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Maíra Grohmann Junqueíra ANEMIA INFECCIOSA EQUINA Monografia apresentada ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Médico Veterinário. Professor Orientador: Dr. Sergio José Meireles Bronze Orientador Profissional: Dr. Maria do Carmo Pessoa Silva Curitiba Novembro/2004 SUMÁRIO Lista de Tabelas iii Lista de Figuras iv Resumo v 1.lntrodução ... 2. Vlrulogia da AlE ... 3. Etiologia 4. Epidemiologia .. 5. Transmissão ... 6 Vetor .. Patologia Clinica . 8. Diagnostico .. 9. Teste de Coggins 10. Procedimento .... 11. Informações Técnicas sobre KIT para Diagnóstico da AlE.. ........ 1 .....3 ...6 ...... 7 . 8 . 12 . 13 ................................................................ 15 ... 15 . 19 . 22 12. Diagnostico Diferencial.. . 23 13. Achados de Necropsia .23 14. Profilaxia .24 15. Tratamento .. . 24 16. Controle e Erradicação .24 17 Disposições do Ministério da Agricultura 25 18 Perdas Econômicas.. . 26 19. Programa de Sanidade dos Eqüídeos .. 20. Legislação .. 21. V~o,bulário .. 22. Conclusão .. 23. Anexos .. . 29 . 30 . .45 . 52 . 53 24. Referencias Bibliográficas 58 LISTA DE TABELAS iií LISTA DE FIGURAS 1. Sangue de animal infectado.. ..4 2. Formação de virus da Anemia Infecciosa Eqüina..... ..7 3. Mucosa Anêmica.. .. 11 4. Animal com AlE... . 11 5. Prova de Imunodifusao em Agar gel.. . 17 6 Colheita de Material.. . 19 iv RESUMO É uma doença que ataca os eqüinos de todas as idades, raças e de ambos os sexos. Doença incurável e todos os animais por ela atingidos devem ser sacrificados. Sua transmissão é feita através de picadas de insetos hematófagos, quando eles se alimentam do sangue dos animais por eles atacados. Entre esses insetos, podemos mencionar os mosquitos, as varejeiras, as mutucas, entre outros tabanideos. Também os objetos e utensílios que tiveram contato com os animais doentes e que, portanto, foram contaminados, podem transmitir essa doença. Entre eles, podemos citar os bebedouros, comedouros, esporas, os freios e os bridões. Para controlar ou evitar o aparecimento da anemia infecciosa eqüina, é necessário que, uma vez por ano, todos os animais sejam submetidos a um exame de sangue. Além disso, deve ser tomada essa mesma providência para todos os animais que saiam da propriedade, principalmente para exposições, cavalgadas, torneios, serviços, rodeios, etc., porque eles entram em contato direto com muitos animais vindos de muitos lugares diferentes e que podem estar infectados pelo vírus da doença. Não há tratamento com resultados satisfatôrios e nem vacina que seja aceita pelos estudiosos da enfermidade. ABSTRACTS vi 1. INTRODUÇÃO Esta doença, também conhecida como "febre dos pântanos" Febre das Montanhas", e no norte e nordeste goiano muito conhecida como" Mal do Cochilo" ou "Cochilão", é produzida por um vírus. É mais freqüente em terrenos baixos e mal drenados ou em zonas úmidas muito flarestadas. O virus, uma vez instalado no organismo do animal, nele permanece por toda a vida mesmo quando não manifestar sintomas. Apresenta-se em várias fonnas clínicas, todas com importância e é disseminada em todo o mundo. Os estudos iniciais desta doença foram realizados na França em 1843; em 1859 foi constatado pelo pesquisador Anginiard o caráter contagioso da doença, sendo que a primeira demonstração de doença virótica foi feita em 1904/1907, NO Brasil, a primeira descrição desta doença verificou-se em 1968, por Guerreiro e Cal. Somente em 1967 ela foi oficialmente reconhecida através de lesões anatomo-patolâgicas de animal necropsiado no Jockey Clube do Rio de Janeiro. Em 1976, um surto de grandes proporções ~:Jrreu na região do pantanal mato-grossense. Sendo uma área predisponente á população de vetores hematôfagos, um grande número de eqüídeos foi dizimado pela AlE, acreditando- se que outras doenças típicas da região estivessem associadas com anemia infecciosa, enfraquecendo ainda mais o estado geral dos animais, advindo então a morte. Os animais ficam suscetíveis à enfermidade quando têm resistência orgânica diminuída por um trabalho excessivo, calor intenso, alimentação inadequada e infestação por vermes.A doença tende a apresentar-se sob forma enzoótica em fazendas ou áreas, não havendo disseminação fácil e rápida, nunca se observando, segundo SeDU, contagio de animal para animal. Graves perdas são causadas nas áreas endêmicas, podendo desaparecer a mortalidade com o passar do tempo. Observação feita por Fulton, que injetou água de charcos na veia de eqüinos reproduzindo a AlE, veio confirmar a teoria de Lohr, isto é, de que a infecção natural advém da ingestão, pelos insetos transmissores, de água ou alimentos contaminados. o vírus está presente no sangue, saliva, urina, leite, etc. Os surtos aparecem quando é introduzido na manada um animal infectado ou portador. Casos crônicos podem existir em qualquer época do ano e, são mais suscetiveis os animais desnutridos, débeis e parasitados. A anemia infecciosa equina é uma doença infecto contagiosa de etiologia viral que acomete equinos, muares e asininos. Ataque inicial agudo seguido por longo período de cronicidade e a replicação em macrófagos causa anemia aguda. 2. VIRULOGIA DA AlE A etiologia viral foi estabelecida no início do presente século por dois pesquisadores, que demonstraram que o agente era infeccioso e filtrável Em 1961, KOBAYASHI realizou estudos da propagação viral "in vitro", logrando êxito nas culturas de medula óssea e de leucócitos. Os trabalhos de Kobayashi foram a base para propagação viral "in vitro". O virus RNA da AlE lem uma estreita afinidade com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), verificada através de análises antigénicas e genéticas. A reatividade sorológica cruzada entre o vírus da AlE e o da imunodeficiência humana tem sido documentada. As lentiviroses induzem infecções persistentes em seus hospedeiros naturais, lançando substanciais desafios para o desenvolvimento do imunógeno. O vírus sofre mutação antigênica logo após sua entrada no organismo do animal, provocando a formação de novas variantes e impossibilitando qualquer tratamento ou vacinação, como ocorre na sindrome da imunodeficiência adquirida, AIDS. No Brasil, devido às peculiaridades semelhantes entre o vírus da AlE e o da AIDS, a doença é também conhecida como "AIDS do cavalo", especialmente nas regiões sul e sudeste. As partículas virais mostram considerável pleomorfismo, embora a maioria delas seja esférica com diâmetros entre 50 a 200 nm e possuindo um envelope de 7 a 9 nm de espessura. Foto do sangue de animal infectado Possui um nucleo denso e na superfície existem protuberâncias É liberado da membrana plasmatica pelo processo de brotamento; a densidade, uma das características do vírus, esta entre 1,15 glml a 1,20 g Iml, quando submetida a centrifugação de gradiente de densidade de equilíbrio de cloreto de césio. o vírus é resistente a tripsina porém sensivel ao éter; tem comportamento alterado quando submetido a pHs acidos ou alcalinos; é muito estavel a baixas temperaturas, podendo ser estocado a _20°C por longos anos sem perder sua infectividade. É inativado quando submetido a 56° C por 60 minutos; exposto a luz solar durante 30 a 60 minutos, é destruido. o núcleo contém a enzima transcriptase reversa. O vírus da AlE se propaga mais lentamente que os demais e para sua i -·_:~tiplicação depende da síntese do DNA. Morfologicamente é muito semelhante ao vírus da "vis na". Um mesmo animal pode albergar duas variantes do vírus em seu organismo, concomitantemente.Há uma variedade grande de variantes e elas são antigenicamente diferentes entre si. Essa variação antigênica representa o maior obstáculo ao desenvolvimento de vacinas. Várias tentativas nesse sentido foram e vêm sendo realizadas, sem contudo se lograr o êxito desejado. Tem-se conhecimento da existência da vacina chinesa, porém ela sofre sérias restrições por parte dos especialistas mundiais do assunto. A persistência do vírus nos cavalos infectados pode ser explicada de várias maneiras: o vírus pode ser estranho em seu comportamento físico e químico; se multiplicar intracelularmente onde não é atingido pelos anticorpos neutralizantes; ser infectante e alterar a imunocompetência celular; os anticorpos dirigidos contra o vírus são raros e ineficientes; uma ou duas dessas possibilidades podem se combinar e atuar conjuntamente. A anemia é característica fundamental da AlE e é o resultado de dois mecanismos gerais, sendo o mais importante a hemólise intra e extravascular mediada por mecanismos imunológicos. Logo após a penetração do vírus no organismo ele se multiplica nas células reticulo-endoteliais, portanto praticamente em todo o organismo e, posteriormente, na fase de viremia se encontra na circulação. Após duas a três semanas, o sistema imuno-hematopoético já terá produzido anticorpos soro-neL.iralizantes, fixadores de complemento e precipitantes, sendo que os fixadores de complemento têm curta duração. Na patologia desta doença não só o agente causa depressão da medula óssea hematopoética e diminuição da duração normal das hemácias circulantes, como também a doença desencadeia fenômenos de imunopatologia. Anticorpos aderem aos glóbulos vermelhos, sensibilizando-os e então há fixação de C' 3 e talvez outras frações do complemento e conseqüente hemólise intra e extravascular. A intermitência de sintomas deve-se a que o vírus contínua a multiplicar-se no interior das células do reticulo-endotelial em ritmo lento, quando hã alto nível de anticorpos. Os cavalos infectados pennanecem virêmicos quase continuamente e a quantidade de vírus circulante durante os períodos febris, aumenta. A combinação intravascular do vírus e seus anticorpos podem dar lugar à formação de complexos antígeno-anticorpo. 3. ETIOLOGIA Causada por um Retrovírus, pertencente a família Retroviridae, subfamília Lentivirinae. O RNA sofre constante mutação genética e os sorotipos resultantes não apresentam imunidade cruzada e o número final de sorotipos não é determinado. E um vírus é resistente a fervura por 15 minutos e desinfetantes. mas é destruido pela luz solar. Persiste por vários meses fi temperatura ambiente na urina, fezes, sangue seco e soro. o periodo de incubação depende da dose infectante com que o animal se infectou: 3 a 70 dias, porém a média é de 15 a 20 dias. Uma vez infectado, o animal torna-se um portador permanente da A.I.E. x Formação do Vírus da Anemia Infecciosa Eqúina Vlrus começando a destacar-se na superflcie celular 4. EPIDEMIOLOGIA o vi rus da Anemia Infecciosa Eqúina ocorre em todos os continentes, cosmopolita. Mas tem como principais áreas enzoóticas: Regiões costeiras do Golfo do México e áreas florestais do norte do Canadá. A morbidade varia e pode chegar a 100% e a mortalidade em tomo de 50%. Todas as raças e faixas etárias ~: equídeos são suscetíveis. Os cavalos crioulos da Argentina são apontados como os mais resistentes. A maioria dos casos ocorrem no verão e outono pela alta quantidade de insetos que se tem nessa época do ano. Animais desnutridos, parasitados e debilitados são os mais suscetíveis. 5. TRANSMISSÃO Ec feita principalmente por insetos sugadores (moscas e mosquitos). Já foram também comprovadas as transmissões congênitas (placentária), pelo leite (aleitamento), pelo sêmen (acasalamento) e pelo soro-imune. As mucosas nasal e oral, intactas ou feridas, podem ser portas de entrada do vírus. O uso sem assepsia de material cirúrgico, por pessoas não-habilitadas, também aumenta a probabilidade da infestação. O animal, uma vez infectado, toma-se portador pennanente. O vírus esta presente em todos os tecidos, secreções e excreções e pode persistir no corpo por até 18 anos, prevenindo a reinfecção e tomando o animal fonte de infecção por grande parte da vida. " Portadores" são o meio comum pelo qual a doença é introduzida em areas livres, o contato estreito e prolongado com animais suscetíveis resulta em infecção através dos insetos ou injeções de sangue infectado por via IV, Se,IM ou IC. Infecção intra-uterina pode ocorrer, mas é rara. Potros de mães infectadas são menos suscetíveis á infecçã,J Ilatural, porém também podem desenvolver um caso fatal de doença aguda. A transmissão por larvas de migrantes de estrôngilos é considerada devido ao isolamento do vírus nos vermes. Outras fontes de infecção: fômites, instrumentos utilizados na colheita da saliva para exame anti-dopping e sêmem. Mas apesar de haverem vários meios de infecção o cavalo doente é o principal elo na cadeia epidemiológica. O eqüinos são os únicos animais suscetíveis ao vírus da AlE e não há contágio direto de um animal a outro. Estudos epidemiológicos têm demonstrado que os vetores naturais envolvidos são os dipteros, incluindo-se a mosca do estábulo (Stomoxys calcitrans) e a mosca do cavalo (Tabanus sp). Ambos caracterizam-se pela hematofagia e telmofagia em conseqüência à picada dolorida que conduz o cavalo a defender-se dos vetores. A importância do tabanídeo deve-se à menor persistência do mesmo no organismo de um mesmo cavalo, devido ao alto grau de irritação que causa. A partir do aparelho bucal de tabanideos foi possível recolher aproximadamente 5 nl de sangue total e 10% desse volume (10'6 a 10.5 ml) seria suficiente para infectar um cavalo. A Stomoxys calcitrans ingere pequena quantidade de sangue, razão pela qual necessita de muitos repastos sangüíneos. O vírus no aparelho bucal da mosca do cavalo perde a infectividade antes de 4 horas. É importante saber-se quais são as fontes de vírus. Durante as crises febris ou mesmo um pouco antes, o sangue é extremamente virulento e alguns animais, 10 mesmo na ausência de febre e de sintomas clínicos, conseguem manter uma alta taxa de viremia por um período de tempo. Juntamente com o sangue, que é o elemento mais importante durante a crise, vários órgãos, em particular o fígado e o baço, podem abrigar o vírus. Os produtos de secreção, como muco, saliva e légrimas, podem ocasionalmente, ter vírus durante a crise febril mas não têm influência na transmissão. Na urina só é possível se evidenciar a presença do vírus quando se utilizam grandes quantidades com finalidade de transmissão experimental. Com materiais fecais, praticamente tem sido impossível, mesmo nas crises febris, se detectar o vírus. Outros meios de transmissão podem ocorrer. É muito comum a transmissão da égua para o potro; se a égua estiver clinicamente doente, ela poderá infectar o potro de duas maneiras: intra- uterina mente, transferindo o vírus para o feto, ou logo após o nascimento, através do cal astro. Entretanto, pode ocorrer que a égua passe para o potro somente anticorpos pelo colostro. Nesse caso, o animal deve ser repetidamente examinado e seu soro sangüíneo submetido ao diagnóstico sorológico específico logo após o desmame, ou seja, de cinco a seis meses de idade. O resultado deverá ser negativo. Se durante a amamentação o potro foi infectado, o resultado do teste sera positivo, mesmo após o desmame. Potros nascidos de éguas doentes, se não estiverem infectados, podem ser salvos se separados da égua logo após o nascimento e alimentados artificialmente. II o grande temor dos criadores e proprietários é encontrar um garanhãoinfectado. O animal desse porte exige intensos cuidados, haja vista representar um grande investimento. A possibilidade dele se infectar ocorre ainda quando é jovem, misturado com outros cavalos. o garanhão, no momento da cobertura pode transmitir a anemia infecciosa se estiver numa fase de viremia, isto é, quando há uma exacerbação do vírus no organismo do animal e grande quantidade de virus no sêmen. Se estiver numa fase crônica, será difícil ocorrer a transmissão. o periodo de incubação da anemia infecciosa é variável e depende da dose infectante com que o animal se infectou; pode ser de 3 a 70 dias, porém a média é de 15 a 20 dias. Uma vez infectado, o cavalo torna-se um portador permanente da AlE, independente da ausência ou severidade dos sintomas, passando a ser um foco em potencial, e por isto deve ser eliminado. - .-- --~·_-------··---I i,~l 1 .dI ". 1 _-1',!liJ!l-ª~º~"tIL-----1 Mucosa Anemica 12 Alguns animais tem recuperação temporária do estágio agudo, após 3 dias a 3 semanas. Podem ocorrer recidivas menos graves, mas que podem levar a morte. Outros ficam progressivamente fracos, prostrados e morrem num periodo de 10 a 14 dias. Recidivas ocorrem em períodos de estresse Febre recidivante, emaciação progressiva, fraqueza, insuficiência cardíaca e palidez das mucosas. 6. VETOR A mosca Stomoxys calcítrans é um diptero de baixa especificidade quanto aos seus hospedeiros, já que suga o sangue de diversas espécies, se destacando os eqüinos, bovinos, caprinos, ovinos, suínos, cães, gatos e frangos. Além das picadas doloridas e do hematofagis-mo~, esta mosca pode transmitir varios agentes patogênicos. Destacando-se o vírus da Anemia Infecciosa Eqüina, a Habronemose cutânea e o Mal de Cadeiras, também conhecido como Surra.::4 Os prejuízos causados pela ação desta mosca, totalizaram 398,7 milhões de dólares nos Estados Unidos em 1977. 13 7. PATOLOGIA CLiNICA A sintomatologia do primeiro contato do animal com o vírus se caracteriza pelo aparecimento de uma febre intermitente que é outra característica da doença. A presença de pequeníssimas petéquias hemorrágicas nas mucosas da base da língua e da conjuntiva, pela sua natureza típica, constituem seguro elemento de diagnôstico. A forma hiperaguda da doença pode aparecer após o primeiro contato com o vírus e levar o animal ã morte de 3 a 5 dias. A forma aguda caracteriza-se pelo aparecimento repentino de temperatura de até 40°C. grande depressão, perda do apetite e edemas na parte ventral do abdômen, membros e prepúcio. Quando a fraqueza é extrema, pode advir uma incoordenação. Durante a fase aguda, a anemia é intensa principalmente pela destruição dos eritrócitos circulantes (anemia hemolitica). o quadro laboratorial apresenta valores baixos do teor de hemoglobina, hematócrito e contagem de eritrocitária. A taxa de eritrócitos baixa a níveis minimos, desde 3.000.000 a 800.000 glóbulos por milimetro cúbico de sangue, quando os valores normais variam de 8 a 12 milhões de glóbulos. A série branca do hemograma pode mostrar leucopenia ou estar normal. A morte está relacionada com a intensidade da anemia. A fonna aguda é assim caracterizada: x febre que chega a 4(" ....•..•; x respiração rápida; x abatimento e cabeça baixa; 14 x debilidade nas patas, de modo que o peso do corpo é passado de um pé para outro; x deslocamento dos pés posteriores para diante; inapetência e perda de peso. A evolução nesse estágio é de 8 a 12 dias. O animal pode vir a morrer ou passar para uma fase subaguda e crônica. Na forma subaguda os sintomas são semelhantes aos da aguda, porém mais atenuados e raramente ocorre a mone. A forma crônica pode vir após a primeira crise aguda ou após qualquer episódio recorrente. O animal pode passar para fase aguda ou subaguda a qualquer tempo (quando houver diminuição da resistência orgânica do mesmo) e depois voltar para a forma crônica Alguns animais no estágio crônico da doença parecem se recuperar completamente sem manifestar sintomas durante anos. Todavia, esses animais aparentemente sadios são portadores assintomaticos do vírus, perigosos para a transmissão da AlE. Podem, inesperadamente, passar por uma fase febril, entrar em viremia e então tomarem-se capazes de disseminar a doença. A forma latente pode sobrevir como tal desde o principio ou pode ocultar-se sob a aparência de uma cura clinica de um animal que tenha padecido de uma das três formas expostas. E a forma mais grave do ponto de vista da profilaxia. 15 Não há evidências clínicas da doença, os animais são os portadores assintomáticos do vírus, A forma latente persiste por um período e os animais podem suportar "stress" sem manifestar sinais da doença. A classificação dessas formas somente representa a manifestação de diferentes graus de intensidade dos sintomas da doença. A queda nos eritrócitos não é vista no ataque inicial. 8. DIAGNÓSTICO o diagnóstico clinico é difícil, então é utilizado Teste de imunudifusão em 3gar-gel- teste de Coggins (IDAG). Detecta desde uma precipitação de anticorpos no soro de equideos até o próprio núcleo da proteína do vírus. Reações de precipitação antígeno-anticorpo são realizadas em um gel de agaL 9. TESTE DE COGGINS Provas:lmunodifusão em gel de agar (Prova de Coggins) Material: 16 x soro (2 ml) x sangue (5 ml). Conservação I Transporte' x Soro: congelado; x sangue: refrigerado. Observação: soro deve ser encaminhado acompanhado de resenha do animal, com a assinatura e carimbo do médico veterinário responsável. A anemia infecciosa eqüina é hoje diagnosticada pela prova de imunodifusão em gel de ágar, específica para o vírus da doença. É conhecida mundialmente como "teste de Coggins", pois o referido especialista americano introduziu em 1970, uma modificação dessa técnica, utilizando como antígeno uma emulsão de baço infectado, realizando a prova em placa de Petri. Em 1971, NAKAJIMA utilizou para a mesma prova antigeno obtido de cultura de leucócitos de eqüino, empregando a técnica em lâmina de microscopia. A base fundamental da prova consiste na difusão radial das pequenas moléculas do antígeno e das grandes moléculas do anticorpo no meio gelificado. Quando se encontram, se combinam especificamente, surgindo uma linha de precipitação visivel; o agregado toma-se então grande demais para continuar a se difundir no âgar. 17 É uma prova qualitativa e reconhecida universalmente como o método laboratorial mais importante no diagnóstico da AlE, pela sua especificidade, facilidade de execução e alto grau de sensibilidade - em torno de 99%. o teste foi oficialmente introduzido no Brasil a partir de 1974. O anticorpo precipitante aparece precocemente no soro de todos os cavalos naturalmente infectados, onde é encontrado por longo período de tempo. Para que o teste seja positivo há necessidade de que haja uma reação de identidade entre o soro controle e a amostra. Se positivo, o eqüino deve ser sacrificado. O matenal a ser enviado para exame é, de preferência, soro sangüíneo no volume de 2 ml, colocado em tubo esterilizado e sem anti-coagulante. O sangue deve ser retirado da veia jugular e colhido por médico veterinário, que se responsabilizará pela identificação do animal. E recomendável que o eqüino esteja em jejum pelo menos com 12 horas. I c -t - 31ll0slras positivas A leitura do teste pode ser feita a partir de 24 a 48 horas, porém o resul lado só será emitido após 48 horas. O resultado é positivo ou negativo. AG - anligeno P"ova de iumnodiflls:io em gel de :ío:u' se -soro controle 2 e 3 - amostras negativas 18 Existe uma técnica de colheita de material que é feita através do papel de filtro. A colheita do sanguede eqüino é feita em papéis de filtro quadriculados, 4x4, podendo-se colocar a identificação do animal no próprio papel. Podem ser colhidos dois ou mais papéis e mantidos como testemunhas. Após a secagem, o mesmo é enviado por carta ao laboratório credenciado, onde o papel será eluído em solução tampão apropriada e submetido à prova de imunodffusão de gel de ágar. Esta técnica apresenta a mesma sensibilidade da do soro sangüineo e facilita principalmente a colheita de material no campo. O método apresenta vantagens, como economia no acondicionamento em embalagens, meios de transporte e outras despesas. o transporte e a movimentação de eqüinos ficam condicionados à obtenção do atestado negativo do "teste de Coggins" Somente laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento estão autorizados a emitir estes atestados. Para fins de viagens, ingresso em exposições e similares, o atestado é válido por 60 dias. Para as entidades controladas como sociedades hípicas, jockey- clubes e afins, a validade é de 180 dias. Embora o "teste de Coggins" seja reconhecido como de alta sensibilidade e especificidade, pode algum •.•::; .•..ezes apresentar resultados equivocados, especialmente pela leitura e interpretação subjetivas do médico veterinário habilitado. 19 Colheita de material 10. PROCEDIMENTO x O antígeno solúvel do vírus é colocado no reservatório central. x Os soros de controle de referência positivas são colocados em 3 reservatórios periféricos altemadamente. x A amostra de soro é colocada nos 3 reservatórios restantes. x Após incubação formam~se linhas de referência entre o antigeno e o soro controle positivo. LEITURA x Positivo~" r:')rmará urna linha que se juntará com as linhas de controie - Banda de precipitação. x Negativos: não há a formação da banda de preciptação. 20 Diagnóstico de Imunodifusão de Eqüino com soro positivo para A.1.E. x Prova de imunodifusão em oel de ágar AG - antigeno se -soro controle 1 e 4 - amostras positivas 2 e 3 - amostras negativas Potros imunizados passivamente podem apresentar teste falso positivo o imunosorbente ligado a enzimas competitivas (C-ELISA), é um teste imunoenzimático, rápido e sensivel, porém menos específico, e apresenta como vantagens leitura e interpretação após duas horas, permitindo a realização de um grande número de testes, principalmente a nivel de campo, com a finalidade de levantamentos sororógicos. o "kit" é composto por placa de plastico formada por ooficios pré- impregnados com anticorpos monoclonais para a proteína p26, o maior grupo antigênico específico para AlE. o soro eqüino é incubado simultaneamente com o antígeno conjugado p26. Anticorpos específicos no soro para p26 competem com os anticorpos monoclonais anti-p26 pelo antigeno ligado a enzima purificada p26. Para o teste ser válido, o controle negativo precisa p...u ~i..:er como substrato azul esverdeado mais escuro; o controle positivo é de cor verde claro. 21 Para a avaliação do teste: amostras com cores iguais ou mais fracas que o controle positivo são positivas; amostras com cores mais acentuadas do que o verde claro do controle positivo e semelhantes à cor do controle negativo, são negativas. Havendo duvidas, as leituras podem ser feitas através de densidade ótica o C-ELISA não é valido para fins de emissão de atestado para trânsito e outras finalidades, O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aprovou recentemente um novo antígeno, proteína p26 recombínante (rp26) da anemia infecciosa eqüina, para ser utilizada para prova de imunodifusão em gel de ágar, O clone cDNA, vem de uma cepa WSU do virus da AlE que é derivado do protótipo do vírus Malmquist, através de três retro passagens em eqüinos. A cepa Malmquist vem do vírus de campo Wyoming após passagem em células derrnais de eqüinos. O antigeno recombinante é isolado de células da bactéria Echerichia co/i. É um antígeno de alta qualidade e produz linhas nítidas de precipitação na prova de imunodifusão, podendo identificar reações fracas positivas e não apresenta reações falso-positivas ou linhas inespecíficas. !._:.-----. __o - (, ',Cc" -) , .. ~L._'__>_~'. 22 11. INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE KIT PARA DlAGNÕSTICO DA ANEMIA INFECCIOSA EQÜINA Este Kit pode permanecer por 7 dias em temperatura ambiente, por isto ele é encaminhado dentro de caixa de isopor sem gelo recicJavel. Após o recebimento, coloque imediatamente em geladeira. "NÃO CONGELAR". o antigeno viral utilizado no Kit é a proteína ElA p26 (rp26) recombinante altamente purificada. O plasmídeo pEIA5G-p26, expressa a proteína p26. O clone cDNA, pWSU5G, vem da cepa WSU do vírus da Anemia Infecciosa Equina que é derivado do protótipo do vírus Malmquist através de três retro passagens em equinos. A cepa Malmquist vem do vírus de campo Wyoming após passagem em células dérmicas de equinos. o antígeno recombinante utilizado no KIT é isolado de células da bactéria Escherichia coJi e purificada, sendo sua homogeneidade determinada pelo método PAGE e coloração de prata. Tem sua qualidade testada pelo método de Imunodifusão em gel de agar, verificando-se a formação de uma linha nítida de precipitação e então é novamente testado através de um painel de 30 soros padrão positívos, fraco positivo e negativo, fomecido pelo NVSL-USDA (National Veterina! J 3ervice Laboratory do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 23 o controle positivo provém de equinos imunizados com o antígeno rp26 altamente purificado acima descrito. A qualidade é determinada através da sua habilidade de produzir uma linha nítida de precipitação na prova de Imunodifusão em gel de agar. Quando utilizado como controle positivo no kit, deve detectar uma variedade de amostras fracas positivas mas sem falsos positivos, dentro de uma variedade de amostras negativas, incluindo, mas não limitada às amostras padrão fomecidas pelo pelo NVSL-USDA. O Kit contém somente dois reagentes. 12. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL x Púrpura hemorràgica - hemorragias mucosas e agregados subcutâneos de liquidos x Babesiose x Erlichiose x Leptospirose x Anemia com supressão de hematopoiese, 13. ACHADOS DE NECROPSIA x Hemorragia generalizada nas ..•.•.•userosas. x Necropsia, animal com A.lE., observar·se hemorragias subserosas 24 14. PROFILAXIA Combate aos insetos e manutenção de boas condições sanitárias; drenagem nos pastos alagados e fiscalização das aguadas e bebedouros, a fim de que os animais não bebam água estagnada; não introdução de animais infectados na fazenda; uso de agulhas hipodérmicas e instrumentos cirúrgicos só depois de bem esterilizados. 15. TRATAMENTO Ainda não é bem conhecido qualquer tratamento eficaz. Aumentar a resistência do animal, desintoxicar o fígado e fortalecer o coração, intensificar o metabolismo. Existem estudos recentes, mas por enquanto o animal que apresentar Teste de Coggins positivo deve ser sacrificado. 16. CONTROLE E ERRADICAÇÃO x Uso de seringas e agulhas descartáveis x Limpeza de utensílios x Drenagem de áreas alagadas e controle de insetos x Submeter ao exame de diagnóstico todo eqüideo que necessite transitar x Exigir teste negativo na aquisição de animais x Programa de teste e abate - sacrifício dos positivos 25 )C N o Brasil o controle é rigoroso, exceto nas regiões endêmicas: Pantanal Malogrossense x Isolar os animais com sintomas suspeitos (fazer o Teste de Coggins); x Retestar periodicamente todos os animais; x Evitar a entrada na fazenda de animais vindos de zonas enzoôticas sem os testes negativos recentes de imunodifusão; x Drenar as zonas pantanosas e controlar os insetos transmissores; x Todo material usado nos animais(para cirurgia, tatuagem, injeções, abre- bocas etc) deve ser esterilizado por fervura por mais de 30 minutos; x A possibilidade de uma vacina é remota, pois muitas já foram experimentadas e até o momento nenhuma apresentou resultados satisfatórios. 17. DISPOSiÇÕES DO MINISTERIO AGRICULTURA x Exigência do atestado negativo para trânsito e permanência em recintos de exposições, leilões e clubes. x Controle periódico por parte de criadores. x Sangue deverá ser coletado por veterinário e enviado a laboratórios credenciados pelo MA, com a resenha do animal. x Validade do teste: 60 dias x Casos positivos: quarentena e sacrifício, após de contra-prova e reteste. x Animal morto deverá ser queimado e enterrado em local isolado 26 x Animal com as duas Marcações ( Fiscalização do Ministério da Saúde ). 18. PERDAS ECONÔMICAS x Persistência do estado de " portador" x Embargos na introdução de equinos em países livres da doença, causando perdas econômicas e e interferências em eventos esportivos. Através de dados obtidos junto à Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura e Abastecimento, foi possível realizar uma estimativa da incidência da AlE no período de 1974 a 1993, nas cinco regiões brasileiras. O rebanho eqüídeo, até 1991, com dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, era de 9.615.845 cabeças. Nesses 20 anos, 3.553.626 animais foram testados, obtendo-se 2,64% de positivos, sendo que 8,47% foram sacrificados. Do total de animais examinados por região, obtiveram-se as seguintes porcentagens de eqüinos reagentes: norte, 11,51 %; nordeste, 3,36%, centro-oeste, 8,0%: sudeste, 0,43% e sul, 0,32%. Verificou-se que as regiões sul e sudeste realizaram mais de 50% do número total de eqüinos examinados, demonstrando que criadores e proprietários eram mais sensiveis quantc. aUS perigos da alarmante propagação da AlE em suas propriedades. 27 A legislação brasileira de saúde animal considera a anemia infecciosa eqüina como de notificação obrigatória, devendo o médico veterinário comunicar aos órgãos de Defesa Sanitária Animal qualquer eqüino positivo para essa enfermidade. o animal infectado é o principal elemento na disseminação, e sua identificação no "teste de Coggins" é o ponto de partida para qualquer medida profilátíC8. O animal deve ser isolado, impedindo-se sua movimentação e, posterionnente, sacrificado. Outros fatores contribuem para o alastramento da AlE: concentrações de animais, como em cavalgadas, enduros, romarias, onde a maioria de animais não foi testada laboratorialmente. Tropas de rodeio se deslocam de uma cidade para outra e se desviam da fiscalização, mantendo muitas vezes animais contaminados em sua tropa. Toda vez que for detectado um foco em uma propriedade, ela é interditada até que todos os animaiS sejam examinados pelo teste sorológico. Simultaneamente, animais de propriedades vizinhas (perifoco) deverão ser examinados. Na situação em que o proprietário não permitir que o animal seja sacrificado, a propriedade ficará interditada por tempo indeterminado e o responsável estará sujeito a sanções referentes aos ..lIfatores das normas de Defesa Sanitária Animal, estabelecidas no Código Penal Brasileiro. 28 Algumas recomendações para a prevenção da doença se fazem necessárias: não permitir a entrada e permanência de eqüinos estranhos na propriedade, mesmo que seja só para servir de passagem para outra região: ao se introduzir no plantei um novo animal, a não ser que venha com o atestado negativo do "teste de Coggins", deve-se mantê-lo isolado durante 30 dias até a realização de um novo exame; controlar e combater com repelentes a população de moscas hematófagas; colocar bovinos no meio do rebanho eqüino, a fim de se interromper a transmissão mecânica pelas moscas; desinfetar constantemente estábulos e boxes com caiação, remover a cama e pincelar as paredes com facho de fogo: utilizar sempre material descartavel, como agulhas hipodérmicas, especialmente na colheita de material em série para exame laboratorial. Exigir o atestado negativo do exame sorológico para efeito de qualquer transação, compra, venda ou coberturas; se o animal for competir em outros municipios, na sua volta submetê-lo a um exame laboratorial após 30 dias, a fim de se verificar sua sanidade, recordando que o período de incubação da AlE pode ser de 15 a 20 dias para o aparecimento de anticorpos. Criadores e proprietarios devem manter uma vigilância constante de seus rebanhos, pois os mesmos se constituem em valioso patrimônio fi eqüinocultura brasileira. Para as caracteristicas diferenciais da doença, de acordo com os principais ecossistemas do país, tipos de exploração econômica, manejo e ::nalidade dos animais, densidade populacional e outros fatores condicionantes da cadeia epidemiológica da anemia infecciosa eqüina, é necessária a elaboração de 29 uma política sanitâria rígida e atuante, capaz de atenuar a magnitude deste problema em todo o território nacional. 19. PROGRAMA DE SANIOADE DOS EQÜiDEOS Finalidade Estabelecer e executar medidas de prevenção e controle, visando a sanidade do rebanho eqüídeo (eqüinos, asininos e muares) do Parane, em conformidade às normas estabelecidas no Programa Nacional de Sanidade dos Eqüideos. o Programa Nacional de Sanidade dos Eqüideos (PNSE) tem como objetivos: •Elaborar e propor atualização da legislação relativa às normas e procedimentos técnicos; •Propor e acompanhar estudos epidemiológicos; •Realizar vigilância epidemiológica e sanitária das principais doenças dos eqüídeos, tais como o Morma e a Anemia Infecciosa Eqüina, visando a profilaxia, o controle e a erradicação destas doenças em todos os Estados da Federação; •Divulgar as ações do PNSE e das doenças cujo controle e erradicação estão normatizados pelo MAPA. 30 20. lEGISLAÇÃO NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA ANEMIA INFECCIOSA EOÜINA - A.I.E. CAPiTULO I DAS DEFINiÇÕES Art. 1° Para os fins a que se destinam estas normas, serão adotadas as seguintes definições: I - Abate sanitario: abate dos eqüideos portadores de AI.E. em abatedouros com Inspeção Federal, sob prévia autorização do Serviço de Sanidade Animal da Unidade Federativa - UF de origem dos animais; 11 - Anemia Infecciosa Eqüina (A I. E.): doença infecciosa causada por um !entivírus, podendo apresentar-se clinicamente sob as seguintes formas: aguda, crônica e inaparente; 111- Animal Portador: qualquer eqüideo que, submetido ao teste laboratorial oficial para A.I.E., tenha apresentado resultado positivo; IV - Área de Alto Risco: região geográfica na qual a A.I.E. é sabidamente endêmica e onde as condições ambientais contribuem para a manutenção e a disseminação da doença; v - Área perifocal: ârea ao redor do foco a ser estabelecida pelo serviço veterinário 31 oficial; VI - Contraprova: exame laboratorial para diagnóstico da A.LE. realizado a partir da amostra original, identificada, lacrada e conservada a -20'C (vinte graus Celsius negativos), para fins de confirmação do diagnóstico; VII - Eqüideo: qualquer animal da Família Equidae, incluindo eqüinos, asininos e muares; VIII - Foco: toda propriedade onde houver um ou mais eqüídeos portadores de A.LE; IX - Isolamento: manutenção de eqüideo portador em área delimitada, de acordo com a determinação do serviço veterinário oficial, visando impedir a transmissão da doença a outros eqüídeos; x - Laboratório Credenciado: laboratório que recebe, por delegação do Departamento de Defesa Animal - DOA, competência para realização de exames para diagnóstico da A.LE; XI - Laboratório Oficiai: laboratório pertencente ao DOA; XII - Lacre numerado: lacre inviolável, comidentificação numérica; 32 XIII - Propriedade: qualquer estabelecimento de uso publico ou privado, rural ou urbano, onde exista eqüídeo dentro de seus limites, a qualquer título; XIV - Proprietario: toda pessoa fisica ou juridica que tenha, a qualquer titulo, um ou mais eqüídeos sob sua posse ou guarda; xv - Quarentena: isolamento de eqüídeo clinicamente sadio, recém-chegado â propriedade controlada, procedente de propriedade não controlada, em instalação especifica, distante no minimo 200 (duzentos) metros de qualquer outra propriedade ou protegida com tela à prova de insetos, até a constatação da negatividade do mesmo, mediante a realização de 2 (dois) exames consecutivos para A.I.E., com intervalo de 30 (trinta) a 60 (sessenta) dias; XVI - Reteste: exame laboratorial para diagnóstico da A.I.E. realizado em laboratório oficial, a partir de nova colheita de material de animal com resultado positivo; XVII - Serviço Veterinario Oficial: constitui-se no Serviço de Sanidade Animal da Delegacia Federal de Agricultura - DFA da Unidade Federativa (UF) e no Serviço de Defesa Sanitária Animal da Secretaria de Agricultura da UF. CAPíTULO 11 DOS PROCEDIMENTOS GERAIS 33 Art. 2° As ações de campo referentes à prevenção e ao controle da AI.E. são de responsabilidade do serviço veterinário oficial de cada UF, sob a coordenação do DOA Art. 3° As medidas de prevenção e controle da A.I.E. serão adotadas nas UF de acordo com as suas condições epidemiológicas peculiares. Art. 4° Em cada UF deverá ser constitui da, por ato do Delegado Federal de Agricultura, uma Comissão Estadual de Prevenção e Controle da Anemia Infecciosa Eqüina (CECAIE), que tera as seguintes atribuições: I . propor as medidas sanitárias para a prevenção e o controle da AI.E. na respectiva UF; e 11 - avaliar os trabalhos desenvolvidos na respectiva UF. Art, 5' A CECAIE sera constituida de 10 (dez) membros, sendo 5 (cinco) titulares e 5 (cinco) suplentes, com a seguinte composição: I" médico veterinano do Serviço de Sanidade Animal (SSA) da OFA, que será o coordenador; 11 - médico veterinário do órgão de defesa sanitária animal da respectiva UF; 34 111- médico veterinario indicado pelos criadores de eqüideos: IV - médico veterinário indicado pela Sociedade Estadual de Medicina Veterinária; v - médico veterinario especialista ou de reconhecida experiência em A.l.E., indicado por entidade de ensino ou pesquisa em Medicina Veterinária. CAPiTULO til DO RESPONSAvEl PELA REQUtSIÇÃO DO EXAME PARA DtAGNÓSTtCO DA A./.E. Art. 6° O médico veterinário requisitante deverá estar inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária da respectiva UF. Art. 7° Ao médico veterinário compete: I - proceder à colheita do material para exame; e 1I - requisitar a laboratório credenciado pelo DOA o exame para diagnóstico, em modelo oficial (ANEXO I). Parágrafo único. É necessária para a identificação do animal uma descrição escrita e gráfica de todas as marcas, de forma completa e acurada. 35 Art. 8' A responsabilidade legal pela veracidade e fidelidade das infonnações prestadas na requisição é do médico veterinário requisitante. CAPiTULO IV DO EXAME lABORATORIAL PARA O DIAGNÓSTICO DA A.I.E. Art. 9° Para diagnóstico da A.LE., usar-58-á a prova soro lógica de Irnunodifusão em Gel de Agar (IOGA), efetuada com antígeno registrado e aprovado pelo DOA, ou outra prova oficialmente reconhecida. Art. 10. O resultado do exame para diagnóstico laboratorial devera ser emitido no mesmo modelo de requisição. § 1° Quando positivo, o resultado do exame para diagnóstico laboratorial devera ser encaminhado, imediatamente, ao SSA da DFA da UF onde se encontra o animal reagente e, eventualmente, para outro destino por ele determinado. § 2° O resultado negativo deverá ser encaminhado ao médico veterinário requisitante ou ao proprietário do animaL Art. 11. Em caso de levantamento soro lógico para controle de propriedade, poderá ser utilizado o formulário "Requisição e resultado para exame de Anemia 36 Infecciosa Eqüina para fins de levantamento sorológico" (ANEXO 11), o qual não possui validade para trânsito. Art, 12. A validade do resultado negativo para o exame laboratorial da A.I.E. será de 180 (cento e oitenta) dias para propriedade controlada e de 60 (sessenta) dias para os demais casos, a contar da data da colheita da amostra. Art. 13. Ê facultado ao proprietário do animal requerer exame de contraprova. A contraprova deverá ser solicitada ao SSA da DFA da respectiva UF, no prazo máximo de 8 (oito) dias, contados a partir do recebimento da notificação do resultado. A contraprova será efetuada no laboratório que realizou o primeiro exame. Art. 14. O reteste será realizado em laboratório oficial, com amostra colhida pelo serviço oficial, para fins de pericia. Parágrafo único. Em caso de resultado positivo e havendo decisão do proprietário em requerer contraprova ou reteste, o animal devera permanecer isolado após o recebimento do resultado positivo no primeiro exame até a classificação final, quando serão adotadas as medidas preconizadas. Art. 15. Todo laboratório credenciado ...,,::verá encaminhar ao Serviço de Sanidade Animal da Delegacia Federal de Agricultura da respectiva UF, até o 50 dia útil do mês subseqüente, relatório mensal de atividades (ANEXO 111). 37 Art. 16. Todo estabelecimento produtor de antigeno para diagnóstico da A.I.E. encaminhará, mensalmente, mapa demonstrativo da distribuição do produto ao SSA das UFs para as quais foi comercializado o produto (ANEXO IV). CAPiTULO V DO FOCO Art. 17. Detectado foco de A.I.E., deverão ser adotadas as seguintes medidas: I - interdição da propriedade após ident~icação do eqüideo portador. lavrando termo de interdição, notificando o proprietario da proibição de trânsito dos eqüideos da propriedade e da movimentação de objetos passíveis de veiculação do virus da A.I.E.; 11 - deverá ser realizada investigação epidemiológica de todos os animais que reagiram ao teste de diagnóstico de A.1.E., incluindo histórico do trânsito; 111 - marcação permanente dos eqüideos portadores da ALE., por meio da aplicação de ferro candente na paleta do lado esquerdo com um "An, contido em um circulo de B (oito) centimetros de diâmetro, seguido da sigla da UF, confomne modelo (ANEXO V); IV - sacrificio ou isolamento dos eqüídeos portadores; 38 v - realização de exame laboratorial, para o diagnóstico da A.I.E., de todos os eqüídeos existentes na propriedade; VI - desinterdição da propriedade foco após realização de 2 (dois) exames com resultados negativos consecutivos para A.I.E., com intervalo de 30 (trinta) a 60 (sessenta) dias, nos eqüídeos existentes; VII - orientação aos proprietârios das propriedades que se encontrarem na area perifocal, pelo serviço veterinário oficial, para que submetam seus animais a exames laboratoriais para diagnóstico de A.I.E. Parágrafo único. A marcação dos eqüídeos é de responsabilidade do serviço veterinário oficial e não será obrigatória se os animais forem imediatamente sacrificados ou enviados para abate sanitârio. Caso o transporte até o estabelecimento de abate não possa ser realizado sem uma parada para descanso ou alimentação, os animais deverão ser marcados e o local de descanso aprovado previamente pelo Serviço de Sanidade Animal da respectiva UF CAPiTULO VI DO SACRIFiclO OU ISOLAMENTO 39 Art. 18. O sacrifício ou o isolamento de eqüídeos portadores da A.I.E. deverá ser determinado segundo as nonnas estabelecidas pelo DOA, após análise das medidas propostas pela CECAIE. Art. 19. Quando a medida indicada for o sacrifício do animal portador, este será realizado pelo serviço veterinário oficial, no prazo maximode 30 (trinta) dias, a contar do resultado do exame de diagnóstico, preferencialmente na propriedade onde estiver o animal. Parágrafo único. Na impossibilidade do sacrifício do animal portador ser realizado na propriedade, o abate sanitário poderá ocorrer em abatedouro com Serviço de Inspeção Federal e o transporte deverá ser em veículo apropriado, com lacre numerado aplicado na origem. Art. 20. O sacrifício do animal portador deverá ser rápido e indolor, sob a responsabilidade do serviço veterinário oficial. Art. 21. Sera lavrado termo de sacrifício sanitario (ANEXO VI), assinado pelo médico veterinário oficial, pelo proprietário do animal ou seu representante legal e, no mínimo, por uma testemunha. Art. 22. Ao proprietário do anim~, ..,acrificado não caberá indenização. 40 Art, 23. Havendo recusa, por parte do proprietario ou seu representante legal, a tomar ciência do comunicado de interdição da propriedade ou do sacrifício do animal portador, sera lavrado termo de ocorrência, na presença de 2 (duas) testemunhas, e requisitado apoio de força policial para o efetivo cumprimento da medida de defesa sanitária, ficando o infrator sujeito às sanções previstas em lei. Art. 24. Quando a medida indicada for o isolamento do animal portador, este devera ser marcado conforme o estabelecido no inciso 111,do art. 17, da presente Instrução Normativa. Parágrafo único. O isolamento somente será permitido para animais portadores localizados em area de alto risco, proposto pela CECAIE da respectiva UF. Art, 25. O eqüídeo, com marcação penmanente de portador de A.I.E., que for encontrado em outra propriedade ou em trânsito será sumariamente sacrificado na presença de 2 (duas) testemunhas, salvo quando comprovadamente destinado ao abate. A propriedade onde este animal for encontrado será considerada foco. CAPiTULO VII DA PROPRIEDADE CONTROLADA Art. 26. A propriedade será considerada controlada para A.I.E. quando não apresentar animal reagente positivo em 2 (dois) exames consecutivos de 41 diagnóstico para A.l.E., realizados com intervalo de 30 (trinta) a 60 (sessenta) dias. Art. 27. Para manutenção da situação de propriedade controlada para A.l.E., todo o seu efetivo eqüideo deverá ser submetido ao exame, no minimo, uma vez a cada 6 (seis) meses e apresentar resultado negativo. Parágrafo único. A realização de novos exames laboratoriais, em prazos inferiores a 6 (seis) meses, poderá vir a ser determinada a critério do serviço veterinario oficial da respectiva UF. Art. 28. À propriedade declarada controlada para A.l.E. pelo SSA da respectiva UF será conferido certificado, por solicitação do interessado, renovado a cada 12 (doze) meses, após exame de todo o efetivo eqüídeo existente, utilizando-se o modelo constante do Anexo VII da presente Instrução Normativa. Art. 29. O acompanhamento sanitário da propriedade controlada é de responsabilidade da assistência veterinária privada, sob fiscalização do serviço veterinário oficial da respectiva UF. Art. 30. Ao médico veterinário responsável pela assistência veterinária referida - - art. 29 compete: I . manter atualizado o controle clinico e laboratorial dos eqüideos alojados na 42 propriedade: 11 - comunicar imediatamente, ao serviço veterinário oficial qualquer suspeita de A.LE. e adotar as medidas sanitárias previstas nesta Instrução Nonnativa; 111 - zelar pelas condições higiênico-sanitárias da propriedade; IV - submeter o eqüideo procedente de propriedade não controlada á quarentena, antes de incorporá-lo ao rebanho sob controfe;e v - a propriedade controlada deverá encaminhar ao SSA da respectiva UF, até o quinto dia útil do mês subseqüente, relatório mensal de suas atividades (ANEXO VIII). Art. 31. A propriedade controlada perderá esta condição, quando houver descumprimento de quaisquer das condições estabelecidas no Capitulo VII da presente Instruç~o Normativa. CAPiTULOVItl DO CONTROLE DE TRÂNSITO Art. 32. Somente será permitido o trânsito interestadual de eqüideos quando acompanhados de documento oficial de trânsito e do resultado negativo no exame laboratorial para diagnóstico de ALE. 43 Parágrafo único. Os eqüídeos destinados ao abate ficam dispensados da prova de diagnóstico para A.I.E. e o veículo transportador deverá ser lacrado na origem, com lacre numerado e identificado no documento oficial de trânsito pelo emitente do mesmo, sendo o lacre rompido no destino final, sob responsabilidade do Serviço de Inspeção Federal. Art. 33. A participação de eqüídeos em eventos agropecuários somente será permitida com exame negativo para A.I.E. Parágrafo único. O prazo de validade do resullado negativo para ALE. deverá cobrir todo o período do evento. Art. 34. A validade do resultado negativo do exame para ALE. de eqüideo originário de propriedade controlada sofrerá redução de 180 (cento e oitenta) dias para 60 (sessenta) dias, a contar da data da colheita da amostra, quando transitarem por propriedade não controlada ou nela permanecerem. Art. 35. Fica dispensado do exame de A.I.E. o eqüídeo com idade inferior a 6 (seis) meses, desde que esteja acompanhado da mãe e esta apresente resultado laboratorial negativo. Parágrafo único. O eqüideo, com idade inferior a 6 (seis) meses, filho de animal positivo, deverá ser isolado por um periodo mínimo de 60 (sessenta) dias e, após 44 este penado, ser submetido a 2 (dois) exames para diagnóstico de A.I.E. e apresentar resultados negativos consecutivos e com intervalo de 30 (trinta) a 60 (sessenta) dias, antes de ser incorporado ao rebanho negativo. Art. 36. Para ingresso de eqüideo no Território Nacional, será indispensável, sem prejuízo de outras exigências sanitárias, a apresentação de resultado negativo ao exame de A.I.E. CAPiTULO IX DISPOSiÇÕES GERAIS Art. 37. Todo produlo biológico de origem eqüidea, para uso profilalico ou terapêutico, deverá, obrigatoriamente, ser elaborado a partir de animal procedente de propriedade controlada. Art. 38. Para fins de registro genealógico definitivo, todo eqüideo devera apresentar exame negativo para A.I.E. Art. 39. Casos omissos na presente Instrução Normativa serão dirimidos pelo Departamento de Defesa Animal. 45 21. VOCABULARIO Abate sanitário: é o sacrifício de animais suspeitos ou reagentes aos testes de diagnóstico para doenças e pragas de peculiar interesse do Estado, realizado em laboratório oficial ou credenciado, com aproveitamento condicional do produto, de acordo com a legis!ação pertinente; Anemia Infecciosa Eqüina (AlE) - doença infecciosa de distribuição geográfica cosmopolita, mediana mente contagiosa causada por um Retrovírus, sendo mais suscetíveis os eqüinos em relação aos asininos e muares que são mais resistentes. A doença pode apresentar caráter agudo, subagudo ou crônico e, neste último caso, a febre é intermitente causada por variantes mutagênicas do virus no organismo do mesmo animal. As lesões são decorrentes da destruição de hemácias e tecido mesenquimatoso. Uma vez infectados, os eqüídeos permanecem como portadores a vida toda; Animal - todo ser irracional, quadrúpede ou bípede, doméstico ou selvagem, exceto os daninhos: Animal portador de AlE ~ todo eqüídeo reagente positivo à prova de imunodifusão em gel agar (IOGA), ou outra oficialmente reconhecida; Animal sentinela ~ animal suscetível colocado na area submetida ao vazio sanitário. O período de permanência corresponde ao período médio de incubação conhecido para a doença; 46 Animais registrados - animais de peculiar interesse do Estado de valor zootécnico, registrados em entidades reconhecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Área endêmica: área cuja freqüência de ocorrência de umacerta doença está dentro de níveis previstos pelo serviço de defesa oficial, considerados usuais para aquela determinada area geográfica; Área epidêmica - região cuja freqüência de ocorrência de uma certa doença ultrapassa os níveis endêmicos previstos pelo serviço de defesa oficial considerados usuais para aquela determinada área geográfica; Área perifocal - é a area circunvizinha ao foco cujos limites são estabelecidos pelo Serviço de Oficial segundo os diferentes fatores geográficos e epidemiológicos; Área esporádica M região com ocorrência pontual da doença, geralmente restrita a poucas propriedades; Área silenciosa ou sem notificação região onde não há notificação da enfermidade em período estabelecido pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária; Área sob programa - área delimitada por ato legal, na qual se desenvolvem ações de erradicação (fase de consolidação ..JU programa) ou de controle (fase de execução do programa), possuindo serviço veterinário oficial adequadamente 47 estruturado para a aplicação de medidas sanitárias pertinentes, apoiados em dispositivos legais; Eqüídeo suscetível à anemia infecciosa eqüina - mamífero pertencente às espécies eqüina, asinina e zebrina, incluindo também os muares; Especificidade de diagnóstico - capacidade de um teste de diagnóstico classificar como negativos animais de peculiar interesse do Estado não infectados; Estabelecimento de criação - local onde são criados ou mantidos animais de peculiar interesse do Estado para qualquer finalidade, sob condições comuns de manejo; Estabelecimento de criaçao em certificação - estabelecimento de criação que está cumprindo os procedimentos de saneamento previstos nos Projetos, visando obter o certificado de sanidade de propriedade livre de pragas ou doenças de peculiar interesse do Estado; Estabelecimento de criação livre de praga ou doença - estabelecimento de criação que concluiu o saneamento para as doenças ou pragas e mantém rotina de diagnóstico prevista nos Projetos; Evento - qualquer concentração de animais, exceto as de cria, recria ou engorda; Foco - é o estabelecimento no qual foi constatado um ou mais animais afetados por doença ou praga transmissível, de peculiar interesse do Estado; 48 Fonte de infecção - animal que alberga o agente etiológico de doença ou praga de peculiar interesse do Estado em seu organismo, na presença ou ausência de sinais clínicos e elimina-o para o meio exterior, Higiene - conjunto de medidas inespecíficas aplicadas em um indivíduo ou pequeno grupo de indivíduos com vistas à promoção da saúde dos animais; Incidência - número de novos casos de animais de peculiar interesse do Estado infectados em uma detenninada população, durante um período de tempo especificado; Laboratório credenciado - laboratório que recebe da Coordenadoria de Defesa Agropecuária o credenciamento para realização de diagnóstico laboratorial de doenças ou pragas; Laboratório oficial credenciado - laboratório de instituição federal, estadual ou municipal, que tenha sido credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuâria e Abastecimento, para realizar diagnóstico laboratorial de doenças ou pragas; Laboratório de referência - laboratório pertencente à rede Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Medicina veterinária preventiva - conjunto de medidas inespecíficas e específicas de prevenção com o objetivo de restaurar, preservar ou promover a saúde de urr, .•...iivíduo ou pequeno conjunto de indivíduos (propriedade, granja, etc.); 49 Médico veterinário cadastrado - médico veterinário que atua no setor privado, cadastrado no serviço de defesa oficial estadual para executar as medidas de defesa sanitária animal previstas nos Projetos de Controle e Erradicação das Doenças ou Pragas; Médico veterinário credenciado - é o médico veterinário oficial ou que atua no setor privado que, por delegação de competência da Coordenadoria de Defesa Agropecuaria, está apto a executar as atividades previstas nos Projetos de Controle e Erradicação das doenças e pragas de peculiar interesse do Estado, tendo sido aprovado em curso de treinamento em métodos de diagnóstico e controle das doenças ou pragas, reconhecido pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária; Médico veterinário oficial - médico veterinário do serviço de defesa sanitária animal estadual; Movimentação de eqüideos - deslocamento de eqüídeos a pé em que fique caracterizado o transporte do homem pelo eqüídeo, sendo o eqüídeo o meio de transporte; Pandemia - quando a epidemia ocorre em vasta área geografica ultrapassando os limites geogrâficos habituais; Perifoco - todas as propriedades circunvizinhas a um foco, em área a ser estabelecida pelo médico veterinârio do Escritório de Defesa Agropecuaria, da 50 Coordenadoria de Defesa Agropecuária, tendo em conta distintos fatores geográficos e epidemiológicos; Portador - animal que alberga o agente etiológico de doença ou praga de peculiar interesse do Estado em seu organismo, na ausência de sintomatologia clínica; Prevalência - número total de animais de peculiar interesse do Estado infectados em um determinado momento, dividido pelo número total de animais em risco de adquirir a infecção, no mesmo momento; Quarentena - é a segregação de animais, antes de sua incorporação ao rebanho de destino, por um período correspondente ao período máximo de incubação conhecido para a doença ou praga de peculiar interesse do Estado. Se durante esse periodo o animal adoecer, sera uma fonte de infecção e será submetido a medidas de profilaxia correspondentes; Reservatório - animal de outra espécie que alberga o agente etiológico de doença ou praga de peculiar interesse do Estado e elimina para o meio exterior, Vigilância epidemiológica - novo conjunto de medidas aplicadas em substituição àquelas utilizadas para a conquista dos objetivos dos projetos de controle e erradicação de doenças e pragas. Objetiva impedir o recrudescimento e a reintrodução da doença para manter os resultados conquistados. Na eventualidade de sua ocorrência, envolve a adoção de medidas que visam a 51 identificação ou diagnóstico precoce e pronta ação profilática para que o foco se extinga no ponto de aparecimento; Vigilância sanitária - quando da impossibilidade de segregação dos animais, estes são submetidas à observação, já incorporados ao rebanho, por um lapso de tempo correspondente ao período máximo de incubação conhecido para a doença; 52 22. CONCLUSAO Por meio deste trabalho pode-se concluir que a Anemia Infecciosa Eqüina é uma doença relevante no meio veterinário, seja na clínica ou na sanidade animal. Portanto cabe a todos nós prestarmos atenção na sua ocorrência e prevalência, acatando as ordens dadas pelo Ministério da Agricultura, para reduzir ao máximo o numero de animais doentes e conseqüentemente melhorar as condições sanitárias de sobrevida dos animais. Os proprietários devem estar cientes da importància da prevenção, pois esse tipo de doença pode acarretar grandes perdas econômicas, além de afetivas. Ponanto, é fundamental que exijam dos profissionais e dos lugares que abrigam seus animais o exame regular de toda a tropa, além do controle do trânsito de animais para o local. Não se trata de um exame caro e deve ser feito regularmente. Consultar sempre um médico veterinário, que possa fornecer mais detalhes sobre doença e delinear medidas preventivas. Vale lembrar ainda que a AlE não é uma zoonose, o que significa que não é transmitida dos animais para o homem. A AlE é uma enfermidade incurável e sem vacina eficiente. Precisamos ser responsáveis, pois o Brasil ainda tem algumas áreas endêmicas de AlE, e a erradicação desta terrivel doença depende de todosnós, através do controle de cada um de nossos cavalos. 53 ANEXOS ,_REQUISIÇAO E RESULTADO DE DIAGNOSTICO DE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA I Laboratôrio Portaria de credenCiamentDJ N° do exame: Endereço Telefoner Cidade/UF Endereço eletrônico I Proprietário do Anima! Endereço completo I Telefone I Médico Veterinário Endereço completo Telefone I requisitante I I i Propriedade onde se encontra N° de eqüideos existentes I Municipio/UF :~~~~~~T~~1~ostra e resenha- deste animal são de minha responsabilidade. "'de:------- de Município e data da colheira Assinatura e Carimbo do Médico Veterinário Requisitante JC. Joquel Clube SH: Sociedade Hipica H: Haras F: Fazenda UM: Unidade Militar LABORATORIO: Antígeno - Marca ou Nome N° da Partida Data do Resultado do Exame Resultado roata de validade Assinatura e Carimbo do Responsável TécnicoI 54 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DEPARTAMENTO DE DEFESA ANIMAL REQUISiÇÃO E RESULTADO DE DIAGNÓSTICO DE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (PARA FINS DE LEVANTAMENTO SOROLÓGICO) N°: LABORATORIO: TELEFONE ENDEREÇO i VETERINARIO I TELEFONE: ICRMVI REQUISITANTE I ENDEREÇO: I PROPRIETARIO DO(S) I TELEFONE: I FAX: ANIMAL:(IS) ENDERE O LABORATORIO FABRICANTE ~~~~6~~,uTILlZADO _ VALIDADE: VETERINÁRIO REQUISITANTE: local e data Carimbo o (lssinatura RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO LABORATÓRIO: l' Via-Proprietario (anexar ao GTA) 2' Via-SSA/DFA 3' Via-Laboratório MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO DELEGACIA FEDERAL DE AGRICULTURA NO ESTADO DE SERViÇO DE SANIDADE ANIMAL --- CERTIFICADO N°__ '__ Certifico que a(o)===--:;::;-:::-c==-=-====::-;=====::-:===-_ está reconhecida(o) nesta data como ·Propriedade Controlada" para Anemia Infecciosa Eqüina, de acordo com as exigências pré-estabelecidas na legislação específica vigente. VÁLIDO ATE__ '__ '__ ----~I~OC~a71-------,-----de------~da~m-------de----- Chefe do SSA' DFA 'UF 55 56 RELATÓRIO MENSAL DE PROPRIEDADE CONTROLADA PARA ANEMIA INFECCIOSA EQÜINA MÊS/ANO: 1PROPRIE"'D'"'"A=D=E:------ 2. POPULAçÃO EOÜIDEA 3. MOVIMENTAÇÃO DE EO""Ü"'ID:-:E'"'O'"'SO-:-------------- MOVIMENTA AO DE EOUIDEOS Nome ou número do animal Data da saída Destino Data do retomo 4. INCORPORAÇÃO DE EQÜÍDEOS Nome ou número do animal Data da entrada Origem laboratório Número e Data do exame INCORPORA AO DE EQUIDEOS 5.PRÁTlCAS SANITÁRIAS EXECUTADAS: 6. PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS SANITÁRIAS: 7. ÓBITOS E SUAS CAUSAS: Local e Data Assinatura Responsável Técnico Enviar mensalmente ao SSA da DFA 57 TERMO DE SACRIFíCIO SANITÁRIO dias do mês de de horas, na propriedade , localizada _ Aos ás Endereço completo foi (foram) sacrificado(s) o(s) eqüideos abaixo especificado(s), em atendimento á Instrução Normativa SOA nO , de _ de , confonne exame(s) anexo(s). Nome ou número do animal I Número do exame Dala Laboratório I Total Médico Veterinário responsável Nome/Carimbo Assinatura Proprietário do animal ou representante legal Nome/RG Assinatura Testemunha Nome/RG Assinatura Testemunha Nome/RG Assinatura 58 REFERENCIAS BIBLlOGRAFICAS M illen, Eduardo - Guia do Técnico Agropecuário "Veterinária e Zootecnia" Instituto Campineiro de Ensino Agricola, 1984 • Edwarads, Elwyn Hartley - Horse A Dorling-Kindersley Book - 1993 • Santos, Ricardo de Figueiredo - EqüideocuJtura BITTENCOURT A J. Aspectos clínico-epidemioló-gicos de Stomoxys calcitrans (Linnaeus, 1758) em bovinos e eqüinos em Espírito Santo do Pinhal - SP. Rio de Janeiro, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 120 p. (Tese de Doutorado), 1998. J. M. Varela Editores, 19811 • BARROS, AT.M., FOI L, L.D. Influência da distância na transferência de tabanideos (Diptera: Tabanidae) entre eqüinos. SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS NATURAIS E SÓCIO-ECONÔMICOS DO PANTANAL, 3., 2000, Corumbá. Resumos. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2000. p.155-156. • '".-'N.•" aaocJtie5.col1l/êsablo/ecuinos • Iltip:l/wwv.r.or.aov br/seat,j • t-litO:IJwwwaancu!tura.Clov,br/ • hitD://www.cepav.com.tfl • http://w.Nv.Í.sa.ijt.aov.i.:.r/ UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Curso de Medicina Veterinária TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C.) Maíra Grohmann Junqueira MV390 CONSULTA Curitiba Novembro/2004 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Curso de Medicina Veterinária TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C.) Curitiba Novembro/2004 Reitor Prof" Luiz Guilherme Rangel Santos Pró-Reitor Administrativo Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos Pró-Reitora Acadêmica Prol' Carmen Luiza da Silva Pró-Reitor de Planejamento Se. Afonso Celso Rangel dos Santos Pró-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Prol" Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini Secretário Geral PraF João Henrique Ribas de Lima Diretor da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde PraF João Henrique Faryniuk Coordenador do Curso de Medicina Veterinária Prof" ítalo Minardi Coordenador de Estágio Curricular do Curso de Medicina Veterinária Prof" Sérgio José Meireles Bronze Metodologia Científica Prata Lucimeris Ruara Schuta CAMPUS TORRES Av. Comendador Franco, 1860 - Jardim Botânico CEP 80.215-090 - Curitiba - PR Fone: (41) 331-7600 APRESENTAÇÃO Este Trabalho de Conclusão de Curso (TC.C.) apresentado ao Curso de Medicina Veterinâria da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do titulo de Médico Veterinário é composto de um Relatório de Estágio, no qual são descritas as atividades realizadas durante o periodo de 09/08 a 05/11/2004, período este em que estive na Empresa Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, localizada a Rua dos Funcionários, 1559/1560; no município de Curitiba-Pr cumprindo estagio curricular e também de urna Monografia que versa sobre o tema' ~Anemia Infecciosa Eqüina" iii À minha mãe LAIS JUNQUEIRA, ao meu pai ALVARO SERGIO RIBAS JUNQUEIRA e ao meu padrasto OMAR! VfLLACA MONGRUEL, que estiveram sempre presente ao meu Jado, me orientando e incentivando, aos professores que me deram apoio e aos amigos que nunca me deixaram desistir. DEDICO iv AGRADECIMENTOS A Prof. Maria do Carmo Pessôa Silva, chefe da Seção de Epidemiologia da SEAB-PR. Ao Prol. Valmir de Souza, delegado da Delegacia Federal da Agricullura no Paraná A Rodrigo de Lima Fonseca, estagiário de adminislração da Seção de Epidemiologia da SEAB-PR Pouco conhecimento faz com que as críaturas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos se erguem desdenhosamente para o céu, enquanto que as cheias abaixam para a terra, sua mãe. Leonardo Da Vinci vi Maíra Grohmann Junqueira RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR Relatório de ESlâgio Curricular apresentado ao Curso de Medicina Velerinãria da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do titulo de Médico Veterináno. Professor Orientador: Dr. Sérgio José Meireles Bronze Orientador Profissional: Dr. Maria do Canno Pessôa Silva Curitiba Novembro/2004 SUMÁRIO LISTA DE TABELAS .. LISTA DE FIGURAS .. RESUMO ... 1 INTRODUÇÃO .. 2 DESCRiÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO.................... ..... 7 ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO .. 8. Estudo Soroepidemiológico .. 8.1 Histórico .. 8.2 Objetivos Gerais . 8.3 Objetivos Específicos . 8.4 Metodologia . 8.4.1 Hipótese de Trabalho .. 8.4.2 Região sob estudo . 8.4.3 Resultado Final . 8.4.4 Conclusão. 9. Manual de Orientação da Inspeção deFrigorificos sob Programa .. 9.1 Resumo das Informações .. 9.2 Mapa Diário de Ocorrência por Produtor .. 10 CONCLUSÃO .. ANEXOS . iii IV 2 15 16 16 17 17 18 18 19 20 23 24 27 28 31 32 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - DIVISÃO POR ESTRATOS DA REGIÃO ESTUDADA NO ESTADO DO PARANA.. 16 TABELA 2- PREVALENCIA DA BRUCELOSE EM PROPRIEDADES E ANIMAIS POR REGIONAIS, 1986... 17 TABELA 3 - NUMERO DE REBANHOS EXISTENTES E EFETIVO BOVINO, 2001... 18 TABELA 4- PREVALENCIA DE PROPRIEDADES COM BRUCELOSE NOS ESTRATOS REGIONAIS.. 20 TABELA 5 - PREVALENCIA DE ANIMAIS POSITIVOS PARA BRUCELOSE NOS ESTRATOS REGIONAIS... 20 TABELA 6 - MAPA DIARIO DE OCORRENCIAS POR PRODUTOR.. 28 iii LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - NÚCLEOS REGIONAIS .. FIGURA 2 - REGIAO SOB ESTUDO ... 5 19 FIGURA 3 - PREVALENCIA POR PROPRIEDADES COM BRUCELOSE , POR ESTRATO... 21 FIGURA 4 - PREVALENCIA POR ANIMAIS COM BRUCELOSE, POR ESTRATO. 22 FIGURA 5 - PREVALENCIA DE PROPRIEDADES E DE ANIMAIS, POR ESTRATO.. 49 IV RESUMO Este trabalho teve como objetivo demonstrar a importância do trabalho desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento que pude acompanhar durante o estagio obrigatório que realizei na instituição citada. O estagio se deu na ârea de defesa sanitária animal, na seção de epidemiologia. Palavras-chave: brucelose, tuberculose, inspeção, zoonoses 2. Secretaria da Agricultura e do Abastecimento - SEAB A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - SEAB, localizada a Rua (jt)s Funcionários 1559/1560; é um órgão da administração direta do Estadõ ôô Paraná responsável pela execução das políticas públicas voltadas ao ~Qtor aaropecuário, pesqueiro e de abastecimento. Desenvolve pesquisas e avaliações da produção e do mercado agropecuário e atua na fiscalização da produção agrícola e vegetal, garantindo a qualidade sanitaria dos produtos e a sustentabilidade ~lT1bjental do processo de produ~ü. Coordena e executa programas de melhoria da qualidade de vida das populaçõQc rurais e do manejo adequado dos recursos naturais. Conta, em sua estrutura, com 20 núcleos regionais e 120 unidades veterinárias. Alem disso, tem cinco empresas vinculadas - EMATER, IAPAR, CODAPAR, CLASPAR e CEASA - e, por meio destas, presta assistência técnica e extens~ü fUfa!; desenvolve pesquisas agropecuárias voltadas à melhoria da produtivid::.dc; atua no fomento da produção agropecuária; na classificação de produtos e executa as políticas de abastecimento. 2.1 Áreas de Atuação Fiscalização e Defesa Sanitária Desenvolvimento AgropeUJário Desenvolvimento Rural e política ,A,gricola CONESA ( Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária) Agricultura familiar Economia Rural o maior departamento da SEAB é o DEFIS. 3. O DEFIS 3.1 Finalidade Estabelecer normas, padrões e procedimentos, que determinam a adoção das medidas de prevenção e preservação e contribuem para a sanidade da produção agropecuária paranaense, promovendo o aumento da competitividade junto ao mercado globaJizado. Departamento de fiscalização e defesa agropecuária - DEFIS, atua: na área de Fiscalização e Defesa Agropecuária coordena, executa e normatiza as políticas de defesa sanitária animal, vegetal e dos recursos naturais; na fiscalização do uso dos insumos agropecuários, visando a defesa do estado sanitário dos animais e vegetais e a proteção dos recursos naturais; na fiscalização da produção, transporte e comércio de insumos e produtos agropecuários, desde a origem até os pontos de escoamento do territôrio estadual; na identificação de animais, bem como o rastreamento, a avaliação de conformidade e as certificações sanitária e de origem dos animais, vegetais e seus produtos; na fiscalização da inspeção nos matadouros e demais estabelecimentos de processamento de produtos de origem animal e de origem vegetal; no planejamento, na execução, no controle e na divulgação de medidas educativas, visando a defesa dos recursos naturais e sanitária dos animais e vegetais; na realização dos registros e controle dos documentos gerados pela fiscalização e defesa agropecuária; na execução de medidas de prevenção, controle e erradicação de pragas e doenças que acometem os animais e vegetais; na realização de exames laboratoriais nas áreas animal, vegetal e alimentar; e na execução de ações conjuntas com órgãos e entidades do setor público e do setor privado, em parceria ou por delegação oficial, visando à sanidade animal e vegetal, e o uso correto dos recursos naturais. 3.2 Como está organizado Chefia do Departamento Assessoria de Educação Sanitária Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti - CDME Divisão de Defesa Sanitaria Animal - DDSA Divisão de Defesa Sanitaria Vegetal - DDSV Divisão de Produção de Sementes e Mudas - OPSM Divisão de Registro e Controle de Documentos - DIRED Serviço de Inspeção do ParanélProdutos de Origem Animal - SIP/POA Equipe Técnica de Campo nos 20 Núcleos Regionais da SEAB 3.3 Quem se beneficia com este trabalho o produtor - usando insumos de qualidade, evitando e controlando a ocorrência de problemas de sanidade em seus rebanhos, assim como em sua produção agrícola. Seu custo de produção diminui e seus produtos tornam-se mais competitivos. A indústria - adquirindo e processando matéria-prima de boa qualidade, principalmente no aspecto da sanidade. O comerciante - revendendo produtos, principalmente alimentos, com qualidade. Seu cliente fica satisfeito. O consumidor - recebendo alimentos mais saudáveis, com maior qualidade e menor preço. 4. Divisão de Defesa Sanitária Anir.;QI - DOSA 4.1 Finalidade Desenvolver conjunto de atividades que disponibilizam a informação necessária para o conhecimento, identificação ou prevenção de qualquer fator que interfira na saúde animal, com o objetivo de orientar as medidas específicas à prevenção, ao controle e à erradicação de enfermidades e garantir o padrão de qualidade da sanidade dos rebanhos do Paraná 4.2 Programas desenvolvidos Programa de Profilaxia e Controle da Raiva dos Herbívoros Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal Programa de Erradicação da Febre Aftosa Programa de Sanidade Avícola Programa de Sanidade dos Suídeos Programa de Fiscalização do Comércio de Produtos Veterinários Programa de Sanidade do Bicho-da-Seda e dos Peixes Programa de Sanidade dos Eqüídeos Programa de Sanidade dos Ovinos e Caprinos 4.3 Serviços oferecidos Cadastramento de propriedades rurais Atendimento à notificação de ocorrência de enfermidades nos rebanhos Orientação ao produtor rural sobre medidas profiláticas e de controle da sanidade na pecuária Emissão de Guia de Trânsito Animal Controle do Trânsito de Animais e Produtos de Origem Animal Controle de eventos agropecuários (exposições, feiras e leilões de animais) Certificaçâo da sanidade para granjas de reprodução de suínos e aves Controle do comércio de produtos veterinários. 4.4 Núcleos regionais ----------------------~,------- Londrina U!nuJ(.1ma Ci'l!1I1:: l.'our:ac I :WO~.::::: nl~!l·":) unwoóa Vilon3 Núcleo Regional de Apucarana Jurisdição: Apucarana, Califórnia, Marilândia do Sul, Mauá da Serra, Novo Ilacolomi, Rio Bom, Arapongas, Sabáudia, Bom Sucesso, Cambira, Jandaia do Sul, Kaloré e Marumbi. Núcleo Regional de Campo Mourão Jurisdição: Altamira do Parana, Campina da Lagoa, Nova Cantu, Ubiratã, Araruna, Campo Mourão, Corumbataí do Sul, Farol, Luziana, Barbosa Ferraz, Engenheiro Seltrão, Fênix, Peabiru, Quinta do Sol, Terra Boa, Goioerê, Janiópolis, Moreira Sales, Rancho Alegre do Oeste, Irelama, Roncador, Boa Esperança, Juranda e Mamborê, Quarto Centenario.
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