Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PLANO CARTESIANO O plano cartesiano também é denominado de eixo de coordenadas cartesianas, em homenagem a René Descartes, filósofo e matemático. O plano cartesiano é formado pela intersecção perpendicular entre duas retas enumeradas. O ponto de encontro entre as duas retas forma a origem do plano cartesiano, isto é, o ponto de coordenadas (0,0). A intenção de criar o eixo de coordenadas teve como objetivo principal, a localização de pontos no espaço. Os eixos são nomeados da seguinte maneira: a reta horizontal é chamada de abscissa (x) e a reta vertical é denominada ordenada (y), portanto, todo ponto localizado no sistema possui abscissa e ordenada obedecendo à seguinte condição de apresentação (x; y) que denominamos de par ordenado. Veja como localizar pontos no plano cartesiano: Localizar o valor correspondente na abscissa (horizontal) traçando uma reta auxiliar paralela o eixo vertical. Localizar o valor correspondente na ordenada (vertical) traçando uma reta auxiliar paralela o eixo horizontal. A intersecção das retas auxiliares é a coordenada de localização do ponto. Exemplo: Localizar plano cartesiano os pontos (0,0), (2,3), (-3,3), (-1.5,-2.5). Produto cartesiano Dados dois conjuntos A e B, o produto cartesiano denotado por A ´ B (lê-se A cartesiano B) é o conjunto de todos os pares ordenados cujos primeiros elementos (primeiras coordenadas) pertencem a A e cujos segundos elementos (segundas coordenadas) pertencem a B. Exemplos: Se A = {1, 2, 3} e B = {5, 7} então: AB = {(1, 5), (2, 5), (3, 5), (1, 7), (2, 7), (3, 7)} BA = {(5, 1), (5, 2), (5, 3), (7, 1), (7, 2), (7, 3)} FUNÇÕES O conceito de função é um dos mais importantes em toda a Matemática. Toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles que faça corresponder a todo elemento do primeiro conjunto um único elemento do segundo, ocorre uma função. Em nosso dia-a-dia temos muitos exemplos de funções: O tempo de viagem é função, entre outras coisas, da distância percorrida. A altura de uma criança é função de sua idade; O consumo de combustível é função, entre outras coisas, da velocidade. Perímetro de um triângulo é função da medida de seus lados. A função é um modo especial de relacionar grandezas. Duas grandezas x e y se relacionam de tal forma que: x pode assumir qualquer valor em um conjunto A dado. a cada valor de x corresponde um único valor y em um dado conjunto B. os valores que y assume dependem dos valores assumidos por x. Definição de função Uma função (ou aplicação) f é uma lei segundo a qual cada elemento x em um conjunto A está associado a exatamente um elemento, chamado f(x), em um conjunto B. Não é função de A em B. É função de A em B. Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a≠0. Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau: f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3 f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7 f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0 Gráfico O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a≠0, é uma reta oblíqua aos eixos Ox e Oy. Exemplo: Vamos construir o gráfico da função y = 3x - 1: Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua: a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1). b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, e outro ponto é . Marcamos os pontos (0, -1) e no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta. x y 0 -1 0 O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e, como veremos adiante, a está ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox. O termo constante, b, é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos y = a · 0 + b = b. Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo Oy. Zero da Função do 1º Grau Chama-se zero ou raiz da função polinomial do 1º grau f(x) = ax + b, a≠0, o número real x tal que f(x) = 0. Vejamos alguns exemplos: Obtenção do zero da função f(x) = 2x - 5: f(x) = 0 2x - 5 = 0 Cálculo da raiz da função g(x) = 3x + 6: g(x) = 0 3x + 6 = 0 x = -2 Cálculo da abscissa do ponto em que o gráfico de h(x) = -2x + 10 corta o eixo das abicissas: O ponto em que o gráfico corta o eixo dos x é aquele em que h(x) = 0; então: h(x) = 0 -2x + 10 = 0 x = 5 Crescimento e decrescimento Consideremos a função do 1º grau y = 3x - 1. Vamos atribuir valores cada vez maiores a x e observar o que ocorre com y: x -3 -2 -1 0 1 2 3 y -10 -7 -4 -1 2 5 8 Notemos que, quando aumentos o valor de x, os correspondentes valores de y também aumentam. Dizemos, então que a função y = 3x - 1 é crescente. Observamos novamente seu gráfico: Regra geral: A função do 1º grau f(x) = ax + b é crescente quando o coeficiente de x é positivo (a > 0); A função do 1º grau f(x) = ax + b é decrescente quando o coeficiente de x é negativo (a < 0); Justificativa: para a > 0: se x1 < x2, então ax1 < ax2. Daí, ax1 + b < ax2 + b, de onde vem f(x1) < f(x2). para a < 0: se x1 < x2, então ax1 > ax2. Daí, ax1 + b > ax2 + b, de onde vem f(x1) > f(x2). Sinal de uma Função de 1º grau Estudar o sinal de uma qualquer y = f(x) é determinar os valor de x para os quais y é positivo, os valores de x para os quais y é zero e os valores de x para os quais y é negativo. Consideremos uma função afim y = f(x) = ax + b vamos estudar seu sinal. Já vimos que essa função se anula pra raiz . Há dois casos possíveis: 1º) a > 0 (a função é crescente) y > 0 ax + b > 0 x > y < 0 ax + b < 0 x < Conclusão: y é positivo para valores de x maiores que a raiz; y é negativo para valores de x menores que a raiz 2º) a < 0 (a função é decrescente) y > 0 ax + b > 0 x < y < 0 ax + b < 0 x > Conclusão: y é positivo para valores de x menores que a raiz; y é negativo para valores de x maiores que a raiz. Sistemas de equações lineares: solução geométrica. Como cada equação do primeiro grau representa uma reta no plano, vamos verificar o que acontece quando temos um sistema de equações. Resolvendo este sistema de equações encontramos como solução x = 1 e y = 1. Construindo o gráfico que representa cada reta em um mesmo plano cartesiano, vemos que a reta se intercepta no ponto de cooredenada x = 1 e y = 1 (justamente a solução do sistema). A solução de um sistema de equações do primeiro grau é a coordenada x e y do ponto de intersecção das retas das equações do sistema. Há três modos de construir retas no plano: retas concorrentes, retas paralelas e retas coincidentes. Retas concorrentes: quando o sistema admite uma única solução que é um par ordenado localizado na interseção das duas retas; Retas paralelas: quando o não admite solução, pois um ponto não pode estar localizado em duas retas paralelas; Retas coincidentes: quando o admite uma infinidade de soluções pois as retas estão sobrepostas. Dominio, contra domínio e imagem Uma função é dada por uma relação entre dois conjuntos, definida por uma lei de formação. Ao estudarmos uma função determinamos o domínio, o contradomínio e a imagem. Vamos através de diagramas de flechas demonstrar esses três elementos pertencentes ao estudo das funções. Os elementos do conjunto A serão relacionados com os elementos do conjunto B através de uma lei de formação. Observe: O conjunto A é formado pelos elementos {–1, 0, 2, 3, 4} e o conjunto B pelos elementos {–1, 0, 1, 5, 6, 7, 8, 9}. Observe que os elementosdo conjunto A se relacionam com os elementos de B segundo a função de A → B (função de A em B) pela lei de formação f(x) = 2x + 1. Observe: f(–1) = 2.(–1) + 1 = –2 + 1 = –1 f(0) = 2.0 + 1 = 0 + 1 = 1 f(2) = 2.2 + 1 = 4 + 1 = 5 f(3) = 2.3 + 1 = 6 + 1 = 7 f(4) = 2.4 + 1 = 8 + 1 = 9 Nessa relação, temos que o domínio é dado pelo conjunto A, o contradomínio representado pelo conjunto B e a imagem pelos elementos de B que possuem relação com os elementos do conjunto A. Domínio: {–1, 0, 2, 3, 4} Contradomínio: {–1, 0, 1, 5, 6, 7, 8, 9} Imagem: {–1, 1, 5, 7, 9} Determinação do domínio de uma função. O domínio de uma função é o conjunto de valores que podemos atribuir a x, para que exista um único y. Exemplo: Determine o domínio da função real . Neste exemplo temos só uma restrição: não existe divisão por zero. Então, o denominador deve ser diferente de zero, ou seja: Logo, o domínio de nossa função será composto de todos os reais, menos o número -4, e isso se escreve: Função do 2º grau A função do 2º grau, também denominada função quadrática, é definida pela expressão do tipo y = f(x) = ax² + bx + c, onde a, b e c são constantes reais e Exemplos: a) y=x²+3x+2 ( a=1; b=3; c=2 ) b) y=x² ( a=1; b=0; c=0 ) c) y=x²-4 ( a=1; b=0; c=-4 ) Gráfico de uma função do 2º grau: O gráfico de uma função quadrática é uma parábola. Sua representação gráfica é dada em torno de eixos: Representação gráfica Exemplo: Construa o gráfico da função y=x²: Como na função do 1º grau, basta atribuir valores reais para x, obtemos seus valores correspondentes para y. x y = x² -2 4 -1 1 0 0 1 1 2 4 3 9 Notem que os pontos: A e A`, B e B`, C e C` são simétricos (estão a mesma distância do eixo de simetria). O ponto V representa o vértice da parábola, é a partir dele que determinamos todos os outros pontos. Coordenadas do vértice A coordenada x do vértice da parábola pode ser determinada por . Exemplo: Determine as coordenada do vértice da parábola y=x²-4x+3 Temos: a=1, b=-4 e c=3 Logo, a coordenada x será igual a 2, mas e a coordenada y? Simples: Vamos substituir o valor obtido da coordenada x e determinar o valor da coordenada y. Assim, para determinarmos a coordenada y da parábola y=x²-4x+3, devemos substituir o valor de x por 2. y = (2)²-4.(2)+3 = 4-8+3=-1 Logo, as coordenadas do vértice serão V=(2,-1) Portanto, para determinarmos as coordenadas do vértice de uma parábola, achamos o valor da coordenada x (através de x=-b/2a) e substituindo este valor na função, achamos a coordenada y!!! Raízes (ou zeros) da função do 2º grau Denominam-se raízes da função do 2º grau os valores de x para os quais ela se anula. y=f(x)=0 Exemplo: na função y=x²-4x+3, que acima acabamos de determinar as coordenadas de seus vértices, as raízes da função serão x=1 e x`=3. Vejamos o gráfico: Notem que quando x=1 e x`=3, a parábola intercepta ("corta") o eixo x. Como determinar a raiz ou zero da função do 2º grau? Exemplo: determine a raiz da função y=x²+5x+6: Fazendo y=f(x)=0, temos x²+5x+6=0 Agora basta resolver a equação aplicando a fórmula de Bháskara. x²+5x+6=0 Acharemos que x = -2 e x` = -3. Concavidade da parábola Quando a>0, a concavidade da parábola está voltada para cima e quando a<0, a parábola está voltada para baixo. Exemplos: y = f(x) = x² - 4 a = 1 >0 y = f(x) = -x² + 4 a = -1 < 0 Quando a concavidade está voltada para cima (a>0), o vértice representa o valor mínimo da função. Quando a concavidade está voltada para baixo (a<0), o vértice representa o valor máximo. Quando o discriminante é igual a zero Quando o valor de , o vértice a parábola encontra-se no eixo x. A coordenada y será igual a zero. Exemplo: y=f(x)=x²+2x+1 x²+2x+1=0 x=x`=-b/2a=-1 As coordenadas do vértice serão V=(-1,0) Gráfico: Quando o discrimintante é maior que zero Quando o valor de , a parábola intercepta o eixo x em dois pontos. (São as raízes ou zeros da função vistos anteriormente). Exemplo: y = f(x) = x²-4x+3 x²-4x+3=0 x=1, x`=3 Gráfico: Quando o discriminante é menor que zero Quando o valor de , a parábola não intercepta o eixo x. Não há raízes ou zeros da função. Exemplo: y = f(x) = x²-x+2 x²-x+2=0 Gráfico: Resumindo: a>0 a>0 a>0 a<0 a<0 a<0 � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� _1368203077.unknown _1368203087.unknown _1367601770/Æ6� _1368202224.unknown _1367601723/ÖE�
Compartilhar