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E sites pontodosconcursos ANEXOS ARTIGOS 2016 08 000000162 11082016 (1)

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PROCURADOR DO ESTADO DO MATO GROSSO 
Comentários da Prova de Direito Civil 
Prof. Prof. Prof. Prof. Lauro EscobarLauro EscobarLauro EscobarLauro Escobar 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Lauro Escobar 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FCC – Procuradoria Geral do Estado do Mato Grosso 
Procurador do Estado – 2016 
COMENTÁRIOS DA PROVA DE DIREITO CIVIL 
PROFESSOR: LAURO ESCOBAR 
 
 
PROCURADOR DO ESTADO DO MATO GROSSO 
Comentários da Prova de Direito Civil 
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2 
 
(FCC – PGE/MT – Procurador do Estado – 2016) De acordo com a Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a lei nova possui efeito 
(A) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a 
coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, incluindo o negócio 
jurídico sujeito a termo ou sob condição suspensiva. 
(B) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a 
coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual não se 
equiparam, para fins de direito intertemporal, o negócio jurídico sujeito a 
termo ou sob condição suspensiva. 
(C) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a 
coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equipara, 
para fins de direito intertemporal, o negócio jurídico sujeito a termo, porém 
não o negócio jurídico sob condição suspensiva. 
(D) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, ainda que se caracterizem 
como coisa julgada, ato jurídico perfeito ou direito adquirido. 
(E) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a 
coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equiparam 
as faculdades jurídicas e as expectativas de direito. 
COMENTÁRIOS. Art. 6°, LINDB: A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, 
respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. §2° 
Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, 
possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, 
ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. Gabarito: 
“A”. 
 
(FCC – PGE/MT – Procurador do Estado – 2016) Pedro adquiriu de João 
veículo que, segundo afirmou o vendedor, a fim de induzir o comprador em erro, 
seria do tipo “flex”, podendo ser abastecido com gasolina ou com álcool. Mas 
Pedro não fazia questão desta qualidade, e teria realizado o negócio ainda que o 
veículo não fosse bicombustível. No entanto, em razão do que havia afirmado 
João, Pedro acabou por abastecer o veículo com combustível inapropriado, o que 
causou avaria no motor. O negócio jurídico 
(A) é anulável e obriga às perdas e danos, em razão do vício denominado dolo, 
não importando tratar-se de dolo acidental. 
(B) é nulo, em razão de vício denominado dolo. 
(C) é nulo, em razão de vício denominado lesão. 
(D) é anulável, em razão do vício denominado dolo, mas não obriga às perdas 
e danos, por tratar-se de dolo acidental. 
(E) não é passível de anulação, pois o dolo acidental só obriga às perdas e 
danos. 
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COMENTÁRIOS. Art. 145, CC: São os negócios jurídicos anuláveis por 
dolo, quando este for a sua causa. Art. 146, CC. O dolo acidental só obriga à 
satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio 
seria realizado, embora por outro modo. A compra realizada por Pedro não teve 
como motivo o fato do veículo ser “flex” (espécie de combustível). Portanto, o 
negócio jurídico (compra do veículo) não será anulado. No entanto, embora a 
questão não entre nesse aspecto, o vendedor poderia ser responsabilizado por 
perdas e danos em decorrência da avaria causada no motor por causa da falsa 
informação prestada. Gabarito: “E”. 
 
(FCC – PGE/MT – Procurador do Estado – 2016) Francisco tomou R$ 
300.000,00 (trezentos mil reais) emprestados de Eduardo e não pagou no prazo 
avençado. Eduardo, por sua vez, deixou de ajuizar ação no prazo legal, dando 
azo à prescrição. Não obstante, Francisco pagou Eduardo depois de escoado o 
prazo prescricional. Depois de realizado o pagamento, Francisco ajuizou ação 
contra Eduardo para reaver a quantia paga. A alegação 
(A) procede, porque a prescrição atinge o próprio direito de crédito e sua 
renúncia somente é admitida, se realizada de maneira expressa, depois que se 
consumar, desde que sem prejuízo de terceiro. 
(B) procede, porque, embora a prescrição atinja não o direito, mas a 
pretensão, sua renúncia somente é admitida quando realizada de maneira 
expressa, antes de se consumar, desde que feita sem prejuízo de terceiro. 
(C) improcede, porque a prescrição atinge não o direito, mas a pretensão, 
além de admitir renúncia, de maneira expressa ou tácita, depois que se 
consumar, desde que feita sem prejuízo de terceiro. 
(D) improcede, porque, embora apenas a decadência admita renúncia, a 
prescrição atinge não o direito, mas a pretensão. 
(E) procede, porque a prescrição atinge o próprio direito de crédito e não 
admite renúncia. 
COMENTÁRIOS. Art. 189, CC: Violado o direito, nasce para o titular a 
pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os 
arts. 205 e 206. Art. 191, CC: A renúncia da prescrição pode ser expressa ou 
tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição 
se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, 
incompatíveis com a prescrição. Art. 882, CC: Não se pode repetir o que se 
pagou para solver dívida prescrita ou cumprir obrigação judicialmente inexigível. 
Gabarito: “C”. 
 
(FCC – PGE/MT – Procurador do Estado – 2016) Isac vendeu seu veículo a 
Juliano, por preço bem inferior ao de mercado, fazendo constar, no contrato de 
compra e venda, que o bem estava mal conservado e poderia apresentar vícios 
diversos e graves. Passados quarenta dias da realização do negócio, o veículo 
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parou de funcionar. Juliano ajuizou ação redibitória contra Isac, requerendo a 
restituição do valor pago, mais perdas e danos. A pretensão de Juliano 
(A) improcede, porque, embora a coisa possa ser enjeitada, em razão de vício 
redibitório, as perdas e danos apenas seriam devidas se Isac houvesse 
procedido de má-fé. 
(B) procede, porque a coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode 
ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a 
que é destinada, ou lhe diminuam o valor. 
(C) improcede, porque firmou contrato comutativo, assumindo o risco de que o 
bem viesse a apresentar avarias. 
(D) improcede, porque não configurados os elementos definidores do vício 
redibitório e o comprador assumiu o risco de que o bem viesse a apresentar 
avarias. 
(E) procede, porque a coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode 
ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a 
que é destinada, ou lhe diminuam o valor, mas está prescrita, porque se 
passaram mais de 30 dias da realização do negócio. 
COMENTÁRIOS. Vícios redibitórios são falhas ou defeitos ocultos existentes na 
coisa alienada, objeto de contratos comutativos, que a tornam imprópria ao uso 
a que se destina ou lhe diminuem sensivelmente ovalor. Ocorre que, no caso 
concreto, o vendedor especificou no contrato de compra e venda, que “o bem 
estava mal conservado e poderia apresentar vícios diversos e graves”. Assim, 
não estava configurado um dos elementos classificadores do vício redibitório, 
pois o art. 441, CC, exige que o vício seja oculto e no caso concreto o 
comprador foi alertado sobre o defeito, e, mesmo ciente, assumiu o risco pela 
compra da coisa, não cabendo a ação redibitória. Gabarito: “D”. 
 
(FCC – PGE/MT – Procurador do Estado – 2016) Marcelo exerce, com 
habitualidade, atividade que, por sua natureza, implica risco para os 
direitos de outrem. Se desta atividade advier dano, Marcelo responderá 
de maneira 
(A) subjetiva, não sendo necessária a comprovação do elemento culpa, mas se 
exigindo, em regra, a existência de nexo de causalidade. 
(B) subjetiva, a qual exige, em regra, a comprovação de nexo de causalidade e 
culpa. 
(C) objetiva, não sendo necessária, em regra, a comprovação dos elementos 
culpa ou nexo de causalidade. 
(D) objetiva, não sendo necessária a comprovação do elemento culpa, mas se 
exigindo, em regra, a existência de nexo de causalidade. 
(E) objetiva, a qual exige, em regra, a comprovação de nexo de causalidade e 
culpa. 
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COMENTÁRIOS. Art. 927, CC: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), 
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá 
obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa (responsabilidade 
objetiva), nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente 
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os 
direitos de outrem. Nesse caso, para haver a responsabilidade é necessário 
provar a conduta, o dano e o nexo de causalidade. Gabarito: “D”. 
 
(FCC – PGE/MT – Procurador do Estado – 2016) Acerca do comodato, 
considere: 
I. O comodato é contrato real, perfazendo-se com a tradição do objeto. 
II. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, 
até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante. 
III. O comodatário responde pelo dano decorrente de caso fortuito ou força 
maior se, correndo risco o objeto do comodato, juntamente com os seus, 
antepuser a salvação destes, abandonando o do comodante. 
IV. Se o comodato não tiver prazo convencional, o comodante poderá, a 
qualquer momento, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, 
independentemente de decisão judicial e da finalidade do negócio. 
Está correta o que ser afirma em 
(A) I, II e III, apenas. 
(B) II e III, apenas. 
(C) II e IV, apenas. 
(D) I, III e IV, apenas. 
(E) I, II, III e IV. 
COMENTÁRIOS. Item I, correto. Art. 579, CC: O comodato é o empréstimo 
gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto. Item II, 
correto. Art. 582, CC: O comodatário é obrigado a conservar, como se sua 
própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o 
contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O 
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comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até 
restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante. Item III, 
correto. Art. 583, CC: Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com 
outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do 
comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso 
fortuito, ou força maior. Item IV, incorreto. Art. 581, CC: Se o comodato não 
tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedido; 
não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, 
reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de 
findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado. 
Gabarito: “A”. 
 
(FCC – PGE/MT – Procurador do Estado – 2016) José, embora sem justo 
título nem boa-fé, exerceu, por dez anos, sem interrupção, nem oposição, a 
posse de imóvel registrado em nome de Caio, menor impúbere, nele 
estabelecendo sua moradia habitual. De acordo com o Código Civil, 
(A) ocorreu usucapião ordinária, porque o prazo desta, de quinze anos, é 
reduzido a dez quando o possuidor estabelece no imóvel sua moradia habitual. 
(B) ocorreu usucapião extraordinária, porque o prazo desta, de quinze anos, é 
reduzido a dez quando o possuidor estabelece no imóvel sua moradia habitual. 
(C) não ocorreu usucapião, porque esta ocorre somente se o possuidor tiver 
justo título. 
(D) não ocorreu usucapião, porque se aplicam à usucapião as causas que 
obstam, suspendem ou interrompem a prescrição. 
(E) não ocorreu usucapião, porque esta ocorre somente se o possuidor tiver 
boa-fé. 
COMENTÁRIOS. Estabelece o art. 1.244, CC: Estende-se ao possuidor o 
disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou 
interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião. Art. 198, 
CC: Também não corre a prescrição: I. contra os incapazes de que trata o art. 
3° (ou seja, menores de 16 anos, chamados de menores impúberes). Art. 3°, 
CC: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil 
os menores de 16 (dezesseis) anos (redação dada pela Lei n° 13.146/2015). 
Resumindo: não ocorreu a usucapião, uma vez que o proprietário Caio era 
absolutamente incapaz, sendo que a prescrição não corre para essas pessoas. 
Gabarito: “D”. 
 
(FCC – PGE/MT – Procurador do Estado – 2016) Endividado, Ademir 
contraiu empréstimo de R$ 100.00,00 (cem mil reais) com o Banco 
Riqueza, oferecendo, como garantia, a hipoteca de um de seus imóveis. 
Paga parcialmente a dívida, Ademir alienou referido imóvel a Josué. A 
hipoteca 
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(A) é extinta tanto pelo pagamento parcial da dívida como pela alienação da 
coisa. 
(B) é extinta pelo pagamento parcial da dívida. 
(C) não é extinta pelo pagamento parcial da dívida, mas impede a alienação da 
coisa. 
(D) não é extinta pelo pagamento parcial da dívida, nem impede a alienação da 
coisa, mas o credor hipotecário não poderá fazer valer o direito real de 
garantia contra o adquirente do bem. 
(E) não é extinta pelo pagamento parcial da dívida nem impede a alienação da 
coisa, mas o credor hipotecário poderá fazer valer o direito real de garantia 
contra o adquirente do bem. 
COMENTÁRIOS. A hipoteca não é extinta pelo pagamento parcial da dívida, 
uma vez que a para haver a sua extinção exige-se a extinção da obrigação 
principal (o que não ocorre com o pagamento parcial), nos termos do art. 1.499, 
CC. Ainda que não extinta a hipoteca o bem pode ser alienado normalmente, até 
porque, estabelece o art. 1.475, CC: É nula a cláusula que proíbe ao proprietário 
alienar imóvel hipotecado. Finalmente está correto afirmar que o credor pode 
fazer valer o direito real de garantia contra o adquirente do bem, uma vez que 
vigora na hipoteca o chamado direito de sequela (o titular do direito real pode 
“perseguir a coisa” em poder de terceiros, onde quer que ela se encontre). 
Gabarito: “E”. 
 
(FCC – PGE/MT – Procurador do Estado – 2016) O cônjuge sobrevivente 
sucede, 
(A) em concorrência com os descendentes, independentemente do regime em 
que era casado. 
(B) aindaque separado de fato do falecido, há mais de dois anos, desde que 
haja prova de que a convivência se tornou impossível sem culpa do 
sobrevivente. 
(C) por inteiro, na falta de descendentes, ainda que haja ascendentes. 
(D) em concorrência com os descendentes, no regime da comunhão parcial, 
sejam os bens comuns ou particulares. 
(E) em concorrência com os ascendentes em primeiro grau, ainda que haja 
descendentes. 
COMENTÁRIOS. Letra A, incorreta. Art. 1.829, CC: A sucessão legítima 
defere-se na ordem seguinte: I. aos descendentes, em concorrência com o 
cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da 
comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, 
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança 
não houver deixado bens particulares. Letra B, correta. Art. 1.830, CC: 
Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo 
da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de 
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fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa 
convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente. Letra C, 
incorreta. Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os 
ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente. Art. 1.838, CC: Em 
falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao 
cônjuge sobrevivente. Letra D, incorreta. Nessa hipótese o cônjuge supérstite 
somente sucede quanto aos bens particulares (art. 1829, I, CC). Letra E, 
incorreta. A linha de sucessão está definida no art. 1.829, CC. Conforme o art. 
1.836, CC apenas na falta de descendentes é que são chamados à sucessão os 
ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente. Gabarito: “B”.

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