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DIREITO INTERNACIONAL P2

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1 - MODOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS INTERNACIONAIS 
1.1 - Meios pacíficos: 
* Políticos/Diplomáticos: O poder decisório não é transferido a um terceiro. 
.Negociação direta 
.Bons ofícios (cupido) 
.Mediação 
.Conciliação: Formação de uma comissão de conciliação por mutuo consentimento. 
 Comissão: Mínimo de 3 membros imparciais. 
 Tem poderes para colher todos os tipos de provas. 
 Ao final vai emitir um parecer Mera opinião. 
 Não tem poder vinculante. 
 (não é obrigatório) 
*Semijudiciais: O poder decisório é transferido a um terceiro. 
 
 .C.I.J 
 
 .Arbitragem: Comissão de arbitragem. 
 Mínimo de 3 membros imparciais. 
 Poderes para colher todos os tipos de provas. 
 Ao final vai emitir uma decisão Laudo arbitral 
 Tem poder vinculante 
 É irrecorrível 
 Tipos: Anterior ao conflito=> Cláusula compromissória ou arbitral. 
 Posterior ao conflito=> Compromisso arbitral. 
1.2 - Meios não pacíficos: 
 
.Rompimento de relações diplomáticas; 
.Bloqueio econômico ou comercial; 
.Bloqueio econômico/comercial, interrupção dos transportes 
 e das telecomunicações e ação militar; Conselho de Segurança da ONU. 
.Guerra. 
 
 
 
 
 
 
 
2 – NACIONALIDADE 
2.1 – Conceito: 
É um vinculo jurídico e político que une um indivíduo a um Estado, vínculo do qual decorre uma série de direitos e 
obrigações. 
2.2 – Tipos de nacionalidade e critérios de atribuição da nacionalidade: 
2.2.1 – Tipos de nacionalidade: 
. Nacionalidade originária ou primária: 
É definida no momento do documento do indivíduo. É concedida aos brasileiros natos. Em regra, independe da 
manifestação de vontade. – Está prevista no art. 12, I, “a”, “b”, “c”. 
. Nacionalidade derivada ou secundária: 
Depende da manifestação de vontade. Denominado como brasileiro naturalizado. – Prevista no art. 12, II, “a”, “b”. 
2.2.2 – Critérios de atribuição da nacionalidade: 
A) Nacionalidade originária ou primária: 
 . Critério jurisdicional (Jus Solis) – Art. 12, I, “a”. 
 . Critério sanguíneo (Jus sanguinis). – Art. 12, I, “b”, “c”. 
B) Nacionalidade derivada ou secundária: 
 . Critério NATURALIZAÇÃO: Art. 12, II, ”a” (naturalização ordinária), “b”(naturalização extraordinária). 
*NATURALIZAÇÃO: 
 Consentimento de naturalização é ato discricionário (faculdade). O poder executivo dará se ele quiser. 
 - Quem possui competência para conceder a naturalização: o poder executivo pelo ministério da justiça – na 
 na polícia federal é onde se faz o pedido. 
 - Condições para a concessão: Art. 112, Estatuto do Estrangeiro. 
 - Capacidade Civil; 
 - Ser registrado como permanente no Brasil; 
 
2.3 – Condição Jurídica do naturalizado: 
 . Regra: §2°, art. 12 – Não poderá haver distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos 
previstos na Constituição. 
*Exceções: 
1 - Art. 12, §3° - Impedimento à ocupação de alguns cargos públicos. 
2 - Art. 12, §4° - Cancelamento de naturalização por sentença Judicial, em virtude de atividade nociva ao 
interesse nacional. 
3 - Art. 5°, LI – Extradição; apenas o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado. 
2.4 – Competência para julgar causas sobre nacionalidade. 
 .Art. 109, X, CF. 
2.5 – Perda da nacionalidade: 
.Art. 12, §4°. 
 
2.6 – Características da nacionalidade: 
A) É um direito humano; 
B) Concessão da nacionalidade é um ato de império/soberania; 
C) Direito de mudar de nacionalidade; 
D) Princípio da efetividade (Vale somente para o naturalizado); 
- A nacionalidade só será concedida se o indivíduo possuir vínculos efetivos com o Estado brasileiro; 
E) Filho de diplomata brasileiro: terá a nacionalidade brasileira onde quer que nasça; 
F) Vedação de perda arbitrária da nacionalidade; 
 
2.7 – Conflito de nacionalidades: 
A) Positivo (Polipadridia/Polipátrida: 
Ocorre quando um indivíduo tem mais de uma nacionalidade. Isso vai acontecer quando houver a incidência 
de critérios de atribuição de nacionalidade de dois ou mais países para um mesmo indivíduo. 
B) Negativo (Apatridia/Apátrida): 
Ocorre quando o indivíduo não tem nenhuma nacionalidade. 
3 – Condição Jurídica do estrangeiro: 
3.1 – Entrada e permanência do estrangeiro no território nacional. 
 .Documento de ingresso: Passaporte 
 RG 
 Laissez-passer 
.Visto: É uma autorização concedida por um Estado a um estrangeiro, dando a este a expectativa de entrar 
no território brasileiro. 
 
-Tipos de Visto: 
A) Temporário - Para estudo e trabalho, competições desportivas; 
B) Turismo; 
C) Oficial – Autoridades de um país estrangeiro (em visita oficial); 
D) Diplomático – Autoridades diplomáticas: Diplomatas, Consul, Embaixador; e os familiares que os acompanham; 
E) Trânsito – Para viagens em escala; 
F) Cortesia – Demais hipóteses; 
G) Permanente – Para os que desejam ficar por tempo indeterminado. 
 
3.2 – Deportação: 
A) Conceito: É o ato pelo qual um Estado retira compulsoriamente de seu território um estrangeiro que nele entrou 
ou que permanece de forma irregular. 
OBS: A falsificação de documentos de ingresso configura uma entrada irregular do estrangeiro no território nacional. 
A princípio este estrangeiro poderia ser deportado, entretanto a falsificação de documentos é um ato tão grave que 
provoca a expulsão e não a deportação. 
B) Competência: 
 .Para apurar: Polícia Federal. 
 .Para decidir: Ministério da Justiça. 
C) Possibilidade de prisão: máximo de 60 dias, apenas se estiver envolvido com atividade nociva. 
D) Ato discricionário. 
E) Impedimento à deportação: A deportação só será impedida de ser realizada se ela acabar configurando uma 
extradição impedida pela lei. 
F) País de destino: Pode ser deportado para o país de origem, ou país de procedência ou qualquer país que concorde 
em recebê-lo. 
3.3 – Expulsão: 
A) Conceito: É o ato pelo qual um Estado retira compulsoriamente de seu território um estrangeiro considerado 
nocivo ou inconveniente aos interesses nacionais. Pode ocorrer ainda que o estrangeiro tenha entrado de forma 
regular. 
B) Competência para investigar: Policia Federal; 
C) Competência para decidir: Presidente da República – por meio de um decreto executivo, publicado no diário 
oficial da União. 
D) Possibilidade de prisão: Máximo de 90 dias. 
E) Ato discricionário do Presidente da República. 
F) Impedimentos: 
 .Não pode expulsar se isso acarretar em uma extradição não permitida pelo Direito Brasileiro. 
 .Quando o estrangeiro for casado com brasileira a mais de 5 anos. (também se considera a união estável). 
 .Se o estrangeiro tiver filho brasileiro sob sua guarda e dependência econômica. 
3.4 – Extradição: 
A) Conceito: É o ato pelo qual em Estado encaminha a outro Estado um individuo acusado de ter cometido um ilícito 
penal para que lá seja julgado e/ou cumpra sua pena. 
B) Características: 
B1 – Realiza o princípio da justiça universal: Um criminoso pode ser alcançado pela pretensão punitiva de um Estado 
onde quer que ele esteja. 
B2 – Só se aplica a ilícitos penais, que possuam certa gravidade. 
B3 – É um ato de cooperação internacional no campo penal. 
C) Competência para Extraditar: Presidente da República. 
D) Legitimidade para requerer a extradição: 
.País que teve sua lei violada – nem sempre será onde ocorreu o crime (extraterritorialidade). 
 
E) Requisitos para a concessão da extradição. 
E1 – Existência de tratado ou promessa de reciprocidade sobre extradição; 
E2 – Existência de sérios indícios do cometimento/autoria do crime. (sentença condenatória; despacho de prisão da 
autoridade policial ou judicial, são sérios indícios).E3 – Princípio da dupla tipicidade ou da identidade: 
 . O ilícito tem que ser considerado crume nos dois países; 
 . O crime não pode estar prescrito em nenhum dos dois países; 
 . A pena tem que ser a mesma. Mas é permitida a comutação de penas. (concordância entre os Estados 
sobre a pena a ser aplicada). 
E4 - Princípio da especialidade ou especificidade: 
 . O extraditado só poderá ser julgado e condenado pelos crimes previstos no pedido de extradição. 
 
F) Procedimento do pedido de extradição: 
 
 1° Pedido feito por via diplomática. (para o Presidente da República). 
 2° Diplomata encaminha o pedido ao Presidente da República. 
 3° O Presidente encaminha ao STF, que irá DEFERIR ou INDEFERIR o pedido. 
 4° O STF encaminha o pedido ao Presidente da República. 
 
 *Caso o STF tenha deferido o pedido – O Presidente não é obrigado a deferir. 
 *Caso o STF tenha indeferido o pedido – O Presidente não pode deferir, logo o ato é vinculado. 
 
Obs: Para que a extradição ocorra é necessária uma comunhão de vontades do poder executivo e do judiciário 
federal. 
 
3.5 – Asilo: 
 
A) Conceito: É o ato pelo qual um Estado concede proteção ao indivíduo que está sofrendo perseguição 
política. 
B) Tipos: Diplomático: Proteção concedida no prédio da embaixada, ou em navios ou aeronaves de 
guerra ou em acampamentos militares. 
 
Territorial: Proteção concedida no próprio território do Estado. 
 
*Obs: Não é reconhecido o asilo no consulado. 
 
C) Competência: Presidente da República. 
D) Ato discricionário. 
 
3.6 – Refúgio: 
 
A) Conceito: É o ato pelo qual um Estado concede proteção a um ou mais indivíduos que estejam sofrendo 
perseguição por motivo de raça, sexo, cor, religião, nacionalidade, ou outro motivo que não seja político. 
B) Tipos de Refúgio: Provisório – apenas enquanto durar a perseguição. 
Permanente – Prazo indeterminado. 
C) Competência: Presidente da República 
 
D) Ato vinculado: (É um dever do Estado) *Auto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNFR) 
 
3.7 – Entrega: 
A) Conceito: É o ato pelo qual um Estado encaminha um indivíduo ao TPI (Tribunal Penal Internacional) para 
que seja julgado pela prática de um crime internacional. 
B) Crimes considerados internacionais: 
.Genocídio = Exterminio de um grupo de pessoas; 
.Crimes de Guerra; 
.Crimes contra a humanidade. 
C) Atuação subsidiária: Irá agir apenas se os países não agirem. 
4 – Direito da integração e direito comunitário: 
4.1 – Integração regional: 
A) Conceito: É uma modalidade de cooperação internacional em que os Estados se unem para formar blocos 
regionais (ex: Mercosul; União Européia), também tem como objetivo a criação de facilidades para os seus 
nacionais. 
B) Blocos regionais: Representam a União de Estados com objetivo de se fortalecerem e criar vantagens no 
campo comercial, econômico, político, e da segurança nacional. 
*Também é uma consequência da globalização. 
C) Estágios da integração regional: 
 
1° Area/zona de livre comércio: consiste no estabelecimento de facilidades para a circulação de produtos 
oriundos dos países que compõem o bloco. 
2° União aduaneira: Consiste na uniformização do tratamento dispensado aos países de fora do bloco. Essa 
uniformização acontece por meio da criação de uma TEC (Tarifa Externa Comum). 
3° Mercado Comum: Visa estabelecer a livre circulação dos fatores de produção. 
4° União financeira e monetária: Consiste na criação de uma moeda única e criação de regras comuns para 
reger o sistema financeiro dos países que compõem o bloco regional. 
*Supralegalidade: Nesse 4° estágio ocorre a criação de órgãos ou entidades aos quais os Estados 
membros do bloco delegam parcela significativa de sua soberania. 
5° União Política: Na prática a união política consiste na coordenação de ações no campo da política externa, 
da segurança nacional e relações com países de fora do bloco. 
4.2 – Conceito de direito de integração: É o ramo do direito internacional que regula a criação e o funcionamento 
dos blocos regionais que se encontrem nos estágios menos avançados de integração regional. 
4.3 – Conceito de direito comunitário: É o ramo do direito internacional que regula a criação e o funcionamento dos 
blocos regionais que se encontrem nos estágios mais avançados de integração regional. Atualmente só existe na 
União Europeia. 
A) Características do Direito Comunitário: 
. Princípio da primazia do direito comunitário: Sempre prevalece a norma criada pelo bloco. 
. Aplicação imediata: Assim que os tratados do bloco são assinados já entram em vigor nos países desse 
bloco. 
. Supranacionalidade: Pressupõe a existência de órgãos pertencentes ao bloco regional aos quais os Estados 
membros delegam parcela de sua soberania. 
. Flexibilização da soberania dos Estados membros do bloco regional.

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