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Aula de Nutrição em Oncologia.pdf 1

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Fisiopatologia e Dietoterapia em 
Oncologia
Curso de Nutrição – IBMR
Patologia da Nutrição e Dietoterapia II
Profa Fernanda Neves Pinto
Docente Responsável
Câncer
• Conjunto de doenças caracterizado
pelo progressivo acúmulo de
mutações no genoma de uma
célula.
• As alterações genéticas podem
converter uma célula normal em
uma célula transformada, que não
mais responde aos sinais de
controle de proliferação, morte e
diferenciação.
Etapas da Carcinogênese
Fonte: INCA-MS
Diferenciação entre Tumores
Fatores de Risco para o Câncer
Principais 
MODIFICÁVEIS
NÃO 
modificáveis
Outros 
MODIFICÁVEIS
Fatores de 
Risco 
MODIFICÁVEIS
Uso do 
TABACO
Alimentação 
INADEQUADA
Agentes 
INFECCIOSOS
Radiação 
ULTRAVIOLETA
Inatividade 
FÍSICA
Outros Fatores 
de Risco 
MODIFICÁVEIS
Uso do álcool
Exposições 
Ocupacionais
Nível 
Socioeconômico
Poluição 
Ambiental
Obesidade
Alimentos 
Contaminados
Radiação 
Ionizante
Fatores de 
Risco NÃO 
MODIFICÁVEIS
Envelhecimento
Etnia 
ou 
Raça
Hereditariedade
Sexo
Outros 
Fatores 
de Risco
Fatores 
reprodutivos
Drogas 
medicinais
Imunossupressão
(Linfoma/Sarcoma de 
Kaposi)
Exposição a Xenobióticos X Risco de Câncer
• Xenobióticos:
– qualquer substância química estranha ao organismo
Xenobióticos “GATILHOS” Câncer 
Xenobióticos
Aflatoxinas
Amendoim, milho, 
feijão, arroz e trigo
Hidrocarbonetos 
policíclicos 
aromáticos
Queima do carvão 
Bisfenol e Ftalatos
Água e alimentos 
quentes ou frios em 
contato com plástico
Radiação 
Ultravioleta (UV)
Exposição solar ou 
artificial
Metais Tóxicos
(Chumbo, arsênico, 
mercúrio, cádmio, 
alumínio)
Aditivos alimentares
Conservantes, 
corantes, edulcorantes 
e realçadores de sabor
Mecanismo de Ação dos Fatores de Risco
Danos por 
Radicais Livres
Falha no Sistema 
Antioxidante
CÂNCER
Alterações Metabólicas e Fisiológicas no 
Câncer
Alterações no Metabolismo Energético
• O Câncer influencia o GE de
maneira heterogênea
• Podendo induzir:
– Hipometabolismo
– Hipermetabolismo
• Sugere-se que o
hipermetabolismo possa
acontecer em pacientes com
maior duração de doença
• Dependerá do tipo do tumor, do 
estádio do câncer e das formas 
de tratamento:
– Câncer gástrico = hipermetabólico
– Tumor hepatobiliar e pancreático = 
hipo a hipermetabólico
– Tumor hepatocelular grandes = 
hipermetabólicos
– Tumor central de pulmão = 
hipermetabólico
– Tumor de ovário = hipermetabólico
Alterações no Metabolismo dos Carboidratos
• Alta utilização de glicose pelo
tumor
• Alta taxa de glicólise (↑lactato)
• ↑ Ciclo de Cori →
gliconeogênese (lactato e Aa)
• ↑ produção de glicose
• ↑ turnover da glicose
• Pode haver estado de
“RESISTÊNCIA” insulínica:
– Oxidação excessiva de gordura
– ↓ captação de glicose
– Hiperglicemia
Alterações no Metabolismo dos Proteínas
• ↑ proteólise
• ↑ utilização de Aa para
gliconeogênese
• Perda de massa muscular
esquelética e visceral
• ↑ desequilíbrio na dinâmica
protéica
• ↑ síntese de proteínas de fase
aguda hepáticas
• ↓ síntese de proteínas viscerais:
– hipoalbuminemia
TUMOR
↑ FATOR INDUTOR DE 
PROTEÓLISE (PIF)
Ativa via de degradação protéica
intracelular (via proteolítica)
Dependente de UBIQUITINA
↑ Gasto Energético e 
Degradação protéica no músculo
Alterações no Metabolismo dos Lipídeos
• ↑ lipólise
• ↑ AG livres
• ↓ lipogênese
• ↓ clearence de lipídeos 
plasmáticos
TUMOR
↑ FATOR 
MOBILIZADOR DE 
LIPÍDEOS (FML)
↑ Lipólise
Mecanismo da Patogênese da Caquexia do Câncer
Tumor
Gordura Lipólise
Citocinas
Hipotálamo
Anorexia 
↑ Gasto energético
Fígado Ptns de Fase aguda
Adrenal e 
Cél β
Insulina, glucagon e 
Cortisol
Músculos Proteólise muscular
Fator 
mobilizador de 
Lipídeos - LMF
Fator indutor de 
Proteólise - PIF
Paschoal, V. Nutrição Clínica Funcional: Câncer, 2012.
Consequências Nutricionais do Câncer
Caquexia no Câncer
• Desnutrição
• Muito frequente, prevalência
30% a 80% dos casos
• Etiologia desconhecida
• Fatores influenciadores:
– Condição socioeconômica
precária
– Hábitos alimentares
inadequados
TUMOR
↑ Citocinas produzidas na presença do 
tumor:
IL -1; IL-6, interferon-ᵞ, TNF-α (caquetina)
Alterações metabólicas e COMSUMPÇÃO
Fatores causais da Caquexia do Câncer
1. Redução da Ingestão alimentar:
– Alterações do paladar e olfato;
– Náuseas e vômitos
– Anorexia
2. Efeito local do Tumor:
– Disfagia, odinofagia
– Saciedade precoce
– Obstrução do TGI;
3. Citocinas e Alteração do metabolismo
dos macronutrientes
4. Psicossocial
– Depressão e Ansiedade
– Aversão alimentar
5. Efeitos do tratamento do Câncer
– Cirurgia:
• Síndromes pós-gastrectomias
• Insuficiência pancreática
• Estenose de anastomoses
• Má-absorção;
– Quimioterapia:
• Náuseas e vômitos
• Alterações: olfato e paladar
• Estomatite e mucosite
• Diarréia (Má-absorção;)
– Radioterapia:
• Anorexia e náuseas
• Alterações: olfato e paladar
• Xerostomia e mucosite
• Lesão da mucosa gastrintestinal ;9 Má-
absorção;)
• Estenoses tardia
Tratamento farmacológico da Caquexia
• uso de drogas progestacionais é
recomendado na tentativa de aumentar o
apetite e diminuir a perda de peso e
melhorar a qualidade de vida em pacientes
com caquexia.
• ↑ risco de trombose venosa
Drogas usadas:
• Antieméticos:
– para controle de náuseas e vômitos
associados à radio/quimioterapia,
• Agente orexígenos
– para estimular o apetite.
– Canabinoides:
• Dronabinol
• Nabilona
– Agentes progestacionais:
• acetato de megestrol
• acetato de medroxiprogesterona
• corticosteroides.
– Agentes ANTICITOCINAS:
• Ác. eicosapentaenóico (EPA)
• Pentoxifilina (↓ TNF-alfa)
• Talidomida (inibe TNF-alfa)
Outras alterações metabólicas
• Desequilíbrios hídrico e
eletrólitos
• Hipercalcemia:
– Tumores avançados induzem
peptídeos semelhantes ao
paratormônio.
– Cuidado dietético:
• RESTRINGIR cálcio dietético.
Consequências do Câncer no Sistema Nervoso
Cérebro:
• Perda de memória recente (encefalite);
• Alterações de afetividade(ansiedade ou 
depressão);
• Convulsões;
Cerebelo:
• Sinais e sintomas: ataxia, disartria
grave, vertigens e diplopia;
Nervos Cranianos:
• Cegueira associada degeneração 
retiana (distúrbio auto-imune);
Nervos Periféricos:
• Polineuropatia:
– fraqueza muscular, perda sensorial e 
ausência de reflexos das extremidades;
• Junção Neuromuscular:
– Miastenia Grave: fraqueza e fadiga 
muscular;
– Sinais: boca seca, impotência, dor nas 
costas e parestesias periféricas;
• Músculos:
– Dermatomiosite: fraqueza muscular.
Alterações Sensoriais do Câncer
• Altera o olfato e paladar
• Contribuem para anorexia
• Intervenções que DIMINUAM o
aroma dos alimentos como:
– Serví-los FRIOS:
• ↑ limiar para doce, azedo e sal
• ↓ limiar do amargo
Abordagem Multi e Interdisciplinar
• Oncologia Clinica
• Radioterapia
• Cirurgião oncológico
• Enfermagem
• Nutrição
• Odontologia
• Psicologia
• Fonoaudiologia
• Outros
Modalidades Terapêuticas do Câncer
Quimioterapia
Radioterapia
Cirurgia
Transplante de 
Medula
Quimioterapia
• Lesa o DNA das células cancerosas;
• Mais efetivo nos tumores de
crescimento rápido (leucemia aguda,
linfomas,...);
• Causa mielossupressão e distúrbios
gastrointestinais;
Classificação:
• Neoadjuvante para ressecção cirúrgica
• Adjuvante
• Curativa
• Paliativa
Protocolos:
• Varia de acordo com:
– Tipo
– Estadiamentoda doença
• Cálculo com Superfície corporal:
– Dose individual
• Realização em ciclos :
– efeitos colaterais
Quimioterapia X Nutrição
↑ do Stress Oxidativo
↓ da Ingestão 
alimentar
Depleção dos Níveis 
de macro e 
micronutrientes
Bloqueio na absorção 
de
vitaminas e 
oligoelementos
Radioterapia
• Para tumor que não possam
ser ressecáveis;
• Sem morbidade grave;
• A área da irradiação pode ser
ampliada além da extensão
conhecida do tumor;
Cirurgias em Oncologia
• Quando o tumor é localizado
em condições anatômicas
favoráveis;
• Inadequada para tumores
sólidos: disseminação local ou
distante;
Transplante de Medula Óssea (TMO)
Fases do TMO e suas implicações nutricionais
Fase 1 de TMO
• 1ª avaliação nutricional
• 4 a 12 dias pré-transplante
• Compreende citorredução com 
quimioterápicos
• Efeitos:
– Toxicidade cardíaca
– Sobrecarga hídrica
• Cuidados:
– Restrição hídrica
– Modulação dietética precoce 
(melhor tolerância ao tratamento)
Fase 2 de TMO
• 0 a 20 dias pós-transplante
• Fase de aplasia
• Duração: 3 semanas
• Manter equilíbrio hidroeletrolítico
rigoroso
• Risco de INFECÇÃO frequente
• Sintomas GI exacerbados:
– Diarréias, náuseas, vômitos,
anorexia e alteração do paladar
• Se ingestão oral estiver
insatisfatória (< 50%/60%):
– Iniciar suporte nutricional
– TGI funcionante: Enteral
– TGI não funcionante: Parenteral
Fase 3 de TMO
• Recuperação da função medular
• TGI reassume suas funções
• Apetite normaliza
• Possibilidade de retorno da via oral
exclusiva
• Pode ser necessária suplementação
calórica e protéica via oral
Papel da Nutrição no Processo do Câncer
Coleção de Nutrição Clínica Funcional – Câncer, VP consultoria, 2012
Aspectos Nutricionais do Câncer
1. Tipo de alimento consumido.
2. Componentes químicos dos alimentos.
3. Métodos de preparo dos alimentos
4. Tamanho das porções
5. Equilíbrio calórico
6. Variedade dos alimentos
Balanço Energético positivo:
•  prevalência de CA;
Gorduras Dietéticas e Consumo
de Carne:
•  Teor de gordura na
alimentação:
–  CA mama, cólon, próstata e
ovário;
Dietas com ↑ teor 
de gordura
Replicação e 
diferenciação 
celular
↑ Crescimentos 
tumoral
Aspectos Nutricionais do Câncer
Frutas e Vegetais:
•  Consumo de frutas e vegetais:
–  risco de CA;
• Fibras :
–  risco de CA cólon;
Aspectos Nutricionais do Câncer
Frutas e Vegetais
↑ Carotenóides
séricos, ác. fólico, vit
C e fitoestrógenos
↓ risco para o CA
Carcinógenos Dietéticos
CARCINÓGENO EFEITO
Excesso de peso Estimulam carcinogênese de mama (principalmente pós-menopausa e
sem reposição hormonal_, endométrio e rim
Excesso de peso + inatividade
física
Estimulam carcinogênese de cólon
Elevada ingestão de gordura ↑ risco de Ca de mama, cólon, pulmão e próstata
Elevada ingestão protéica (2 a 3x
a necessidade)
Estimula a carcinogênese
Ingestão excessiva de carne
vermelha
Estimula a carcinogênese de cólon e próstata
Álcool (sinergimanente com o
fumo)
disponibilidade de ácido fólico: CA cólon e reto;
Estimula a carcinogênese: boca, faringe e esôfago
Ca de mama: ↑ níveis estrogênio; ↓ ácido fólico
Efeitos dos próprios metabólitos do álcool nos tecidos.
Baixa ingestão de frutas e
vegetais
↑ risco de carcinogênese
Carcinógenos Dietéticos
CARCINÓGENO EFEITO
Ingestão de bebidas muito quentes ↑ carcigênese de esôfago
Nitratos, nitritos, nitrosaminas (vegetais,
alimentos salgados, defumados)
Nitrosaminas: São compostos mutagênicos e
carcinogênicos
↑ carcigênese (principalmente hepática)
OBS: efeito protetor contra estes carcinogenos com
consumo de vitamina C e Fitoquímicos.
Compostos nitrosos: N-nitrosopirroliolina (bacon
cozido); N-nitrosodimetilamina (cerveja);
Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos
(benzopireno) e aminas aromáticas
heterocíclicas produzidas ao assar em carvão,
fritar e defumar carnes (combustão do carbono
e pirólise da proteína)
↑ risco de câncer, particularmente de esôfago e
estômago
Presente na fumaça do cigarro; gás de escapamento de
motores;
Presente no alimento exposto a esses gases
(CHURRASCO);
Aflotoxinas e micotoxinas: Substâncias tóxicas produzidas por fungos;
São carcinogênicos: mutações induzidas no DNA;
Causam hepatocarcinoma (CA hepático);
Agrotóxicos X Alimentos
NaCl
Carcinógenos nos Alimentos X Câncer
Dietas com ↑ SAL (NaCl)
↑ formação de MANONADIALDEÍDO 
na mucosa gástrica
 peroxidação lipídica no 
estomago 
 CA estômago;
Alterações nutricionais durante o câncer
Redução da alimentação Falta de apetite, náusea, vômito, alterações no paladar e olfato 
Efeitos locais do tumor Dificuldade para engolir, obstrução intestinal, saciedade precoce, mal absorção 
Fatores psicossociais Depressão, ansiedade, aversão a alguns alimentos 
Cirurgia Alterações na mastigação e deglutição, complicações pós-cirúgicas
Radioterapia 
Náusea, vômito, disgeusia (alterações no paladar e olfato), estomatite e mucosite
(feridas na boca e mucosa), e diarréia
Quimioterapia 
Náusea, vômito, disfagia (dificuldade para engolir), xerostomia (boca seca), 
estomatite e mucosite
Abordagem Nutricional em Oncologia
Prevenção Tratamento Controle
Nutrição 
ADEQUADA
Paciente 
BEM 
NUTRIDO
MAIOR 
SUCESSO no 
tratamento
Efeitos da Nutrição
O que o Nutricionista deve fazer?
• Avaliação Nutricional ASG ou ASGPPP -
Triagem Nutricional
• Diagnostico Nutricional
• Informações sobre os possíveis efeitos
colaterais
• Orientação de higiene alimentar
• Dieta Individualizada (Individualidade
bioquímica)
• Dietas Fracionadas com volumes
diminuídos
• Suplementação hídrica ( Toxicidade)
• Prescrição de suplementos nutricionais -
W-3
• Indicação de ostomias quando necessária
• Orientações para pacientes colostomizados
• Uso de Fibras e Prebióticos (FOS e inulina)
Avaliação Nutricional
• Avaliação Global subjetiva
produzida pelo paciente (AGS-
PPP)
– Método padrão de av. nutricional de
paciente com câncer (Oncology
Nutrition Dietetic Practice Group of
the American Dietetic Association)
• Paciente diagnosticados como
desnutridos apresentaram maiores
níveis séricos de TNF-alfa e IL-1
– Podendo ainda aplicar a AGS
• Medidas antropométricas e
bioquímicas:
– Podem sofrer influência de fatores
não nutricionais na vigência do Câncer
• Impacto do Estado Nutricional no
curso e prognóstico clínico:
– Quanto pior, impacta negativamente
sobre a qualidade e o tempo de vida do
paciente com câncer;
– Reduz a tolerância ao tratamento
oncológico;
– Reflete negativamente na expectativa
e na qualidade de vida do paciente.
Dietoterapia no Câncer
Recomendações Nutricionais
Objetivos do Cuidado Nutricional
• Prevenir e/ou corrigir a
desnutrição
• Evitar a progressão para a
caquexia
• Modular resposta orgânica ao
tratamento oncológico
• Controlar os efeitos adversos
do tratamento oncológico
• Auxiliar no manejo dos
sintomas
• Garantir melhor qualidade de
vida para o paciente
Recomendação Calórica
Estratégia Nutricional
RECOMENDAÇÕES ENERGÉTICAS (Kcal)
Diten Chemin Cuppari
Obesos 21-25 kcal/kg/dia - -
Manutenção de Peso 25 a 30kcal/kg/dia 25 a 35kcal/kg/dia 25 a 30kcal/kg/dia
Ganho de peso 30 a 35kcal/kg/dia 35 a 50kcal/kg/dia 30 a 35kcal/kg/dia
Hipermetabolismo, 
estresse ou má-
absorção
> 35kcal/kg/dia > 35kcal/kg/dia
DITEN, Terapia Nutricional em Oncologia, 2011; Krause, 2010; Cuppari, 2005; Chemin, 2007
Krause, 2010
Uso de Fórmulas específicas para estimativas as necessidades energéticas:
Ireton-Jones
Harris-Benedict (cuidadosuperestima)
Fatores injúria: 1,1 a 1,6 (cirurgia, transplante de medula, células tronco, sepse...)
Estratégia Nutricional RECOMENDAÇÕES PROTÉICAS
Diten Chemin Cuppari Krause
Pacientes com 
comprometimento 
hepático ou renal
0,5-0,8 g/kg/dia - - -
Manutenção de Peso
(Pacientes não 
estressados)
1,0-1,5 g/kg/dia 1,0-1,5 g/kg/dia 0,8 a 1,0g/kg/dia 0,8 a 1,0g/kg/dia
1,0 a 1,2g/kg/dia
Ganho de peso - - 1 ,0a 1,2g/kg/dia
Pacientes 
hipermetabólicos ou com 
perda aumentada (má-
absorção)
1,5-2,0 g/kg/dia 1,5-2,0 g/kg/dia 1,5 a 2,5g/kg/dia 1,2 a 1,6g/kg/dia
Pacientes com Estresse 
Metabólico GRAVE 1,5 a 2,5g/kg/dia 1,5 a 2,5g/kg/dia
Pacientes com 
transplante de célula-
tronco hematopoiética
1,5-2,0 g/kg/dia
DITEN, Terapia Nutricional em Oncologia, 2011; Krause, 2010; Cuppari, 2005; Chemin, 2007
Recomendação de Gordura
• 20-30% do valor calórico total
• Suplementação de ômega 3:
– previne a perda de peso e a
interrupção da terapia
radio/quimioterápica.
– Agente ANTICITOCINA
– Ação anti-inflamatória
– Induz ↓ citocinas inflamatórias:
• ↓ IL-1 e TNF-α
Alimentos 
e
Nutrientes 
com 
propriedades 
NUTRACÊUTICAS
Agentes “Bloqueadores” e “Supressores” do 
Tumor nas fases da Carcinogênese
Coleção de Nutrição Clínica Funcional – Câncer, VP consultoria, 2012
COMPOSTOS BIOATIVOS QUE MODULAM A EXPRESSÃO GÊNICA
Agentes BLOQUEADORES do tumor: Previnem a carcinogênese
Agente/Composto Substância Fontes alimentares
Ácido elágico flavonóide Uva, morango e nozes
Sulforafano isoticianato Brássicas: brócolis
Indol-3-carbinol Liberam isoticianatos Couve, couve-flor e brócolis
Agentes SUPRESSORES do tumor: inibem a transformação das células de iniciação em malígnas
β-caroteno Carotenóide Frutas e vegetais alaranjados
Curcumina Pigmento amarelo Açafrão da índia
Epigalocatequina-3-galato
(EGCG)
Polifenol antioxidante
Chá verde
Genisteína Derivada da isoflavona da soja
Resveratrol Antioxidante
Vinho tinto e casca de Uvas (Vitis 
vinifera)
Gingerol Substância fenólica Gengibre 
Capsaicina Capsicum annuum L. Pimenta malagueta
Quercetina flavonoide
Maça com casca, cebola roxa, chá 
verde, romã, brócolis, acelga, uva, 
pimentoão verde e vinho tinto.
Geléia real Produzida pelas abelhas jovens
Butirato AGCC Fibras dietéticas
Batata doce
Polifenóis (antocianinas e ácidos fenólicos (ácido cafeico, ác. Clorogênico e 
ácido cafeoilquímico))
Ômega 3: agente “protetor”
Alimentos que devem ser evitados
• Frituras: mesmo feitas em óleo de
canola ou azeite, pois quando
– essas gorduras são expostas a altas
temperaturas há formação de substâncias
tóxicas para o fígado (acroleína).
• Alimentos gordurosos:
– leite integral, queijo curado, carnes
gordurosas, massas ricas em gorduras e
doces fritos ou com muita gordura
(empadas, tortas...) devido à digestão difícil.
• Enlatados:
– devido à presença de conservantes e
corantes que podem ser tóxicos para o
fígado. Use o mínimo possível.
• Bebidas alcoólicas:
– podem alterar a glicemia e “roubar” do
organismo nutrientes importantes como as
vitaminas do complexo B e o magnésio.
• Amendoim ou paçoca:
– o produto pode estar contaminado com um
fungo que gera uma substância chamada
aflatoxina, que é prejudicial ao fígado;
• Embutidos:
– linguiça, salsicha, defumados, churrasco e
outros. São alimentos gordurosos.
IMPORTANTE: Restrição de SOJA!!!
• ATENÇÃO!!
• Mulheres que estão em
tratamento para câncer de
mama e apresentem
receptores de estrogênio e
progesterona positivos ou
que façam uso de Tamoxifeno
não devem consumir a soja
para não prejudicar a ação do
hormônio!!
Alimentos Permitidos
• Queijos magros: queijo Minas frescal e Cottage são
facilmente digeridos.
• Doces: preferencialmente compotas de frutas, frutas
secas ou cristalizadas e bolo de frutas.
• Frutas vermelhas: suco de polpa de amora, framboesa,
cereja, morango, pitanga.
• Alimentos integrais: contém mais fibras, vitamina B e
aminoácidos essenciais (farelo de aveia, farelo de trigo,
germe de trigo, pão, arroz e torradas integrais).
• Azeite: possui uma gordura de alto valor nutricional
(monoinsaturada). O ideal é consumir 1 a 2 colheres de
sopa do azeite extra virgem cru/dia (sem ser aquecido).
• Chá: rico em antioxidantes. Tomar 2 xícaras de chá verde
ou chá preto/dia separado das grandes refeições (almoço
e jantar).
• Farelo de aveia integral: abaixa os níveis de colesterol,
melhora a função intestinal e torna a absorção da glicose
mais lenta. Recomenda-se 2 colheres de sopa/ dia.
• Coalhada caseira e lactobacilos: a quimioterapia pode
levar a alterações na flora intestinal. Para repor as
bactérias “boas”, devem-se consumir diariamente 1-2
garrafinhas / dia.
• Crucíferas (repolho, brócolis, couve flor): inibem
enzimas carcinogênicas. O ideal é consumir ½ xícara
desses vegetais ao dia.
• Frutas e vegetais: quanto mais colorido o prato, maior a
quantidade e a qualidade de nutrientes. Recomendado: 5
porções de frutas e 2 porções de vegetais / dia.
• Soja: aumenta a densidade óssea, reduz o LDL, é
antioxidante.
• Sementes oleaginosas: castanhas, nozes, amêndoas. São
bastante calóricas, mas, possuem gordura
monoinsaturada, vitamina E e Selênio (antioxidantes).
Consuma 1-3 un/dia.
• Peixes: os que possuem ômega 3 devem ser consumidos
pelo menos 1x/semana (cavala, salmão, arenque, truta e
bacalhau). NUNCA FRITOS; sempre assados, grelhados ou
cozidos.
• Semente de linhaça: ativa o sistema imune (é rica em
Omega 3), reduz o mau colesterol e melhora a função
intestinal (contém fibras). Recomendado: 2 colheres de
sopa/dia (deixadas de molho na véspera).
• Licopeno: pigmento contido no tomate e nos seus
subprodutos, na melancia, na goiaba e na papaia. É
antioxidante.
• Temperos: Manjericão, orégano, tomilho, endro, semente
de alcarávia, hortelã, alcaçuz, sálvia, alecrim, salsa,
menta, gengibre.
• Uvas e suco de uva: a casca das uvas rosadas possui um
potente antioxidante. A maior concentração é encontrada
no suco de uva. A recomendação é de 240ml a 480ml de
suco de uva natural/dia.
• Prebióticos: compostos fermentados pelas bactérias do
cólon que previnem o crescimento de bactérias
patogênicas. Fontes alimentares: banana, alho, mel,
cebola, tomate, açúcar mascavo, chicória.
Alimentos Permitidos

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