Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Principais Lesões de Joelho Breno Artuso e Júlia Motta Caso Clínico Ananmnese Paciente Breno Artuso Lage, (?) Exame Físico (?) Exames Complementares (?) Anatomia Formada pela extremidade distal do fêmur, pela extremidade proximal da tíbia e pela patela. Gínglimo ou articulação em dobradiça (entre o fêmur e a tíbia) e plana (entre o fêmur e a patela). Possui ligamentos que estabilizam a articulação, auxiliados pelos meniscos (medial e lateral), que estabilizam o joelho, e amortecem os impactos sobre as cartilagens. VISTA ANTERIOR DAS ESTRUTURAS ARTICULARES DO JOELHO NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. VISTA POSTERIOR DAS ESTRUTURAS ARTICULARES DO JOELHO NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Lesões Traumáticas de Joelho História clínica: Tipo de trauma: Axial? Angular? Rotacional? Aumento de volume: Hemartose? Dor: Imediata? Após certo tempo? Atitude após o trauma: Flexão? Desvio angular? Exame físico: palpação demonstra os pontos dolorosos e a presença ou não de derrame articular. Os pontos dolorosos podem evidenciar geograficamente o sítio da lesão Fratura da Patela Acontece por trauma direto ou indireto; Dor intensa e imediata no joelho, inchaço (também instantâneo após o trauma) e, com o tempo, o surgimento de hematoma no local. Paciente pode ter muita dificuldade para realizar movimentos, como dobrar ou esticar a perna, caminhar e até apoiar o pé no chão. Imagens radiográficas em AP e perfil evidenciando fratura da patela com cominuição Tratamento Conservador: mobilização da perna e a anulação de carga (o paciente não pode caminhar ou realizar qualquer outro tipo de força sobre o joelho e perna). Esse período pode variar entre quatro e seis semanas. Para fraturas mais ‘simples’, com desvios pequenos inferiores a 3mm. Cirúrgico: implantação de parafusos ou pinos que vão estabilizar o osso novamente no lugar correto. Em casos mais complexos, pode ser indicada a patelectomia parcial ou total e o ligamento direto dos tendões. Fraturas com desvio superior a 3mm, fraturas expostas ou fragmentadas (com diversas fraturas) Lesões Meniscais As lesões meniscais ocorrem com mais frequência devido a trauma indireto (entorse) ou como resultado de rápida mudança de direção, ou ainda, sem história de trauma, em indivíduos mais velhos, causadas por processo degenerativo, sendo a clivagem horizontal o tipo mais comum dessas lesões. O diagnóstico clínico da lesão meniscal é possível através de testes. A presença de dor ou crepitação na interlinha externa ou interna sugere lesão do menisco correspondente Teste de McMurray Teste de Apley Tratamento: Conservador Ressecar fragmento lesionado Suturar Transplante Essa decisão é baseada nas seguintes variáveis: idade do paciente, estabilidade e alinhamento do joelho, local e extensão da lesão e atividade. A lesão deve cicatrizar por si só quando houver: lesão parcial dividindo a espessura do menisco, lesões longitudinais estáveis ( < 1 mm de comprimento), mínima lesão da borda externa, lesões estáveis com desvio menor do que 3 a 5 mm, no caso de o menisco ser puxado com o gancho de prova artroscópica. Todas essas lesões devem estar localizadas na zona vascular do menisco. Em geral, é indicada a meniscectornia parcial para lesões complexas do menisco e aquelas localizadas nas regiões avasculares. As lesões longitudinais bem-vascularizadas na zona vermelha-vermelha ou vermelha-branca são ideais para o reparo e apresentam alto índice de cicatrização. Ruptura do ligamento cruzado anterior Lesões do LCA estão relacionadas à prática desportiva. São mais comuns na segunda e na terceira décadas e predominam no sexo masculino. O paciente refere, com clareza, o movimento do trauma (entorse) e a sensação de impossibilidade de continuar jogando. O aumento de volume do joelho pode ocorrer logo nas primeiras horas. Como alívio e auxilio diagnóstico, pode ser indicada punção articular. A presença de hemartrose no joelho após trauma agudo indica 78% de associação com lesão do LCA. A ruptura do ligamento cruzado anterior caracteriza-se, clinicamente, pela anteriorização da tíbia. Teste de Lachman Anteriorização da tíbia em relação ao fêmur, comparativamente. Teste da Gaveta Anterior Com a perna em rotação interna, ocorre o tensionamento do ligamento cruzado posterior e das estruturas póstero-laterais, o que impede a anteriorização da tíbia mesmo com o LCA rompido. Teste de “Jerk” ou Solavanco Se o teste for positivo,observa-se um solavanco no final da extensão do joelho, o que representa a redução da subluxação obtida quando o joelho está em rotação interna, flexão e em valgo Teste de “pivot shift” É semelhante ao anterior, porém, ele parte da extensão buscando a flexão, sem produzir a redução, mas sim, a subluxação do joelho. Tratamento A escolha do tratamento deve levar em consideração fatores relativos ao paciente, tais como idade, sexo, atividade física, profissão e expectativas para o futuro. Pacientes dispostos a modificar suas atividades, tratamento conservador e um rigoroso programa de reabilitação podem resultar em um nível de função satisfatório, sem prejuízo para as atividades da vida diária. É fundamental a observação da tríade: PESO CORPORAL adequado, evitar IMPACTOS e reestabelecer a FUNÇÃO MUSCULAR. Ruptura do ligamento cruzado posterior Lesões que evoluem com frouxidão progressiva dos restritores secundários, resultando em dor, derrame articular e instabilidade, induzindo a artrite degenerativa, que acomete a articulação patelofemoral e o compartimento medial. Em relação ao mecanismo de trauma, os mais comuns são: Hiperflexão com ou sem força anterior aplicada à tíbia Hiperflexão com força de posteriorização aplicada à coxa Hiperflexão associada a força de varo e valgo Hiperextensão As lesões do LCP apresentam-se nas mais variadas formas, ou seja, desde déficits assintomáticos ou sem reflexos funcionais até incapacitação grave devido a dor e instabilidade do joelho. Tratamento As variáveis que devem ser consideradas na escolha do tratamento ideal dessas lesões incluem a natureza da lesão, a queixa do paciente, o tempo de lesão, sua função profissional e suas expectativas com relação às atividades da vida diária e esportivas. Pacientes classificados com Grau I (deslocamento posterior inferior a 5 mm) e Grau II (deslocamento posterior de 5 a 10 mm) com lesão isolada do LCP devem ser submetidos a tratamento conservador. Este consiste em ganho de amplitude articular e reabilitação orientada, principalmente para fortalecimento do quadríceps. O tratamento cirúrgico é indicado para lesões combinadas, sobretudo LCP e canto póstero-lateral, avulsões ósseas e lesões crônicas, que cursam com incapacidade e degeneração progressiva, demonstradas por meio de radiografias, RMN e, em alguns casos, cintilografia óssea. As lesões isoladas de Grau III (posteriorização superior a 10 mm) apresentam controvérsia no tratamento. Contudo, o estresse significativo aplicado aos restritores secundários, principalmente no complexo arqueado e na cartilagem articular, induzindo a artrose progressiva, justifica a abordagem cirúrgica. A cirurgia é realizada e assistida por artroscopia, com exceção dos casos agudos de luxação do joelho, cuja abordagem é realizada por meio de incisão ãntero-medial única. Lesão do ligamento colateral interno e externo A lesão do ligamento colateral interno ou externo do joelho é de diagnóstico clínico pela presença da abertura do espaço articular, através do teste do bocejo articular. Teste do bocejo articular em valgo ou varo A abertura do espaço articular (bocejo) demonstra instabilidade (bocejo articular interno - lesão do ligamento colateral interno. Bocejo articular externo - lesão do ligamento colateral externo). As radiografias feitas em estresse (teste do bocejo), em AP, evidenciando a abertura do espaço articular interno em mais de 1,0cm confirmam a ruptura completa do ligamento. As rupturas completas dos ligamentos colaterais são, habitualmente, de tratamento cirúrgico. Os pacientes, seja a opção conservadora ou cirúrgica, são imobilizados em gesso ou dispositivos especiais, e aguardam a cicatrização do ligamento. A fisioterapia, nesta fase, tem papel importante. Crianças e Adolescentes Lesões típicas incluem fraturas metafisárias, osteocondrais da patela e, quando presentes, as lesões ligamentares tendem a ocorrer por arrancamento ósseo. Radiografias nas incidências antero-posterior, perfil e axial da patela podem confirmar o diagnóstico. A RMN é de grande valia no diagnóstico de lesões traumáticas do joelho. Quanto menor a idade, maior a quantidade de cartilagem em relação ao núcleo ósseo das epífises e, assim, maior a possibilidade de o exame radiográfico não demonstrar a lesão. Obrigado!
Compartilhar