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Tecnologia dos alimentos - embalagens

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UNIVERSIDADE PAULISTA
Graduação em Nutrição
Nome: Adriana Costa Ra: D531JC-2
Nome: Karen Ariolli Ra: N359DC-4
Nome: Thaís Almeida Ra: D63628-6
Nome: Lívia Ra:D709FC-7
 
Embalagens Utilizadas para Alimentos
Campinas/SP
2020
Introdução
As embalagens têm sido apresentadas como o maior veículo de venda e de construção da marca e da identidade de um produto, já que elas representam o primeiro contato do consumidor com o produto, sendo fundamentais para a escolha e a compra (DELLA LUCIA et al., 2007).
Existe registros arqueológicos de “embalagens” que datam de 2200 a.C. Essas primeiras “embalagens” utilizavam-se exclusivamente de materiais naturais disponíveis na época, como couro, entranhas de animais, frutos, folhas e outras fibras vegetais. Isso possibilitou ao homem, outras vantagens, como, prolongar a duração das caçadas levando alimento e água (NEGRÃO e CAMARGO, 2008)
A necessidade da embalagem começou a aparecer á medida que a vida do homem tornou-se gradativamente mais complexa; quando amadureceu a consciência de que passou a ser preciso armazenar; quando aumentou a distância entre sua moradia permanente ou semipermanente – provavelmente a caverna – e suas fontes de abastecimento; quando surgiram as primeiras divisões de trabalho, dentro do próprio núcleo familiar; à medida que o homem foi se especializando e tornando se caçador, pastor, plantador de sementes, pescador, guerreiro (TOGA, 1985, in NEGRÃO e CAMARGO, 2008).
A embalagem deve retardar deteriorações, estender a vida de prateleira e manter a qualidade e segurança dos alimentos, protegendo-os de influências externas como luz, calor, odores, micro-organismos, insetos, sujeiras, entre outros (MARSH, BUGUSU 2007).
Na indústria de alimentos, a embalagem exerce múltiplas funções, sendo capaz de conter, proteger, conservar, comunicar, transportar e evitar desperdício dos alimentos (COLES 2003). É considerada como um elo de comunicação entre o consumidor e o processador, onde o consumidor encontra informações obrigatórias e exigidas por lei, como a origem, peso, informações nutricionais e de composição, entre outros alertas para o uso adequado do produto (BRODY et al. 2008).
A embalagem deve controlar os fatores como umidade, oxigênio, luz, servindo como barreira aos micro-organismos presentes na atmosfera, impedindo o seu desenvolvimento no produto. Garantindo assim, a qualidade e a segurança do produto, além de prolongar a sua vida útil e minimizar as perdas por deterioração (CABRAL et al., 1984).
As embalagens devem, também, proteger o produto contra adulteração ou perda de integridade, sendo acidentais ou provocadas, por meio de sistemas de evidência de abertura, como bandas, selos, tampas com anel de ruptura etc. (CABRAL et al., 1984).
Os grupos de embalagens utilizadas para o acondicionamento de alimentos compreendem as compostas por vidro, papel e/ou cartão, metal e plásticos. A evolução da tecnologia também proporciona ao mercado a combinação entre materiais, constituindo as conhecidas embalagens multicamada (PAINE & PAINE 1992).
Objetivos
Este trabalho tem como objetivo um estudo sobre as embalagens utilizadas para transporte e armazenamento de alimentos, assim como os diferentes materiais utilizados na composição destes e como eles tem impacto na forma de conservação dos alimentos e sua segurança. As novas tecnologias trazem novas possibilidades de escolha destes materiais pensando também no lado sustentável.
Definição de embalagens
A palavra embalagem deriva-se do prefixo em e de bala, que por sua vez deriva-se do antigo alemão balla, que significa atar (no sentido de juntar ou aglomerar). Embalar, é portanto, introduzir em balas, e por extensão, embalagem é o conjunto de materiais destinado a proteger um produto que deve ser transportada. (BRASIL ALIMENTOS, 2000).
A palavra acondicionamento deriva-se do latim “condere” referindo-se a estabelecer, estabilizar, no caso de um produto, significa sua apresentação definitiva e estável. (BRASIL ALIMENTOS, 2000).
Funções da embalagem
Além das funções iniciais de embalar e acondicionar um produto, como ferramenta de proteção, existem muitas outras funções para a embalagem, como: diminuir as perdas, deterioração e desperdício entre o distribuidor e o cliente, acelerar a manipulação, e operações comerciais, facilitar o armazenamento e organização, melhorar a rentabilidade das redes de venda, transmitir informação, assegurar a promoção do produto e inspirar confiança aos compradores e consumidores. (BRASIL ALIMENTOS, 2000)
A embalagem tem como função também a proteção econômica do consumidor, da mesma forma que anuncia a qualidade do produto. (BRASIL ALIMENTOS, 2000).
Função de conservação dos produtos devido à embalagem
 A conservação mantém por um maior tempo a qualidade de um produto, evitando alguns processos de alterações. (BRASIL ALIMENTOS, 2000)
O método de conservação por meio da embalagem, existe tanto para os produtos frescos, quanto para os produtos finais transformados, e existe para a própria embalagem, que isola o alimento do mundo exterior. (BRASIL ALIMENTOS, 2000).
As embalagens tem como finalidade aumentar ainda mais a vida útil dos produtos. (BRASIL ALIMENTOS, 2000).
Tipos de Conservação
Appertização: primeiro e mais antigo exemplo; latas e vidros em conserva. 
O material escolhido devera permitir a dilatação e contração da atmosfera interior do recipiente durante o aquecimento e esfriamento, sem ruptura, explosão ou implosão. (BRASIL ALIMENTOS, 2000).
Acondicionamento estéril: aplicável sobretudo a líquidos como leite ou polpas de frutas, onde o produto é introduzido de forma asséptica numa embalagem estéril. Estas embalagens, geralmente cartão flexível ou películas plásticas, são esterilizadas por imersão em banho químico ou por radiação ultravioleta. (BRASIL ALIMENTOS, 2000).
Embalagem Especial: São aquelas que contem uma válvula, a qual permite a evacuação da pressão interna. (BRASIL ALIMENTOS, 2000)
Exemplo: Os sacos constituídos por uma multicamada reativa a captação de oxigênio, evitando assim quaisquer riscos de oxidação. (BRASIL ALIMENTOS, 2000).
Classificação das Embalagens
As embalagens quanto a sua classificação podem ser rígidas, semirrigidas ou flexíveis. (CONCEITOS..., [200.?]).
Sendo classificada, na maioria das vezes, pela espessura do seu material.
Embalagens Rígidas: são aquelas que apresentam maior proteção do produto à ação mecânica, devido a sua maior espessura. (CONCEITOS..., [200.?]).
Exemplo: embalagens metálicas, as latas em folha de flandres e alumínio, de vidros, pelas garrafas e frascos, plásticos, pelas grades de bebidas e a de papel, destacando-se as caixas de cartão canelado. (CONCEITOS..., [200.?]).
Semirrigidas: são representadas pelas bandejas de alumínio, bandejas em poliestireno expandido, como os frascos, copos e potes termoformados e as caixas e cartuchos em cartolina. (CONCEITOS..., [200.?]).
Flexíveis: são aquelas que são moldadas no formato do produto a ser acondicionado, como as folhas de alumínio, os filmes plásticos e as folhas de papel, que tem a finalidade de estruturar as embalagens, aumentando assim, a barreira contra os agentes externos. (CONCEITOS..., [200.?]).
As embalagens podem ser de diversos materiais como; vidro, metal, plástico, papel ou cartão, madeira, têxteis, cortiça e as embalagens multicamadas. Sendo apresentada em três níveis: primária, secundária e terciária ou de transporte. (CABRAL et al., 1984)
Primarias: são aquelas embalagens que entram em contato direto com o alimento, podendo ser a lata, o vidro ou o plástico. Sua grande responsabilidade é conservar e conter o produto. (CABRAL et al., 1984)
Secundarias: (caixas de cartão ou de cartolina), entram em contato com as embalagens primarias, podendo conter uma ou varias embalagens primarias, tendo a finalidade de protegê-la, das ações físicas e mecânicasdurante a distribuição. A embalagem secundaria também é responsável pela comunicação, servindo como um suporte de informação para o consumidor, principalmente nas embalagens que acondicionam uma única embalagem primaria, a exemplo das embalagens de cereais, que contém um saco de cereais acondicionados por uma embalagem cartonada com as devidas informações ao consumidor. (CONCEITOS..., [200.?]).
Terciarias: agrupam diversas embalagens primarias ou secundarias, sendo responsáveis pela proteção durante o transporte, como as caixas de cartão canelado ou as caixas plásticas (engradados) usados para garrafas. A escolha para essa embalagem depende da natureza da embalagem individual, (rígida, semi-rigida ou flexível), da paletização (dimensionamento da embalagem coletiva com vista a maximizar o aproveitamento do palete) e o custo. (CONCEITOS..., [200.?]).
Tipos de embalagens
Vidro: Um dos materiais mais antigos que se tem conhecimento, sendo o material mais inerte utilizado para embalagens de alimentos. Pode ser considerado totalmente impermeável a gases, e totalmente reciclável, sem nenhuma perda das suas características originais. (CABRAL et al., 1984).
As embalagens de vidro mais utilizadas para produtos alimentícios são as garrafas, potes e copos.
A cerveja por exemplo, é envazada em vidro âmbar ou verde, pois estas cores limitam as mudanças de sabor catalisadas pela luz. (CABRAL et al., 1984).
Folha de flandres: é um material heterogêneo constituído basicamente por uma lâmina de aço com baixo teor de carbono, revestida em ambos os lados com uma camada de estanho, mais uma camada de passivação protegida por uma camada de óleo. A espessura da lâmina de aço é de 0,15 a 0,40 mm e o peso da camada de estanho representa menos de 1% em relação ao aço. A aplicação de estanho é feita por eletrodeposição a partir de soluções aquosas ou sais de estanho. (CABRAL et al., 1984; setor1, [200-?]).
O baixo teor de carbono do aço utilizado para obtenção de folhas de flandres tem por finalidade dar esta durabilidade suficiente para que a lata possa se deformar durante a estampagens sem sofrer rompimentos. (EVANGELISTA ,2008, P. 495).
Condições essenciais da folha de flandres como material de embalagem: 
· Receber revestimentos protetores
· Ser resistente
· Conduzir calor
· Ter maleabilidade 
· Permitir soldagem segura
Plástico: As embalagens plásticas são obtidas a partir de polímeros orgânicos ou inorgânicos de alto peso molecular, constituídos de unidades estruturais unidas entre si por ligações covalentes formando cadeias lineares ou modificadas. O plástico, como é denominado comercialmente, é um material que tem a capacidade de ser moldado em condições especiais de calor e pressão. Os químicos preferem se referir ao plástico como polímero. (TRIBIST, SOARES, AUGUSTO, 2008).
Os materiais plásticos podem ser classificados em dois tipos: termofixos ou termoplásticos.
Termofixos ou termorrígidos: são materiais que também, podem ser moldados com a ação do calor e pressão, porem a reação é irreversível, pois com a aplicação de calor eles amolecem e após o resfriamento endurecem irreversivelmente, devido à formação de ligações cruzadas. (SETOR 1, [200-?]).
Nas embalagens flexíveis, a maior utilização de materiais termofixos é verificada na confecção e preparação de tintas, vernizes e adesivos. (SETOR 1, [200-?]).
Termoplásticos: são produtos moldados que amolecem quando sujeitos a ação do calor e pressão. As propriedades do plástico após resfriado são mesmas de antes do aquecimento, não ocorrendo a formação de ligações cruzadas. Os termoplásticos são os de maior uso nas embalagens de alimentos. (SETOR 1, [200-?]).
Celulose: As embalagens celulósicas revestidas são geralmente empregadas como embalagem primárias nas indústrias de alimentos, ou seja, em contato direto com o alimento em conjunto com outros materiais de revestimento, como os polímeros (filmes plásticos), alumínio, ceras e parafinas. Quando não revestidas são usadas para embalagem de produtos secos (farináceos), devido a grande sensibilidade dos materiais celulósicos á umidade. (TRIBIST; SOARES; AUGUSTO,2008).
Seu emprego nas embalagens secundárias, aquelas que não entram em contato direto com o alimento, como o cartão ou papelão ondulado, é em geral para volumes maiores, devido a sua boa rigidez, facilidade de transporte e proteção contra impactos. O papelão ondulado também pode ser utilizado como embalagem primária para acondicionamento e transporte de frutas e vegetais. (TRIBIST; SOARES; AUGUSTO,2008).
As embalagens multicamadas são elaboradas a partir de dois ou mais materiais, que tem como objetivo melhorar as propriedades de barreira, além de obter maior eficiência a praticidade. Exemplos são as embalagens de leite longa vida e as de biscoito. (TRIBIST; SOARES; AUGUSTO,2008).
Alumínio: O alumínio é produto da hidrólise de alumínio pura, que, por sua vez, se origina da bauxida. (EVANGELISTA ,2008, P. 507).
O consumo do alumínio, em todos os setores, cresce cada vez mais pelas vantagens competitivas que apresenta em relação a outros metais, em preço e qualidades funcionais. (EVANGELISTA ,2008, P.507).
A embalagem de alumínio pode ser rigídas ou flexíveis, o grau de rigidez deste metal depende da espessura de sua folha, da qualidade de sua liga de temperatura e do feitio e tamanho da embalagem. (EVANGELISTA ,2008, P.507).
Embalagens vivas ou naturais: A importância das embalagens para os alimentos foi notada desde muito tempo atrás, o homem percebeu como o alimento se deteriorava, e procurou soluções, dentro dos recursos disponíveis. Foram utilizadas, bexigas e estômagos de animais, sacos de couro, folhas de plantas, pedaços de bambu, palha costurada, como embalagens para o retardo ou diminuição da deterioração dos alimentos. (EVANGELISTA ,2008, P. 471).
Revestimentos: O tempo de “vida útil” do produto é assegurado por um sistema total, isto é, por uma série de fatores englobados e individuais, qualquer falha de um deles poderá produzir a perda do alimento. (EVANGELISTA ,2008, P. 496).
Esses fatores se referem a lata, no que diz respeito a qualidade de seu material, aos revestimentos de que necessita e a sua elaboração, ao produto, correspondem dentro do envase e armazenamento. (EVANGELISTA ,2008, P. 496).
A normalidade desses fatores garante, pois, a harmonia de relação “recipiente produto” e, com isso, o tempo de “vida útil” do produto alimentício. (EVANGELISTA ,2008, P. 496).
Há várias classes de revestimento e, dentro delas grande diversidade de tipos.
Tipos de revestimento:
· Revestimento de estanho
· Revestimento óleo-resinoso
· Revestimentos sintéticos 
· Outros revestimentos (fosforização, cromagem)
 Embalagens com Atmosfera Modificada 
A embalagem em atmosfera modificada, consiste na substituição do ar, no interior da embalagem, por uma mistura de gases como oxigênio (o²), dióxido de carbono (co2) e nitrogênio (N2) ao redor do produto.
 O aumento do prazo comercial deste método de conservação do alimento deve-se ao efeito inibitório do c02, sobre os diferentes tipos de microbianos e a redução ou remoção do o2 do interior da embalagem.
A estratégia da embalagem sob atmosfera modificada é retardar o crescimento dos micro-organismos patogênicos e deteriorantes presentes, a partir da diminuição da concentração de co2, que possui efeito inibidor do crescimento bacteriano. A modificação da atmosfera no interior da embalagem é determinada pela interação de três processos: respiração do produto, difusão do gás através do produto e permeabilidade do filme aos gases. (LEON, 1999).
A embalagem a VÁCUO é a primeira forma de EAM desenvolvida comercialmente, sendo empregada amplamente para produtos como corte de carnes vermelhas, frescos, curados, queijos duros e café moído. (PARRY, 1993).
Embalagens Ativas e Inteligentes 
Atualmente vem crescendo a preocupação do consumidor com os alimentos em relação aos reflexos sobre a saúde e o meio ambiente. Cada vez mais produtos que exploram atributos ligados a estas preocupações vêm ganhando espaçono mercado e a preferência dos consumidores. (GONÇALVES; PASSOS; BIEDRZYCKI, 2008).
Uma das funções das embalagens inteligentes é funcionar como indicadores para o consumidor.
As embalagens inteligentes monitoram, indicam ou testam informações dos produtos ou as condições do ambiente que afetam a qualidade do produto, tempo de prateleira ou qualidade. (Wood, 2005).
As embalagens ativas podem ser absorvedoras ou emissoras, permeáveis a gases e responderam à temperatura, além de oferecerem propriedades antimicrobianas. As inteligentes estão mais ligadas ao diagnóstico (com a presença de indicadores) e à comunicação (com sistema de etiqueta). (Wood, 2005).
As embalagens ativas e inteligentes constituem um grande avanço para a indústria de embalagens, proporcionando maior segurança e confiabilidade ao consumidor, evitando a contaminação e intoxicação alimentar. (Wood, 2005).
Nos mercados atuais, algumas tendências de crescimento que deverão ser consideradas durante os projetos de desenvolvimento das embalagens são: preocupação com o meio ambiente; emprego do sistema “abre e fecha”, utilização de materiais que possam ser utilizados tanto no freezer quanto no micro-ondas; adequação das porções às necessidades do consumidor e, finalmente, a conveniência e facilidade de preparo. (CAMPOS; NANTES, 1999 apud GONÇALVES, PASSOS; BIEDRZYCKI, 2008).
Algumas tendências recentes e inovações no setor de embalagem alimentícia:
Tamanho: as embalagens são encontradas cada vez mais com seu tamanho reduzido, devido a redução do tamanho das famílias. O outro fator das embalagens estarem cada vez menores é a variedade de produtos comercializadas dentro de uma mesma linha, diferenciados pela marca. (GONÇALVES; PASSOS; BIEDRZYCKI, 2008).
Embalagem Global: para facilitar a identificação por diferentes países e culturas, pois tem poucas palavras e utilizam símbolos e figuras universais para fixar a imagem do produto em qualquer parte do mundo. (GONÇALVES; PASSOS; BIEDRZYCKI, 2008).
Embalagem Ecológica: o crescimento da consciência ecológica, tem estimulado a produção de embalagens recicláveis, de refis e de embalagens que, ao serem descartadas, podem ser amassadas, reduzindo assim o espaço ocupado nos aterros sanitários. (GONÇALVES; PASSOS; BIEDRZYCKI, 2008).
Embalagem Auto destrutível: são embalagens que estão em processo de desenvolvimento. (GONÇALVES; PASSOS; BIEDRZYCKI, 2008).
Embalagem Funcional: embalagens que apresentam informações claras e objetivas sobre o conteúdo das embalagens. Um exemplo deste tipo de embalagem, é o sistema de fácil abertura de tampas metálicas para latas e frascos de vidros. Elas evitam a contaminação e possibilita uma melhor conservação. (GONÇALVES; PASSOS; BIEDRZYCKI, 2008).
Um exemplo de embalagens que está em alta são as Stand-up pouche, embalagens que param em pé.
A amcor flexibles desenvolveu essas embalagens para vegetais que cozinha no micro-ondas, constituída de um sistema de ventilação que elimina gradualmente, o vapor gerado durante o cozimento do alimento. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS FLEXÍVEIS,2008).
Discussão
Com base no exposto, considera-se que as embalagens são um importante componente na economia dos países industrializados, com rentabilidade extremamente relevante. A sua principal usuária é a indústria de alimentos, onde desempenha um papel fundamental de contenção, proteção e conservação dos produtos, com a intenção de garantir a segurança do consumidor. 
Diferentes materiais são utilizados na fabricação de embalagens para alimentos, e sua composição não pode constituir perigo à saúde do consumidor, portanto, a indústria de embalagens devem atender as especificações técnicas das legislações para embalagens e materiais para contato com alimentos definidos pela ANVISA, além da aplicação de sistemas de gerenciamento de segurança em toda cadeia produtiva (Restuccia et al. 2010).
O desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas às embalagens, como as embalagens de atmosfera modificada: ativas e inteligentes que oferecem benefícios rumo ao consumo sustentável, com melhorias na qualidade e segurança dos alimentos e na redução dos impactos negativos ao meio ambiente.(Maciel, Franco, Yoshida 2012).
Ainda na mesma questão, confirmou-se que as indústrias de embalagens juntamente aos centros de pesquisa e universidades têm investido cada vez mais em estudos de novas tecnologias, a fim de trazer melhorias, como: prolongar as características de qualidade do alimento, conferir melhor aparência, maior proteção mecânica no embarque, transporte, desembarque e nos supermercados produtos mais próximos ao natural, combinar conveniência e praticidade entre outras adaptações, a fim de atender as necessidades e desejos do consumidor. (Maciel, Franco, Yoshida 2012).
Com foco principal nas novas tecnologias temos exemplos práticos em forma de ilustração, de produtos que utilizem destas tecnologias.
A atmosfera modificada pode ser aplicada a uma gama variada de produtos, nomeadamente carne, peixe e queijo, mas é sobretudo na indústria dos hortícolas frescos que ela se destaca. Esta tecnologia permite estender o tempo de vida útil dos produtos frescos, originando uma solução à atual demanda por produtos inovadores, frescos, saudáveis, nutritivos e convenientes. (Braga, Peres 2010).
Tal como nós, humanos, as frutas e legumes respiram e transpiram, consumindo oxigénio (O2) e libertando dióxido de carbono (CO2) e vapor de água (H2O). Cada fruto tem uma taxa de respiração específica, que por sua vez é influenciada por diferentes fatores intrínsecos (tipo de cultivar, nível de maturação) e extrínsecos (temperatura, níveis de O2 e CO2, tempo de armazenamento). (Braga, Peres 2010).
 
 Fonte da imagem: Istock.
Assim sendo, o desenvolvimento de uma atmosfera modificada necessita de ter em consideração todos estes aspetos.
A embalagem é um dos principais fatores a ter em atenção no desenvolvimento da atmosfera modificada, pois são as suas características de permeabilidade, espessura, área, e existência, número e diâmetro das perfurações, que vão definir as trocas gasosas e consequente alcance da composição de gases desejada. (Braga, Peres 2010).
 
 
 Fonte da imagem: Istock.
 
Como resultado da crescente necessidade de minimizar o impacto ambiental causado pelo plástico, materiais como o polietileno de baixa densidade, provenientes de petroquímicos e mais comumente utilizados, têm vindo a ser substituídos por materiais reciclados, ou até por novos materiais biodegradáveis e sustentáveis que têm surgido, como o ácido polilático. (Braga, Peres 2010)
Atmosfera modificada embalagem ativa 
Embalagem desenvolvida para absorver e/ou libertar compostos bioativos de ou para o interior da embalagem. Um exemplo são os captadores/absorvedores de oxigénio e etileno, cujos níveis mais baixos minimizam o crescimento microbiano e desaceleram o amadurecimento, respetivamente. (Robertson, G. L. 2012).
Outras tecnologias de embalagem ativa envolvem bandejas ou películas absorventes que removem o excesso de vapor de água e de fluido dos produtos, filmes antioxidantes para minimizar a oxidação, ou materiais de embalagem com aditivos antimicrobianos. (Robertson, G. L. 2012).
 Filme antimicrobiano
 
 Fonte da imagem: SulPrint 
Atmosfera modificada em embalagens Inteligentes 
No caso da embalagem inteligente, esta incorpora sensores que monitorizam e comunicam ao consumidor a qualidade, segurança, temperatura e/ou o estado dos alimentos. (Toivonen, P. M,2014).
 
 Fonte da imagem: TecnoAlimentar
Alguns exemplos incluem indicadores/biossensores que detectam alterações na composição gasosa, presença de etileno, ou outros compostos associados à deterioração do produto. Ao fazerem este tipo de detecções, os biossensores têm uma resposta visual, através de uma mudança de cor cujosignificado é apresentado na embalagem e por isso compreendido pelo consumidor. (Lang, C., Hübert, T. 2012).
Conclusão
Conclui-se que as indústrias vêm tendo cada vez mais ideias responsáveis na produção de embalagens e rótulos, é importante que se pense na conservação dos alimentos, mas também como estes irão se comportar no meio ambiente. A produção de embalagens que visam conservar os alimentos vem trazendo benefícios, já que estes acabam tendo mais vida útil de prateleira, alguns com auxílio de alguns aditivos alimentares que promovem ainda mais durabilidade. Como foi possível observar são inúmeras as alternativas que se adequam a cada setor, visando não só prolongar sua duração, mas também a qualidade e segurança dos mesmos, e é essencial que a escolha da embalagem seja a correta diminuindo a perca de propriedades. No que se refere á segurança, o aspecto e a que público irá atingir importa muito, principalmente aqueles produzidos especificamente para crianças, pois exigem o máximo de segurança para que não venham a se machucar ao manuseá-lo ou que acabem ingerindo-o. Assim como os rótulos de cada produto tem de ser bem claro e com alertas de segurança, no caso de produtos alergênicos por exemplo. Pensando na parte ecológica, escolher as embalagens com materiais autodestrutíveis e ecologicamente corretos é uma opção ideal, mesmo que muitas das vezes essas opções ainda sejam escassas. No geral o avanço da indústria tem facilitado a vida das pessoas, pois se torna muito mais prático e confiável, além de estarem cada vez mais preocupados com a situação socioambiental, porém a escolha correta dos produtos irá depender também daqueles que irão consumi-lo e armazená-lo. 
Referências Bibliográficas
Braga RL, Peres L. Novas tendências em embalagens para alimentos: revisão. Boletim do CEPPA. 2010; 28(1): 69-84.
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