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RELATO DE CASO - BRUCELOSE BOVINA

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO 
RIO GRANDE DO SUL 
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS 
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM CLÍNICA DE BOVINOS DE LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÓS GRADUAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Julio Cesar Fries 
 
 
 
 
 
 
Ijuí, RS, Brasil 
2018 
 
 
 
 
 
MONOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Julio Cesar Fries 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação em Clínica de Bovinos de 
Leite, Área de Bovinocultura de Leite, da Universidade Regional do Noroeste 
do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para 
obtenção do grau de 
Especialista em Clínica de Bovinos de Leite. 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: Profª. Med. Vet. Dra. Luciana Mori Viero 
 
 
 
 
 
 
Ijuí, RS, Brasil 
2018 
 
 
 
 
Universidade Regional do Noroeste do Estado do 
Rio Grande do Sul 
Departamento de Estudos Agrários 
Curso de Pós Graduação em Clínica de Bovinos de Leite 
 
 
 
 
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a 
Monografia 
 
 
 
Foco de Brucelose Bovina em Propriedade do Município de Augusto 
Pestana-RS 
 
elaborado por 
Julio Cesar Fries 
 
 
como requisito parcial para obtenção do grau de 
Especialista em Clínica de Bovinos de Leite 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA: 
 
______________________________________ 
Luciana Mori Viero, Dra. (UNIJUÍ) 
(Orientadora) 
 
______________________________________ 
Maria Andréia Inkelman,Dra. (UNIJUÍ) 
(Banca) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ijuí, 05 de maio de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não se mede sacrifício. Pra 
aquilo que a gente gosta! 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Agradeço а Deus pois sem ele еu não teria forças para essa longa jornada, agradeço а meus 
professores е аоs meus colegas que me ajudaram na conclusão da monografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Monografia 
Curso de Pós Graduação em Bovinos de Leite 
Departamento de Estudos Agrários 
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul 
 
Foco de Brucelose Bovina em Propriedade do Município de Augusto Pestana-
RS 
 
JULIO CESAR FRIES 
 
LUCIANA MORI VIERO 
 
Data e Local da Defesa: Ijuí, 05 de maio de 2018. 
 
A monografia foi realizada na área de Bovinos de Leite, com ênfase em área específica 
de Clínica de Bovinos de Leite. A realização ocorreu no formato de relato de caso sob a 
orientação da professora Doutora Médica Veterinária Luciane Mori Viero. A monografia teve 
como objetivo relatar um foco de Brucelose Bovina ocorrido em uma propriedade rural do 
município de Augusto Pestana situado no estado do Rio Grande do Sul. Juntamente com o relato 
de caso foram feitas pesquisas em fontes científicas de confiança, que tratassem do tema em 
questão, sendo as informações coletas referentes a patologia foram sistematizadas e 
apresentadas em forma de revisão de literatura. 
 
Palavras-chave: brucelose, bovino, zoonose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 Resposta imune induzida pela vacinação da vacina B-19 e 
posterior reforço com a RB-51 
............................................................................................... 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 9 
2 DESENVOLVIMENTO........................................................................ 10 
3 CONCLUSÃO......................................................................................... 15 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................. 16 
 
 
 
 
9 
 
 
 
1INTRODUÇÃO 
 
A brucelose, causada pela Brucella abortus, está disseminada por todo território 
nacional, atingindo tanto gado de corte quanto gado de leite, no entanto a sua prevalência e 
distribuição regional não estão bem esclarecidos (LAGE et al, 2006). 
Em estudo realizado por Marvulo (2009), em que se objetivou avaliar a prevalência dos 
focos de brucelose no estado do Rio Grande do Sul, foram amostrados 16.072 animais 
provenientes de 1.957 propriedades, verificou - se uma prevalência dos focos de brucelose de 
2,1%, no entanto, se observou uma variação grande entre as regiões, sendo que as regiões Sul, 
Fronteira Oeste, Missões, Central, e Litoral Norte apresentaram uma prevalência de focos 
variando entre 3,1% a 7,7%, já nas regiões Norte, Serra, e Metropolitana a prevalência variou 
entre 0% a 0,66%. 
 O presente trabalho tem por objetivo relatar um foco de Brucelose Bovina ocorrido no 
município de Augusto Pestana situado no estado do Rio Grande do Sul, dando ênfase em relação 
à epidemiologia, sinais clínicos, métodos de diagnóstico e também prevenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
As espécies da Brucella e seus principais animais pecuários hospedeiros são a B. 
Abortus (bovinos), B. melitensis (cabras) B. suis (suínos) e B. ovis (ovinos). A Brucella abortus 
é o microrganismo mais frequente, sendo que pelo menos nove biótipos foram identificados, 
incluindo um número de cepas variantes (RADOSTIS et al, 2010). Ainda segundo Lage (2006), 
a Brucella neonatae é responsável por afetar o rato do deserto, e duas novas espécies foram 
isoladas de mamíferos marinhos e estão sendo estudadas. 
As bactérias do gênero Brucella são parasitas intracelulares facultativos com morfologia 
de cocobacilos Gram-negativos, imóveis, podem apresentar - se com morfologia colonial lisa 
ou rugosa, sendo que em algumas espécies essa característica está relacionada com a sua 
virulência, dessa forma a B. abortus, B. mellitensis, B. suis, apresentam morfologia de colônia 
do tipo lisa, quando esta passa para uma morfologia de colônia do tipo rugosa ou mucoide perde 
sua patogenicidade. Já as espécies B. ovis e B. canis apresentam uma morfologia 
permanentemente rugosa ou mucoide (LAGE et al, 2006). 
No que diz respeito a resistência, a Brucella é capaz de sobreviver ao congelamento e 
ao descongelamento, em condições propicias, sobrevive por até 4 meses em leite, urina, água e 
solo; a maioria dos desinfetantes ativos contra outras bactérias Gram-negativas destroem a 
Brucella, da mesma forma a pasteurização é eficaz em destruir a Brucella no leite (HIRSH et 
al. 2009) 
 A disseminação da Brucella ocorre por contato direto ou indireto com animais 
infectados, a principal forma de exposição da Brucella abortus em bovinos são fetos abortados 
e líquidos uterinos após o parto, sendo a ingestão a forma mais frequente de penetração do 
agente no organismo, embora ocorra exposição por meio das mucosas genital e conjuntival, da 
pele e das vias respiratórias; nos bovinos as infecções genitais geralmente desaparecem dentro 
de um período de 30 dias, e as vacas não são consideradas contagiosas para outros bovinos após 
esse período (HIRSH et al. 2009). 
Em uma pequena propriedade que possuía um total de 33 animais, localizada no 
município de Augusto Pestana no estado do Rio Grande do Sul, no ano de 2017 observou – se 
a ocorrência de um foco de brucelose bovina, o qual foi diagnosticado ao se iniciar o processo 
de certificação de propriedade livre de Brucelose e Tuberculose no mês de fevereiro do mesmo 
ano. Ao se realizar o primeiro teste sorológico padrão de triagem Antigeno Acidificado 
Tamponado (AAT), em todos os animais aptos, sendo estes 28 animais, observou-se a 
11 
 
 
 
incidência de 11 animais positivos, com idades variando de 26 a 77 meses, posteriormente 
amostras de soro sanguíneo destes animais foram encaminhadas ao Instituto de Pesquisas 
Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), ligado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa 
Agropecuáriada Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (DDPA/Seapi), localizado no 
município de Eldorado do Sul, onde se realizou o teste confirmatório 2-Mercaptoetanol (2-ME), 
sendo confirmado o diagnóstico positivo das 11 amostras enviadas. Posteriormente, os animais 
foram marcados com ferro candente um P no lado direito da cara, e imediatamente isolados da 
produção e do restante do rebanho, dentro de um período de 30 dias os animais foram 
encaminhados para abate sanitário em frigorífico vinculado ao CISPOA. 
No mês de abril por opção do Médico Veterinário responsável, não foi realizado um 
novo teste de triagem, Antígeno Acidificado Tamponado(AAT), optou-se por enviar 
diretamente ao laboratório do IPVDF amostras de soro sanguíneo de todos os animais que no 
primeiro teste de triagem apresentaram resultado negativo, totalizando um total de 17 amostras 
enviadas, ao se realizar o teste sorológico 2-Mercaptoetanol (2-ME), uma amostra apresentou 
resultado positivo, o animal foi marcados com ferro candente no lado direito da cara, e 
imediatamente isolados da produção e do restante do rebanho, dentro de um período de 30 dias 
o animal foi encaminhado para abate sanitário em frigorífico vinculado ao CISPOA. 
No mês de agosto foi realizado um terceiro teste sorológico, seguindo a mesma conduta 
anterior, não foi realizado um novo teste de triagem, Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), 
optou-se por enviar diretamente ao laboratório IPVDF, amostras de soro sanguíneo dos animais 
que no teste anterior haviam apresentado resultado negativo, ao se realizar o teste sorológico 2-
Mercaptoetanol (2-ME), 05 amostras apresentaram resultado positivo, dessa forma a 
propriedade apresentou uma prevalência de 50% de animais infectados (17 animais), sendo 
assim todos os bovinos da propriedade foram encaminhados para abate sanitário em frigorífico 
vinculado ao CISPOA, e estabelecido vazio sanitário na propriedade por um período de 3 
meses. 
A doença acabou por ter um grande impacto para a propriedade em questão, sendo que 
o proprietário acabou por abandonar a bovinocultura de leite, vindo a se dedicar a outras 
atividades ligadas a agricultura. 
Os testes sorológicos de diagnóstico deverão ser realizados em animais identificados 
individualmente, sendo estes fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses, se vacinadas com 
a B19, quando vacinadas com a vacina RB51 ou não vacinadas, deverão ser testadas com idade 
12 
 
 
 
igual ou superior a oito meses, machos com idade superior a oito meses destinados a reprodução 
deveram ser testados também (MAPA, 2017). 
A detecção de anticorpos é geralmente utilizada no diagnóstico de brucelose e em 
programas de controle da doença, sendo que as amostras avaliadas incluem sangue, leite e 
ocasionalmente sêmen. Vários testes imunodiagnósticos foram desenvolvidos para bovinos, 
esses testes detectam vários tipos e classes de anticorpos, com sensibilidade e especificidade 
variada. Amostras individuais de sangue podem ser testadas por aglutinação em tubo, 
aglutinação em placa, placas rosa-bengala ou provas de cartão, outros testes incluem a prova de 
aglutinação em rivanol, fixação do complemento e ELISA (HIRSH et al. 2009). 
Quando utilizado como teste de rotina o Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), a 
amostra deverá ser colhida por médico veterinário habilitado ou oficial, e ao se observar a 
presença de qualquer aglutinação classifica o animal como reagente ao teste. Estes animais 
deverão em até trinta dias, ser submetidos a teste confirmatório ou, a critério do médico 
veterinário responsável pela coleta e do proprietário dos animais, serem destinados ao abate 
sanitário ou à eutanásia, animais não reagentes são considerados negativos. O médico 
veterinário habilitado deverá notificar os resultados positivos e inconclusivos em até um dia útil 
à unidade local do serviço veterinário estadual do município onde se encontra a propriedade 
atendida (MAPA, 2017) 
Para teste confirmatório padrão é utilizado o 2-Mercaptoetanol (2-ME) sendo está uma 
prova quantitativa seletiva que detecta somente a presença de IgG no soro, que é a 
imunoglobulina indicativa de infecção crônica (HIRSH et al. 2009). 
A vacinação com a vacina viva da Brucella abortus cepa 19 é um auxilio valioso no 
controle da brucelose, sendo que esta protege os animais não infectados que vivem em um 
ambiente contaminado, permitindo que os animais infectados sejam descartados, a vacinação 
pode não erradicar a brucelose, mas pode ser usada para traçar o esquema visando a erradicação, 
a qual requer que os animais infectados sejam identificados e eliminados do rebanho como uma 
fonte de infecção (RADOSTIS et al, 2010) 
No que diz respeito a suscetibilidade dos animais a infecção, animais jovens tendem a 
ser mais resistentes a infecção, e frequentemente eliminam infecções, embora elas ocorram na 
forma latente, animais adultos são muito mais suscetíveis a infecção, independente do sexo, 
sendo que a maioria dos animais infectados na vida adulta permanecem infectados pelo resto 
da vida (HIRSH et al. 2009). 
13 
 
 
 
A vacinação contra a Brucella mostrou-se de fundamental importância até mesmo para 
a erradicação da doença em diversas regiões da América do Norte (SMITH et al, 2006) 
A vacina B19 é uma amostra de Brucella abortus lisa, que foi isolada de uma vaca Jersey 
em 1923, depois de acidentalmente por mais de um ano à temperatura ambiente, a amostra 
perdeu a virulência e desde a década de 1930 tem sido utilizada como vacina (LAGE et al, 
2006). 
Em estudo realizado por Silva (2012), concluiu-se que a vacina viva e atenuada B19, 
tem demonstrado ser uma vacina segura e estável além de estimular uma imunidade celular 
duradoura contra Brucella abortus. 
Os animais vacinados possuem um alto grau de proteção contra abortamento, e 65 a 75 
% são resistentes a maioria dos tipos de exposição, os 25 a 35 % dos animais restantes podem 
tornar-se infectados, mas não abortam (RADOSTIS et al, 2010) 
Em estudo realizado por Ribeiro et al. (1997), concluiu que bezerras vacinadas no 
período de 3 a 8 meses de idade com a B19, apresentam resposta acentuada em todos os testes 
sorológicos executados, com declínio contínuo dos títulos, embora tenha encontrado oscilações 
em alguns animais na Soroaglutinação Lenta em Tubos, e Soroaglutinação Rápida em Placas, 
também demonstrou que animais vacinados com a B19 já apresentam resultados negativos em 
testes como o 2 Mecarpoetanol a partir dos 18 meses, no entanto não é recomendado pelo 
Ministério da Agricultura a realização de testes sorológicos em animais com menos de 24 
meses. 
A vacina deve ser administrada na dose de 2 mL por animal, pela via subcutânea, os 
frascos mantidos sob o abrigo de luz do sol e calor e conservando-os sob refrigeração à 
temperatura de 2 a 8º C (BRUCELINA B19, 1972). 
No que se refere a vacina RB51, trata-se de uma vacina não indutora de anticorpos 
aglutinantes, elaborada com uma amostra de Brucella abortus rugosa atenuada, originada da 
amostra lisa virulenta 2308 que sofreu passagens sucessivas em meio contendo concentrações 
subinibitórias de rifampicina. RB51 possui características de proteção semelhantes às da B19 
(LAGE et al, 2006). 
A principal vantagem da cepa RB51 em relação a B19, é o fato de não induzir a 
resultados positivos no teste de aglutinação em tubo padrão (RADOSTIS et al, 2010). 
Em estudo realizado por Dorneles (2015), com o objetivo de avaliar a resposta imune 
induzida pela vacinação da vacina B-19 e posterior reforço com a RB-51 observou-se o seguinte 
quadro (tabela 1). 
14 
 
 
 
(Tabela 1- resposta imune induzida pela vacinação da vacina B-19 e posterior 
reforço com a RB-51) 
 Dorneles (2015). 
 
Em estudo conduzido por Poester (2006), para avaliar a eficiência da vacina RB51,concluiu-se que a vacina induziu a uma boa imunidade protetora, não induziu a abortos quando 
administrada em vacas em início de gestação, e não interferiu nos testes sorológicos 
convencionais. 
Em estudo realizado por Alves (2011), a vacina RB51 mostrou-se uma ferramenta eficaz 
para promover o controle imunológico dos rebanhos, com segurança semelhante à vacina B19, 
sem o interferir no diagnóstico sorológico de rotina e podendo ser usada em animais adultos, 
aumentando seus níveis de proteção. Entretanto tem a desvantagem, de em infecção acidental 
de humanos, ser de tratamento mais difícil em razão de sua resistência a rifampicina e penicilina 
e seu diagnóstico dificultado por não ser detectado em testes imunoaglutinantes como o AAT. 
Resposta imune induzida em animais primo 
vacinados com RB51 e B19 
Resposta imune induzida em 
animais primo vacinados com B19 e 
RB51, e posterior reforço da vacina 
RB51 
 B19 
 
 RB51 B19 
 
 RB51 
Proliferação de 
células T CD4 + e 
células T CD8 +; 
produção de IFN-γ e 
IL-17ª por células T 
CD4 + ; indução de 
células T citotóxicas 
CD8 + ; secreção de 
IL-6; indução de 
células de memória T 
CD4 + e CD8 + ; 
indução de 
imunoglobulinas da 
classe IgG1; e 
expressão dos 
fenótipos de ativação 
nas célula T. 
Persistência de IFN-γ 
e células T CD4 + de 
memória, a indução de 
células CD21 + de 
memória e maior 
secreção de IL-6. 
Proliferação de células 
T CD4 + e células T 
CD8 +; produção de 
IFN-γ e IL-17ª por 
células T CD4 + ; 
indução de células T 
citotóxicas CD8 + ; 
secreção de IL-6; 
indução de células de 
memória T CD4 + e 
CD8 + ; indução de 
imunoglobulinas da 
classe IgG1; e 
expressão dos fenótipos 
de ativação nas células 
T. 
Aumento da 
expressão de 
IFN-γ, 
proliferação de 
células T CD4 + 
e células T CD8 
+ antígeno 
específicas, 
células T CD8 + 
citotóxicas e 
diminuição de 
IL-6, CD4-
dominante. 
 
Aumento da 
expressão de 
IFN-γ, 
proliferação de 
células T CD4 + e 
células T CD8 + 
antígeno 
específicas, 
células T CD8 + 
citotóxicas e 
diminuição de 
IL-6, CD8-
dominante. 
15 
 
 
 
 
5 CONCLUSÃO 
Concluo que através da realização desta monografia pude ressaltar o impacto da 
Brucelose bovina na bovinocultura de leite, e de forma geral a realização da pós-graduação foi 
de fundamental importância para minha formação profissional, pois através dela pude 
expandir meus conhecimentos, e assim aperfeiçoar minhas atividades como Médico 
Veterinário. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALVES A. S. Brucelina amostra RB51, ferramenta de controle para brucelose Bovina. 
Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em 
Gestão de Defesa Agropecuária do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade 
Federal do Paraná. Curitiba. 2011. 
BRUCELINA B19. Bula do medicamento Brucelina B19®.Vallée. Montes Claros . MG. 
Licenciado no Ministério da Agricultura sob nº 247 em 09de Setembro de 1972. Arquivo 
disponível em 
<http://www.vallee.com.br/adm/resources/uploads/b4efebbe6544d8477af19c38e5f8c33959c7
bbb97fe20fe204894d6b9f6f2059.pdf> Acessado em : 08 de dezembro de 2017. 
DORNELES E. M. S. Immune Response Of Calves Vaccinated With Brucellaabortus 
S19 OR RB51 And Revaccinated With RB51.Tese apresentada à Escola de Veterinária da 
Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para a obtenção do grau de 
Doutor em Ciência Animal. Belo Horizonte UFMG – Escola de Veterinária 2015. .Arquivo 
disponível emhttp://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0136696.08 de 
dezembro de 2017. 
HIRSH D. C.; YUAN C. Z.;Microbiologia Veterinária. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 
2009. Cap 37. Pag 186 -189. 
LAGE, A.P. et al. Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da 
Tuberculose Animal (PNCEBT). Manual Técnico. Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento, Brasília, 2006. 
MAPA. Instrução Normativa No 10, DE 3 de Março de 2017. Publicada no DOU Nº 116. 
Seção 1, págs. 4-8. de 20 de junho de 2017.Arquivo disponível 
em<https://lex.com.br/legis_27447344_INSTRUCAO_NORMATIVA_N_10_DE_3_DE_M
ARCO_DE_2017.aspx>08 de dezembro de 2017. 
MARVULO M. F. V. et. al. Situação Epidemiológica da Brucelose no Estado do Rio 
Grande do Sul. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. V. 61, p. 93-102. 2009. 
POESTER F. P. Eficácia da vacina RB51 em novilhas. Tese apresentada a Universidade 
Federal de Minas Gerais, Escola de Veterinária, como requesito parcial para a obtenção de 
Doutor em Ciências Anima. Belo Horizonte . Escola de Veterinária. 2006. Arquivo disponível 
em http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/BUOS-8FUN4P. Acessado em : 
08 de dezembro de 2017. 
http://www.vallee.com.br/adm/resources/uploads/b4efebbe6544d8477af19c38e5f8c33959c7bbb97fe20fe204894d6b9f6f2059.pdf
http://www.vallee.com.br/adm/resources/uploads/b4efebbe6544d8477af19c38e5f8c33959c7bbb97fe20fe204894d6b9f6f2059.pdf
http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0136696
https://lex.com.br/legis_27447344_INSTRUCAO_NORMATIVA_N_10_DE_3_DE_MARCO_DE_2017.aspx
https://lex.com.br/legis_27447344_INSTRUCAO_NORMATIVA_N_10_DE_3_DE_MARCO_DE_2017.aspx
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/BUOS-8FUN4P
17 
 
 
 
RADOSTIS, O. M. et al. Clínica veterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, 
suínos, caprinos e equinos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.787p. 
RIBEIRO et al. Perfil sorológico anti - Brucellaabortus em bezerras vacinadas com 
amostra B19. Arq. Bras. Med. Vet. e Zootec. V.49. N2. P137 – 150. 1997. Arquivo disponível 
em 
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/31593/WOSA1997XM76100001.pdf?seq
uence=1&isAllowed=y . Acessado em : 08 de dezembro de 2017. 
SILVA N.S. Estudo das vacinas contra brucelose bovina: revisão. Dissertação apresentada 
ao programa de Pós Graduação em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses e 
Zootecnia da Universidade de São Paulopara obtenção do título de Mestre em Ciências. São 
Paulo. 2012. Arquivo disponível 
emwww.teses.usp.br/teses/disponiveis/.../NAIRLEIA_DOS_SANTOS_SILVA_Original.pdf. 
Acessado em : 08 de dezembro de 2017. 
SMITH, B. P. Medicina interna de grandes animais. 3. ed. São Paulo: Manole, 2006. Pag 
1419. 
 
 
 
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/31593/WOSA1997XM76100001.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/.../NAIRLEIA_DOS_SANTOS_SILVA_Original.pdf

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