Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Valeria Pereira de Sousa valeria@pharma.ufrj.br Bloco Bss sala 14 Controle de Qualidade conjunto de operações com o objetivo de verificar a conformidade das preparações de acordo com as especificações estabelecidas Após a 2ª. Guerra mundial: produção em escala industrial; Novas formas farmacêuticas levam a métodos novos de CQ; Criação de um código oficial para a harmonização do CQ. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/index.htm Farmacopeia Brasileria Quem elabora a Farmacopéia Brasileira? A Comissão de Revisão da Farmacopéia Brasileira (CPRFB) e seus colaboradores, nomeada pelo diretor-presidente da Anvisa. Qual a função das Farmacopéias? De um modo geral, a função de uma Farmacopéia é estabelecer os requisitos mínimos de qualidade que os medicamentos devem obrigatoriamente obedecer. Esses requisitos incluem todos os componentes empregados na fabricação dos medicamentos. O que as farmacopéias fazem, além de estabelecer os requisitos de qualidade dos medicamentos? Elaboram outros produtos; entre eles, padrões de referência e formulários nacionais. Promovem, ainda apoio à pesquisa científica e tecnológica. Como é o processo de elaboração da Farmacopéia Brasileira? A Farmacopéia Brasileira elabora textos técnicos (por exemplo: testes ou métodos de análises), monografias para matéria-prima (ingrediente ativo do medicamento na sua forma básica, que pode ser, por exemplo, pó ou líquido) e especialidades farmacêuticas (comprimidos, cápsulas, pomadas, injetáveis etc.). Caso os resultados encontrados sejam adequados, a monografia é reavaliada pela CPRFB. Depois de aprovada, permanece em consulta pública durante três meses para que a comunidade científica se manifeste. Caso não haja manifestação contrária, o trabalho é enviado para apreciação e oficialização pela ANVISA. RESOLUÇÃO - RDC Nº37, DE 6 DE JULHO DE 2009 Trata da admissibilidade das Farmacopéias estrangeiras Art. 1º Na ausência de monografia oficial de matéria-prima, formas farmacêuticas, correlatos e métodos gerais inscritos na Farmacopéia Brasileira, poderá ser adotada monografia oficial, última edição, de um dos seguintes compêndios internacionais: Farmacopéia Alemã Farmacopéia Americana Farmacopéia Argentina Farmacopéia Britânica Farmacopéia Européia Farmacopéia Francesa Farmacopéia Internacional (OMS) Farmacopéia Japonesa Farmacopéia Mexicana Farmacopéia Portuguesa Art. 2º Na ausência de substâncias químicas de referência certificadas pela FB poderão ser utilizadas as SQRs certificadas pelas Farmacopéias referidas no Art. 1º. Parâmetros da qualidade: Especificações de limite percentual em relação ao valor rotulado; Descrição; Identificação dos fármacos; Ensaios de pureza; Pesquisa de impurezas de síntese; Testes de segurança biológica; Determinação do teor ou da potência; Embalagem, armazenamento e rotulagem. Espectro Absorção SQR x IFA SQR IFA 1 IFA 2 Deve-se utilizar Substância Química de Referência (SQR) oficializada pela Farmacopéia Brasileira, preferencialmente, ou por outros compêndios oficiais. Na inexistência usar Substância Química de referencia farmacopeica estabelecer Substância Química Caracterizada ou Substância Química de Trabalho (SQT). Ensaios : identidade, teor, perfil quantitativo de impurezas e, quando aplicáveis, perfil qualitativo de impurezas e outros ensaios específicos. SQR SUBSTÂNCIAS PADRÃO PRIMÁRIO São consideradas substâncias padrão primário somente aquelas que satisfazem os seguintes requisitos: •As substâncias devem ser de fácil obtenção, purificação, dessecação e conservação. •As impurezas devem ser facilmente identificáveis em ensaios qualitativos conhecidos. •O teor de impurezas não deve ser superior a 0,01 - 0,02%. •A substância não deve ser higroscópica ou eflorescente. •A substância deve possuir elevado Kps, de modo a formar uma solução perfeita. •A substância deve possuir elevado peso molecular. •A substância deve ser sólida. O número de substâncias padrão primário existente é relativamente pequeno. As principais são: Na2CO3, Na2B4O7, NaCl, AgNO3, KSCN, Na2C2O4, K2Cr2O7, ácido benzóico, ácido oxálico. SUBSTÂNCIAS PADRÃO SECUNDÁRIO São consideradas padrão secundário aquelas cujo conteúdo de substância ativa foi estabelecido por comparação com uma substância padrão primário. Podem ser usadas para padronização. K2Cr2O7 usado para aferir Na2S2O3, que afere o Iodo, que titula o ácido ascórbico. SUBSTÂNCIA QUÍMICA DE REFERÊNCIA DA FARMACOPEIA BRASILEIRA (SQR-FB) É estabelecida e distribuída pela Direção da Farmacopeia Brasileira, seguindo os princípios da OMS, e oficializada pela Anvisa, sendo o seu uso obrigatório em todo território nacional. Na ausência de uma SQR-FB é permitido o uso de SQR estabelecida por outras farmacopeias reconhecidas, conforme legislação vigente. SUBSTÂNCIA QUÍMICA DE TRABALHO É estabelecida por comparação com uma SQR Farmacopeica, por meio de ensaios farmacopeicos, ou devidamente validados, e registrados pelo próprio laboratório que irá utilizá-la. Nessa situação, deverão ser mantidos os registros analíticos e realizados controles periódicos, empregando-se uma SQR Farmacopeica. SUBSTÂNCIA QUÍMICA CARACTERIZADA SQ utilizada na inexistência de uma SQR Farmacopeica. Essa SQ deve ser caracterizada por meio de ensaios adequados e os valores obtidos devem ser devidamente documentados. SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DE REFERÊNCIA Análise Quantitativa de Fármacos por cromatografia e espectrofotometria UV/Vis Procedimentos: •Usando reta de calibração SQR •Padronização por ponto duplo ou simples SQR •Usando constante impreciso. Descrição do fármaco Solubilidade As indicações sobre a solubilidade referem-se às determinações feitas à temperatura de 25 ºC. A expressão solvente refere-se à água, a menos que indicado de maneira diferente na monografia individual. A expressão partes refere-se à dissolução de 1 g de um sólido no número de mililitros do solvente estabelecido no número de partes. Descrição do fármaco •Densidade relativa (V.2.5): 1,035 a 1,037. •Faixa de fusão (V.2.2): 141 ºC a 145 ºC. •Temperatura de fusão (V.2.2): em torno de 222ºC, com decomposição. •Índice de refração (V.2.6): 1,431 a 1,433. •Poder rotatório específico (V.2.8): +167º a +175º, em relação à substância dessecada. •Viscosidade (V.2.7): 3000 cP a 7000 cP. Constantes Físico-Químicas Exemplo para um fármaco hipotético Estudar os métodos na FB, vol. 1; Pág. 81-100. Constantes Físico-Químicas Ponto ou intervalo Os compostos puros têm um ponto de fusão bem definido. Impurezas levam a uma alteração do PF. Método I Método do capilar Método II Método do capilar aberto Método III Método da gota Método IV Método do bloco metálico aquecido Ponto de Fusão Estudar os métodos na FB, vol. 1; Pág. 82-84. Padrão ponto de fusão ( C ) Vanilina 83 Fenacetina 136 Cafeína 237 A velocidade de medição ideal é 4 a 6oC/ min e na proximidade do ponto de fusão 1 a 2oC/ min. Método do picnômetro Densidade de massa e densidade relativa Densidade de massa e densidade relativa Densidade de massa - razão de sua massa por seu volume à 20ºC. A densidade de massa da substância em uma determinada temperatura (t) é calculada a partir de sua densidade relativa ( dt,t ) pela fórmula:expressa em g/mL ou kg/L. Quando a temperatura for, por exemplo, 20 ºC a fórmula é expressa por: Densidade relativa - razão de sua massa pela massa de igual volume de água, ambas a 20 ºC ( d 2020) d2020= mamostra/mágua mamostra= peso do picn .cheio de amostra – peso do picn. Vazio mágua= peso do picn .cheio de água – peso do picn. Vazio Densidade da água Índice de refração (n) de uma substância é a relação entre a velocidade da luz no vácuo e sua velocidade na substância propriedade física intrínseca. Quando um feixe de luz passa de um meio para outro meio ocorre uma refração. O feixe passa com uma menor velocidade num meio mais denso, sendo refletido ou refratado. Refratômetria A velocidade da luz depende do meio no qual este se propaga; ao atravessar a água, p.ex., a velocidade da luz diminui e sua direçao muda: diz-se então que a luz foi refratada. A lei de Snell-Descartes relaciona os ângulos de incidência e refração com os índices de refração. A razão entre o seno do ângulo de incidência (θi) e o seno do ângulo de refração (θr) é constante e esta constante é igual ao índice de refração n, para um dado comprimento de onda, temperatura e pressão. onde: i - ângulo de incidência (ângulo que o raio incidente faz com a normal, N) r - ângulo de refração (ângulo que o raio refratado faz com a normal, N) N - índice de refração relativo Reflexão total Quando o ângulo de incidência ou de refração for maior que o ângulo limite (L), o raio sofre uma reflexão total. Refratômetro de Abbé e visão da amostra através das lentes do refratômetro Refratômetria Empregado para caracterizar: gorduras, óleos graxos, ceras, açúcares e solventes orgânicos. Usado tb para determinar pureza de óleos voláteis e identificar certos fármacos. Comprimento de onda= 589,3 nm (raia D da luz de sódio) Temperatura= 20± 0,5°C Valor de índice de refração 20D Controle de limpeza e temp. usar o IR da água destilada: 1,3330 a 20°C e 1,3325 a 25°C Substâncias assimétricas levam a rotação da radiação linearmente polarizada. Essas substâncias são ditas opticamente ativas. É um método analítico em que a magnitude e a direção da rotação angular linearmente polarizada, ao passar através de uma espessura conhecida de um líquido, são usadas para fins de identificação e avaliação quantitativa de substâncias opticamente ativas. SUBSTÂNCIAS OPTICAMENTE ATIVAS As formas opticamente ativas de uma espécie molecular são imagens especulares que não podem ser sobrepostas. Polarimetria Luz natural: é aquela cujas ondas eletromagnéticas se propagam em infinitos planos de vibração. Luz polarizada: é a luz que emerge pela passagem da luz natural através de um polarizador. A luz polarizada só possui um num único plano de vibração. As substâncias capazes de produzir desvios da l.p.p. são denominadas substâncias opticamente ativas, são moléculas assimétricas. Desvio para a direita: d ou (+) – dextrógira Desvio para a esquerda: l ou (-) – levógira Importante critério de identificação, caracterização e de pureza enantiomérica. Fatores que influenciam a rotação ótica: Comprimento de onda da radiação Solvente Temperatura Densidade Concentração ANALISE QUANTITATIVA ROTAÇÃO ESPECÍFICA A rotação em graus angulares que a radiação linear correspondente a raia D (589 nm) do sódio sofre ao atravessar uma coluna de 1 dm de solução na temperatura de 20C e com concentração de 1 g/cm3. Realizar n=5 corrigido com o branco. []20 D = 100 / b c - rotação observada em graus c – concentração do soluto (g/100 mL) b – comprimento do tubo (dm) Usar a substância seca, anidra ou isenta de solvente (conforme monografia) 36 Determinação de Viscosidade É a expressão da resistência de líquidos ao escoamento, ou seja, ao deslocamento de parte de suas moléculas sobre moléculas vizinhas. A viscosidade dos líquidos vem do atrito interno, i. é, das forças de coesão entre moléculas relativamente juntas. 10 Pa.s = 10P Por definição, poise é a força, em dinas, necessária ao deslocamento de camada plana de líquido, com área de 1 cm2, sobre outra camada idêntica, paralela e distanciada da primeira em 1 cm, à velocidade de 1 cm/s. Viscosidade absoluta: se as dimensões do instrumento são exatas e conhecidas. Ex: Viscosímetro de Ostwald e Ubbelohde - calibração com padrão Viscosidade aparente: calibração prévia do aparelho com líquido de viscosidade conhecida, permitindo, por comparação, avaliação relativa da viscosidade do líquido sob ensaio. Estudar os métodos na FB, vol. 1; Pág. 87-90. 37 Diversas metodologias que podem ser empregadas: • resistência de líquidos ao escoamento, tempo de vazão de um líquido através de um capilar (viscosímetro de Oswald, Ubbelohde, Baumé e Engler); 1 ) viscosímetro é preenchido com o líquido a ser examinado até que atinja a marca G. Coloca-se o mesmo verticalmente em um banho de água até atingir a temperatura necessária. O volume é então ajustado até o menisco G. O líquido deve ser empurrado cerca de 5 mm acima da marca E. 2 ) Libera-se e mede-se o tempo necessário para que o menisco caia da posição E para a posição F. 1º 2º Viscosímetro de Ostwald Viscosímetros Copo Ford Viscosímetro de Engler Viscosímetros Viscosímetro de Höppler • medida do tempo de queda de uma esfera através de tubos contendo o líquido sob ensaio (Höppler); Viscosímetros 40 Viscosímetros Viscosímetro de Brookfield • medindo a resistência ao movimento de rotação de eixos metálicos quando imersos no líquido (reômetro de Brookfield). Granulometria Os produtos em forma de pós são constituídos de partículas de diâmetros variados. A proporção de partículas fora dos limites especificados poderá influenciar na aparência, na performance e na cor do produto. Para esse tipo de ensaio, podem ser utilizados os seguintes métodos: Tamisação: são utilizados tamises com malhas padronizadas para especificar o tamanho das partículas. Análise granulométrica por difração a laser: utilizada para avaliar partículas de tamanho reduzido. Estudar os métodos na FB, vol. 1; Pág. 92. Escolher pelo menos 4 tamises (Tabela 1), de acordo com as características da amostra. Montar com o tamis de maior abertura sobre o de abertura menor. Pesar cerca de 25 g da amostra e transferir uniformemente para o tamis superior. Após 15 minutos de vibração utilizar um pincel adequado, remover toda a amostra retida na superfície superior de cada malha para um papel impermeável, e pesar o pó. Pesar também o pó retido no coletor %retirada pelo tamis=P1/P2x100 Avaliação granulométrica Difração a laser (USP) Princípios O DLS mede as distribuições de tamanho das partículas por medição da variação angular na intensidade da luz difundida à medida que um feixe de laser interage com as partículas dispersas da amostra. Partículas grandes dispersam a luz em pequenos ângulos em relação ao feixe de laser e partículas pequenas dispersam a luz em ângulos grandes. Os dados sobre a intensidade da dispersão angular são então analisados para calcular o tamanho das partículas responsáveis por criar o padrão de dispersão, com base na teoria de difusão da luz de Mie. O tamanho das partículas é indicado como o diâmetro de uma esfera de volume equivalente. Avaliaçãogranulométrica Difração a laser (USP) Principais ensaios de identificação: cromatografia; Absorção no UV; Absorção no IV; Constantes físico-químicas; Reações de identificação de íon, grupos ou funções. Identificação do fármaco Espectro Absorção SQR x IFA SQR IFA 1 IFA 2 Reações de Identificação Íons, Grupos E Funções Exemplos: (1) toxicologia do fármaco com níveis típicos de impureza; (2) toxicologia da impureza em relação ao fármaco; (3) via de administração: oral, tópica, parenteral, intratecal; (4) dose diária: frequência x quantidade (g ou g); (5) farmacologia da impureza; (6) origem: sintética, produto natural, biotecnologia, etc; (7) duração da terapia: condição aguda x crônica; (8) capacidade de produção do fármaco com elevada qualidade a preço acessível ao consumidor. Ensaios de Pureza Os limites para impurezas dependem da: A pureza química, ou seja, ausência total de impureza é inatingível mas pode se ter um equilíbrio entre custo da produção e pureza adequada. As fontes de impurezas em insumos farmacêuticos são: impurezas advindas da matéria-prima, de intermediários, solventes, reagentes. A matéria-prima, que pode de origem sintética, biológica ou mineral; impurezas advindas do processo de manufatura, incluindo impurezas advindas de frascos de reações; e riscos na manipulação como contaminação particulada, não particulada, contaminação cruzada, microbiana; instabilidade química e física; erro de processo e de empacotamento. CONCEITO DE PUREZA X DESENVOLVIMENTO ANALÍTICO IMPUREZAS: Inorgânicas, Isoméricas, Orgânicas, Bioquímicas, Poliméricas. TESTE DE PUREZA: (1) Pureza cromatográfica - CCD; (2) Mét. Cromatográfico indicativo de pureza também usado para teor; (3) Análise específica ensaio limite para impureza(s) conhecida(s). Classificação das impurezas em insumos farmacêuticos: Substâncias estranhas são introduzidas por contaminação ou adulteração, não advém da síntese ou da preparação, por isso, não podem ser previstas. Impurezas tóxicas tem atividade biológica indesejáveis e requerem identificação individual e quantificação por testes específicos. Esse tipo de impureza pode advir de síntese, preparação ou degradação. Componentes concomitantes não são exatamente impurezas. É necessário porém, determinar o conteúdo máximo, a faixa e misturas permitidas. Um exemplo são os isômeros óticos, que se tiveram atividade biológica indesejável são considerados impurezas tóxicas. Impureza traço são distintos das impurezas ordinárias pois requerem identificação e quantificação individuais por testes específicos. Baseado em dados validados, testes individualizados e especificações são selecionados. Traços podem incluir algumas impurezas relacionada ao processo ou produto de degradação que informam sobre o processo. Impurezas ordinárias são espécies inócuas na quantidade presente. Esse tipo de impureza podem ser oriundas da síntese, preparação e degradação de insumos farmacêuticos. O limite estabelecido para impureza ordinária em monografias é de 2,0%. Quando a monografia fixa limites para componentes concomitantes, traços e/ou impurezas tóxicas essas espécies não podem ser incluídas na pesquisa de impurezas ordinárias. A quantidade máxima de impurezas num insumo farmacêutico não deve ser maior que 2,0%, a não ser que, a monografia indique outro limite. Dois termos são muito utilizados e ampliam o conceito de impureza: Substâncias relacionadas são substâncias estruturalmente relacionadas ao fármaco. Essas substâncias podem ser produtos de degradação identificados ou não ou impurezas provenientes do processo de fabricação e do período de armazenamento. Contaminantes do processo são substâncias identificadas ou não (excluindo substâncias relacionadas e água), incluindo reagentes, substâncias inorgânicas, matéria-prima e solventes. Essas substâncias podem ser introduzidas durante a fabricação ou durante a manipulação. •Aspecto da solução (Limpidez e Cor da solução) •pH •Acidez •Alcalinidade •Índice de acidez •Índice de ésteres •Índice de hidroxila •Índice de iodo •Índice de peróxido •Índice de saponificação •Matéria insaponificável •Substâncias relacionadas •Impurezas orgânicas específicas. •Impurezas inorgânicas específicas (Ex. Alumínio; Bário; Brometos; etc.) •Ensaios-limite •Água •Perda por dessecação •Cinzas sulfatadas •Cinzas totais •Cinzas insolúveis em ácido •Resíduo por evaporação Ensaios de Pureza Ensaios-limite DEFINIÇÃO: "Ensaios quantitativos ou semi-quantitativos destinados à identificação de impurezas presentes em fármacos" FATORES que podem influir nos resultados: Especificidade Sensibilidade Controle de erros do operador (analista) Métodos de avaliação: • Ensaio onde não há reação visível • Método comparativo com padrão • Determinação quantitativa Ensaios-limite de impurezas não- específicas (quantitativos): Substâncias insolúveis; Substâncias solúveis; Substâncias não voláteis; Aspecto da solução Resíduos de ignição ou perda na ignição; Métodos de precipitação; Valor de cinzas; Umidade, substâncias voláteis e solventes residuais (perda por dessecação; Karl Fisher e CG). Substância insolúvel- ensaio limite para matéria insolúvel é um meio eficaz de controlar pequenas quantidades de contaminações insolúveis presentes em um material amplamente solúvel em um solvente. Substância solúvel- Este teste é aplicado para limite de substâncias solúveis em substâncias oficiais que sejam insolúveis em um determinado solvente, é utilizado para detectar impurezas específicas. Um exemplo é o ensaio limite de ácidos solúveis em água presentes no ácido undecanóico. O ácido undecanóico é insolúvel em água e as impurezas contida nele são solubilizadas em água quente e filtrada. O filtrado é titulado com solução de NaOH. Substância não-volátil- é aplicado a substâncias orgânicas e inorgânicas que são altamente voláteis para limitar substâncias que só são volatilizadas quando fortemente aquecidas. Usado para controlar matéria inorgânica inespecífica como sal e sujeira. Os tipos de ensaio Limite que são utilizados para impurezas não específicas são: Ensaios-limite de impurezas não- específicas (quantitativos): Substâncias insolúveis; Substâncias solúveis; Substâncias não voláteis; Aspecto da solução Resíduos de ignição ou perda na ignição; Métodos de precipitação; Valor de cinzas; Umidade, substâncias voláteis e solventes residuais (perda por dessecação; Karl Fisher e CG). Aspecto da solução LIMPIDEZ DE LÍQUIDOS Utilizar tubos de vidro de 15 a 25 mm de diâmetro interno Tubos separados para o líquido em exame e a suspensão de referência indicada na monografia - Tabela 1 - altura de 40 mm. Cinco minutos após o preparo da suspensão de referência, comparar o conteúdo dos tubos. Controle: suspensão de referência I deve ser facilmente distinguida da água e da suspensão de referência II. Um líquido é considerado límpido quando, ao ser examinado nas condições anteriormente descritas, sua transparência corresponde à da água ou à do solvente utilizado, ou quando sua opalescência não é mais pronunciada que a da suspensão de referência I. Aspecto da solução COR DE LÍQUIDOS A avaliação da cor de líquidos é executada por comparação da solução sob análise - preparada conforme instruçõesda monografia - e soluções- padrão de cor (SC). Tubos de ensaio de vidro transparente e fundo chato, com diâmetro da ordem de 16 mm. Utilizar volumes de 10 mL tanto para a preparação amostra quanto para a preparação padrão,altura ~50 mm (25°C). A amostra é preparada de modo a apresentar coloração semelhante à da solução de referência especificada. (5.2.12)COR DE LÍQUIDOS Ensaios-limite de impurezas não- específicas (quantitativos): Substâncias insolúveis; Substâncias solúveis; Substâncias não voláteis; Aspecto da solução Resíduos de ignição ou perda na ignição; Métodos de precipitação; Valor de cinzas; Umidade, substâncias voláteis e solventes residuais (perda por dessecação; Karl Fisher e CG). Cinzas sulfatadas resíduo por incineração Cinzas sulfatadas compreendem o resíduo não volátil à incineração na presença de ácido sulfúrico, ou conforme a técnica especificada. Em geral, o ensaio visa a determinar o teor de constituintes ou impurezas inorgânicas contidos em substâncias orgânicas. Pesar exatamente de 1 a 2 g de substância pulverizada, transferir para cadinho (como exemplo: platina, porcelana, sílica, quartzo) previamente calcinado, esfriado em dessecador e tarado, e adicionar cerca de 1 mL de ácido sulfúrico. Aquecer brandamente até carbonização em temperatura não superior a 600°C ± 50°C. Esfriar e adicionar lentamente cerca de 1 mL de ácido sulfúrico para umedecer o resíduo, carbonizar e incinerar com aquecimento gradativo até 600°C ± 50°C. Esfriar, pesar novamente e incinerar por mais 30 minutos. Repita este procedimento até que a diferença entre duas pesagens sucessivas não seja maior que 0,5 mg. Um equipamento calibrado, por exemplo mufla, deve ser utilizado para o controle da temperatura. Cálculo do percentual de cinzas em relação a substância em ensaio: em que: P1 = Peso do cadinho após a calcinação e esfriamento (tara do cadinho); P2 = Peso do cadinho com amostra após a calcinação e esfriamento em dessecador; P3 = Peso da amostra inicial 100 = Fator de porcentagem. Exemplos: Perda por dessecação Esse ensaio se destina a determinar a quantidade de substância volátil de qualquer natureza eliminada nas condições especificadas na monografia. Método Gravimétrico Reduzir a substância a pó fino, caso se apresente na forma de cristais volumosos. Pesar, exatamente, cerca de 1 a 2 g e transferir para pesa-filtro chato previamente dessecado durante 30 min nas mesmas condições a serem empregadas na determinação. Após resfriamento em dissecador, pesar o pesa-filtro, tampado, contendo a amostra. Agitar o pesa-filtro brandamente para distribuir a amostra da maneira mais uniforme possível, a uma altura ideal de 5 mm. Colocar o pesa-filtro na estufa, retirar a tampa, deixando-a também na estufa. Secar a amostra (geralmente a 105 °C) e por um determinado prazo (geralmente 2 h) especificado na monografia. Esfriar até t.a. em dissecador. Pesar. Repetir a operação até peso constante. Pa = peso da amostra, Pu = peso do pf contendo a amostra antes da dessecação, Ps = peso do pf contendo a amostra após a dessecação. Balança por infravermelho ou utilizando lâmpada halogenada Exemplos: Ensaios-limite de impurezas não- específicas (quantitativos): Substâncias insolúveis; Substâncias solúveis; Substâncias não voláteis; Aspecto da solução Resíduos de ignição ou perda na ignição; Métodos de precipitação; Valor de cinzas; Umidade, substâncias voláteis e solventes residuais (perda por dessecação; Karl Fisher e CG). Ensaios-limite de impurezas inorgânicas (semi-quantitativos): 1) Cloreto: Cl - + AgNO3 AgClppt+ NO3 - (meio nítrico) 2) Sulfato: SO4 2- + BaCl2 BaSO4 ppt + 2 Cl - (meio clorídrico) 3) Metais Pesados: M2+ + H2S MSppt (coloide) + 2 H + 4) Arsênio: 2 AsH3 + HgCl2 Hg(AsH2) + 2 HCl 5) Ferro: 2 Fe3+ + 2 HSCH2COOH 2 Fe 2+ + HOOCCH2SSCH2COOH + 2 H + Fe2+ + 2 HSCH2COOH [HSCH2COO - ---Fe--- -OOCCH2SH] + 2 H + 6) Amônia: NH4Cl + 2 K2 [HgI4] + 4 KOH [OHg2NH2]Ippt + KCl + 7 KI + 3 H2O (meio alcalino) TUBOS DE NESSLER: de vidro, transparentes, fundo chato, capacidade ~ 70 mL, marca externa correspondente a 45 – 50 mL, diâmetro interno = 23 mm. OBSERVAÇÃO/INTERPRETAÇÃO: De cima para baixo, contra fundo branco, iluminação por baixo do fundo dos tubos; PADRÃO: 1) Fixo: varia-se a quantidade de amostra, volume fixo de Solução Padrão. 2) Variável: massa de amostra fixa, volume de Solução Padrão variável. Ensaios-limite de impurezas não-específicas Ensaio-limite de ferro Ensaios-limite de impurezas não- específicas (quantitativos): Substâncias insolúveis; Substâncias solúveis; Substâncias não voláteis; Aspecto da solução Resíduos de ignição ou perda na ignição; Métodos de precipitação; Valor de cinzas; Umidade, substâncias voláteis e solventes residuais (perda por dessecação; Karl Fisher e CG) Determinação de água pelo método de Karl Fisher PORQUE DETERMINAR ÁGUA? Em muitos processos industriais, conhecer o conteúdo de água se constitui em condição determinante da qualidade do produto final. Exemplo: Trata-se da mesma reação utilizada para titular dióxido de enxofre com iodo, mas no presente caso, o determinante do ponto final não é o SO2 e sim a água. I2 + SO2 + 2H2O → 2 HI + SO4 Reagente de KF original: mistura de piridina e metanol (solventes), na qual são incorporados I2 e SO2. Aquametria por Karl Fisher Determinação de água livre ou água de hidratação Fundamento: O analito (H2O) é reduzido pelos elétrons gerados na reação de KF A presença de água causa a conversão do I2 em I - através da reação com SO2 Mudança abrupta do potencial indica o ponto final (surgimento de excesso de I2). H2O + I2 + SO2 + C5H5N +CH3OH 2C5H5N.HI + C5H5NH.SO4CH3 2 H2O + I2 +SO2 H2SO4 + 2HI +4 +6 -1 0 OXIDAÇÃO PAR redox : I2 e I - AMPEROMETRIA Definição: Método voltamétrico onde a determinação do analito é baseada na intensidade de corrente de eletrólise. Instrumentação: 1- uso de 2 eletrodos polarizáveis Corrente elétrica da reação de oxidação/ redução é proporcional à concentração de analito. Sobre o pH de trabalho p/ KF: A faixa mais favorável se situa entre pH 5,0 e 7,0. Em meio mais ácido, a reação se torna lenta e o ponto final poderá não ser atingido. Se o meio estiver alcalino, reações paralelas poderão ocorrer e a reação não será estequiométrica. A presença de soluções com capacidade de tamponar o meio facilita o controle do pH. O circuito mantém corrente constante (5-10 µA) entre os eletrodos de detecção. Mede-se o potencial necessário para sustentar a corrente. 1 mol de H 2 O é consumido por 1 mol de I 2 Materiais que reagem com KF: carbonatos, tiossulfato, nitrito de sódio, ácido bórico, etc. Aferição de KF: Com sais contendo água de cristalização; Tartarato de sódio dihidratado de fina granulometria (15,66% após secagem 150-160 °C por 4 horas); Com água (pesagem por diferença em microseringa); Com solução de água em metanol (1 mg/ml). Seqüência de determinação para KF: 1 - Neutralizaçãodo metanol Introduz-se na célula metanol até cobrir os eletrodos. Este metanol contém água, que deve ser consumida para que não interfira na análise. Isto é feito por adição do reagente de Karl Fisher até que o ponto final seja atingido. 2 - Determinação do título do reagente de KF Adição de um volume conhecido (~10 L) de água à célula. Titula-se com Karl Fisher até atingir o ponto final. Nesta etapa obtém-se o título do reagente. mg de H2O ----- 5 ml de KF 3 - Adição da amostra Tendo-se o título da solução titulante, agora se adiciona a amostra a ser analisada.Titula-se novamente até atingir o ponto final. 4- cálculo do teor de água na amostra. Cálculos: 1. Aferição do reagente KF: Título (Fc) -quantidade de água (mg) consumida por 1 bureta de reagente (5,0 mL) por convenção: mg de H2O ----- 5 ml de KF Ex: T= 25,0205 mg /5 ml KF ona aferiçãVol.gasto mL(mg).m Título OH 52 2. Cálculo prévio da massa de amostra a ser usada Calcular antes a massa de amostra necessária para a titulação, tendo o cuidado de não exceder o volume da bureta -5,0 ml (recomenda-se 4 mL de reagente de KF). 3. Determinação do teor de água na amostra Exemplo e dedução das fórmulas demonstradas Supondo um título de 25,5204 mg H20 / 5 ml KF, e volume de KF gasto na titulação da amostra de 4,2 ml, qual teor de água, sabendo que a massa de amostra foi de 650,0 mg? Aceitável: Max 3% de umidade. 100. )(.5 ).( % mgm TítulomLVgasto amostra 100. )(.5 .4 % mgm TítulomL amostra Controle de Impurezas Orgânicas em Fármacos Orgânicos 1) Métodos Físicos Solubilidade pH CCD Cromatografia gasosa HPLC Eletroforese Cromatografia de permeação em gel Absorção no UV Absorção no IV 2) Métodos Químicos Cromatograma típico desenvolvido por cromatografia planar Cromatograma típico obtido por cromatografia em coluna Uma das fases permanece estacionária enquanto a outra move-se através dela. Durante a passagem da fase móvel sobre a fase estacionária, os componentes da mistura são distribuídos entre as duas fases, de tal forma que cada um dos componentes é seletivamente retido pela fase estacionária, resultando em migrações diferenciais desses componentes. Cromatografia de Camada Fina Forma física do sistema: planar Forma física da fase estacionárial: líquida ou sólida Processo de separação: adsorção ou partição Métodos cromatográficos...classificação Cromatografia de adsorção Interação é devida a forças eletrostáticas, envolvendo processos de sorção-dessorção Fase estacionária:sílica, alumina Cromatografia de partição Interação é devida a equilíbrio de partição (solubilidade) entre duas fases líquidas Fase normal: F. Estacionária mais polar que F. Móvel Fase reversa: F. Estacionária menos polar que F. Móvel A separação ou distribuição de uma mistura por cromatografia líquida-líquida em papel se relaciona com as diferentes solubilidades relativas desses componentes na FM e FE. A corrida cessa quando a força ascendente é igual a força gravitacional ascentente O desenvolvimento pode ser: descendente circular horizontal Parâmetros a serem controlados: Papel Fase móvel Temperatura CROMATOGRAFIA EM PAPEL Existem diferentes tipos de papel tratado Método Químico Existem uma quantidade enorme de agentes cromogênicos Exemplos: AgNO3 para haletos Ninidrina para aminoácidos Iodo para uso geral Método Físico Muitas substâncias orgânicas absorvem luz UV e tornam-se fluorescentes. Análise Quantitativa •Diretamente sobre o papel •Extração Detecção: Separação através da migração diferencial sobre uma camada adsorvente retido sobre uma superfície plana. Fase Estacionária Camada de um sólido finamente dividido, fixada a uma superfície plana, que pode ser de metal, vidro ou plástico. Placas cromatográficas pré-fabricadas: Merck, Fluka, Carlo-Erba, Backer dentre outros. Adsorventes sílica (SiO2) Alumina (Al2O3) poliamida Fase móvel Quanto maior a afinidade pelo solvente maior a o fator de retenção (Rf). Pode-se usar um solvente ou mistura, que permitam alcançar a polaridade desejada. CROMATOGRAFIA EM CAMADA FINA (CCD) Métodos cromatográficos...instrumentação Cromatografia em camada fina Ascendente Fluxo horizontal 1: ac. Aspártico, 2: ac. Glutámico, 3: serina 4: alanina, 5: glicina, 6: alanina, 7: metionina, 8: valina, 9: isoleucina, 10: cisteina Cromatograma em placa bidimensional F. estacionária: sílica gel F. Móvel 1: tolueno:2-cloroetanol:piridina F. Móvel 2: clorofôrmio:álcool benzílico:ac. Acértico PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS Tempo de retenção (tr) – tempo em que a amostra permanece na coluna. É o tempo que transcorre desde o momento em que a amostra é introduzida no sistema até o momento em que se obtém o máximo de detecção Tempo morto (t0) – tempo gasto para percorrer a coluna, por um composto que não é retido pela coluna. Tempo de retenção corrigido (tr´) tr`= (tr - t0) Razão de distribuição das massas – Indica quanto tempo um componente permanece parado na FE, comparado com o tempo que migra na FM, durante a corrida. India o grau de afinidade eu a FE e a FM possuem para o composto. Dm = tr - tm / tm Principais aplicações: Verificação de pureza; Acompanhamento de reações; Identificação de uma substância; Determinação do número de componentes em uma mistura; Acompanhamento de métodos de separação e purificação; Para fins preparativos; Quantificação. Ensaio de CCD para a avaliar a presença de impurezas ordinárias em produtos farmacêuticos. Nesse ensaio se utiliza uma solução teste com 10mg/ml do material testado e uma solução padrão preparada com padrão de pureza conhecida nas concentrações de 0,01, 0,05, 0,1 e 0,2 mg/ml. Aplica-se na placa de sílica-gel 20 µl de cada solução. A fase móvel e o método de visualização são especificados na monografia. O total de impureza ordinária não deve exceder 2,0%. Quando o padrão de referência da impureza não estiver disponível pode-se fazer duas ou mais diluições da substância teste. O spot secundário da solução mais concentrada é menos intenso que o spot principal da solução menos concentrada. Mas esse método tem alguns inconvenientes que é a possível diferença de sensibilidade ao agente de visualização e também as distâncias entre os spots serem muito diferentes dificultando a comparação. CONTROLE de QUALIDADE = Medicamentos = 102 CONTROLE DE QUALIDADE ”The suitability of either a drug substance [=API] or drug product [=FPP] for its intended purpose” ICH Q6A (1999) Especificações relacionadas à natureza da forma farmacêutica Sólidos Líquidos Semissólidos Relação com Eficácia terapêutica Reprodutibilidade lote a lote Conteúdo declarado: as informações são seguras, claras e verdadeiras? Mudança de fornecedor: a FF têm a mesma eficácia e segurança que as utilizadas nos estudos clínicos? Genéricos: assegurar a mesma eficácia e segurança que o produto inovador Ensaios oficiais e não oficiais Comprimidos Peso Desintegração / Dissolução Dureza / friabilidade Teor (UP ou UC) Dimensões Aspecto cor CápsulasPeso Desintegração Dissolução Aderência cor Suspensões e Emulsões Volume Viscosidade Sedimentação/ centrifugação Reologia Soluções Volume pH Densidade Aspecto, cor, odor, viscosidade Supositórios e óvulos Peso Desintegração Homogeneidade Intervalo de fusão Pomadas Peso Consistência reologia 103 104 DETERMINAÇÃO DE PESO EM FORMAS FARMACÊUTICAS Variação de peso Peso médio FB 5a Edição, 2010 V.1.1. (volume 1, p.59) 105 Critérios de amostragem Embalagens dose múltipla pós e granulados para reconstituição: n= 10; pós, granulados, géis, cremes e pomadas: n=10 + 20. Medicamentos de dose individual comprimidos, cápsulas e drágeas: n= 20. PM = xi / N Determinação de peso 106 Critérios de aceitação Comprimidos não revestidos ou revestidos com filme, supositórios, óvulos, Cápsulas duras e moles (N=20) Critério Até 2 unid. fora dos limites especificados Nenhuma deve exceder o dobro dos limites. Comprimidos com revestimento açucarado (drágeas) Critério Até 5 unid. fora dos limites especificados Nenhuma deve exceder o dobro dos limites. Atenção ao procedimento para cápsulas (valor cheia-vazia) Determinação de peso (FB 5a Edição, 2010) Procedimento para produtos em dose unitária 107 Determinação de peso 108 109 Granulados, pós, géis, cremes e pomadas N=10 1º. Estágio Critério Peso do conteúdo: PM não inferior ao valor nominal e o peso individual não é menos que os limites da tabela 2. 2º. Estágio Critério Pesa-se mais 20 unidades: PM das 30 não deve ser inferior ao nominal e somente 1 em 30 unid. pode divergir dos limites de variação da tabela 2. (FB 5a Edição, 2010) Procedimento para produtos em dose múltipla 110 Pós para reconstituição (uso oral e parenteral) N=10 Remover o conteúdo e lavar os respectivos recipientes utilizando solvente adequado. Secar, esfriar à temperatura ambiente e pesar novamente. A diferença entre as duas pesagens representa o peso do conteúdo. Critério determinar o peso médio do conteúdo das 10 unidades. Os valores individuais não diferem de ±10% em relação ao peso médio. Procedimento para produtos em dose múltipla 111 Determinação de Volume Produtos líquidos com dose múltipla (exceto injetável) Técnica: pesagem do conteúdo V (ml)= massa (g) / frasco cheio- vazio densidade (g/ml) a 20°C N= 10 unidades O volume médio não é inferior ao volume declarado e o volume individual de nenhuma das unidades testadas é inferior a 95% do volume declarado Produtos líquidos em recipientes para dose única (exceto injetáveis) Técnica: provetas secas e calibradas - capacidade que não exceda 2,5 vezes o volume a ser medido - escoar por 5 segundos (geral) O volume médio não é inferior ao volume declarado e o volume individual de nenhuma das unidades testadas é inferior a 95,0% ou superior a 110,0% do volume declarado. FB 5a Edição, 2010 5.1.2 (volume 1, p.61) 112 Determinação de Volume (FB 5a Edição, 2010) Produtos Líquidos com dose única e injetáveis Técnica: retirar conteúdo com seringa (ml) < 10 mL Transferir o conteúdo da seringa para proveta seca calibrada (volume) ou béquer seco Tarado (peso), sendo o volume calculado (massa/densidade) < 2 mL conteúdos dos recipientes podem ser reunidos para obter o volume necessário para a medição, utilizar seringas e agulhas secas separadas para cada recipiente O volume de cada recipiente examinado não é inferior ao declarado. Volume declarado < 2 mL o volume dos conteúdos reunidos não é inferior à soma dos volumes declarados 113 Determinação de Volume Vol declarado (ml) Unidades a serem testadas 0,5 a 3,0 12 3,0 a 10,0 10 Maior que 10,0 6 Parenterais de grande volume 2 (FB 5a Edição, 2010) Vol. Declarado (ml) Excesso mínimo de volume recomendado Móveis/ ml Viscosos / ml 0,5 0,10 0,12 1,0 0,10 0,15 2,0 0,15 0,25 3,0 0,20 0,35 4,0 0,25 0,45 5,0 0,30 0,50 10,0 0,50 0,70 20,0 0,60 0,90 30,0 0,80 1,20 50,0 ou mais 2% 3% Injetável em dose única Vol declarado (ml) Unidades a serem testadas < 3 mL 5 > 3 mL 3 >10,0 1 injetáveis em cartuchos ou seringas pré-carregadas Líquidos Injetáveis 114 Uniformidade de doses unitárias 1. UNIFORMIDADE POR PESO (UP) 2. UNIFORMIDADE POR CONTEÚDO (UC) FB 5a Edição, 2010 5.1.6. (volume 1, p. 73) 115 Critério de aplicação de UP e UC 116 Uniformidade por variação de peso (UP) Aplicação : PA > 25 mg ou >25% do peso total da unidade de dosagem. COMO? Ensaio de teor; assumir distribuição homogênea do PA; Pesar individualmente as unidades, analisar o pool (teor) e em seguida correlacionar com o peso de cada unidade; Procedimento: N= separar 30 unidades (10 iniciais + 20 se necessário). Doseamento das unidades e determinar o valor % sobre o declarado, média e DPR das determinações. Verificar valor de aceitação (FB 5a Edição, 2011) 117 Onde: Xi = quantidades individuais estimadas; pi =pesos individuais de cada unidade; A = conteúdo do fármaco determinado no doseamento (% em relação ao declarado); P = PM das unidades utilizadas no doseamento. Xi = pi x A/P 118 Uniformidade de conteúdo (UC) Ensaio analítico individual QUANDO? : PA < 25 mg ou < 25 % do peso total da unidade de dosagem. Baixa relação fármaco/excipiente Finalidade: evitar que o paciente receba uma medicação com desvio de dose superior a ± 25% do declarado. Procedimento: N=30 unidades (10 iniciais + 20 se necessário). Doseamento individual das unidades e determinar o valor % sobre o declarado, média e DPR das determinações. Verificar valor de aceitação (FB 5a. Edição, 2010) 119 Se for descrito na monografia um procedimento especial para UC: Separar amostra para: doseamento (monografia) e para teste de UC. Calcular a quantidade de fármaco por peso médio usando: Calcular o Fator de correção (F) Onde; D: quantidade de fármaco (média) por PM obtida por doseamento P: quantidade de fármaco (média) por PM obtida pelo procedimento especial para UC Aplicação de F: valores entre 0,900 a 0,970 e 1,030 a 1,100. Se F estiver entre 0,970 e 1,030 não há correção. Corrige-se a quantidade de fármaco em cada unidade (F x quantidade obtida pelo procedimento especial - UC) Expressar em termos de % em relação ao declarado Calcular média e DPR% Uniformidade de conteúdo (UC) F= D/E (FB 5a Edição, 2010) Volume 5.1.6 (100 D-E) / D >10 Não usar F 120 Critérios de aceitação 1. CÁLCULO DO VALOR DE ACEITAÇÃO (VA) 2. Limites: L1=15 e L2=25 3. Critérios: • Para N=10 VA <15,0 (L1): Aprovado Se VA > L1, Testar + 20unid Para: N=30 VA L2 < 25,0: Aprovado nenhum resultado menor que (1 – L2*0,01)M ou maior que (1 + L2 * 0,01)M VA = l M - X l + ks onde: M = valor de referência (declarado) X = média dos resultados obtidos K (constante ) = 2,4 (N=10) e K = 2,0 (n=30) S= desvio padrão obtido 0,75 M 1,25 M 121 Exemplo Dados: Análise de um lote ( N=10) de dipirona 500mg, obteve-se teor médio de 512,3 mg e s (desvio padrão das determinações) = 0,4. VA = l M-X l + ks VA = I 500 – 512,3 I + 2,4 . 0,4 VA = 13,26 onde: M = 500 mg (declarado) X = 512,3 mg (média dos resultados obtidos) K = 2,4 (N=10) s = 0,4 Verificação do Critério: Para N=10 VA < L1% (15) VA (13,26) < 15 = Aprovado M = valor de referência (declarado) X = média dos resultados obtidos K (constante ) = 2,4 (N=10) e K = 2,0 (n=30) S= desvio padrão obtido T- % declarado ou média dos limites de potência indicados na monografia 123 Exemplo - UC Dados: Análise de um lote (N=10) de Dapsona 20 mg, obteve-se teor médio (X) de 19,9 mg e s (desvio padrão) = 0,7. Da monografia (USP) T: 92,5 a 107,5%. Se : T (médio) = 100%, então: Caso 1: Qdo T ≤ 101,5% e se 98,5 ≤ X ≤101,5% , Limites: 100% = 20,0 mg 98,5 % = 19,7 mg e 101,5 % = 20,3 mg então, considerar: M = X e (AV =ks) VA = ks VA = 2,4 . 0,7 VA = 1,68 Critério: Para N=10 VA < L1% (15) : Aprovado VA= l M-X l + ks 124 DETERMINAÇÃO DE RESISTÊNCIA MECÂNICA EM COMPRIMIDOS FB 5a Edição, 2010 5.1.3 (volume 1) 125 Dureza Resistência de um comprimido ao esmagamento ou à ruptura sob pressão radial. É proporcional ao logaritmo da força de compressão e inversamente proporcional a sua porosidade. Critérios: oN=10 o valor informativo o Máximo x dissolução o Força de compressão adequada o Resistência à: revestimento, embalagem, transporte, armazenamento (FB 5a Edição, 2010) 5.1.3.1 (volume 1, p. 62) 126 Friabilidade Falta de resistência dos comprimidos à abrasão, quando submetidos à ação de ação mecânica de aparelhagem específica. Critérios N=20 - pm< 0,65 g N=10 - pm> 0,65 g 100 rotações, 4 min (25 rpm/ min) Diferença de peso: Perda < 1,5% ou conf. monografia Nenhum comprimido pode ficar quebrado, lascado, rachado ou partido. Se o resultado for duvidoso ou se a perda for superior ao limite especificado, repetir o teste por mais 2x, considerando-se, na avaliação, o resultado médio das 3 determinações. (FB 5a Edição, 2010) 5.1.3.2 (volume 1, p. 62) 127 DESINTEGRAÇÃO e DISSOLUÇÃO FB 5a Edição, 2010 5.1.4 & 5.1.5(volume 1) 128 Desintegração Estado no qual nenhum resíduo da unidade, salvo fragmentos de revestimento ou matriz de cápsulas insolúveis, permanece no aparelho. Massa pastosa também é considerada “desintegração”. (FB 5a Edição, 2010) 5.1.4 (volume 1, p. 63) Equipamento Sistema de cestas e tubos, de recipiente apropriado (becher 1L), termostato (37 ± 1°C) e, de mecanismo para movimentar verticalmente os tubos no líquido de imersão. Volume adequado de líquido: parte inferior da cesta (mínimo 25 mm abaixo da superfície do líquido e 25 mm do fundo do recipiente). 129 Desintegração FB, IV ed 6 tubos de vidro ou acrílico, abertos. Comprimento:77,5 mm; D.I.: 20,7- 23 mm; espessura: 2 mm Tubos eqüidistantes do centro. Diâmetro: 88-92 mm Espessura: 5-8,5 mm Tela de arame. Diâmetro: 0,635 mm Cápsulas: usa-se tela de arame na parte superior. Disco cilindrico (omitir se aderir) densidade realativa 1,18-1,20 contendo 5 orifícios Tempo limite: 30 minutos 130 Desintegração Comprimidos não revestido 6 comprimidos – água (com discos), se não desintegrarem por aderência repetir sem disco Todos devem desintegrar:em até 30 min. Comprimidos com revestimento açucarado (drágeas) ou revestidos com filme 6 comprimidos – água (com discos), se não desintegrarem: 6 comprimidos – ácido clorídrico 0,1 M Todos devem desintegrar: comprimidos revestidos com filme em até 30 min, e para comprimidos com revestimento açucarado (drágeas) é de 60 min. Comprimidos ou cápsulas com revestimento entérico (gastro-resistentes) Igual ao anterior, sem discos. Líquido de imersão: HCl 0,1M por 60 min. Não devem estar amolecidos ou rachados; Trocar o líquido de imersão: tampão fosfato pH 6,8 e adicionar os discos por 45 min. Todos comprimidos devem desintegrar, podendo restar fragmentos do revestimento. Comprimidos sublinguais Realizar o teste conforme descrito para Comprimidos não revestidos, omitindo o uso de discos. Após 5 min, todos os comprimidos devem estar completamente desintegrados. 131 Desintegração Comprimidos solúveis e comprimidos dispersíveis Realizar o teste conforme descrito para comprimidos não revestidos, utilizando água mantida entre 15ºC e 25ºC, como líquido de imersão. Após 3 minutos, todos os comprimidos devem estar completamente desintegrados. Cápsulas gelatinosas (duras) Realizar o teste conforme descrito para comprimidos não revestidos sem discos. Tempo máx 45 min. Cápsulas moles Realizar o teste conforme descrito para comprimidos não revestidos com discos. tempo máx 30 min. O teste pode ser aplicado a comprimidos mastigáveis - as condições e critérios de avaliação constarão na monografia individual. O teste não se aplica a pastilhas e comprimidos ou cápsulas de liberação controlada (prolongada). 132 Desintegração 133 Desintegração Determinação de Tempo de Desintegração para Supositórios, óvulos e comprimidos vaginais Considera-se: Dissolução completa Separação completa de seus componentes Amolecimento da amostra Ruptura da cápsula gelatinosa de óvulos Ausência de resíduo ou, quando houver, não ofereça resistência à pressão com bastão de vidro. 134 Determinação de Tempo de Desintegração para Supositórios, óvulos e comprimidos vaginais Equipamento: Cilindro contendo 2 discos perfurados de aço inoxidável com 39 orifícios (4 mm de diâmetro cada) Afastamento de 30 cm; Béquer de 4 L Temperatura: 36-37ºC (ou a especificada na monografia) N= 3; Inversão a cada 10 min O tempo estabelecido para a desintegração é de 30 min para supositórios, óvulos e comprimidos vaginais com base hidrofóbica, e de 60 min para supositórios com base hidrofílica 136 Procedimento Supositórios e óvulos Utilizar três supositórios ou óvulos. Colocar cada um deles sobre o disco inferior do dispositivo, introduzir e fixar o disco no interior do cilindro Comprimidos vaginais Utilizar água entre 36 ºC e 37 ºC que deve cobrir uniformemente as perfurações do disco. Utilizar três aparelhos, colocando em cada um deles um comprimido vaginal sobre o disco superior. Cobrir o aparelho com uma placa de vidro para assegurar a umidade adequada. Examinar o estado de cada amostra depois de decorrido o tempo prescrito na monografia. O teste é considerado satisfatório se todas as amostras se apresentarem desintegradas. 137 Dissolução Determina a % da quantidade de P.A declarado no rótulo do produto, liberado no meio de dissolução, dentro do período de tempo especificado na monografia, quando submetido à aparelhagem específica, sob as condições experimentais descritas (Q). Absorção e biodisponibilidade dependem da dissolução do fármaco USA – USP Aparatos 1. Cuba e cesta rotatória 2. Cuba e pá rotatória 3. Cilindros alternantes 4. Célula de fluxo 5. Pá sobre disco (SS e transdérmicos) 6. Cilindro rotatório (SS e transdérmicos) 7. Disco alternante (transdérmicos) CEE - BP e Ph. Eur. cuba e cesta rotatória cuba e pá rotatória célula de fluxo célula deextração FB 5ª. Edição Método I: cestas Método II: pás Método III: cilindros alternantes FB 5a Edição, 2010 5.1.5 (volume 1, p. 66) 138 Desenvolvimento de produtos – seleção de formulação CQ – critérios de liberação in vitro Testes de estabilidade – dissolução X tempo de armazenagem Testes de equivalência farmacêutica X bioequivalência Acompanhamento pós aprovação Mudanças na formulação/equipamentos Dissolução 139 Dissolução Durante o teste deve ser mantida distância de 25 mm ± 2 mm entre a parte inferior da pá e o fundo do recipiente Método 2. pás Equipamento •Haste de aço inoxidável, com extremidades sendo pás ou cestas Centralizada em relação ao fundo •Velocidade controlada dentro do limite de ±2% •Rotação não deve produzir efeitos indesejáveis na dinâmica do sistema •Temperatura de banho 37 ± 0,5ºC 140 Meio de dissolução: especificado na monografia. Meio - tampão o limite do valor de pH é ±0,5 unidades Desaeração (aquecimento e ultrassom). Tempo de dissolução: tempo máximo dentro do qual deve ser dissolvida a quantidade mínima, em %, do P.A. Podem ser usados vários intervalos de tempo (perfil de dissolução – equivalência farmacêutica). Dissolução 141 Critérios de aceitação: Dissolução
Compartilhar