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Trabalho de Economia

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Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI- Campus Santo Ângelo
Direito/Noturno
Economia Política
Nome: Nadine Langner dos Santos
Existe condição para uma efetiva sintonia entre economia e direito? Por quê?
Quais são os elementos que prejudicam a relação entre economia e direito e como podem ser trabalhadas?
Economia e Direito são dois ramos que estão interligados, economia entra no ramo de direito, de diversas formas, mas principalmente quando interfere nas condutas humanas, normalmente sendo usada como uma forma de punição para delitos mais brandos, mas não como produção econômica, e sim envolvendo a produção econômica. Como se refere em um dos artigos eles relacionam-se entre si, buscando expandir a compreensão e o alcance do direito com o objetivo de aperfeiçoar o desenvolvimento, a aplicação e a avaliação das normas jurídicas, principalmente relacionadas às consequências.
Bruno Salama (2010, p.30 citado por FILHO, Sírio) trata de ambas as matérias, como que suas diferenças acabam tornando-as comuns entre si. Essa situação auxilia os governantes na eficiência do uso dos recursos disponíveis e na identificação dos efeitos sobre a distribuição de gastos e riquezas. E como um fator de equilíbrio, entra a liberdade de concorrência que facilita alocação dos recursos, onde o próprio mercado constitui o preço, trazendo essa equidade.
Ivo Gico JR. (2014, p.14 citado por FILHO, Sírio) Traz a Jus economia, reafirmando que a economia pode reduzir a ocorrência de determinados crimes, pois auxilia na compreensão da sociedade para o consentimento de algumas leis. Sabendo que cada ação traz uma consequência, um não cumprimento de um dever ou cláusula prevista no contrato, causará um custo, dá a segurança de que um infrator não sairá impune, quando quebrar alguma regra que dispôs a cumprir.
O desenvolvimento do direito e da economia e sua concepção de eficiência como critério de justiça podem trazer o crescimento econômico da sociedade.
A eficiência estudada pelo direito e economia, tem como a teoria eficientista, onde uma alteração melhora a situação de um indivíduo sem piorar a situação de nenhum outro. Essa teoria visa à satisfação de um individuo sem precisar prejudicar outro, respeitando o direito individual de cada um e buscando seu objetivo final. 
Já Pareto traz a otimalidade, que é diferenciada pelo Bruno Salame (2010, p.30), por otimalidade forte, onde todos os indivíduos devem “ganhar” e a otimalidade fraca, mudança será ótima se for fortemente preferida por pelo menos um indivíduo (que ganha com a nova configuração) e fracamente preferida por todos os demais (que não ganham nem perdem, estando, portanto, indiferentes). 
Kaldor – Hicks, já acrescenta nessa teoria a compensação para aqueles que acabaram sendo prejudicados, assim garantindo-os a segurança de não ter seu direito violado. O que limita essa teoria é o direito, já que se as vitimas podem ser compensados, possivelmente os agressores, que quiseram provocar algum mal, usaria de argumento a compensação, o Direito chega impedindo de chegar nesse caos, garantido que só onde não pode ter reversão da situação, a pessoa seria compensada. Por esse motivo é que se faz necessária uma existência de diferenciação de multa e taxa, pois se usássemos esses termos como sinônimos, o resultado de uma infração (multa), se transformariam numa banalização, como se a pessoa estivesse autorizada a cometer tal delito, desde que pagasse uma taxa, como se fosse um sistema de compras.
Os contratos são ferramentas jurídicas usadas para facilitar a transação, como garantidora, mas claro, não com intervenção em excesso, para não prejudicar nenhuma das partes.
Portanto, o direito sendo aplicado de forma eficiente, torna-se moral, já que tendo a execução das suas normas, provocando um resultado esperado pela sociedade, seus indivíduos não estarão propensos a praticar algum delito.
A sociedade sabendo lidar com as disciplinas, de forma eficiente, garante decisões mais racionais, que estimulam a economia como resultado de justiça, e como impulso pra a economia do país. Sem o direito, a economia não teria segurança em seus contratos, e sem a economia o direito não teria como se sustentar.
Da mesma forma que se relacionam, essas matérias se diferem e como já mencionado anteriormente, muitas vezes essas situação as tornam em comum, pela diferença e outra podem prejudicar a relação direito X economia, por exemplo, o foco de cada um, direito trabalha com casos específicos, individualizados, já a economia preocupa-se com estatística, com uma sequência ou não de resultados. Diante dos focos de cada matéria, o deve-se fazer para poder trabalhar com ambas, é obter um olhar amplo e Inter disciplinado. Na visão de direito e economia, o contrato de fato, não é um ato solidário entre pessoas vivendo em sociedade, mas sim uma transação de mercado na qual cada parte se comporta de acordo com seus interesses.
 Assim transformam-se em maneiras de garantir uma ação, e está em todos os negócios, seja formal ou informal, cada caso é diferente com partes diferentes e resultará em um contrato diferente, é um fato que ocorre o tempo todo na nossa sociedade, amparado e garantido pelo direito e a economia, mas em cada contrato, terá cláusulas que os diferem, por possuírem partes diferentes com pensamentos diferentes. As partes devem entrar em um consenso do que favorece a todos de modo igualitário. No entanto, as partes só colaboraram entre si, na medida em que puderem receber algum beneficio. Sendo assim acaba se tornando um obstáculo para se ultrapassar e tiver uma boa relação entre as disciplinas.
A intervenção judicial, devido ao resultado de negócios que foram mal resolvidos, quando for de forma excessiva, poderá causar insegurança e instabilidade ao ambiente econômico, exigindo maiores custos nas transações das partes, para que de fato cumpram suas cláusulas. Por exemplo, deixar que o judiciário resolva grande parte desses problemas, porque um contrato foi mal elaborado e deixou lacunas para uma interpretação mais diversa, vai exigir que as partes sempre estivessem atentas a boa-fé de seus negociantes, para que não sejam passadas para trás, pois ao entrar com um processo, vai ser o que está escrito como prova e não a intenção de agir do negociante. Em outras palavras, a formalidade em que deve estar um contrato, vai garantir uma segurança mais para os negociantes terem transações bem sucedidas. Para a formulação de um contrato que favoreça a todos, deve-se observar a boa-fé de cada parte.
Essa atenção vai gerar desconforto maior, principalmente quando as partes possuírem uma desigualdade muito grande, onde o poder econômico de uma parte poderá manipular ou influenciar em uma decisão. A falta de credibilidade entre uma parte e outra, devido a sua diferença, é um fator que acaba gerando um obstáculo a ser superado. 
Como citado no artigo de Luciano Timm, na função social de um contrato, em um estudo realizado por Armando Pinheiro, relata a preocupação da dos magistrados de 1º Grau em realizarem a Justiça Social, a aplicar a letra da lei ou do contrato, no qual o tribunal de justiça do Rio Grande do Sul, “decidiu que a função social do contrato, tem por objetivo evitar a imposição de cláusulas onerosas e danosas aos contratantes economicamente mais fracos”. Por isso tal posicionamento dos juízes. Shavell reafirma em uma passagem do texto, falando que de modo geral, o objetivo dos tribunais é ser utilitarista, no qual ele maximiza o bem-estar social. Isso significa dizer que, as cortes agem para promover o bem-estar das partes contratantes. 
A eficiência e resultados justos para as resoluções de conflitos auxiliam na demonstração, da eficácia do poder judiciário diante dos problemas a ser enfrentados. Os contratos são ferramentas jurídicas para facilitar as transações de mercado, e que acontecem no mundo todo, no entanto, tem respostas diferentes, pois são regidas por sistema jurídico diferentes, com regras diferentes. O direito contratual varia segundoos valores e a ideologia de cada período e de cada sociedade. A medida tomada é saber respeitar e entrar em um consenso das partes, para melhor resolução da situação. 
Necessita-se conhecer o mercado em que os contratos estão ocorrendo. “Assim definido por Coase como mercado, a instituição que existe para facilitar a troca de bens e serviços, isto é, existe para que se reduzam os custos de se efetivarem operações de trocas”. E por ser um fato social está regrado pelas normas vigentes na sociedade.
A interdisciplinaridade entre economia e direito, precisa de um terceiro elemento a ciência. Assim, as transações decorrentes de lugares diferentes, com regras diferentes, necessitam de uma sistematização e um confronto da lei no papel e comparar com o direito em ação, pois nem tudo o que se aceita em um lugar se aceitam em outro. A cultura de cada um influencia na relação econômica, em alguns países determinados produtos são aceitos, diferentemente no Brasil, o que dificulta a transação.
As transações no mercado ocorrerão até o ponto em que não há nenhum outro recurso viável de acordo com a análise de custo-benefício, ou como determinado por Pareto, até o ponto em que alguma parte ganhe sem que para isso alguma outra tenha de perder. Ou, pelo menos, até o momento em que o ganho obtido por uma parte possa compensar a perda de outra e, após isso, ainda gerar um saldo positivo (Kaldor-Hicks).
A lentidão na resolução dos conflitos levados a juízo aumenta os custos de transação e cria por si só, incentivos à quebra contratual.
São diversos os elementos que acabam atrapalhando a relação jurídica e econômica, mas a questão é que não importa as suas diferenças ou obstáculos que uma causa à outra, e sim de que são duas matérias que se complementam e não tem como ignorar uma delas, ambas é fundamental para o embasamento teórico da nossa sociedade, diante de todos os conflitos encarados no dia-a-dia da população, portanto cabe aos indivíduos saberem manipulá-las de uma forma honesta em que consiga satisfazer um grande número, ou total de pessoas que estão à mercê de uma situação contratual, que é algo tão comum desde o início da civilização (mas na maneira em que era necessária e capaz), até os dias atuais.
RESPOSTAS FEITAS A PARTIR DOS ARTIGOS
A eficiência sob a perspectiva da análise econômica do direito (Sirio Vieira dos Santos Filho)
Ainda sobre a Função Social do Direito Contratual no Código Civil brasileiro: justiça distributiva versus eficiência econômica (Luciano Benetti Tim)

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