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Assuntos da Rodada Direito Civil 1 Lei de introdução às normas do direito brasileiro. 1.1 Vigência, aplicação, interpretação e integração das leis. 1.2 Conflito das leis no tempo. 1.3 Eficácia da lei no espaço. 2 Pessoas naturais. 2.1 Existência. 2.2 Personalidade. 2.3 Capacidade. 2.4 Nome. 2.5 Estado. 2.6 Domicílio. 2.7 Direitos da personalidade. 3 Pessoas jurídicas. 3.1 Disposições gerais. 3.2 Constituição. 3.3 Domicílio. 3.4 Associações e fundações. 4 Bens públicos. 5 Negócio jurídico. 5.1 Disposições gerais. 5.2 Invalidade. 6 Prescrição. 6.1 Disposições gerais. 7 Decadência. 8 Atos ilícitos. 9 Contratos. 9.1 Contratos em geral. 9.2 Preliminares e formação dos contratos. 9.3 Transmissão das obrigações. 9.4 Adimplemento das obrigações. 9.5 Responsabilidade civil. Rodada #10 Direito Civil Professora Elisa Pinheiro DIREITO CIVIL 2 a. Teoria em Tópicos 1. Conceito. O adimplemento obrigacional consiste no pagamento, o qual tem o condão de: a) Liberar totalmente o devedor do vínculo obrigacional; e b) Extinguir a obrigação. Conforme Maria Helena Diniz: “o pagamento é a execução voluntária e exata, por parte do devedor, da prestação devida ao credor, no tempo, forma e lugar previstos no título constitutivo”.1 2. Elementos do pagamento. Os elementos do pagamento são: a) Sujeito; b) Objeto; c) Lugar; e d) Tempo. 2.1. Sujeito. O pagamento é composto por duas figuras, quais sejam: a) Quem deve pagar (solvens) e; 1 DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado – 8. Ed. – São Paulo: Saraiva: 2002. DIREITO CIVIL 3 b) A quem se deve pagar (accipiens). 2.1.1. Quem deve pagar (solvens). Destaca-se que salvo se a obrigação for intuitu personae, qualquer interessado na extinção da dívida poderá pagá-la. IMPORTANTE! Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor (art. 304 do CC/2002). Neste mesmo sentido, igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. Inclusive, tem direito a reembolsar-se do que pagar, o terceiro não interessado. Todavia, este terceiro não se sub-roga nos direitos do credor. Se o pagamento for feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, esse não será obrigado a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para quitar o débito. Vamos imaginar a seguinte situação: Roberto deve R$ 50.000,00 para Erasmo. Wanderléa, por força da amizade entre eles, resolve quitar a dívida. Mas Roberto sempre teve os meios para quitá-lo. Portanto, nesse caso, com o desconhecimento ou com a oposição de Roberto, a Wanderléa não será reembolsada pelo o que pagou. 2.1.2. A quem se deve pagar (accipiens). DIREITO CIVIL 4 Em relação ao accipiens, o pagamento deverá ser feito para o credor ou para quem o represente, sob pena de só valer depois de ser ratificado por ele. Se o pagamento for feito de boa-fé para o credor putativo***, ele será considerado válido, ainda que depois seja provado que aquele não era credor, conforme disciplina art. 309 do CC/2002). ESCLARECENDO! Credor putativo é aquele que é aceito pela sociedade como o verdadeiro credor. Por exemplo: Ivete deve R$ 100.000,00 para Cláudia. Ocorre que Cláudia morreu. Portanto, Ivete quitará a dívida com um herdeiro que assumiu a posição da credora primitiva que faleceu. Se esse herdeiro perder essa qualidade por força de uma ação de anulação de testamento, ainda assim, o pagamento feito por Ivete terá validade, visto que foi feito de boa-fé para o credor putativo. Por outro lado, o pagamento não valerá se for feito, cientemente, ao credor incapaz de quitar (conforme art. 310 do CC/2002). No entanto, se o devedor conseguir provar que aquele benefício se reverteu para aquele credor incapaz, o pagamento será considerado válido. Em relação a quem se deve pagar, é importante destacar que se alguém portar um título que deva ser entregue como quitação, presume-se que essa pessoa estava autorizada para receber o pagamento. No que tange ao pagamento feito ao credor incapaz (quando aquele que pagou sabia da incapacidade), tal pagamento não será valido. A menos que o devedor consiga prova que o pagamento reverteu-se em benefício do incapaz. Neste sentido: Art. 310 do CC/2002: Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu. DIREITO CIVIL 5 Deixa-se em negrito que considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante, conforme inteligência do art. 311 do CC/2002. Por fim, nos casos do pagamento de crédito penhorado ou impugnado, se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes (que poderão constranger o devedor a pagar de novo). Nestas situações, obviamente, o devedor tem direito de contra o credor. 2.2. Objeto. O objeto diz respeito ao conteúdo do pagamento. Em outras palavras, o objeto diz respeito ao conteúdo daquela prestação combinada entre as partes. Assim, se eu te devo um quadro pintado por mim (provavelmente, o quadro de uma criança de 4 anos é bem mais bonito! risos), você tem o direito de se recusar a receber qualquer outra prestação, mesmo que eu te ofereça um quadro do Picasso. Isso porque, você tem o direito de receber exatamente o objeto convencionado entre nós. DESPENCA NA PROVA! 1. Deixa-se em negrito que o credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa, conforme art. 313 do CC/2002. 2. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal. Portanto são nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da DIREITO CIVIL 6 moeda nacional (excetuados os casos previstos na legislação especial). Conforme artigos. 315 e 318 do CC/2002 Se o pagamento for composto por parcelas, a lei permite que seja convencionado o aumento progressivo de prestações sucessivas que deverão ser quitadas por força do negócio jurídico. Neste sentido: Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. Se o pagamento em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem quitadas (solvidas) as anteriores, conforme art. 322 do CC/2002. Se o pagamento da obrigação envolver uma prestação divisível (ou seja, uma prestação que comporta divisão), o credor não será obrigado a receber, nem o devedor será obrigado a pagar, por partes, se isso não tinha sido convencionado. O devedor poderá reter o pagamento, enquanto não lhe for dada a quitação regular. Ademais, a quitação SEMPRE poderá ser dada por instrumento PARTICULAR. Ainda, a quitação designará: a) O valor e a espécie da dívida quitada; b) O nome do devedor, ou quem por este pagou; c) O tempo e o lugar do pagamento; e d) A assinatura do credor, ou do seu representante. Por fim, mesmo sem esses requisitos, a quitação terá validade, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. 2.3. Lugar. DIREITO CIVIL7 Quanto ao lugar do pagamento, a obrigação pode ser assim classificada em: a) Obrigação quérable – hipótese na qual o pagamento deverá ocorrer no domicílio do devedor; e b) Obrigação portable - hipótese na qual o pagamento deverá ocorrer no domicílio do credor. Outra coisa (e muita atenção porque essa informação é constantemente cobrada em provas): o pagamento é efetuado no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. Todavia, conforme bem dispõe o art. 329 do CC/2002: Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. Entretanto, se o pagamento for feito reiteradamente em outro local, presume-se renúncia do credor relativamente ao local originalmente previsto no contrato. Sobre este tema, cabem aqui algumas explicações sobre dois institutos jurídicos: supressio e surrectio. Vejamos as principais diferenças conforme bem dispõe Elpídio Donizetti e Felipe Quintella2: “Supressio: Por força dos deveres objetivos de conduta impostos pelo princípio da boa-fé, não se admite que a parte que durante um longo período deixou de exercer um direito que lhe era atribuído, com isso gerando expectativas para a outra, venha posteriormente a exercê-lo. É que o não exercício do direito importa a sua supressio – “supressão”, renúncia tácita. Berenice e Helena celebram contrato de locação. Ajusta-se no contrato que o aluguel será pago à imobiliária que intermediou o contrato, distante do imóvel 2 DONIZETTI. Elpídio; QUINTELLA. Felipe. Curso Didático de Direito Civil. 5ª Edição. 2016. Editora Gen. DIREITO CIVIL 8 locado. Ocorre que, desde o primeiro mês, Berenice paga o aluguel diretamente a Helena, que sempre a encontra na igreja próxima da casa de ambas. Tempos depois, Helena pretende forçar Berenice a observar o local do pagamento estabelecido no contrato, mas não obtém êxito, vez que, por força do princípio da boa-fé, entende-se que houve a supressio daquele direito. Surrectio: Se uma parte voluntariamente assume uma obrigação que originalmente não integrava a relação contratual, criando tacitamente para a outra um direito, e essa obrigação se consolida na relação, não permitem os deveres de conduta impostos pela boa-fé objetiva que a parte posteriormente se negue a cumprir tal obrigação. A esse fenômeno a doutrina se refere como surrectio. Trata-se, como se vê, da outra face da supressio, pois que esta atua na extinção de um direito que se presume renunciado e aquela atua no nascimento de um direito por ajuste tácito. Rui e Pontes celebram contrato de fornecimento mensal de frutas. Todos os meses, Rui arca com as despesas do envio das frutas, embora tal obrigação não houvesse sido ajustada. Passados meses de reiterada conduta, não permite a surrectio que Rui queira, a partir de determinado momento, exigir que Pontes cubra os custos da remessa”. Por fim, se forem designados dois ou mais lugares para o pagamento, a escolha caberá ao CREDOR. 2.4. Tempo. Em relação ao tempo do pagamento, a obrigação pode ser: a) Instantânea; DIREITO CIVIL 9 b) De execução diferida; e c) De execução continuada. A obrigação instantânea se dá com o pagamento imediato. Já a obrigação de execução diferida se dá através de um pagamento feito de uma só vez em um momento futuro. Por sua vez, a obrigação de execução continuada se dá através de pagamentos periódicos. Diante de tais premissas, conforme consigna o art. 331: Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente. No que tange as obrigações pendentes de condição, estas cumprem-se na data do implemento da condição. Vejamos: Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor. Ademais, o credor tem o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado no Código Civil: a) No caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; b) Se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; e c) Se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. 3. Adimplemento indireto das obrigações. DIREITO CIVIL 10 O estudo do adimplemento indireto das obrigações passa pela análise das seguintes figuras: a) Consignação; b) Imputação; c) Sub-rogação; d) Dação; e) Novação; f) Compensação; g) Confusão; e h) Remissão. 3.1. Consignação. O pagamento em consignação consiste no depósito efetuado pelo devedor, da coisa devida, para que possa se livrar de uma obrigação assumida perante um credor determinado. Isso, normalmente, acontece quando alguém tem uma dívida e o credor desaparece sem deixar qualquer informação sobre quem deva receber o pagamento. Então, o devedor faz o depósito, em juízo, para se desvencilhar da obrigação. Tal método será cabível: a) Se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; DIREITO CIVIL 11 b) Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; c) Se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; d) Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; e e) Se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 3.2. Imputação. A imputação ocorre quando a pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de INDICAR qual deles oferece em pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Se o devedor não fizer tal indicação, a imputação se dará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação se dará na dívida mais onerosa. 3.3. Sub-rogação. A sub-rogação consiste na SUBSTITUIÇÃO de um objeto por outro, com os mesmos ônus e atributos, (sub-rogação real), ou na substituição de uma pessoa por outra, que terá os mesmos direitos e ações daquela (sub-rogação pessoal). O pagamento por sub-rogação não tem caráter liberatório para o devedor. Isso porque a sub-rogação é uma exceção ao princípio de que o pagamento extingue a obrigação. DIREITO CIVIL 12 Assim, regra geral, o terceiro toma a iniciativa de cumprir a obrigação, com o fito de resguardar algum interesse pessoal. Por exemplo: o fiador prefere evitar o risco de uma cobrança, paga o débito e assume a posição do credor primitivo. 3.3.1. Espécies de sub-rogação. SUB-ROGAÇÃO Sub-rogação legal Sub-rogação convencional Do credor que paga a dívida do devedor comum. Quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos. Do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel. Quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito. Do terceiro interessado, que pagaa dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. CAIU NA PROVA! A sub-rogação é a modalidade de pagamento que se opera, de pleno direito, em favor de credor que paga dívida do devedor comum. 3.4. Dação. A dação em pagamento consiste na SUBSTITUIÇÃO DO OBJETO OBRIGACIONAL por outro, através do consentimento expresso do credor. Por fim, destaca-se que a dação em pagamento tem caráter liberatório para o devedor. DIREITO CIVIL 13 3.5. Novação. A novação em pagamento consiste na substituição da relação obrigacional por outra, alterando a composição subjetiva ou objetiva, podendo alcançar uma e outra. Ademais, A novação ocorre: a) Quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; b) Quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; e c) Quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este. A novação subjetiva passiva por expromissão se dá quando um terceiro assume a dívida do devedor primitivo, mas SEM o consentimento do devedor e COM o consentimento do credor. Nesse caso, se o novo devedor for insolvente, o credor, que o aceitou, não tem o direito de propor ação regressiva contra o primeiro devedor, salvo se este obteve por má-fé a substituição. 3.6. Compensação. A compensação ocorre quando duas ou mais pessoas forem ao mesmo tempo credoras e devedoras umas das outras, extinguindo-se as obrigações até o ponto onde se equivalerem. De acordo com o que dispõe o Código Civil (arts. 369 e 372), a compensação legal se opera de pleno direito quando há: 1. Liquidez do débito; DIREITO CIVIL 14 2. Exigibilidade do débito; e 3. Fungibilidade das prestações. Deixa-se em negrito que os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a compensação. Os prazos de favor, como a própria expressão já fala, são aqueles prazos concedidos por força da gentileza do credor e eles não têm o condão de afastar a COMPENSAÇÃO. É importante destacar que a diferença de causa nas dívidas NÃO impede a compensação, exceto: a) Se provier de esbulho, furto ou roubo; b) Se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos; e c) Se uma for de coisa não suscetível de penhora. Por fim, também não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas. 3.7. Confusão. A confusão ocorre quando na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. Isso pode envolver a dívida toda, ou só parte dela. Normalmente, isso acontece quando o seu pai deve algo para você e ele falece. Dessa forma, pelo feito de ser herdeiro(a) dele, você será devedor(a), sendo que já era credor(a) daquela obrigação. Assim, teremos a figura da confusão que importará na extinção da obrigação. DIREITO CIVIL 15 Se, porventura, a confusão se der na pessoa do credor ou devedor solidário, a obrigação se extingue até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade. 3.8. Remissão. A remissão consiste no perdão de uma dívida. Trata-se de um direito exclusivo do credor de exonerar o devedor, mas sem prejuízo de terceiro. CAIU NA PROVA! Entende-se por remissão da dívida a exoneração do devedor do cumprimento da obrigação. DIREITO CIVIL 16 b. Mapas mentais DIREITO CIVIL 17 DIREITO CIVIL 18 c. Revisão 1 QUESTÃO 01 - 2016 – CESPE - FUNPRESP-JUD - ANALISTA – DIREITO. Na imputação do pagamento, são exigidas, além da pluralidade de débitos e identidade das partes, a igual natureza das dívidas e a possibilidade de o pagamento resgatar mais de um débito. QUESTÃO 02 - 2016 – CESPE - TCE-PA - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA FISCALIZAÇÃO – DIREITO. Indivíduo que se comprometer ao pagamento da obrigação em prestações sucessivas terá a seu favor a presunção de pagamento se tiver recibo de quitação da última. QUESTÃO 03 - 2015 – CESPE – TELEBRAS – ADVOGADO. A novação subjetiva do devedor pode ocorrer independentemente de sua anuência. QUESTÃO 04 - 2015 – CESPE – AGU - ADVOGADO DA UNIÃO. De acordo com o que dispõe o Código Civil, a compensação legal opera-se de pleno direito quando há liquidez e exigibilidade do débito e fungibilidade das prestações, não havendo impedimento para a compensação devido a prazo de favor concedido por uma das partes. DIREITO CIVIL 19 QUESTÃO 05 - 2015 – CESPE – DPU - DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL DE SEGUNDA CATEGORIA. Considere que as prestações periódicas de tal negócio jurídico tenham sido cumpridas, reiteradamente e com a aceitação de ambas as partes, no domicílio de uma das partes da relação jurídica. Nesse caso, ainda que tenha sido disposto na avença que as prestações fossem cumpridas no domicílio da outra parte, esta não poderia exigir, unilateral e posteriormente, o cumprimento de tal disposição. QUESTÃO 06 - 2013 – CESPE – TCU - AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO. Considere que terceiro interessado queira pagar dívida do devedor e que o credor tenha manifestado sua recusa em receber o pagamento. Nessa situação, o terceiro poderá valer-se dos meios conducentes à exoneração do devedor, pois a legislação de regência confere a qualquer interessado na extinção da dívida a faculdade de pagá-la. QUESTÃO 07 - 2013 – CESPE - TC-DF - PROCURADOR. O devedor de dois débitos da mesma natureza, líquidos, vencidos e com o mesmo credor, não poderá, caso pague quantia insuficiente para a quitação dos dois, imputar pagamento parcial de um deles. QUESTÃO 08 - 2013 – CESPE - TC-DF - PROCURADOR. Se o devedor verificar que o credor é pessoa incapaz de receber, o pagamento deverá ser realizado mediante consignação. DIREITO CIVIL 20 QUESTÃO 09 - 013 – CESPE - TC-DF - PROCURADOR. No pagamento de débito alheio em nome próprio pelo terceiro desinteressado não é necessária a notificação do devedor. QUESTÃO 10 - 2012 – CESPE - TJ-AC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA. A imputação do pagamento consiste na prerrogativa de o devedor indicar ou escolher o débito que pretende oferecer em pagamento ao credor, na hipótese da existência de dois ou mais débitos da mesma natureza e se todos forem líquidos e vencidos. Nesse contexto, havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. DIREITO CIVIL 21 d. Revisão 2 QUESTÃO 11 - 2010 – CESPE - TCE-BA – PROCURADOR. Considere que João deva certa quantia para José, que deve igual quantia para Pedro. Considere, ainda, que, devido a acordo firmado entre os três, João deverá pagar a referida quantia diretamente para Pedro, retirando-se José da relação jurídica. Nessa situação, tem-se um exemplo de novação. QUESTÃO 12 - 2010 – CESPE – DPU - DEFENSOR PÚBLICO. O pagamento realizado reiteradamente pelo devedor em local diverso do ajustado em contrato é um exemplo do que se denomina supressio. QUESTÃO 13 - 2009 – CESPE - TCE-RN - ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO. Configura supressio o pagamento reiteradamentefeito em local diferente daquele previsto no contrato. QUESTÃO 14 - 2008 – CESPE - MPE-RR - PROMOTOR DE JUSTIÇA. O terceiro interessado que paga dívida pela qual era ou poderia ser obrigado, no todo ou em parte, pode cobrar o que tiver desembolsado, sub-rogando-se nos direitos e ações do credor. DIREITO CIVIL 22 QUESTÃO 15 - 2008 – CESPE - TJ-DFT - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS. Pagamento ou quitação é ato que compete exclusivamente ao devedor. QUESTÃO 16 - 2008 – CESPE - PGE-ES - PROCURADOR DO ESTADO. Quando o devedor contrai com o credor nova obrigação, visando extinguir e substituir obrigação nula ou extinta, verifica-se a novação. Da mesma forma, verifica-se novação se surgir novo devedor, sucessor do anterior, hipótese em que este fica desobrigado, transmitindo ao novo devedor a obrigação pela qual, até então, era o responsável. QUESTÃO 17 - 2006 - CESPE – IPAJM – ADVOGADO. Sendo a compensação uma das formas de extinção das obrigações de fazer e de dar, e, portanto, norma cogente, as partes não podem acordar a sua exclusão nem podem a ela renunciar. QUESTÃO 18 – INÉDITA. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor não se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. QUESTÃO 19 – INÉDITA. O terceiro interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. DIREITO CIVIL 23 QUESTÃO 20 – INÉDITA. O terceiro não interessado, se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. DIREITO CIVIL 24 e. Revisão 3 QUESTÃO 21 – INÉDITA. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. QUESTÃO 22 – INÉDITA. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. QUESTÃO 23 – INÉDITA. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é inválido, ainda provado depois que não era credor. QUESTÃO 24 – INÉDITA. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, mesmo se o devedor provar que em benefício dele efetivamente reverteu. QUESTÃO 25 – INÉDITA. A consignação tem lugar se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento. DIREITO CIVIL 25 QUESTÃO 26 – INÉDITA. O credor é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, desde que mais valiosa. QUESTÃO 27 – INÉDITA. Em regra, as dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal. QUESTÃO 28 – INÉDITA. É ilícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. QUESTÃO 29 – INÉDITA. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente. QUESTÃO 30 – INÉDITA. A consignação tem lugar se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma. DIREITO CIVIL 26 f. Normas comentadas CÓDIGO CIVIL DE 2002 – CC/02. Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu. Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la. Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. DIREITO CIVIL 27 Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor. Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu. Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante. Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor. Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou. Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes. Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial. Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. DIREITO CIVIL 28 Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles. Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem. Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente. Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor. Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código: I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; III - se cessarem,ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. DIREITO CIVIL 29 Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes. Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. Art. 335. A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: I - do credor que paga a dívida do devedor comum; II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. Art. 347. A sub-rogação é convencional: DIREITO CIVIL 30 I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos; II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito. Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. Art. 360. Dá-se a novação: I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este. Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem. Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela. Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. DIREITO CIVIL 31 g. Gabarito 1 2 3 4 5 CERTA CERTA CERTA CERTA CERTA 6 7 8 9 10 CERTA CERTA CERTA CERTA CERTA 11 12 13 14 15 CERTA CERTA CERTA CERTA ERRADA 16 17 18 19 20 ERRADA ERRADA ERRADA ERRADA CERTA 21 22 23 24 25 ERRADA CERTA ERRADA ERRADA CERTA 26 27 28 29 30 ERRADA CERTA ERRADA CERTA CERTA DIREITO CIVIL 32 h. Breves comentários às questões QUESTÃO 01 - 2016 – CESPE - FUNPRESP-JUD - ANALISTA – DIREITO. Na imputação do pagamento, são exigidas, além da pluralidade de débitos e identidade das partes, a igual natureza das dívidas e a possibilidade de o pagamento resgatar mais de um débito. Item correto, conforme o art. 352 do CC. Resposta: Certa. QUESTÃO 02 - 2016 – CESPE - TCE-PA - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA FISCALIZAÇÃO – DIREITO. Indivíduo que se comprometer ao pagamento da obrigação em prestações sucessivas terá a seu favor a presunção de pagamento se tiver recibo de quitação da última. Item correto, conforme o art. 322 do CC. Resposta: Certa. QUESTÃO 03 - 2015 – CESPE – TELEBRAS – ADVOGADO. A novação subjetiva do devedor pode ocorrer independentemente de sua anuência. Item correto, conforme o art. 362 do CC. DIREITO CIVIL 33 Resposta: Certa. QUESTÃO 04 - 2015 – CESPE – AGU - ADVOGADO DA UNIÃO. De acordo com o que dispõe o Código Civil, a compensação legal opera-se de pleno direito quando há liquidez e exigibilidade do débito e fungibilidade das prestações, não havendo impedimento para a compensação devido a prazo de favor concedido por uma das partes. Item correto, conforme os arts. 369 e 372 do CC. Resposta: Certa. QUESTÃO 05 - 2015 – CESPE – DPU - DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL DE SEGUNDA CATEGORIA. Considere que as prestações periódicas de tal negócio jurídico tenham sido cumpridas, reiteradamente e com a aceitação de ambas as partes, no domicílio de uma das partes da relação jurídica. Nesse caso, ainda que tenha sido disposto na avença que as prestações fossem cumpridas no domicílio da outra parte, esta não poderia exigir, unilateral e posteriormente, o cumprimento de tal disposição. Item certo, pois conforme art. 330 do CC/2002: O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. Resposta: Certa. QUESTÃO 06 - 2013 – CESPE – TCU - AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO. DIREITO CIVIL 34 Considere que terceiro interessado queira pagar dívida do devedor e que o credor tenha manifestado sua recusa em receber o pagamento. Nessa situação, o terceiro poderá valer-se dos meios conducentes à exoneração do devedor, pois a legislação de regência confere a qualquer interessado na extinção da dívida a faculdade de pagá-la. Item correto, conforme o art. 304 do CC. Resposta: Certa. QUESTÃO 07 - 2013 – CESPE - TC-DF - PROCURADOR. O devedor de dois débitos da mesma natureza, líquidos, vencidos e com o mesmo credor, não poderá, caso pague quantia insuficiente para a quitação dos dois, imputar pagamento parcial de um deles. Item correto, conforme o arts. 314 e 352 do CC. Resposta: Certa. QUESTÃO 08 - 2013 – CESPE - TC-DF - PROCURADOR. Se o devedor verificar que o credor é pessoa incapaz de receber, o pagamento deverá ser realizado mediante consignação. Item correto, conforme o art. 335, III do CC. Resposta: Certa. DIREITO CIVIL 35 QUESTÃO 09 - 013 – CESPE - TC-DF - PROCURADOR. No pagamento de débito alheio em nome próprio pelo terceiro desinteressado não é necessária a notificação do devedor. Item correto, conforme o art. 306 do CC. Resposta: Certa. QUESTÃO 10 - 2012 – CESPE - TJ-AC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA. A imputação do pagamento consiste na prerrogativa de o devedor indicar ou escolher o débito que pretende oferecer em pagamento ao credor, na hipótese da existência de dois ou mais débitos da mesma natureza e se todos forem líquidos e vencidos. Nesse contexto, havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. Item certo, pois a imputação ocorre quando a pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de INDICAR qual deles oferece em pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Ademais, informa o Código Civil que: Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento,se todos forem líquidos e vencidos. Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. DIREITO CIVIL 36 Resposta: Certa. QUESTÃO 11 - 2010 – CESPE - TCE-BA – PROCURADOR. Considere que João deva certa quantia para José, que deve igual quantia para Pedro. Considere, ainda, que, devido a acordo firmado entre os três, João deverá pagar a referida quantia diretamente para Pedro, retirando-se José da relação jurídica. Nessa situação, tem-se um exemplo de novação. Item certo, pois conforme art. 360 do CC/2002. Dá-se a novação: II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor. Resposta: Certa. QUESTÃO 12 - 2010 – CESPE – DPU - DEFENSOR PÚBLICO. O pagamento realizado reiteradamente pelo devedor em local diverso do ajustado em contrato é um exemplo do que se denomina supressio. Item certo, pois conforme art. 330 do CC/2002: O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. Ademais, conforme bem dispõe Elpídio Donizetti e Felipe Quintella3: “Supressio: Por força dos deveres objetivos de conduta impostos pelo princípio da boa-fé, não se admite que a parte que durante um longo período deixou de exercer um direito que lhe era atribuído, com isso gerando expectativas para a outra, venha posteriormente a 3 DONIZETTI. Elpídio; QUINTELLA. Felipe. Curso Didático de Direito Civil. 5ª Edição. 2016. Editora Gen. DIREITO CIVIL 37 exercê-lo. É que o não exercício do direito importa a sua supressio – “supressão”, renúncia tácita. Berenice e Helena celebram contrato de locação. Ajusta-se no contrato que o aluguel será pago à imobiliária que intermediou o contrato, distante do imóvel locado. Ocorre que, desde o primeiro mês, Berenice paga o aluguel diretamente a Helena, que sempre a encontra na igreja próxima da casa de ambas. Tempos depois, Helena pretende forçar Berenice a observar o local do pagamento estabelecido no contrato, mas não obtém êxito, vez que, por força do princípio da boa-fé, entende-se que houve a supressio daquele direito. Surrectio: Se uma parte voluntariamente assume uma obrigação que originalmente não integrava a relação contratual, criando tacitamente para a outra um direito, e essa obrigação se consolida na relação, não permitem os deveres de conduta impostos pela boa-fé objetiva que a parte posteriormente se negue a cumprir tal obrigação. A esse fenômeno a doutrina se refere como surrectio. Trata-se, como se vê, da outra face da supressio, pois que esta atua na extinção de um direito que se presume renunciado e aquela atua no nascimento de um direito por ajuste tácito. Rui e Pontes celebram contrato de fornecimento mensal de frutas. Todos os meses, Rui arca com as despesas do envio das frutas, embora tal obrigação não houvesse sido ajustada. Passados meses de reiterada conduta, não permite a surrectio que Rui queira, a partir de determinado momento, exigir que Pontes cubra os custos da remessa”. Resposta: Certa. QUESTÃO 13 - 2009 – CESPE - TCE-RN - ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO. DIREITO CIVIL 38 Configura supressio o pagamento reiteradamente feito em local diferente daquele previsto no contrato. Item certo, pois conforme bem dispõe Elpídio Donizetti e Felipe Quintella4: “Supressio: Por força dos deveres objetivos de conduta impostos pelo princípio da boa-fé, não se admite que a parte que durante um longo período deixou de exercer um direito que lhe era atribuído, com isso gerando expectativas para a outra, venha posteriormente a exercê-lo. É que o não exercício do direito importa a sua supressio – “supressão”, renúncia tácita.” Resposta: Certa. QUESTÃO 14 - 2008 – CESPE - MPE-RR - PROMOTOR DE JUSTIÇA. O terceiro interessado que paga dívida pela qual era ou poderia ser obrigado, no todo ou em parte, pode cobrar o que tiver desembolsado, sub-rogando-se nos direitos e ações do credor. Item correto, conforme o art. 346, III do CC. Resposta: Certa. QUESTÃO 15 - 2008 – CESPE - TJ-DFT - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS. Pagamento ou quitação é ato que compete exclusivamente ao devedor. 4 DONIZETTI. Elpídio; QUINTELLA. Felipe. Curso Didático de Direito Civil. 5ª Edição. 2016. Editora Gen. DIREITO CIVIL 39 Item errado, pois a quitação é dada pelo credor, conforme o art. 319 do CC. Além disso, “qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor” (art. 304 do CC). Resposta: Errada. QUESTÃO 16 - 2008 – CESPE - PGE-ES - PROCURADOR DO ESTADO. Quando o devedor contrai com o credor nova obrigação, visando extinguir e substituir obrigação nula ou extinta, verifica-se a novação. Da mesma forma, verifica-se novação se surgir novo devedor, sucessor do anterior, hipótese em que este fica desobrigado, transmitindo ao novo devedor a obrigação pela qual, até então, era o responsável. Item errado, pois conforme art. 367 do CC/2002: Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas. Resposta: Errada. QUESTÃO 17 - 2006 - CESPE – IPAJM – ADVOGADO. Sendo a compensação uma das formas de extinção das obrigações de fazer e de dar, e, portanto, norma cogente, as partes não podem acordar a sua exclusão nem podem a ela renunciar. Item errado, pois as partes podem acordar a exclusão da compensação, bem como podem efetuar a renúncia prévia, conforme o art. 375 do CC. Neste sentido: Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas. Resposta: Errada. DIREITO CIVIL 40 QUESTÃO 18 – INÉDITA. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor não se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. Item errado, pois conforme art. 304, CC/2002: Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. Resposta: Errada. QUESTÃO 19 – INÉDITA. O terceiro interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. Item errado, pois conforme art. 305 do CC/2002: O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub- roga nos direitos do credor. Resposta: Errada. QUESTÃO 20 – INÉDITA. O terceiro não interessado, se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. Item certo, conforme art. 305 combinado com parágrafo único do CC/2002. Vejamos: Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. DIREITO CIVIL 41 Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. Resposta: Certa. QUESTÃO 21 – INÉDITA. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. Item errado, pois conforme art. 306 do CC/2002: O pagamento feito por terceiro,com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. Resposta: Errada. QUESTÃO 22 – INÉDITA. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. Item certo, conforme art. 308 do CC/2002. Resposta: Certa. QUESTÃO 23 – INÉDITA. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é inválido, ainda provado depois que não era credor. DIREITO CIVIL 42 Item errado, pois conforme art. 309 do CC/2002: O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor. Resposta: Errada. QUESTÃO 24 – INÉDITA. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, mesmo se o devedor provar que em benefício dele efetivamente reverteu. Item errado, pois conforme art. 310 do CC/2002: Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu. Resposta: Errada. QUESTÃO 25 – INÉDITA. A consignação tem lugar se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento. Item certo, conforme art. 335, inciso IV do CC/2002. Resposta: Certa. QUESTÃO 26 – INÉDITA. O credor é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, desde que mais valiosa. DIREITO CIVIL 43 Item errado, pois conforme art. 313 do CC/2002: O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. Resposta: Errada. QUESTÃO 27 – INÉDITA. Em regra, as dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal. Item certo, conforme art. 315 do CC/2002. Resposta: Certa. QUESTÃO 28 – INÉDITA. É ilícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. Item errado, pois conforme art. 316 do CC/2002: É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. Resposta: Errada. QUESTÃO 29 – INÉDITA. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente. Item certo, conforme art. 331 do CC/2002. Resposta: Certa. DIREITO CIVIL 44 QUESTÃO 30 – INÉDITA. A consignação tem lugar se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma. Item certo, conforme art. 335, inciso I do CC/2002. Resposta: Certa.
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