Prévia do material em texto
Universidade Sa˜o Judas Tadeu Faculdade de Tecnologia e Cieˆncias Exatas Cursos de Engenharia Laborato´rio de F´ısica e Eletricidade: Estudo de Potencioˆmetros Autor: Prof. Luiz de Oliveira Xavier Aluno R.A. Turma -2013- Estudo de Potencioˆmetros 1. Introduc¸a˜o Ja´ que apresentamos alguns componentes ele´tricos usuais nos exerc´ıcios anteriores, vamos apresentar outro componente muito utilizado. E´ o potencioˆmetro. Este na˜o e´ um bipolo (dispositivos que possuem dois terminais), como os anteriores. E´ um tripolo pois tem treˆs terminais acess´ıveis. Voceˆ estudara´ nesta experieˆncia dois tipos de po- tencioˆmetro: o linear e o logar´ıtmico. O seu professor vai explicar as aplicac¸o˜es de um potencioˆmetro. Fique atento! 2. Objetivos Espera-se que ao terminar este exerc´ıcio voceˆ seja capaz de: • Identificar potencioˆmetros; • Dado um mult´ımetro e potencioˆmetros, coletar dados organizar tabelas da resisteˆncia em func¸a˜o do deslocamento angular do eixo dos potencioˆmetros; • Fazer o gra´fico correspondente a`s tabelas mencionadas, usando papel milimetrado ou monolog, conforme o potencioˆmetro seja linear ou logar´ıtmico. 3. Material Utilizado • Potencioˆmetro linear; • Potencioˆmetro logar´ıtmico; • Mult´ımetro. 1 Estudo de Potencioˆmetros 4. Procedimento Experimental 1. Identifique os potencioˆmetros. Eles esta˜o montados numa base de madeira e tem a forma um pequeno disco meta´lico, com um eixo. Lembra muito uma roda com um eixo. Os dois potencioˆmetros sa˜o semelhantes, exteriormente. A diferenc¸a esta´ na sua constituic¸a˜o interna. As figuras (1) e (2) que seguem, mostram o esquema interno de um potencioˆmetro e o seu s´ımbolo ele´trico. Figura 1: Esquema interno de um potencioˆmetro. a c b Figura 2: S´ımbolo ele´trico do potencioˆmetro. Comece por observar que o potencioˆmetro tem treˆs terminais acess´ıveis que, no es- quema, esta˜o nomeados por a, b e c. Os pontos a e c esta˜o colocados em contato, internamente por um fio enrolado em torno de um nu´cleo isolante se o potencioˆmetro for de fio ou, por uma camada de carva˜o, se o potencioˆmetro for de carva˜o. Enta˜o, entre os pontos a e c ha´ uma resisteˆncia ele´trica. Essa resisteˆncia esta´ marcada no fundo ou ao lado da caixa que fecha o potencioˆmetro. 2. Procure descobrir o valor da resisteˆncia daquele que tem escrito LINEAR na caixa; 3. Anote aqui o valor: R = Ω 4. Pegue o mult´ımetro e mec¸a a resisteˆncia entre os pontos a e c (extremos); 5. Anote aqui esse valor: R = Ω Confere com o valor lido no item 3? 2 Estudo de Potencioˆmetros Se voceˆ colocar esse potencioˆmetro num circuito, ligado pelos dois extremos a e c, ele funcionara´ como um resistor, de resisteˆncia fixa, igual ao valor que voceˆ mediu. Sera´ um resistor como qualquer outro. E o terminal central, para que serve? Calma, que la´ chegaremos. O terminal central esta´ ligado ao eixo do potencioˆmetro e este, por sua vez tem um cursor que estabelece contato com o fio ou a camada de carva˜o ja´ descritos anteriormente. Volte a examinar o esquema do potencioˆmetro e identifique esse cursor. E´ a seta indicada por: b. Girando o eixo do potencioˆmetro, o cursor se deslocara´ sobre o fio ou sobre a camada de carva˜o, desde seu comec¸o ate´ seu fim. 6. Gire o eixo e perceba como o cursor desliza suavemente sobre o fio ou sobre a camada de carva˜o. Se o potencioˆmetro estiver ligado a um circuito pelos pontos a e c e o ponto b na˜o estiver ligado a lugar nenhum, nada acontecera´ se voceˆ girar o eixo. Mas, se o terminal b estiver ligado a outro ponto do circuito, algo devera´ acontecer. Logo mais diremos o que acontece. 7. Gire o eixo no sentido anti-hora´rio, ate´ travar; 8. Pegue o mult´ımetro e mec¸a a resisteˆncia entre os pontos a e b; 9. Anote esse valor: R = Ω 10. Com os terminais do medidor ligados aos pontos a e b, gire o eixo no sentido hora´rio ate´ encostar no outro lado. O que voceˆ observou? Anote sua observac¸a˜o 11. Gire novamente o eixo no sentido anti-hora´rio, ate´ travar o movimento; 12. Passe os terminais do medidor para os pontos b e c; 13. Repita os itens 8, 9 e 10, retire o medidor dos pontos b e c. Anote o que foi observado. Voceˆ deve ter observado que usando o terminal central e um dos dois extremos, o potencioˆmetro funciona como resisteˆncia varia´vel, desde zero ate´ o seu valor nominal (marcado na caixa). Se isso foi observado, enta˜o voceˆ podera´ usa´-lo como resistor, como qualquer valor compreendido desde zero ate´ o valor nominal dele. Basta por o ohmı´metro entre o extremo e o terminal central, girar o eixo ate´ obter o valor desejado e arranjar um jeito de fixar o eixo para que ele na˜o gire mais. 14. Examine o disco com diviso˜es que esta´ adaptado na caixa em que potencioˆmetro esta´ montado. Verifique quantas diviso˜es tem; 15. Gire o eixo do potencioˆmetro no sentido anti-hora´rio ate´ encostar na trava de li- mitac¸a˜o. O bota˜o do potencioˆmetro tem uma marca que deve estar em frente ao primeiro trac¸o da escala. Se voceˆ girar o eixo, no sentido hora´rio ate´ encostar no outro lado, a marca indicara´ o u´ltimo trac¸o da escala. Agora voceˆ vai calibrar essa escala, usando o ohmı´metro. Ao mesmo tempo voceˆ vai coletar dados para fazer um gra´fico da resisteˆncia em func¸a˜o do aˆngulo girado pelo eixo. 16. Ponha as pontas de prova do medidor nos pontos a e b; 3 Estudo de Potencioˆmetros 17. Anote o valor da resisteˆncia com a marca de refereˆncia indicando o primeiro trac¸o da escala. Anote esse valor na Tabela I; Tabela 1: Dados obtidos experimentalmente para o potencioˆmetro linear Marca de Refereˆncia Resisteˆncia (Ω) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 18. Gire o eixo do potencioˆmetro ate´ a marca de refereˆncia do eixo ficar em frente ao segundo trac¸o da escala; 19. Anote esse valor na segunda linha da Tabela I; 20. Proceda assim ate´ o u´ltimo trac¸o da escala; 21. Pegue o outro potencioˆmetro e repita o mesmo procedimento dos ı´tens 16, 17, 18, 19 e 20, pore´m anotando os valores obtidos na Tabela II. Tabela 2: Dados obtidos experimentalmente para o potencioˆmetro logar´ıtmico. Marca de Refereˆncia Resisteˆncia (Ω) 1 – 2 – 3 4 5 6 7 8 9 10 4 Estudo de Potencioˆmetros 5. Gra´ficos - Recordando AVISO: Um dos aspectos mais importantes em F´ısica e´ o da apresentac¸a˜o e ana´lise de resultados experimentais. Os resultados de uma experieˆncia podem ser apresentados com simplicidade e clareza em um gra´fico. Analisando o gra´fico de uma experieˆncia e´ poss´ıvel, muitas vezes, descobrir a expressa˜o alge´brica que relaciona as grandezas f´ısicas estudadas. Por isso se esforce ao ma´ximo para fazer um gra´fico que de fato revele as informac¸o˜es importantes. Sa˜o resumidas a seguir, algumas regras para a construc¸a˜o de gra´ficos. Identificac¸a˜o ou legenda Os gra´ficos devem ser numerados e ter t´ıtulo ou legenda. A legenda e´ um texto con- tendo informac¸o˜es que sa˜o importantes para se entender o gra´fico. Eixos coordenados As varia´veis dos eixos de abscissas (eixo horizontal) e ordenadas (eixo vertical) devem ser explicitamente indicadas, bem como as unidades e eventuais fatores multiplicativos. Escalas As escalas devem ser definidas identificando somente as marcac¸o˜es principais das es- calas. Os valores das coordenadas dos pontos na˜o devem ser indicadas nos eixos. As escalas devem ser escolhidas de forma que os pontos indicados no gra´fico sejam bem distribu´ıdos por toda a a´rea u´til do gra´fico. 1. Voceˆ coletou dados para dois tipos de potencioˆmetro. Enta˜o utilizando um papel milimetrado para cada uma das tabelas, construa um gra´fico da resisteˆncia em func¸a˜oda posic¸a˜o de refereˆncia. Observe o comportamento da resisteˆncia em cada caso. 2. Ale´m desses dois gra´ficos voceˆ construira´ com a tabela do potencioˆmetro logar´ıtmico mais um gra´fico utilizando o papel monolog. Este papel tem em uma de suas dimenso˜es uma escala linear e na outra uma escala logar´ıtmica. Esse papel tambe´m esta´ junto com essa apostila. Por que usar este papel monolog? O seu professor vai explicar! 5 Five Cycle Semi-Log 1998 David Bourne