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Susana Caldas Fonseca susana.fonseca@fc.up.pt 2016/2017 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA PERFIL ENGENHARIA ALIMENTAR 3º ANO 1º SEMESTRE CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS 7. EMBALAGEM ÍNDICE PROGRAMÁTICO • 7. EMBALAGEM • Definição • Funções das embalagens. • Classificação das embalagens • Materiais de embalagem (papel/cartão, plástico, vidro e metal) • Rotulagem • Embalagens ativas e inteligentes. 2 DEFINIÇÃO SCF 3 Produto feito a partir de qualquer material tal como papel, vidro, plástico, alumínio e madeira que é usado para conter, proteger, conservar, comunicar e facilitar o consumo de produtos alimentares. Sistema coordenado de preparação de produtos alimentares para o transporte, distribuição, armazenamento, venda e consumo Embalamento alimentar Embalagem alimentar DEFINIÇÃO SCF 4 Produção Transporte Armazenamento Transporte aéreo/ marítimo/terrestre (exportação) Processamento/ conservação Embalamento Armazenamento Transporte aéreo/ marítimo/terrestre (exportação) Armazenamento grossista Transporte Armazenamento retalhista Transporte Venda Transporte Armazenamento Confeção Consumo FUNÇÕES DAS EMBALAGENS SCF 5 CONTENÇÃO E PROTEÇÃO CONSERVAÇÃO SERVIÇO COMUNICAÇÃO FUNÇÕES DAS EMBALAGENS • A função de contenção é a função mais básica da embalagem. • A função de contenção do alimento contribui para a sua proteção do ambiente envolvente (água, vapor de água, gases, odores, microrganismos, pó, choques, vibrações, forças de compressão, …) a que está sujeito durante a fase de distribuição. • Proteção física contra: • Agentes químicos • Agentes microbiológicos • Agentes físicos • Choque • Vibração • Compressão • Manuseamento SCF 6 CONTENÇÃO E PROTEÇÃO FUNÇÕES DAS EMBALAGENS • Quando a integridade da embalagem é violada, o produto deixa de estar protegido. • Pode ser acidental ou provocada (adulteração) • Para maior segurança: • Sistemas de evidência de abertura, Sistema “pop-up” (barulho ao abrir) SCF 7 CONTENÇÃO E PROTEÇÃO FUNÇÕES DAS EMBALAGENS A função de conservação da embalagem inclui: • Diminuir as quebras • Manter a qualidade do produto • Manter a segurança do produto • Aumentar o tempo de vida do produto SCF 8 CONSERVAÇÃO FUNÇÕES DAS EMBALAGENS • Para alguns autores a função de conservação é uma continuidade da função de proteção e por isso, não independentes. SCF 9 CONSERVAÇÃO • Exemplos: • Leite enchido asseticamente e mantido/conservado asseticamente em embalagens de papel/alumínio; • Embalagem a vácuo de carne fumada que permite manter a qualidade do produto durante um tempo de vida alargado desde que não entre oxigénio; • Folhas metálicas que evitam a entrada de vapor de água em produtos com baixo teor em água (bolachas, batatas fritas, cereais pequeno-almoço,…); • Frascos de vidro escuro para embalar azeite. FUNÇÕES DAS EMBALAGENS COMUNICAÇÃO ESCRITA A embalagem de um produto alimentar consegue transmitir variadas informações que consoante o recetor têm importâncias relativas: • Distribuição e venda • Instruções de armazenamento e manuseamento • Fabricante • Identificação (lote) • Código de barras • Preço • Preço por kg • Peso • Data validade SCF 10 COMUNICAÇÃO FUNÇÕES DAS EMBALAGENS SCF 11 COMUNICAÇÃO • Consumidor • Identificação produto • Data validade • Ingredientes • Informação nutricional • Instruções de armazenamento, preparação e uso • Preço • Peso • Fabricante • Alegações nutricionais e de saúde • Alegações de sustentabilidade • Informação adicional (código QR) • … FUNÇÕES DAS EMBALAGENS SCF 12 COMUNICAÇÃO FUNÇÕES DAS EMBALAGENS SCF 13 COMUNICAÇÃO http://www.youtube.com/watch?v=H6NWTJyWHqc COMUNICAÇÃO PELAS CORES, FORMATOS, … FUNÇÕES DAS EMBALAGENS SCF 14 COMUNICAÇÃO http://www.trendhunter.com/slideshow/creative-food-packaging#21 COMUNICAÇÃO PELAS CORES, FORMATOS, … FUNÇÕES DAS EMBALAGENS SCF 15 COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO PELAS CORES, FORMATOS, … FUNÇÕES DAS EMBALAGENS • Facilidade de manuseamento e conveniência na utilização: • abertura fácil • fecho entre utilizações • quantidades individuais ou familiares • aquecer/cozinhar na própria embalagem • utilização em forno micro-ondas • combinação de produtos diferentes SCF 16 SERVIÇO FUNÇÕES DAS EMBALAGENS SCF 17 SERVIÇO CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS SCF 18 • Primária • Secundária • Terciária Nível • Consumidor individual/familiar • HORECA Utilização • Flexível • Rígida Estrutura • Monomaterial (monocamada) • Multimaterial (multicamada) Tipo • Normal • Vácuo • Modificada Atmosfera CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS • A EMBALAGEM PRIMÁRIA é a embalagem que está em contacto direto com o produto embalado; • Fornece a primeira barreira protetora (muitas vezes a única barreira); é frequentemente a embalagem que o consumidor compra no local de venda. • Exemplos são: latas metálicas, caixas de cartão, garrafas de vidro e sacos de plástico. SCF 19 • Primária • Secundária • Terciária Nível CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS • A EMBALAGEM SECUNDÁRIA é a embalagem que contém várias embalagens primárias; por exemplo a caixa de cartão canelado. • É a embalagem de transporte na distribuição e é algumas vezes projetada de forma a ser usada no local de venda para expor as embalagens primárias. • A EMBALAGEM TERCIÁRIA é composta por um conjunto de embalagens secundárias, por exemplo uma palete com caixas de cartão canelado envoltas em película extensível. SCF 20 • Primária • Secundária • Terciária Nível CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS SCF 21 • Primária • Secundária • Terciária Nível http://alimenticias-portugal.blogspot.pt/2011/09/guia-da-embalagem-sustentavel.html CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS SCF 22 • Consumidor individual/familiar • Horeca Utilização CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS • EMBALAGEM FLEXÍVEL SCF 23 • Flexível • Rígida Estrutura CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS • EMBALAGEM RÍGIDA SCF 24 • Flexível • Rígida Estrutura CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS • MONOMATERIAL • Vidro • Metal • Filmes plásticos SCF 25 • Monomaterial (monocamada) • Multimaterial (multicamada) Tipo CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS • MULTIMATERIAL SCF 26 • Monomaterial (monocamada) • Multimaterial (multicamada) Tipo CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS SCF 27 • NORMAL • Ar atmosférico • VÁCUO • Sem atmosfera no interior da embalagem • MODIFICADA • Ausência de O2 e elevado CO2 • Baixo O2 e/ou elevado CO2 • Elevado O2 • Normal • Vácuo • Modificada Atmosfera MATERIAIS DAS EMBALAGENS SCF 28 VIDRO PAPEL E CARTÃO PLÁSTICO METAL MATERIAIS DAS EMBALAGENS • A escolha do material de embalagem é feita de acordo com as caraterísticas próprias de cada produto a embalar: • sensibilidade à luz • sensibilidade à temperatura • sensibilidade à humidade • sensibilidade à água • sensibilidade ao oxigénio • sensibilidade ao dano físico • produtos que reagem em contacto com certos materiais de embalagem. • As embalagens para produtos alimentares devem ser constituídas pela combinação de diferentes materiais permitindo alcançar: • Maior nível de segurança • Maior proteção ao manuseamento inadequado • Maior retenção da qualidade nutricional • Maior retenção das caraterísticas organoléticas e de frescura do alimento SCF 29 MATERIAIS DAS EMBALAGENS • Durante o contacto do alimento com os materiais da embalagem, substâncias podemmigrar do material da embalagem para o alimento. • Existe assim, regulamentação que define os materiais compatíveis com o uso alimentar, garantindo a segurança alimentar. • Regulamento (EC) No. 1935/2004 SCF 30 ROTULAGEM 31 Desde o passado dia 13 dezembro 2014, entrou em vigor a norma que estabelece os novos requisitos para a rotulagem dos alimentos aprovada pelo Parlamento Europeu e o Conselho em 2011, garantindo que os consumidores receberão informação mais clara, completa e precisa sobre o conteúdo dos alimentos. O Regulamento (UE) nº 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho de 25 outubro 2011 sobre a informação alimentar facilitada ao consumidor, publicado em novembro de 2011, foi aplicado a partir da manhã do dia 13 dezembro 2014. Esta normativa consolida e atualiza dois campos da legislação no que concerne à rotulagem: os rótulos gerais dos produtos alimentares, regulamentado pela diretiva 2000/13/CEE, e da rotulagem nutricional, objetivo da diretiva 90/496/CEE (a Informação Nutricional Obrigatória entre apenas em vigor a 13 dezembro 2016). ROTULAGEM • O Regulamento (UE) nº 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Outubro de 2011, relativo à prestação de informação aos consumidores sobre géneros alimentícios foi publicado a 22 de Novembro de 2011 no Jornal Oficial da União Europeia. • Os pontos-chave do Regulamento incluem, entre outros: • DECLARAÇÃO NUTRICIONAL: passa a ser definitivamente obrigatória a informação do valor energético, quantidades de lípidos, ácidos gordos saturados, hidratos de carbono, açúcares, proteínas e sal, ressalvando as exceções à sua obrigatoriedade para alguns géneros alimentícios, devidamente previstas no Regulamento. Voluntariamente, a declaração pode ser ainda extensível a outros elementos previstos no Regulamento, bem como a repetição simplificada da informação de nutrientes no campo visual principal - “frente da embalagem”. A declaração nutricional obrigatória deverá ser expressa por 100 g ou por 100 ml. Pode ainda ser complementada, em base voluntária, pela aplicação da expressão por porção, em particular para géneros alimentícios pré-embalados em porções individuais ou unidades de consumo. Possibilidade do uso de doses diárias de referência baseadas em consumos de referência especificados no Regulamento. 32 http://alimenticias-portugal.blogspot.pt/2012/01/informacao-nutricional-legibilidade.html ROTULAGEM • Relativamente aos ácidos gordos trans, a Comissão Europeia irá preparar um relatório, no prazo de 3 anos, que poderá ser acompanhado por uma proposta legislativa. • A informação nutricional obrigatória pode ser complementada voluntariamente com os valores de outros nutrientes como: ácidos gordos monoinsaturados e polinsaturados, polióis, amido, fibras, vitaminas ou minerais. 33 SISTEMA TRAFFIC LIGHT http://tecnoalimentar.pt/2014/12/15/nova-rotulagem-dos-alimentos-ja-esta-em-vigor/ ROTULAGEM • PAÍS DE ORIGEM/LOCAL DE PROVENIÊNCIA: outra modificação é a extensão da obrigatoriedade de indicar o país de origem na embalagem. • Até agora, esta indicação era apenas obrigatória para a carne fresca de bovino (requisito que foi estabelecido durante a crise da BSE), as frutas e os legumes, o mel, o azeite e nos casos onde não o fazer pode induzir em erros os consumidores. • A partir de agora será também obrigatório para a carne fresca de porco, ovinos, caprinos e aves. No prazo de três anos, a Comissão apresentará também um relatório que avalie a viabilidade e uma análise de custos e benefícios da indicação do país de origem ou do lugar de proveniência no caso dos seguintes produtos: outros tipos de carnes, leite, leite utilizado como ingrediente de produtos lácteos, carne utilizada como ingrediente, alimentos não transformados, ingredientes que representem mais de 50% de um alimento. • RÓTULOS MAIS LEGÍVEIS: um aspeto importante em que incide a norma europeia é que os rótulos deverão ser claros e legíveis. Para isso, é estabelecido um tamanho de letra mínimo de 1,2 mm para a informação apresentada. Contudo, se a superfície máxima de uma embalagem for inferior a 80 cm², o tamanho mínimo reduz-se a 0,9 mm. • No caso de ser menor do que 25 cm², a informação nutricional não será obrigatória. Nas embalagens onde a superfície maior seja inferior a 10 cm², não é necessário incorporar nem a informação nutricional, nem a lista de ingredientes. 34 http://tecnoalimentar.pt/2014/12/15/nova-rotulagem-dos-alimentos-ja-esta-em-vigor/ ROTULAGEM • ALERGÉNIOS: em relação aos requisitos estabelecidos para a indicação dos alérgenos, de acordo com o Regulamento (UE) 1169/2011, sobre informação alimentar facilitada ao consumidor, nos alimentos embalados a informação sobre os alérgenos deverá aparecer na lista de ingredientes, devendo destacar-se mediante uma composição tipográfica que a diferencie claramente do resto da lista de ingredientes (p. ex., mediante o tipo de letra, estilo ou cor de fundo). No caso de ausência de uma lista de ingredientes deve incluir-se a menção “contém”, seguida da substância ou produto que figura no anexo II do próprio regulamento (Anexo que será reexaminado pela Comissão, tendo em conta os avanços científicos e, caso necessário, alterará a lista). Os Alérgenos também deverão ser indicados nos alimentos que se fornecem ao cliente sem embalar ou que se embalam no ponto de venda, como por exemplo nos estabelecimentos de restauração. • O Regulamento habilita os Estados membros para que, se o consideram necessário, estabeleçam normas nacionais que regulem as modalidades mediante as quais se fornece esta informação. • ÓLEOS VEGETAIS: os óleos ou gorduras de origem vegetal poderão agrupar-se na lista de ingredientes sob a designação “óleos vegetais” ou “gorduras vegetais”, seguido da indicação de origem vegetal específica, tal como o óleo de palma. 35 http://tecnoalimentar.pt/2014/12/15/nova-rotulagem-dos-alimentos-ja-esta-em-vigor/ ROTULAGEM • BEBIDAS COM ALTO TEOR DE CAFEÍNA: deverão mencionar que não são recomendadas a crianças, grávidas ou lactantes e referir o teor em cafeína. • NANOMATERIAIS ARTIFICIAIS: claramente indicados na lista de ingredientes seguidos da palavra «nano» entre parêntesis. • CARNE OU PEIXE RECONSTITUÍDOS: menção obrigatória para os produtos à base de carne, os preparados de carne e os produtos de pesca que possam dar a impressão de serem constituídos por uma única peça de carne ou peixe, mas que na verdade são formados por peças diferentes combinadas num todo por outros ingredientes. 36 http://alimenticias-portugal.blogspot.pt/2012/01/informacao-nutricional-legibilidade.html Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo NOVAS EMBALAGENS Embalagem passiva • Funções básicas de contenção, proteção (e conservação), comunicação e conveniência (serviço) Embalagem ativa/embalagem inteligente • desenhada para melhorar as funções da embalagem passiva • permite interação com o produto (ativa) de forma a otimizar a sua qualidade (aumenta proteção) • responde a alterações (inteligente) comunicando-a ao consumidor (aumenta comunicação) SCF 37 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz VelhoMaria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGENS ATIVAS Definição Sistema de embalagem que ativamente altera as condições do produto com o objetivo da sua conservação (reduzir a deterioração, mantendo a qualidade e segurança e aumentando o tempo de vida útil) • Existe uma interação entre a embalagem ou componentes da embalagem e o produto SCF 38 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGENS INTELIGENTES Definição Sistema de embalagem que é capaz de ter funções inteligentes (deteção, monitorização e comunicação) para facilitar a tomada de decisão quanto ao tempo de vida útil, segurança e qualidade do produto. • O desenvolvimento de elementos comunicativos que monitorizem e controlem a qualidade e especificamente as caraterísticas organoléticas dos produtos alimentares é uma nova tendência que tem estado em forte desenvolvimento. • É necessário criar, para além das novas formas de controlo, a forma de integrar estes dispositivos na embalagem, de modo a melhorar a sua sensibilidade e a aumentar a viabilidade da resposta. SCF 39 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo NOVAS EMBALAGENS • Embalagens ativas • Embalagem em atmosfera modificada • Embalagem com absorvedores de etileno • Embalagem com absorvedores de água e humidade • Embalagem com absorvedores de O2 • Embalagem com absorvedores/emissores de CO2 • Embalagem com emissores de O2 e absorvedores de CO2 • Embalagem com emissores antimicrobianos • Embalagem com emissores de sabor • Embalagens inteligentes • Indicadores de tempo/temperatura e de queda • Sensores de maturação, de oxigénio e de microrganismos • Etiquetas radiofrequência • Tintas e latas inteligentes SCF 40 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGENS EM ATMOSFERA MODIFICADA SCF 41 • A EMBALAGEM EM ATMOSFERA MODIFICADA pode ser aplicada a produtos respirantes e a outros tipos de produtos não respirantes como: • Laticínios • Carne, Frango, Peixe • Ovos • Pré-preparados • Produtos farmacêuticos Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGENS EM ATMOSFERA MODIFICADA SCF 42 • A modificação da atmosfera pode ser conseguida através do sistema de embalagem em si ou pela substituição da atmosfera inicial. Tipos de EAM de acordo com a atmosfera inicial: • Passiva (atmosfera inicial é a atmosférica e ao longo do tempo cria-se a atmosfera ótima) • Ativa (injeta-se a atmosfera pretendida) • Baixo O2 e/ou elevado CO2 • Elevado O2 (80%) • Vácuo Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGENS EM ATMOSFERA MODIFICADA Tipos de EAM de acordo com a atmosfera inicial: • A EAM ativa é especialmente interessante em produtos de elevado valor acrescentado e/ou produtos extremamente perecíveis, em que o tempo para atingir a atmosfera desejada é importante. • A modificação ativa da atmosfera ao reduzir o tempo em que o produto não está à atmosfera mais adequada, aumenta o tempo de vida do produto mas tem como inconveniente o aumento do custo da embalagem. SCF 43 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGENS COM ABSORVEDORES DE ETILENO Etileno • Alguns produtos hortícolas são sensíveis ao etileno, acelerando o seu amadurecimento • Composto muito reativo pode ser alterado ou degradado de várias formas. Absorvedores de etileno • saquetas integradas no material de embalagem • absorvedores baseados em: • permanganato de potássio • carbono ativado (saquetas de papel) • terra diatomáceas (filmes de polietileno ou sacos) SCF 44 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGENS COM ABSORVEDORES DE ETILENO Absorvedores de etileno • permanganato de potássio • Exemplos comerciais: • Ethylene Control, Inc. • DeltaTrak, Inc. SCF 45 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGENS COM ABSORVEDORES DE ETILENO Absorvedores de etileno • carbono ativado (carvão ativado impregnado com um catalisador metálico (paládio) ) • Exemplos comerciais : • Sendo Mate (Mitsubishi Chemical Company) • terra diatomáceas (terra finamente dispersa incorporada em filmes de polietileno ou sacos) • Exemplos comerciais : • Evert-Fresh Corporation • AT Plastics’Packaging - PeakFresh® • Grofit Plastics – Bio fresh ® SCF 46 Tecnologias Alimentares IIAulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGENS COM ABSORVEDORES DE ETILENO Armazenamento pimento Após 33 dias (26 dias 6 0C e 7 dias a 14 0C): Sacos Bio fresh Controlo Pimento Controlo Pimento em sacos Bio fresh SCF 47 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGENS COM ABSORVEDORES DE ETILENO • Exemplos de frutas e legumes armazenados em embalagens com e sem absorvedor de etileno 48 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGEM COM ABSORVEDORES DE ÁGUA E HUMIDADE Água • Á água promove o crescimento microbiano Absorvedores de humidade • Exemplos: • Silica gel • Óxido de cálcio • Cloreto de cálcio • Exemplos comerciais: • Fresh-R-Pax (Maxwell Chase Tec., Inc) SCF 49 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGEM COM ABSORVEDORES DE OXIGÉNIO Absorvedores de oxigénio • Baseia-se na absorção de O2 a partir de partículas de Fe • Em saquetas, etiquetas ou nas tampas de garrafas • Exemplos comerciais: • DarExtend (Darex) • Tri-SO2RB (Tri-Seal Int.) • Ageless (MGC) 50 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGEM COM ABSORVEDORES DE OXIGÉNIO • Em materiais plásticos • OS2000 (Cryovac) • Amosorb (Colormatrix) 51 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGEM COM ABSORVEDORES/EMISSORES DE DIÓXIDO DE CARBONO Emissores de CO2 • em produtos frescos e carnes para inibição de crescimento microbiano • Exemplo: • Ageless G Absorvedores de CO2 • em café moído • Exemplo: • CO2 Sorb packets (United-Desiccants-Gates, USA) • Ageless E (contém Ca(OH) 2 para além do pó de ferro) SCF 52 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGEM COM EMISSORES DE O2 E ABSORVEDORES DE CO2 Emissores de O2 e absorvedores de CO2 • OxyFresh (EMCO Fresh Technologies Ltd) • Desenhado para compensar a taxa de respiração elevada de alguns produtos frescos • Liberta controladamente oxigénio e absorve dióxido de carbono SCF 53 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGEM COM EMISSORES ANTIMICROBIANOS • Libertação de dióxido de cloro que é um antimicrobiano (bactérias e fungos) • A libertação de ClO2 é ativada com a humidade do produto • Através de uma etiqueta na tampa • Utilizado em frutos silvestres • Exemplo comercial: • Avery-Dennison SCF 54 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo EMBALAGEM COM EMISSORES DE SABOR • Unistraw (Unistraw International Ltd) 55 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo INDICADORES TEMPO -TEMPERATURA Definição Dispositivo que evidencia uma mudança irreversível numa caraterística física (cor ou forma) como resposta à história de temperaturas • O indicador irá mostrar, através de uma mudança visual facilmente percetível pelo olho humano, se o produto está ou não contaminado ou degradado. • Esta variação visual permitirá alertar os consumidores e a indústria alimentar para o estado do produto, garantindo a sua correta conservação e qualidade ao longo da distribuição e armazenagem. • Classificado como: • história integral • história parcial • Abuso SCF 56 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo INDICADORES TEMPO -TEMPERATURA Definição • Requisitos e limitações • facilidade de ativação • resposta à temperatura ou ao efeito cumulativo do tempo e temperatura • resposta exata, tempo e irreversibilidade • correlação com a deterioraçãodos alimentos • correlação com a cadeia de distribuição tempo/temperatura • ..... SCF 57 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo • Exemplos comerciais: • 3M™ MonitorMark • Smart Label para o consumidor • indicador de história parcial • pontos de fusão específicos + corante azul • Indicador para a indústria • indicador de abuso • pontos de fusão específicos + corante azul SCF 58 INDICADORES TEMPO -TEMPERATURA Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo • Fresh-Check® LifeLines • indicador de história integral • alteração da cor do polímero SCF 59 INDICADORES TEMPO -TEMPERATURA Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo • Vitsab® Indicators • indicador de historia integral • enzima + substrato (lípido) + indicador de pH • etiqueta única ou tripla SCF 60 INDICADORES TEMPO -TEMPERATURA Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo • TT Sensor™ • A etiqueta liberta vapor indicando ter atingido o tempo e temperatura adequado de cozedura • A etiqueta monitoriza o tempo e a temperatura e alerta quando pode já não estar fresco SCF 61 INDICADORES TEMPO -TEMPERATURA Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo SENSORES DE MATURAÇÃO • Altera a cor de acordo com o estado de maturação do fruto (libertação substâncias voláteis que reagem com etiqueta alterando a sua cor) • Embalagem pode ser mantida fora do frigorífico até atingir maturação desejada • Exemplos comerciais: • ripeSense® (Ripesense, Ltd.) 62 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo SENSORES DE OXIGÉNIO • Para detetar a presença de oxigénio a partir de um certo nível • Exemplo comercial: • Ageless Eye (Mitsubishi) 63 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo NOVAS FUNCIONALIDADES ETIQUETAS RÁDIO-FREQUÊNCIA • Combinação em rádio-frequência de etiqueta, antena receptora e emissora e computador para gestão da informação • Aumenta rastreabilidade dos produtos • Combinação com sensores • Permite sistema automático de pagamento • Permite melhorar logística cadeias de distribuição 64 Tecnologias Alimentares II Aulas práticas TRABALHOS LABORATORIAIS Manuela Vaz Velho Maria Alberta Araújo Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo Engenharia Alimentar 2002/2003 Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo NOVAS FUNCIONALIDADES LATA INTELIGENTE • Lata arrefecimento imediato após abertura • Dentro da lata, há uma serpentina oca, com dióxido de carbono comprimido. No momento em que a embalagem é aberta, o gás expande- se rapidamente, arrefecendo a serpentina e, por consequência, a bebida. A temperatura diminui de 30 °C para 4 °C em apenas 15 s. 65 LEITURA ACONSELHADA • Material disponibilizado pelo docente na plataforma Moodle. • Fellows, P. (2000). Food Processing Technology – Principles and Practice, Ellis Horwood. • Gordon L. Robertson, G.L. (2010). Food Packaging and Shelf Life - A Practical Guide, CRC Press. SCF 66
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