumento do volume proporciona um melhor arranjo espacial dos grãos, diminuindo os espaços vazios entre eles. A hipótese levantada anteriormente fez com que procurássemos uma relação entre o aumento de número de grãos e a variação do volume. Como não sabíamos o padrão do comportamento da amostra, fizemos uso de um método de interpolação linear para determinar a quantidade de grãos em casa recipiente. Para aplicarmos o método se faz necessário o conhecimento de um conjunto de dados discretos, para a determinação de outro conjunto. Foi relacionada à massa da amostra com a quantidade de grãos. Os dados discretos conhecidos é a massa de 20 amostras para cada tamanho de recipiente. Ao aplicarmos o método pudemos obter as seguintes médias dos números de grãos: 536,45; 1019,35; 2203,75; 3324,80 e 4993,70. Para a validação do método utilizado realizamos a contagem manual de20 amostras para o recipiente de 12,35mL e obtivemos uma média de 537,95 grãos de arroz; os valores obtidos estão na tabela 1 do apêndice A. Portanto, o desvio padrão entre a média obtida manualmente e a média obtida pela interpolação é de 1,06. O desvio padrão é considerado baixo, consequentemente o método da interpolação é satisfatório. Os valores médios encontrados para cada recipiente foram dispostos graficamente como podemos analisar abaixo: Figura 4.1 Quantidade de Grão x Volume O coeficiente angular (b) encontrado é equivalente a densidade do número de grãos por unidade de volume (1mL=1cm³), b=45,68grãos/cm³, os dados foram ajustados de maneira linear apresentando um R²=0,99776. A confiabilidade dos dados encontrados está associada a inferência estatística, e é analisada através do desvio padrão dos dados amostrais, e do intervalo de confiança. Os dados referentes a cada recipiente estão apresentados na tabela abaixo, como podemos analisar: 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 0 20 40 60 80 100 120 Q u an ti d ad e m éd ia d e gr ão s d e ar ro z Volume do recipiente mL valores reais obtidos Linear (valores reais obtidos) Tabela 4.1: Dados das quantidades de grãos para os cinco recipientes Recipiente 12,35mL 20,73mL 49,02mL 75,26mL 107,36mL Média 536,45 1019,35 2203,75 3324,8 4993,7 Desvio Padrão 15,09 44,33 40,31 70,14 95,54 Intervalo de confiança 7,06 20,75 18,87 4,74 44,71 Parte B: Realizou-se a medida da massa do número de grãos para cada um dos recipientes anteriores cheios de grãos de arroz, com volume conhecido, em séries de 20 repetições para cada volume. Os valores encontrados estão apresentados nas tabelas 2 e 3 do apêndice A. As medidas encontradas e o erro associado a cada um dos recipientes foram: 10,21±0,35g; 18,65±0,96g; 41,06±0,74g; 63,98±1,32g e 93,56±1,99g. Os dados encontrados foram plotados no gráfico 2, de modo que a densidade relativa dos grãos de arroz pode ser analisada pelo coeficiente angular b=0,85g/cm³. Abaixo podemos analisar uma tabela com densidades relativas de arroz, o arroz usado na pratica corresponde ao Milled tabelado. Ao convertermos o valor de referencia para as unidades utilizadas na pratica, temos a densidade d=0,805g/cm³, consideramos esta densidade por corresponder a variedade do arroz que se assemelhou melhor com o utilizado. O desvio padrão entre a densidade relativa encontrada e a tabelada e dp=0,032. Podemos então, considerar o valor alcançado pela pratica como satisfatório. Tabela 4.2: Valor de referencia da densidade do arroz Bulk density (kgm- 3) Rough rice 508.98 518.06 528.47 Brown rice 764.42 779.65 754.28 Milled 805.12 795.22 780.53 LIU, Kunlun et al, 2016. Figura 4.2 Massa média x Volume O ajuste linear gráfico encontrado ao analisarmos R² foi de aproximadamente 1. O intervalo de confiança de 95% encontrado para os dados foi de: 0,16; 0,45; 0,35; 0,62; e 0,93 em ordem crescente de recipiente. Concluímos por meio destes dados que quanto maior for o volume, mais incerta será a posição da média em uma análise gaussiana, portanto, as amostras são maiores o que acarreta em um intervalo de confiança maior. Parte C: Por meio do uso de um moedor elétrico para grãos secos pudemos obter o pó de arroz. Baseados nos dados anteriores, foi moído o valor média de grão para cada recipiente, a massa utilizada foi mensurada antes e após a moagem, a massa após a moagem apresentou-se infinitamente menor, devido a perdas no processo. A granulometria alcançada é consequência do processo de moagem, uma operação unitária que busca por meio de um processo mecânico aumentar a relação superfície/volume do grão, consequentemente, adquirindo uma uniformidade das partículas do produto, caracterizando a amostra como homogênea em sua granulometria. Apesar de haver pouca variação entre os valores de massa e volume adquiridos, foi realizado o método da interpolação para a determinação do y = 0,8673x - 0,424 R² = 0,9992 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 20 40 60 80 100 120 M as sa M éd ia g VOLUME mL valores reais obtidos Linear (valores reais obtidos) volume de 20 repetições para cada recipiente. As médias das massas e o desvio padrão associado aos recipientes em ordem crescente de volume foi: 10,21±0,11g; 18,66±0,09g; 41,17±0,15g; 63,98±0,12g e 93,56±0,07g. hh Os valores podem ser mais facilmente interpretados quando dispomos graficamente. O gráfico 3 nos fornece o valor da densidade relativa por meio do coeficiente angular b, a densidade encontrada pelo ajuste linear foi de 0,70g/cm³. O valor da densidade do pó de arroz, foi de 0,65g/cm³, o que caracteriza uma redução de 0,21g/cm³ ao compararmos com a densidade dos grãos de arroz, descrito na parte B. Figura 4.3 Massa dos grãos moídos x Volume A diferença de densidade descrita anteriormente pode ser explicada através das consequências do processo de moagem, pois aumentando a superfície de contato do grão o volume do mesmo é alterado, havendo um acréscimo do volume de toda a amostra. O ar é um fluido que permeia os sólidos granulados, por apresentar baixa densidade torna a densidade aparente do sólido mais baixa que a real. Ao fracionarmos o arroz suas partículas ficam mais próximas, pois há menos espaço para o fluido. Entretanto, após um certo nível de granulagem, há uma quantidade y = 0,7024x - 2,6697 R² = 0,9967 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1 2 0 1 4 0 1 6 0 M A SS A D O S G R Ã O S M O ÍD O S G VOLUME ML valores reais obtidos maior de ar entre o pó de grãos de arroz, tornando a densidade do sólido granulado mais baixa que “em grão”. As transformações físicas da matéria como a moagem do grão não provocam alterações na identidade da substancia, como é o caso da massa, portanto, o arranjo molecular não é modificado, a massa permanece constante. A densidade obtida da massa do pó de grãos por unidade de volume para cada caso pode ser analisada na tabela 3 abaixo, juntamente com o tratamento estatístico dos dados. Tabela 4.3: Densidade do pó de arroz/mL Recipiente Massa média (g) Volume final (mL) Densidade relativa (g/cm³) 12,35mL 10,21 16 0,64 20,73mL 18,66 30 0,62 49,02mL 41,17 67 0,61 75,36mL 63,98 95 0,67 107,36mL 93,56 135 0,69 Tabela 4.4: Média, desvio padrão e intervalo de confiança dos valores mostrados na tabela 4.3 Recipiente Massa média (g) Volume final (mL) Densidade relativa (g/cm³) Média 54,34 68,6 0,65 Desvio padrão 32,03 48,39 0,03 Intervalo de confiança 67,48 85,18 0,80 5. CONCLUSÃO A partir dos dados e resultados encontrados, observou-se que não existe uma relação de proporcionalidade entre o número de grãos e o volume do recipiente. Além disso, ao utilizar um recipiente, de maior volume, esperava-se a diminuição dos espaços vazios entre os grãos de arroz, proporcionando um melhor ajuste espacial. A densidade relativa obtida através dos experimentos foi satisfatoriamente próxima ao valor tabelado, e, portanto, o método aplicado obteve boa reprodutibilidade. Analisando os intervalos de confiança, verificamos que um recipiente de maior volume consequentemente conterá uma amostra maior, resultado em maior intervalo de confiança. Após a moagem dos grãos, obteve-se pó de arroz, para qual constatou-se diminuição considerável da densidade, em relação ao valor obtido para os grãos, devido ao aumento da superfície de contato que ocorre pela redução do tamanho do solido, aumentando o volume. Desta maneira, a prática executada apresentou resultados adequados e foi bem-sucedida na aplicação do método cientifico e entendimento dos conceitos aplicados. 6. REFERÊNCIAS ANHEMBI. Tipos de amostragem. Disponível em: <http://www2.anhembi.br/htl/ead01/metodologia-pesquisa-cientifica- sequencial/lu02/lo2/index.htm>. Acesso em 10 de maio de 2017. Antunes, R. Amostragem aleatória simples. Disponível em: <https://sondagenseestudosdeopiniao.wordpress.com/amostragem/amostras- probabilisticas-e-nao-probabilisticas/amostragem-aleatoria-simples/>. Acesso em 10 de maio de 2017. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2008. LIU, Kunlun et al. Relationships between physical properties of brow rice and degree os milling and loss of selenium. Journal of Food Engineering. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0260877409001174> Acesso em 08 de maio de 2017. MARINHO. Angleson; PEREIRA. Elisamar; VIVIANI. Daniel; SOUZA. Valéria; ASCHERI. Jose. Determinação granulométrica de grãos moídos de arroz, cevada e trigo antes do processo de extrusão. 1º Simpósio latino-americano de ciência, tecnologia e inovação em agropecuária. Nov de 2015. Disponível em: <http://cursos.ufrrj.br/posgraduacao/ppgctia/files/2015/11/determina%C3%A7% C3%A3o-Granulom%C3%A9trica-de-Gr%C3%A3os-Mo%C3%ADdos-de-Arroz- Cevada-e-Trigo-antes-do-Processo-de-Extrus%C3%A3o.pdf>. Acesso em 10 de maio de 2017. MAZALI, Italo. Determinação da Densidade de Sólidos pelo Método de Arquimedes. Disponível em: <http://www.im.ufal.br/professor/thales/icg/Aula1.2.pdf>. Acesso em 9 de maio de 2017. PEREIRA, élix. OPERAÇOES UNITÁRIAS EXPERIMENTAL I. Disponível em: <http://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5817066/129/OPUNIEXPI.pdf>. Acesso em 11 de maio de 2017. PRODANOV, Cleber Cristiano e FREITAS, Ernani César. Metodologia do Trabalho Científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2ª Edição. Novo Hamburgo – RS. 2013 PUCCI, Luís. Massa e peso: descubra a diferença entre esses conceitos. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/massa-e-peso- descubra-a-diferenca-entre-esses-conceitos.htm>. Acesso em 10 de maio de 2017. RESENDE, Hélio. FORMATAÇÃO DE PADRÕES EM MEIOS GRANULARES. Disponível em: <http://www.tede.ufop.br/tde_arquivos/2/TDE-2009-02- 02T082038Z- 284/Publico/tese%20%helio%20fernando%20verona%20de%20resende%20% 20%20%20%20%20%20redemat%20%20%20%20%20%20prot.pdf>. Acesso em 09 de maio de 2017. RIBEIRO, Amanda. Variância e desvio padrão. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/variancia-desvio- padrao.htm>. Acesso em 09 de maio de 2017. SANCHES. Ionildo. APOSTILA DE MÉTODOS NUMÉRICOS Vieira, Thales. Interpolação. Disponível em: <http://www.im.ufl.br/professor/thales/icg.html>. Acesso em 10 de maio de 2017. 7. APÊNDICE A Tabela 1: Número de grãos contados manualmente equivalente ao volume de 35mL Repetições 1 2 3 4 5 Quantidade de grãos 509 516 511 541 558 Repetições 6 7 8 9 10 Quantidade de grãos 525 547 549 558 561 Repetições 11 12 13 14 15 Quantidade de grãos 516 570 538 523 517 Repetições 16 17 18 19 20 Quantidade de grãos 562 527 532 552 547 Tabela 2: Massas mensuradas e as respectivas quantidades de grãos para os recipientes de 107,36mL e o de 49,02Ml REPETIÇOES POTE 1 POTE 2 Massa (g) Qtde Massa (g) Qtde 1 95,31 5078 40,41 2161 2 93,83 5007 40,41 2211 3 91,21 4881 40,41 2233 4 94,59 5043 41,12 2201 5 91,19 4880 41,04 2197 6 93,35 4984 42,81 2296 7 95,50 5087 41,12 2201 8 93,35 4984 40,61 2172 9 92,62 4949 40,99 2194 10 91,38 4889 41,02 2196 11 96,32 5126 41,95 2248 12 96,71 5145 40,98 2193 13 95 5063 41,23 2207 14 93,08 4971 41,38 2216 15 93,99 5014 42,28 2266 16 93,53 4992 41,2 2206 17 96,87 5152 41,16 2203 18 91,84 4911 41,26 2209 19 91,41 4890 40,47 2165 20 90,11 4820 39,32 2100 MÉDIA 93,5595 4997,7 41,0585 2203,75 DESVIO PADRÃO 1,99067 95,5406 0,7402 40,3131 INTERVALO DE CONFIANÇA 0,931662 44,7143772 0,346424 18,8671116 *Qtde é a quantidade de grãos referente a cada massa Tabela 3: Massas mensuradas e as respectivas quantidades de grãos para os recipientes de 12,35mL, 20,73mL e o de 75,26mL. REPETIÇÕES POTE 3 POTE 4 POTE 5 Massa (g) Qtde Massa (g) Qtde Massa (g) Qtde 1 10,6 553 20,09 1085 60,94 3163 2 9,8 519 20,36 1098 64,47 3350 3 10,92 568 18,08 993 65,92 3427 4 10,04 529 17,92 985 65,7 3416 5 10,14 534 17,93 986 61,3 3183 6 10,1 532 18,29 1002 62,64 3253 7 10,2 536 18,36 1006 64,39 3346 8 10,6 554 18,41 1008 63,64 3307 9 10,57 552 19,14 1041 64,68 3362 10 10,11 532 20,06 1084 63,29 3288 11 10,19 536 20,13 1087 64,34 3344 12 10,69 558 17,27 955 63,44 3296 13 9,6 510 19,63 1064 65,39 3399 14 9,67 513 17,08 947 63,67 3308 15 10,04 529 18,43 1009 63,78 3314 16 10,3 541 18 989 64,7 3363 17 10,11 532 18,6 1017 64,19 3336 18 10,11 532 18,25 1001 63,06 3276 19 9,89 523 18,03 990 64,58 3356 20 10,43 546 19,11 1040 65,58 3409 MÉDIA 10,2055 536,45 18,6585 1019,35 63,985 3324,8 DESVIO PADRÃO 0,345185 15,0908651 0,96304 44,3328 1,32398 70,1409 INTERVALO DE CONFIANÇA 0,161552 7,06274227 0,450717 20,7483891 0,619642 4,74608729 *Qtde é a quantidade de grãos referente a cada massa 8. ANEXOS 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠: �̅� = 𝑋1 + 𝑋2 + ⋯ + 𝑋𝑛 𝑛 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜: 𝑆 = √∑(𝑋 − 𝑋)2 𝑛 − 1 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑖𝑎𝑛ç𝑎: 𝐼𝐶 𝑜𝑢 µ = �̅� ± 𝑡. 𝑆 √𝑛 Para o cálculo da densidade relativa foi feita a razão da massa (m) de cada volume de recipiente pelo respectivo volume real (Vr). Portanto: 𝜌 = 𝑚 𝑉𝑟
Compartilhar