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TRABALHO_ESCRITO_CASTRACAO_FALO_FINAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IPA
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA DE TEORIAS PSICANALÍTICAS
PROFESSORA JANE BARROS
VANESSA LOSS VOLPATTO E VICTÓRIA WOJYSIAK
CASTRAÇÃO E FALO
PORTO ALEGRE
2014
Complexo de Castração
Freud, em Os Três Ensaios Sobre a Sexualidade, relata o complexo de castração, onde as crianças atribuiriam a todos, inclusive às mulheres, a posse de um pênis. O complexo de castração compõe, juntamente com o complexo de Édipo, a base onde a estrutura dos desejos que funda e institui o sujeito na sua relação com o mundo opera a sua subjetividade. É na angústia inconsciente de castração que habita a gênese das manifestações neuróticas. Medos, fobias e sintomas diversos, que surgem no plano consciente, são apenas mecanismos de defesa contra a emergência desta angústia que nos é insuportável.
Freud conclui, então, que na relação mãe-filho, o complexo de Édipo faz intervir um terceiro termo, que ele denomina de função paterna. Esta está intimamente relacionada à lei. Logo, perceber a mãe como castrada significa reconhecer a castração do outro. Significa reconhecer que ela é um ser limitado, ou seja, um ser submetido à lei. O menino, por conta da ameaça da castração, e, por medo de perder o seu pênis, o que implicaria numa perda da integridade narcísica, terá que renunciar à mãe. No que diz respeito à menina, o reconhecimento de que a mãe não possui pênis (de que ela é privada do falo) faz com que a menina entre no Édipo e, assim, volte-se para o pai. 
Ambos, menina e menino, ao reconhecerem a falta na mãe passam a ter a falta inscrita no seu próprio ser. Reconhecer a castração significa situar-se em relação à própria ordem simbólica, da qual o falo é a pedra fundamental. Do ponto de vista da psicanálise, no entanto, para que se possa desejar é necessário que haja falta. Assim, poder-se-á afirmar que só há desejo se houver castração.
Complexo de Castração no Menino: foi descoberto por Freud por um trabalho seu com um menino de cinco anos – “O Pequeno Hans” que deu origem ao complexo de castração. Este complexo é Dividido em quatro tempos:
Primeiro Tempo – Todo mundo tem um pênis: para o menino, todos os seres vivos têm um pênis, não há diferença anatômica entre os orgãos sexuais, até que ele descobre um ser próximo castrado e se angustia que isso venha a acontecer com ele.
Segundo Tempo – O Pênis é Ameaçado: o pênis é ameaçado por alguma autoridade de ser “cortado” devido o menino estar mechendo no mesmo, (auto-erotismo/masturbação). A criança internaliza essas ameaças como se o pai tivesse acabando com qualquer chance dele tomar o lugar do pai na relação com a mãe.
Terceiro Tempo – Existem Serem sem Pênis, então a ameaça é bem real: A criança descobre a região genital feminina e não nota a presença da vagina mas sim a ausência do pênis. Então ele conecta as ameçadas feitas de “cortar” seu pênis com o fato destas pessoas não terem o mesmo, mas ao mesmo tempo se revela um apego narcísico com o pênis, ele não aceita que existem pessoas que não o possuem e relata que a menina tem sim um pênis só que é ainda bem pequeno e irá crescer. 
Quarto tempo - A Mãe Também é Castrada; emergência da angústia: O menino pensa que sua mãe e mulheres mais velhas (as que ele deve respeito) possuem um pênis. Ao se dar conta que a mulher pode dar a luz, nota que a mãe é castrada. E mais uma vez a angústia vem a tona, linkando as ameaças do segundo tempo.
Tempo final – Término do complexo de Castração e Término do Complexo de Édipo: O menino opta em salvar o pênis e renuncia ao amor edipiano além de aceitar a lei do pai. Aí se dá a formação da identidade masculina e o complexo de épido não é só recalcado mas sim dissolvido sob o impacto da ameaça da castração. 
Complexo de Castração na Menina: O complexo de castração na menina parte do pressuposto que todos os seres têm um pênis. A mãe é o elemento principal e determinante, mas com a diferença que no caso da menina há muito mais ódio envolvido nessa “separação”. Ou seja, a menina tem ódio da mãe em dois tempos; quando há o desmame, onde há uma separação da mãe ( e nunca há uma conformação com essa separação). Este ódio já antigo ressurgi quando a menina se dá conta que é “castrada” e culpa a mãe por tê-lá feito assim. E aí há o fim do complexo de CASTRAÇÃO. Este complexo também se dá em três tempos:
Primeiro Tempo - Todo Mundo Tem um Pênis (o clitóris é um pênis): a menina se dá por muito feliz e satisfeita com seu clitóris (que é considerado um pênis). O pênis (na sua forma de Falo) é um atributo universal. 
Segundo Tempo - O Clitóris é Pequeno Demais para Ser um Pênis: A menina tem a visão de um pênis como realmente é e percebe que realmente ela não o possui, e começa a inferiorizar o seu clitóris (que é pequeno demais para ser um pênis). Nesse momento surge a inveja do pênis. A menina vive a inveja de possuir aquilo que viu e do qual foi castrada enquanto o menino vive a angústia de ser castrado.
Terceiro tempo – A Mãe Também é Castrada; ressurgimento do ódio pela mãe: No momento que a menina se dá conta que é castrada, percebe que outras mulheres também são, inclusive a mãe. A mãe é despresada, rejeitada por não tê-lá feito menino (com objetos fálicos) e de não a ensinar a valorizar seu corpo de mulher. Nesse momento aquele ódio primórdio do desmame volta a tona e se separa secundariamente da mãe e escolhe o pai como objeto de amor (amor edipiano).
Tempo Final – As Três Saídas do Complexo de Castração; Nascimento do Complexo de Édipo:
Ausência da inveja do pênis: uma das reações possíves é a de que a menina fica tão assustada de sua desvantagem em relação ao menino que não quer entrar em rivalidade com o mesmo. Nesse caso, não é habitada pela inveja do pênis.
Vontade de ser dotada do pênis do homem: outra saída é a menina ter esperança de que um dia terá um pênis tão grande quanto o que ela viu. A fantasia de ser homem permanece como objeito da sua vida. O clitóris continua na qualidade de “penizinho”. Este complexo de masculinidade pode fazer com que ela faça escolhas homossexuais. 
Vontade de ter substitutos do pênis: a menina tem consciência efetiva que é castrada. Esta saída se constitúi por três mudanças importantes:
- Mudança do Parceiro Amado: o vínculo privilegiado com a mãe cede lugar ao pai que têm um pênis e pode satisfazer a sua vontade de possuir um pênis. Com todo aquele ódio da mãe, a menina transfere todo seu amor para o pai se iniciando, assim, o complexo de Édipo feminino.
- Mudança da Zona Erógena - O clitóris Cede Lugar À Vagina: antes de descobrir a castração da mãe, a zona erógena da menina era no clitóris; ao se dar conta de que a mãe e ela são castradas, a zona erógena vai se modifcando ao longo do tempo para a vagina, que será o lugar continente do pênis. A inveja do pênis nesse caso é gozar com o pênis no coito, e a vagina ganha valor como continente do pênis; ela recolhe a herança do corpo materno.
-Mudança do Objeto Desejado – O Pênis Cede Lugar ao Um Filho: a vontade de gozar no coito se converte na vontade de ter um filho. É a vontade de acolher no corpo um órgão peniano. 
Falo
Em A significação do falo (1958), Lacan fala da castração a partir da diferença entre Realität, realidade psíquica – que inclui o real da castração e sua negação a partir de suas três modalidades – e a Wirklichkeit, a realidade da castração correspondente a seu “valor operatório”, que equivale à castração simbólica relacionada com a inscrição do Nome-do-Pai no Outro (Quinet, 2006). O conceito de falo na psicanálise não é uma criação de Lacan. Ele já estava presente no texto freudiano, embora Freud tenha tido muitas dificuldades para tratar dele e, talvez por causa disso, não o tenha destacado de forma sistematizada. O falo fica de certa forma embaraçado na obra de Freud, junto com o complexo de castração e acaba resultando no conceito de “repúdio à feminilidade”.
Freud utiliza bem mais o termo pênis do que falo; Lacan se esforçou para destacar a diferença entreo pênis anatômico e o falo. O falo nada mais é que a REPRESENTAÇÃO psíquica (simbólica ou imaginária) do pênis. 
Falo Imaginário
O falo imaginário se representa de forma psíquica e inconsciente, resultando de três fatores:
Anatômico: é a forma física do pênis, que é sempre aparente e tátil. 
Libidinal: nessa região do pênis há muita libído resultando na masturbação e apalpação nesta região;
Fantastístico: angústia provocada pelas ameaças da castração pelos pais. 
Falo Simbólico 
 É a figura simbólica do falo imaginário. Ele vem impor uma ideia de que o pênis pode ser substituído por outro objeito que amenize ou satisfaça totalmente à criança (neste exemplo, o menino) que está renunciando ao gozo com a mãe – exemplo, presentes, fezes…- . No caso da mulher o falo imaginário é substituído simbolicamente por um filho.
 O falo é quem torna possível que objetos heterogêneos na vida sejam objetos equivalentes na ordem do desejo humano. Dentro disto, esses objetos “perdidos” (seio –desmame- fezes que se desprendem) têm um valo de falo imaginário. Em seguida, o falo imaginário deixa de ser imaginário não existe mais e se transforma em padrão simbólico, que fazem com que todos os objeitos que têm referência a castração sejam sexualmente de igual importância. 
 O falo simbólico que define que todo desejo do homem é um desejo sexual (não genital), pois é um desejo insatisfeito por ventura do desejo incestuoso a que o se teve que renunciar. 
Segundo Lacan, suas considerações sobre Castação e Falo
A palavra chave na teoria de Lacan é CORTE. Por exemplo, para este a castração é o rompimento -produzido por um ato- de um laço imaginário e narcísico entre mãe e filho. 
A mãe coloca o seu filho na posição de falo imaginário e o filho aceita esse papel e tenta desempenhá-lo. Este rompimento não age só no menino mas na mãe também, quando o pai (seu companheiro) vem lembrar que a mãe não pode reinegrar o filho ao seu útero. O pai também casta o filho no momento em que lembra que ele não pode possuir a mãe, de não ser o falo para a mãe. 
Referências Bibliográficas
NASIO, Juan Devid. Lições Sobre os 7 Conceitos Cruciais da Psicanálise. Traduzido por Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1989. p 13-43.
LARA, Maccari Luciana. Sobre o Complexo de Castração na Teoria Freudiana. Disponível em: < http://www.sig.org.br/_files/uploads/image/sobreocomplexodecastraonateoriafreudisobreocomplexodecastraonateoriafreudianaeaposterioriafeminilidadeemfreudume.ppd>. Acesso em 04 de maio de 2014.

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