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Fisiopatologia e Dietoterapia em Oncologia Curso de Nutrição – IBMR Patologia da Nutrição e Dietoterapia II Profa Fernanda Neves Pinto Docente Responsável Câncer • Conjunto de doenças caracterizado pelo progressivo acúmulo de mutações no genoma de uma célula. • As alterações genéticas podem converter uma célula normal em uma célula transformada, que não mais responde aos sinais de controle de proliferação, morte e diferenciação. Etapas da Carcinogênese Fonte: INCA-MS Diferenciação entre Tumores Fatores de Risco para o Câncer Principais MODIFICÁVEIS NÃO modificáveis Outros MODIFICÁVEIS Fatores de Risco MODIFICÁVEIS Uso do TABACO Alimentação INADEQUADA Agentes INFECCIOSOS Radiação ULTRAVIOLETA Inatividade FÍSICA Outros Fatores de Risco MODIFICÁVEIS Uso do álcool Exposições Ocupacionais Nível Socioeconômico Poluição Ambiental Obesidade Alimentos Contaminados Radiação Ionizante Fatores de Risco NÃO MODIFICÁVEIS Envelhecimento Etnia ou Raça Hereditariedade Sexo Outros Fatores de Risco Fatores reprodutivos Drogas medicinais Imunossupressão (Linfoma/Sarcoma de Kaposi) Exposição a Xenobióticos X Risco de Câncer • Xenobióticos: – qualquer substância química estranha ao organismo Xenobióticos “GATILHOS” Câncer Xenobióticos Aflatoxinas Amendoim, milho, feijão, arroz e trigo Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos Queima do carvão Bisfenol e Ftalatos Água e alimentos quentes ou frios em contato com plástico Radiação Ultravioleta (UV) Exposição solar ou artificial Metais Tóxicos (Chumbo, arsênico, mercúrio, cádmio, alumínio) Aditivos alimentares Conservantes, corantes, edulcorantes e realçadores de sabor Mecanismo de Ação dos Fatores de Risco Danos por Radicais Livres Falha no Sistema Antioxidante CÂNCER Alterações Metabólicas e Fisiológicas no Câncer Alterações no Metabolismo Energético • O Câncer influencia o GE de maneira heterogênea • Podendo induzir: – Hipometabolismo – Hipermetabolismo • Sugere-se que o hipermetabolismo possa acontecer em pacientes com maior duração de doença • Dependerá do tipo do tumor, do estádio do câncer e das formas de tratamento: – Câncer gástrico = hipermetabólico – Tumor hepatobiliar e pancreático = hipo a hipermetabólico – Tumor hepatocelular grandes = hipermetabólicos – Tumor central de pulmão = hipermetabólico – Tumor de ovário = hipermetabólico Alterações no Metabolismo dos Carboidratos • Alta utilização de glicose pelo tumor • Alta taxa de glicólise (↑lactato) • ↑ Ciclo de Cori → gliconeogênese (lactato e Aa) • ↑ produção de glicose • ↑ turnover da glicose • Pode haver estado de “RESISTÊNCIA” insulínica: – Oxidação excessiva de gordura – ↓ captação de glicose – Hiperglicemia Alterações no Metabolismo dos Proteínas • ↑ proteólise • ↑ utilização de Aa para gliconeogênese • Perda de massa muscular esquelética e visceral • ↑ desequilíbrio na dinâmica protéica • ↑ síntese de proteínas de fase aguda hepáticas • ↓ síntese de proteínas viscerais: – hipoalbuminemia TUMOR ↑ FATOR INDUTOR DE PROTEÓLISE (PIF) Ativa via de degradação protéica intracelular (via proteolítica) Dependente de UBIQUITINA ↑ Gasto Energético e Degradação protéica no músculo Alterações no Metabolismo dos Lipídeos • ↑ lipólise • ↑ AG livres • ↓ lipogênese • ↓ clearence de lipídeos plasmáticos TUMOR ↑ FATOR MOBILIZADOR DE LIPÍDEOS (FML) ↑ Lipólise Mecanismo da Patogênese da Caquexia do Câncer Tumor Gordura Lipólise Citocinas Hipotálamo Anorexia ↑ Gasto energético Fígado Ptns de Fase aguda Adrenal e Cél β Insulina, glucagon e Cortisol Músculos Proteólise muscular Fator mobilizador de Lipídeos - LMF Fator indutor de Proteólise - PIF Paschoal, V. Nutrição Clínica Funcional: Câncer, 2012. Consequências Nutricionais do Câncer Caquexia no Câncer • Desnutrição • Muito frequente, prevalência 30% a 80% dos casos • Etiologia desconhecida • Fatores influenciadores: – Condição socioeconômica precária – Hábitos alimentares inadequados TUMOR ↑ Citocinas produzidas na presença do tumor: IL -1; IL-6, interferon-ᵞ, TNF-α (caquetina) Alterações metabólicas e COMSUMPÇÃO Fatores causais da Caquexia do Câncer 1. Redução da Ingestão alimentar: – Alterações do paladar e olfato; – Náuseas e vômitos – Anorexia 2. Efeito local do Tumor: – Disfagia, odinofagia – Saciedade precoce – Obstrução do TGI; 3. Citocinas e Alteração do metabolismo dos macronutrientes 4. Psicossocial – Depressão e Ansiedade – Aversão alimentar 5. Efeitos do tratamento do Câncer – Cirurgia: • Síndromes pós-gastrectomias • Insuficiência pancreática • Estenose de anastomoses • Má-absorção; – Quimioterapia: • Náuseas e vômitos • Alterações: olfato e paladar • Estomatite e mucosite • Diarréia (Má-absorção;) – Radioterapia: • Anorexia e náuseas • Alterações: olfato e paladar • Xerostomia e mucosite • Lesão da mucosa gastrintestinal ;9 Má- absorção;) • Estenoses tardia Tratamento farmacológico da Caquexia • uso de drogas progestacionais é recomendado na tentativa de aumentar o apetite e diminuir a perda de peso e melhorar a qualidade de vida em pacientes com caquexia. • ↑ risco de trombose venosa Drogas usadas: • Antieméticos: – para controle de náuseas e vômitos associados à radio/quimioterapia, • Agente orexígenos – para estimular o apetite. – Canabinoides: • Dronabinol • Nabilona – Agentes progestacionais: • acetato de megestrol • acetato de medroxiprogesterona • corticosteroides. – Agentes ANTICITOCINAS: • Ác. eicosapentaenóico (EPA) • Pentoxifilina (↓ TNF-alfa) • Talidomida (inibe TNF-alfa) Outras alterações metabólicas • Desequilíbrios hídrico e eletrólitos • Hipercalcemia: – Tumores avançados induzem peptídeos semelhantes ao paratormônio. – Cuidado dietético: • RESTRINGIR cálcio dietético. Consequências do Câncer no Sistema Nervoso Cérebro: • Perda de memória recente (encefalite); • Alterações de afetividade(ansiedade ou depressão); • Convulsões; Cerebelo: • Sinais e sintomas: ataxia, disartria grave, vertigens e diplopia; Nervos Cranianos: • Cegueira associada degeneração retiana (distúrbio auto-imune); Nervos Periféricos: • Polineuropatia: – fraqueza muscular, perda sensorial e ausência de reflexos das extremidades; • Junção Neuromuscular: – Miastenia Grave: fraqueza e fadiga muscular; – Sinais: boca seca, impotência, dor nas costas e parestesias periféricas; • Músculos: – Dermatomiosite: fraqueza muscular. Alterações Sensoriais do Câncer • Altera o olfato e paladar • Contribuem para anorexia • Intervenções que DIMINUAM o aroma dos alimentos como: – Serví-los FRIOS: • ↑ limiar para doce, azedo e sal • ↓ limiar do amargo Abordagem Multi e Interdisciplinar • Oncologia Clinica • Radioterapia • Cirurgião oncológico • Enfermagem • Nutrição • Odontologia • Psicologia • Fonoaudiologia • Outros Modalidades Terapêuticas do Câncer Quimioterapia Radioterapia Cirurgia Transplante de Medula Quimioterapia • Lesa o DNA das células cancerosas; • Mais efetivo nos tumores de crescimento rápido (leucemia aguda, linfomas,...); • Causa mielossupressão e distúrbios gastrointestinais; Classificação: • Neoadjuvante para ressecção cirúrgica • Adjuvante • Curativa • Paliativa Protocolos: • Varia de acordo com: – Tipo – Estadiamentoda doença • Cálculo com Superfície corporal: – Dose individual • Realização em ciclos : – efeitos colaterais Quimioterapia X Nutrição ↑ do Stress Oxidativo ↓ da Ingestão alimentar Depleção dos Níveis de macro e micronutrientes Bloqueio na absorção de vitaminas e oligoelementos Radioterapia • Para tumor que não possam ser ressecáveis; • Sem morbidade grave; • A área da irradiação pode ser ampliada além da extensão conhecida do tumor; Cirurgias em Oncologia • Quando o tumor é localizado em condições anatômicas favoráveis; • Inadequada para tumores sólidos: disseminação local ou distante; Transplante de Medula Óssea (TMO) Fases do TMO e suas implicações nutricionais Fase 1 de TMO • 1ª avaliação nutricional • 4 a 12 dias pré-transplante • Compreende citorredução com quimioterápicos • Efeitos: – Toxicidade cardíaca – Sobrecarga hídrica • Cuidados: – Restrição hídrica – Modulação dietética precoce (melhor tolerância ao tratamento) Fase 2 de TMO • 0 a 20 dias pós-transplante • Fase de aplasia • Duração: 3 semanas • Manter equilíbrio hidroeletrolítico rigoroso • Risco de INFECÇÃO frequente • Sintomas GI exacerbados: – Diarréias, náuseas, vômitos, anorexia e alteração do paladar • Se ingestão oral estiver insatisfatória (< 50%/60%): – Iniciar suporte nutricional – TGI funcionante: Enteral – TGI não funcionante: Parenteral Fase 3 de TMO • Recuperação da função medular • TGI reassume suas funções • Apetite normaliza • Possibilidade de retorno da via oral exclusiva • Pode ser necessária suplementação calórica e protéica via oral Papel da Nutrição no Processo do Câncer Coleção de Nutrição Clínica Funcional – Câncer, VP consultoria, 2012 Aspectos Nutricionais do Câncer 1. Tipo de alimento consumido. 2. Componentes químicos dos alimentos. 3. Métodos de preparo dos alimentos 4. Tamanho das porções 5. Equilíbrio calórico 6. Variedade dos alimentos Balanço Energético positivo: • prevalência de CA; Gorduras Dietéticas e Consumo de Carne: • Teor de gordura na alimentação: – CA mama, cólon, próstata e ovário; Dietas com ↑ teor de gordura Replicação e diferenciação celular ↑ Crescimentos tumoral Aspectos Nutricionais do Câncer Frutas e Vegetais: • Consumo de frutas e vegetais: – risco de CA; • Fibras : – risco de CA cólon; Aspectos Nutricionais do Câncer Frutas e Vegetais ↑ Carotenóides séricos, ác. fólico, vit C e fitoestrógenos ↓ risco para o CA Carcinógenos Dietéticos CARCINÓGENO EFEITO Excesso de peso Estimulam carcinogênese de mama (principalmente pós-menopausa e sem reposição hormonal_, endométrio e rim Excesso de peso + inatividade física Estimulam carcinogênese de cólon Elevada ingestão de gordura ↑ risco de Ca de mama, cólon, pulmão e próstata Elevada ingestão protéica (2 a 3x a necessidade) Estimula a carcinogênese Ingestão excessiva de carne vermelha Estimula a carcinogênese de cólon e próstata Álcool (sinergimanente com o fumo) disponibilidade de ácido fólico: CA cólon e reto; Estimula a carcinogênese: boca, faringe e esôfago Ca de mama: ↑ níveis estrogênio; ↓ ácido fólico Efeitos dos próprios metabólitos do álcool nos tecidos. Baixa ingestão de frutas e vegetais ↑ risco de carcinogênese Carcinógenos Dietéticos CARCINÓGENO EFEITO Ingestão de bebidas muito quentes ↑ carcigênese de esôfago Nitratos, nitritos, nitrosaminas (vegetais, alimentos salgados, defumados) Nitrosaminas: São compostos mutagênicos e carcinogênicos ↑ carcigênese (principalmente hepática) OBS: efeito protetor contra estes carcinogenos com consumo de vitamina C e Fitoquímicos. Compostos nitrosos: N-nitrosopirroliolina (bacon cozido); N-nitrosodimetilamina (cerveja); Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (benzopireno) e aminas aromáticas heterocíclicas produzidas ao assar em carvão, fritar e defumar carnes (combustão do carbono e pirólise da proteína) ↑ risco de câncer, particularmente de esôfago e estômago Presente na fumaça do cigarro; gás de escapamento de motores; Presente no alimento exposto a esses gases (CHURRASCO); Aflotoxinas e micotoxinas: Substâncias tóxicas produzidas por fungos; São carcinogênicos: mutações induzidas no DNA; Causam hepatocarcinoma (CA hepático); Agrotóxicos X Alimentos NaCl Carcinógenos nos Alimentos X Câncer Dietas com ↑ SAL (NaCl) ↑ formação de MANONADIALDEÍDO na mucosa gástrica peroxidação lipídica no estomago CA estômago; Alterações nutricionais durante o câncer Redução da alimentação Falta de apetite, náusea, vômito, alterações no paladar e olfato Efeitos locais do tumor Dificuldade para engolir, obstrução intestinal, saciedade precoce, mal absorção Fatores psicossociais Depressão, ansiedade, aversão a alguns alimentos Cirurgia Alterações na mastigação e deglutição, complicações pós-cirúgicas Radioterapia Náusea, vômito, disgeusia (alterações no paladar e olfato), estomatite e mucosite (feridas na boca e mucosa), e diarréia Quimioterapia Náusea, vômito, disfagia (dificuldade para engolir), xerostomia (boca seca), estomatite e mucosite Abordagem Nutricional em Oncologia Prevenção Tratamento Controle Nutrição ADEQUADA Paciente BEM NUTRIDO MAIOR SUCESSO no tratamento Efeitos da Nutrição O que o Nutricionista deve fazer? • Avaliação Nutricional ASG ou ASGPPP - Triagem Nutricional • Diagnostico Nutricional • Informações sobre os possíveis efeitos colaterais • Orientação de higiene alimentar • Dieta Individualizada (Individualidade bioquímica) • Dietas Fracionadas com volumes diminuídos • Suplementação hídrica ( Toxicidade) • Prescrição de suplementos nutricionais - W-3 • Indicação de ostomias quando necessária • Orientações para pacientes colostomizados • Uso de Fibras e Prebióticos (FOS e inulina) Avaliação Nutricional • Avaliação Global subjetiva produzida pelo paciente (AGS- PPP) – Método padrão de av. nutricional de paciente com câncer (Oncology Nutrition Dietetic Practice Group of the American Dietetic Association) • Paciente diagnosticados como desnutridos apresentaram maiores níveis séricos de TNF-alfa e IL-1 – Podendo ainda aplicar a AGS • Medidas antropométricas e bioquímicas: – Podem sofrer influência de fatores não nutricionais na vigência do Câncer • Impacto do Estado Nutricional no curso e prognóstico clínico: – Quanto pior, impacta negativamente sobre a qualidade e o tempo de vida do paciente com câncer; – Reduz a tolerância ao tratamento oncológico; – Reflete negativamente na expectativa e na qualidade de vida do paciente. Dietoterapia no Câncer Recomendações Nutricionais Objetivos do Cuidado Nutricional • Prevenir e/ou corrigir a desnutrição • Evitar a progressão para a caquexia • Modular resposta orgânica ao tratamento oncológico • Controlar os efeitos adversos do tratamento oncológico • Auxiliar no manejo dos sintomas • Garantir melhor qualidade de vida para o paciente Recomendação Calórica Estratégia Nutricional RECOMENDAÇÕES ENERGÉTICAS (Kcal) Diten Chemin Cuppari Obesos 21-25 kcal/kg/dia - - Manutenção de Peso 25 a 30kcal/kg/dia 25 a 35kcal/kg/dia 25 a 30kcal/kg/dia Ganho de peso 30 a 35kcal/kg/dia 35 a 50kcal/kg/dia 30 a 35kcal/kg/dia Hipermetabolismo, estresse ou má- absorção > 35kcal/kg/dia > 35kcal/kg/dia DITEN, Terapia Nutricional em Oncologia, 2011; Krause, 2010; Cuppari, 2005; Chemin, 2007 Krause, 2010 Uso de Fórmulas específicas para estimativas as necessidades energéticas: Ireton-Jones Harris-Benedict (cuidadosuperestima) Fatores injúria: 1,1 a 1,6 (cirurgia, transplante de medula, células tronco, sepse...) Estratégia Nutricional RECOMENDAÇÕES PROTÉICAS Diten Chemin Cuppari Krause Pacientes com comprometimento hepático ou renal 0,5-0,8 g/kg/dia - - - Manutenção de Peso (Pacientes não estressados) 1,0-1,5 g/kg/dia 1,0-1,5 g/kg/dia 0,8 a 1,0g/kg/dia 0,8 a 1,0g/kg/dia 1,0 a 1,2g/kg/dia Ganho de peso - - 1 ,0a 1,2g/kg/dia Pacientes hipermetabólicos ou com perda aumentada (má- absorção) 1,5-2,0 g/kg/dia 1,5-2,0 g/kg/dia 1,5 a 2,5g/kg/dia 1,2 a 1,6g/kg/dia Pacientes com Estresse Metabólico GRAVE 1,5 a 2,5g/kg/dia 1,5 a 2,5g/kg/dia Pacientes com transplante de célula- tronco hematopoiética 1,5-2,0 g/kg/dia DITEN, Terapia Nutricional em Oncologia, 2011; Krause, 2010; Cuppari, 2005; Chemin, 2007 Recomendação de Gordura • 20-30% do valor calórico total • Suplementação de ômega 3: – previne a perda de peso e a interrupção da terapia radio/quimioterápica. – Agente ANTICITOCINA – Ação anti-inflamatória – Induz ↓ citocinas inflamatórias: • ↓ IL-1 e TNF-α Alimentos e Nutrientes com propriedades NUTRACÊUTICAS Agentes “Bloqueadores” e “Supressores” do Tumor nas fases da Carcinogênese Coleção de Nutrição Clínica Funcional – Câncer, VP consultoria, 2012 COMPOSTOS BIOATIVOS QUE MODULAM A EXPRESSÃO GÊNICA Agentes BLOQUEADORES do tumor: Previnem a carcinogênese Agente/Composto Substância Fontes alimentares Ácido elágico flavonóide Uva, morango e nozes Sulforafano isoticianato Brássicas: brócolis Indol-3-carbinol Liberam isoticianatos Couve, couve-flor e brócolis Agentes SUPRESSORES do tumor: inibem a transformação das células de iniciação em malígnas β-caroteno Carotenóide Frutas e vegetais alaranjados Curcumina Pigmento amarelo Açafrão da índia Epigalocatequina-3-galato (EGCG) Polifenol antioxidante Chá verde Genisteína Derivada da isoflavona da soja Resveratrol Antioxidante Vinho tinto e casca de Uvas (Vitis vinifera) Gingerol Substância fenólica Gengibre Capsaicina Capsicum annuum L. Pimenta malagueta Quercetina flavonoide Maça com casca, cebola roxa, chá verde, romã, brócolis, acelga, uva, pimentoão verde e vinho tinto. Geléia real Produzida pelas abelhas jovens Butirato AGCC Fibras dietéticas Batata doce Polifenóis (antocianinas e ácidos fenólicos (ácido cafeico, ác. Clorogênico e ácido cafeoilquímico)) Ômega 3: agente “protetor” Alimentos que devem ser evitados • Frituras: mesmo feitas em óleo de canola ou azeite, pois quando – essas gorduras são expostas a altas temperaturas há formação de substâncias tóxicas para o fígado (acroleína). • Alimentos gordurosos: – leite integral, queijo curado, carnes gordurosas, massas ricas em gorduras e doces fritos ou com muita gordura (empadas, tortas...) devido à digestão difícil. • Enlatados: – devido à presença de conservantes e corantes que podem ser tóxicos para o fígado. Use o mínimo possível. • Bebidas alcoólicas: – podem alterar a glicemia e “roubar” do organismo nutrientes importantes como as vitaminas do complexo B e o magnésio. • Amendoim ou paçoca: – o produto pode estar contaminado com um fungo que gera uma substância chamada aflatoxina, que é prejudicial ao fígado; • Embutidos: – linguiça, salsicha, defumados, churrasco e outros. São alimentos gordurosos. IMPORTANTE: Restrição de SOJA!!! • ATENÇÃO!! • Mulheres que estão em tratamento para câncer de mama e apresentem receptores de estrogênio e progesterona positivos ou que façam uso de Tamoxifeno não devem consumir a soja para não prejudicar a ação do hormônio!! Alimentos Permitidos • Queijos magros: queijo Minas frescal e Cottage são facilmente digeridos. • Doces: preferencialmente compotas de frutas, frutas secas ou cristalizadas e bolo de frutas. • Frutas vermelhas: suco de polpa de amora, framboesa, cereja, morango, pitanga. • Alimentos integrais: contém mais fibras, vitamina B e aminoácidos essenciais (farelo de aveia, farelo de trigo, germe de trigo, pão, arroz e torradas integrais). • Azeite: possui uma gordura de alto valor nutricional (monoinsaturada). O ideal é consumir 1 a 2 colheres de sopa do azeite extra virgem cru/dia (sem ser aquecido). • Chá: rico em antioxidantes. Tomar 2 xícaras de chá verde ou chá preto/dia separado das grandes refeições (almoço e jantar). • Farelo de aveia integral: abaixa os níveis de colesterol, melhora a função intestinal e torna a absorção da glicose mais lenta. Recomenda-se 2 colheres de sopa/ dia. • Coalhada caseira e lactobacilos: a quimioterapia pode levar a alterações na flora intestinal. Para repor as bactérias “boas”, devem-se consumir diariamente 1-2 garrafinhas / dia. • Crucíferas (repolho, brócolis, couve flor): inibem enzimas carcinogênicas. O ideal é consumir ½ xícara desses vegetais ao dia. • Frutas e vegetais: quanto mais colorido o prato, maior a quantidade e a qualidade de nutrientes. Recomendado: 5 porções de frutas e 2 porções de vegetais / dia. • Soja: aumenta a densidade óssea, reduz o LDL, é antioxidante. • Sementes oleaginosas: castanhas, nozes, amêndoas. São bastante calóricas, mas, possuem gordura monoinsaturada, vitamina E e Selênio (antioxidantes). Consuma 1-3 un/dia. • Peixes: os que possuem ômega 3 devem ser consumidos pelo menos 1x/semana (cavala, salmão, arenque, truta e bacalhau). NUNCA FRITOS; sempre assados, grelhados ou cozidos. • Semente de linhaça: ativa o sistema imune (é rica em Omega 3), reduz o mau colesterol e melhora a função intestinal (contém fibras). Recomendado: 2 colheres de sopa/dia (deixadas de molho na véspera). • Licopeno: pigmento contido no tomate e nos seus subprodutos, na melancia, na goiaba e na papaia. É antioxidante. • Temperos: Manjericão, orégano, tomilho, endro, semente de alcarávia, hortelã, alcaçuz, sálvia, alecrim, salsa, menta, gengibre. • Uvas e suco de uva: a casca das uvas rosadas possui um potente antioxidante. A maior concentração é encontrada no suco de uva. A recomendação é de 240ml a 480ml de suco de uva natural/dia. • Prebióticos: compostos fermentados pelas bactérias do cólon que previnem o crescimento de bactérias patogênicas. Fontes alimentares: banana, alho, mel, cebola, tomate, açúcar mascavo, chicória. Alimentos Permitidos
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